segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Natal - Remédio para uma boa memória!

20 de dezembro de 2015
4º Domingo de Advento
Sl 80.1 – 7; Mq 5.2- 5ª; Hb 10. 5 – 10; Lc 1. 39 – 45
Tema: Natal - Remédio para uma boa memória

         Você seria capaz de dizer um evento ocorrido 700 anos atrás?
      Esquecimento é uma das piores doenças que se pode ter. É terrível esquecer quem você é; esquecer o rosto daqueles que te visitam; ... 
       Os relatos do antigo testamento mostram que o povo de Deus inúmeras vezes se esqueceu da sua origem, de quem eram e do amor e da misericórdia de Deus.
       O povo de Deus, a quem o profeta Miquéias transmite a mensagem, havia esquecido que Deus faz e cumpre suas promessas.
        Miquéias significa: “Quem é assim como Deus, o Senhor?” lembra ao povo que Deus trará o novo Davi, de Belém, ao seu povo e por isso, trará uma nova época de paz e alegria.
       Desde essa profecia até o nascimento do Filho de Davi passaram-se 700 anos. Muitos do povo de Deus, que continuavam vivendo um verdadeiro Alzheimer espiritual, não se lembravam da promessa. Em meio a quem deveria se lembrar, surgiram magos do Oriente que foram à Jerusalém tentando encontrar o novo rei que havia nascido. Herodes foi surpreendido pela busca desse rei, afinal, quem era esse rei? Inquieto, consultou sobre o possível nascimento desse rei. Os peritos da lei de Moisés, os escribas e fariseus, aqueles que deveriam se lembrar, confirmaram a Herodes que o profeta Miquéias havia anunciado há 700 anos que um rei da paz nasceria na pequena Belém-Efrata.
    É natural as pessoas se esquecerem de eventos que ocorreram a muitos anos atrás. Milhares, ainda nesse ano de 2015, estarão comemorando o natal sem o verdadeiro presente, sem Jesus. Milhares, esquecidos do verdadeiro Jesus o buscam onde o mesmo não pode ser encontrado.
           Onde encontrar Jesus? Nas Escrituras Sagradas. Nas profecias.
     Herodes ao saber do nascimento do rei da paz, imaginou sua importância. Afinal, seu nascimento já havia sido registrado 700 anos antes de nascer. Dominado pelo medo, Herodes tentou impedir com derramamento de sangue que esse rei crescesse. No entanto, mesmo contra todos os propósitos de Herodes, “Jesus cresceu em graça e sabedoria”.
         Em poucos dias, o mundo inteiro estará comemorando o natal. Para alguns, com seus mais variados argumentos, esse natal é falso, afinal, Jesus não nasceu dia 25 de dezembro. Não quero e não há espaço para discussão desse tema. No entanto, a verdade é que seja como for, é importante e necessário que os cristãos lembrem a respeito do “homem da paz” que nasceu. Nasceu para nos trazer a paz, uma paz que o mundo não consegue compreender (Fp 4.7). 
         Assim como Judá, uma pequena cidade que era muito lembrada na época de Davi por ser a cidade de seu nascimento, mas que, com o passar dos anos, por ser pequena e de pouca importância, acabou sendo esquecida, são milhares de pessoas, ou seja, só sentem valorizadas e amadas quando são prósperas. E na hora das desgraças?
         Homens estrangeiros, magos do Oriente, foram buscar o rei que havia nascido, mas foram encaminhados para a pequena Judá que por muitos havia sido esquecida. Lembre-se: nas desgraças da vida, Deus está contigo, mesmo que todos tenham te esquecido. O príncipe da paz nasceu numa pequena vila esquecida. O príncipe da paz foi enviado para um povo que se imaginava esquecido, pequeno e desprezado.
         Quando o profeta Miquéias anunciou o nascimento do príncipe da paz, o povo de Deus estava sendo oprimido pelos assírios e babilônicos. Em meio a essa opressão não viam saída para seu desespero. Por mais que o povo quisesse independência, todos sabiam que era impossível, afinal, o poderio bélico dos assírios e babilônicos era invencível. Nesse momento em que tudo parecia ser impossível, o profeta Miquéias lembra ao povo que Deus fez e cumprirá a sua promessa: enviará a paz.
       O povo esquecido do amor e da misericórdia de Deus diante da desgraça que estavam enfrentando, precisava lembrar que seriam libertados.
         Faltam poucos dias e milhões de pessoas no mundo inteiro celebrarão o natal. Alguns completamente esquecidos do amor de Deus manifestado naquele que nasceu na manjedoura. Outros, apenas indagando que Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro e por isso, nem sequer estarão lembrando daquele que veio para trazer a paz.
     Natal é o dia do ano em que recebemos a dose do antídoto para uma boa memória. Memória da libertação que aconteceu e acontece pelo “homem da paz – Jesus”. Jesus é a paz personificada. Ele conquistou a paz e transmite a paz. Amém!

Rev. Edson Ronaldo Tressmann

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