13 de setembro de 2020
Sl
103.1-12; Gn 50.15-21; Rm 14.1-12; Mt 18.21-35
Texto:
Mateus
18.26,29
Tema:
Tenha paciência comigo!
Certo dia numa cidade
apareceu um comunicado sobre os nomes de todas as pessoas que não pagavam suas
dívidas e quando cobrados negavam a mesma.
As pessoas ficaram
indignadas com esse comunicado, afinal, não era apenas a divulgação do nome,
mas, o comércio passou a não vender mais fiado para essas pessoas.
O que chamou atenção
nessa lista é que os devedores eram pessoas ricas e não precisavam passar por
aquilo.
Já
imaginou se Deus comunicasse o nome das pessoas perdoadas que não perdoam?
Após destacar a
intensidade na busca pelo pecador, parece que Pedro ficou em dúvida e quis
provocar Jesus sobre a quantidade em que se deve perdoar. Afinal, se Jesus
citou três passos, parece que os judeus estavam certos em não perdoar numa
quarta ocasião (Am 2.6; Jó 33.29). Ou, quem sabe Pedro quis saber sobre a
quantidade de vezes perdoar a pessoa que peca contra a mesma pessoa. “Senhor, quantas
vezes devo perdoar o meu irmão que peca contra mim? Sete vezes?” (Mt
18.21) e ao responder que o perdão é ilimitado e que é preciso perdoar sempre,
leva os discípulos como registrou Lucas a suplicar: “Aumente a nossa fé” (Lc 17.5).
Ainda hoje é preciso
suplicar: Senhor Deus aumente a minha fé! Para perdoar quem pecou contra mim e
para que eu pecador viva esse perdão.
Ainda hoje é preciso
suplicar: Senhor Deus aumente a minha fé! Afinal, alimentamos desejos de
vingança e muitas vezes, passamos a agir maldosamente contra aquele que pecou
contra nós. Isso por palavras, gestos, ações e até omissões.
Perdão!
Jesus ensina a lição do
perdão falando sobre dois homens e suas dívidas. Os dois pediram a mesma coisa:
“Tenha paciência comigo.”
O primeiro homem, tinha
uma dívida enorme para com o rei. Alguns calculam que essa dívida era de 7
bilhões de dólares. Só para ter uma ideia, dos 10 homens mais ricos do Brasil,
do 1º ao 5º poderiam pagar essa dívida, do 6º em diante não poderiam pagá-la.
Uma dívida tão
astronômica que o rei deu uma opção aquele homem no intuito de que a dívida
fosse aparentemente ressarcida: “... o rei, ordenou que fossem vendidos como escravos o
empregado, a sua esposa e os seus filhos e que fosse vendido também tudo o que
ele possuía” (Mt 18.25). E desesperado em não poder pagar e
desesperado por correr o perigo de perder sua família suplicou: “Tenha paciência
comigo” (Mt 18.26).
O
argumento poderia ser: é uma dívida impagável! A única coisa
a ser feita é vender a família e tudo o que possui para pelo menos se livrar da
vergonha de não pagador e assim honrar o nome de bom pagador. No entanto, o
rei, “teve
pena dele” (Mt 18.27), e lhe perdoou.
Quem
é esse rei que perdoa uma dívida impagável? Deus. Ele é o
rei da parábola. E nós somos esse homem com uma dívida impagável. E a história
não termina ai.
Esse homem perdoado,
encontrou-se com um companheiro de trabalho e lembrou da dívida que esse tinha
com ele. Seria natural, já que foi perdoado de uma dívida impagável, abraçar
esse homem e dizer, você já me deve nada. Mas, já que esse homem representa a
cada um de nós, ele agarrou seu companheiro pelo pescoço e começou a cobrança
de forma bruta e cruel (Mt 18.28).
A dívida desse homem
era muito pequena. Alguns calculam 100 dólares, ou seja, em torno de 500 reais.
Se a outra dívida em termos financeiros só pode ser pagar pelos 5 homens mais
ricos do Brasil, essa pode ser paga por qualquer brasileiro.
O clamor desse homem
foi o mesmo que àquele que o cobrava havia feito: “Tenha paciência comigo” (Mt 18.29).
Mas, sem compreender o tamanho da dívida que ele tinha e havia sido perdoado,
não usou de misericórdia para com o outro.
Quando não se reconhece
o tamanho da dívida para com Deus e o seu maravilhoso perdão, agimos como
inflexibilidade, rancor e maldade.
As pessoas que não
perdoam e que se acusam dos seus pecados sem saber do perdão de Deus em Jesus,
tornam-se ervas amargas que apenas oferecem amargor aos outros.
O
perdão não é fácil, mas é necessário!
Viver sem perdão é
viver uma constante depressão. Viver sem perdão é vegetar sem estar ligado a
aparelhos. Viver sem perdão é estar obeso e sentir-se magro. Viver sem perdão é
viver sorrindo sem estar alegre.
O
perdão é tão necessário que Jesus o coloca dentro da
oração do Pai Nosso entre os pedidos por livramento do mal. Em outras palavras,
o perdão nos liberta.
Milhares de pessoas
ficam presas ao passado e sofrem pelos seus pecados e pelos pecados dos outros
contra elas. A vingança parece não ter sido realizada e isso leva a frustração.
Assim, sofrem e ficam se remoendo dia após dia.
Enquanto que o pecado
nos leva a perder tudo o perdão impede que tudo seja perdido. Agora, perdoados
e com garantias de que não perderemos o que temos, somos enviados de volta para
casa. Mas, lembre-se, pode ser que no caminho você encontre alguém que pecou
contra você: perdoe. Nossos
devedores, precisam do nosso perdão agora e sempre. Não perdoar é permitir que
sejamos presos e assim sofrer.
O
perdão é remédio divino!
Deus enviou Jesus para
saldar a nossa dívida. Uma dívida impagável. Deus é longânimo e perdoa seus
filhos e quer que todo pecador seja buscado para ser perdoado e assim tenha
vida plena. O perdão recebido e dado é algo que gera vida, uma nova vida. Amém!
ERT
Grato pela excelente reflexão a partir do texto de Mateus.
ResponderExcluirDeus siga lhe abençoando!