terça-feira, 8 de setembro de 2020

Tenha paciência comigo!

 13 de setembro de 2020

Sl 103.1-12; Gn 50.15-21; Rm 14.1-12; Mt 18.21-35

Texto: Mateus 18.26,29

Tema: Tenha paciência comigo!

 

Certo dia numa cidade apareceu um comunicado sobre os nomes de todas as pessoas que não pagavam suas dívidas e quando cobrados negavam a mesma.

As pessoas ficaram indignadas com esse comunicado, afinal, não era apenas a divulgação do nome, mas, o comércio passou a não vender mais fiado para essas pessoas.

O que chamou atenção nessa lista é que os devedores eram pessoas ricas e não precisavam passar por aquilo.

Já imaginou se Deus comunicasse o nome das pessoas perdoadas que não perdoam?

Após destacar a intensidade na busca pelo pecador, parece que Pedro ficou em dúvida e quis provocar Jesus sobre a quantidade em que se deve perdoar. Afinal, se Jesus citou três passos, parece que os judeus estavam certos em não perdoar numa quarta ocasião (Am 2.6; Jó 33.29). Ou, quem sabe Pedro quis saber sobre a quantidade de vezes perdoar a pessoa que peca contra a mesma pessoa. “Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu irmão que peca contra mim? Sete vezes?” (Mt 18.21) e ao responder que o perdão é ilimitado e que é preciso perdoar sempre, leva os discípulos como registrou Lucas a suplicar: “Aumente a nossa fé” (Lc 17.5).

Ainda hoje é preciso suplicar: Senhor Deus aumente a minha fé! Para perdoar quem pecou contra mim e para que eu pecador viva esse perdão.

Ainda hoje é preciso suplicar: Senhor Deus aumente a minha fé! Afinal, alimentamos desejos de vingança e muitas vezes, passamos a agir maldosamente contra aquele que pecou contra nós. Isso por palavras, gestos, ações e até omissões.

Perdão!

Jesus ensina a lição do perdão falando sobre dois homens e suas dívidas. Os dois pediram a mesma coisa: “Tenha paciência comigo.

O primeiro homem, tinha uma dívida enorme para com o rei. Alguns calculam que essa dívida era de 7 bilhões de dólares. Só para ter uma ideia, dos 10 homens mais ricos do Brasil, do 1º ao 5º poderiam pagar essa dívida, do 6º em diante não poderiam pagá-la.

Uma dívida tão astronômica que o rei deu uma opção aquele homem no intuito de que a dívida fosse aparentemente ressarcida: “... o rei, ordenou que fossem vendidos como escravos o empregado, a sua esposa e os seus filhos e que fosse vendido também tudo o que ele possuía” (Mt 18.25). E desesperado em não poder pagar e desesperado por correr o perigo de perder sua família suplicou: “Tenha paciência comigo” (Mt 18.26).

O argumento poderia ser: é uma dívida impagável! A única coisa a ser feita é vender a família e tudo o que possui para pelo menos se livrar da vergonha de não pagador e assim honrar o nome de bom pagador. No entanto, o rei, “teve pena dele” (Mt 18.27), e lhe perdoou.

Quem é esse rei que perdoa uma dívida impagável? Deus. Ele é o rei da parábola. E nós somos esse homem com uma dívida impagável. E a história não termina ai.

Esse homem perdoado, encontrou-se com um companheiro de trabalho e lembrou da dívida que esse tinha com ele. Seria natural, já que foi perdoado de uma dívida impagável, abraçar esse homem e dizer, você já me deve nada. Mas, já que esse homem representa a cada um de nós, ele agarrou seu companheiro pelo pescoço e começou a cobrança de forma bruta e cruel (Mt 18.28).

A dívida desse homem era muito pequena. Alguns calculam 100 dólares, ou seja, em torno de 500 reais. Se a outra dívida em termos financeiros só pode ser pagar pelos 5 homens mais ricos do Brasil, essa pode ser paga por qualquer brasileiro.

O clamor desse homem foi o mesmo que àquele que o cobrava havia feito: “Tenha paciência comigo” (Mt 18.29). Mas, sem compreender o tamanho da dívida que ele tinha e havia sido perdoado, não usou de misericórdia para com o outro.

Quando não se reconhece o tamanho da dívida para com Deus e o seu maravilhoso perdão, agimos como inflexibilidade, rancor e maldade.

As pessoas que não perdoam e que se acusam dos seus pecados sem saber do perdão de Deus em Jesus, tornam-se ervas amargas que apenas oferecem amargor aos outros.

O perdão não é fácil, mas é necessário!

Viver sem perdão é viver uma constante depressão. Viver sem perdão é vegetar sem estar ligado a aparelhos. Viver sem perdão é estar obeso e sentir-se magro. Viver sem perdão é viver sorrindo sem estar alegre.

O perdão é tão necessário que Jesus o coloca dentro da oração do Pai Nosso entre os pedidos por livramento do mal. Em outras palavras, o perdão nos liberta.

Milhares de pessoas ficam presas ao passado e sofrem pelos seus pecados e pelos pecados dos outros contra elas. A vingança parece não ter sido realizada e isso leva a frustração. Assim, sofrem e ficam se remoendo dia após dia.

Enquanto que o pecado nos leva a perder tudo o perdão impede que tudo seja perdido. Agora, perdoados e com garantias de que não perderemos o que temos, somos enviados de volta para casa. Mas, lembre-se, pode ser que no caminho você encontre alguém que pecou contra você: perdoe. Nossos devedores, precisam do nosso perdão agora e sempre. Não perdoar é permitir que sejamos presos e assim sofrer.

O perdão é remédio divino!

Deus enviou Jesus para saldar a nossa dívida. Uma dívida impagável. Deus é longânimo e perdoa seus filhos e quer que todo pecador seja buscado para ser perdoado e assim tenha vida plena. O perdão recebido e dado é algo que gera vida, uma nova vida. Amém!

ERT

Edson Ronaldo TREssmann

Um comentário:

Obrigado por seguir esse blog. Com certeza será uma bênção em sua vida.

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