23 de julho de 2023
Salmo 119.57-64; Isaías 44.6-8;
Romanos 8.18-27; Mateus 13.24-30,36-43
Texto: Rm8.22ss
Tema:
Vida que está por vir
O que o apóstolo Paulo escreve aqui, perece ter sido
esquecido por uma boa parcela da população. Ele fala da vida que está por vir. Você tem
pensado nisso? Olhar para o futuro, pensar nele, chega assustar. Mesmo
que se tenha avançado e se tenha ocorrido muitas melhorias na área da tecnologia,
informação, conhecimento, saúde, em outras áreas estamos indo de mal à pior.
Nos últimos 150 anos, a humanidade experimentou mais mudanças
do que em toda a história anterior, ou seja, 150 anos se avançou o que não se
avançou em 5.633 anos (5783 anos tem a terra). Até pouco tempo atrás, uma
geração para outra se dava num intervalo de 20 a 25 anos. Grandes mudanças
surgiam com o nascimento de uma nova geração (os pais viviam uma realidade, os
filhos outra e os netos outra). Atualmente, a cada dois anos é necessário
reformular nossas ideias, conceitos e estilo de vida. Nã6 há intervalo entre as
gerações.
Quando criança, não havia energia elétrica em nossa casa
durante 24 hrs no dia. Até os 20 anos, minha viagem mais longa foi de 70 km.
Hoje, possuo vários aparatos eletrônicos e se faz reunião com várias pessoas
sem sair de casa.
As famílias, quando estão reunidas precisam se esforçar para
não acabarem discutindo devido as muitas diferenças filosóficas.
Esta aceleração do tempo, do ritmo de vida, é apenas um dos
indícios do que o apostolo Paulo fala no verso 22 da carta aos Romanos capitulo
8. Além disso, houve um aumento da violência, aumento dos desastres naturais,
falsos profetas e outros sinais de que a criação está prestes a dar a luz. Mas
a intenção de Paulo não é gerar desânimo, pelo contrário, é apontar para a
esperança, pois os problemas que estamos vivendo hoje e ainda por algum tempo,
não podem ser comparados com a glória que está por vir (Rm 8.18). Toda esta
turbulência que estamos vivendo hoje são as dores de parto que a criação de
Deus está passando! Eu considero esta comparação de Paulo tremenda, porque há
algumas coisas importantes sendo ditas aqui. Uma delas é que não será apenas a
nossa alma que será redimida, mas toda a criação (Rm 8.19-21). Ou seja, o
pecado gerou destruição e morte em toda a criação (florestas são devastadas,
animais são extintos, rios são poluídos, etc.) por isso, também ela será
libertada juntamente com os filhos de Deus. Ou seja, quem será destruído e
erradicado (lançado ao inferno) será o homem e a mulher que negam a existência
de Deus e rejeitam Jesus como Salvador e Senhor. O universo não tem culpa
disso, então não há motivo para Deus o destruir. Estamos caminhando para um
desfecho da vida e da história como a conhecemos. Até pouco tempo atrás, este
assunto era visto como um mito religioso, mas atualmente, tem ganhado destaque
no cinema, em documentários e até nos meios científicos e acadêmicos. Outra
coisa importante que Paulo escreve, é que a vida terá continuidade, porém de
maneira diferente como a conhecemos hoje. É a nova vida que a Palavra de Deus
nos comunica (Mt 24.3-14). Presenciar isto é um anseio de Paulo e deve ser o
anseio de todo aquele que é nascido espiritualmente (Rm 8.22-23).
Você
tem orado pela volta de Jesus? Você tem vivido nesta expectativa da nova vida?
Ou a tua vida está tão boa que você não quer que mude?
Existem duas situações doentias, uma delas é idolatrar a
própria vida e não conseguir viver sem ela. A outra é detestar a própria vida e
não conseguir viver com ela. Mas desejar o encontro com Cristo, desejar a
eternidade é saudável. É testemunhar da esperança na qual fomos salvos.
A volta de Cristo deve ser a nossa esperança, deve ser um dos
alicerces da nossa fé. Talvez alguns estejam aguardando dados mais concretos
sobre isto, mas vejam o que Paulo escreve nos versos 24 - 25. O que temos por enquanto são a
Palavra de Deus, alguns sinais proféticos e a esperança. Paulo descreve
esta esperança como um gemido interno que nos faz caminhar numa direção, mesmo
não tendo a visibilidade e elementos concretos do ponto de chegada. Há um vídeo
do pouso de um avião em meio à uma densa neblina. Os pilotos não tinham nada
além dos sinais no seu painel. Mas se orientaram por eles e pousaram em
segurança. Quando nos guiamos pela fé e pela esperança, não significa acreditar
em qualquer coisa, mas acreditar nos sinais e na orientação clara da Palavra de
Deus. Aqui entra um elemento fundamental, o Espírito Santo (Rm 8. 26 – 27).
Num primeiro momento, parece que Paulo muda de assunto, pois
escreve agora sobre a oração. Mas a oração à que Paulo se refere, não é aquele
momento solene, cujas palavras são recitadas com certa formalidade e que nem
todos arriscam fazer. A oração a que Paulo se refere é este gemido interior, da
alma, que nem sempre é possível traduzir em palavras. Esta oração é aquele
momento em que o Espírito de Deus se encontra com nosso Espírito e ocorre um
diálogo que somente os dois entendem.
Creio que todos os cristãos podem ter este momento de
intimidade com Deus. Pois o resultado desta intimidade com Deus, concedida pelo
Espírito Santo é o que possibilita enxergar, reconhecer e confiar nos sinais
que Deus nos dá. Sem o agir do Espírito Santo, a palavra e os sinais serão
indecifráveis, incógnitos e obscuros. É por isso que muitos não entendem o
Evangelho. Quem vai te dar clareza do Evangelho, entendimento dos sinais, a
certeza da salvação e a esperança sobre a vida futura é o Espírito Santo. Amém
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