Domingo de Ramos – 13/04/2014
Sl 118. 19 – 29; Is 50.4 – 9ª; Fp 2. 5 – 11; Mt 26. 1 – 27.66
Tema: Jesus Cristo foi zombado em meu lugar!
Encontrei apenas um homem que suportou
ser zombado em meu lugar.
As pessoas ficam irritadas quando são
zombadas. A zombaria ridiculariza e
rebaixa. Conheci um homem que aceitou ser zombado em meu lugar, aceitou ser
rebaixado e ridicularizado para que eu, seu amigo fosse exaltado.
O Evangelho de Mateus no capitulo 27,
versículos 40 ao 49, apresenta cinco zombarias proferidas contra Jesus.
1 – uma placa com os
dizeres: “Este é Jesus, o Rei dos judeus” (Mt 27.37).
2 – “Ei, você que disse que era capaz de destruir o
templo e tornar a construí-lo em três dias! Se você é mesmo o Filho de Deus,
desça da cruz e salve-se a si mesmo!” (Mt 27.40).
3 – “Ele salvou
os outros, mas não pode salvar a si mesmo! Ele é o Rei de Israel, não é? Se descer agora mesmo da cruz, nós creremos nele!” (Mt 27. 42).
4 – “Ele confiou em Deus e disse que era Filho de Deus. Vamos ver se Deus quer
salvá-lo agora” (Mt 27.
43).
5 – “Espere. Vamos
ver se Elias vem salvá-lo!” (Mt 27.49).
Das cinco zombarias proferidas contra
Jesus, destaco as que já haviam sido antecipadas profeticamente pelo salmista:
“Você confiou em Deus, o Senhor; então porque ele não o salva? Se ele
gosta de você, porque não o ajuda” (Sl 22.8); “Ele confiou em Deus e disse que era Filho de
Deus. Vamos ver se Deus quer salvá-lo agora” (Mt 27. 43).
Essa zombaria foi pronunciada pelos
chefes dos sacerdotes, mestres da lei e líderes judaicos. Não eram pessoas
ignorantes, no sentido de falta de conhecimento da Palavra de Deus (Antigo
Testamento). Sua ignorância estava no fato de não compreenderem com os olhos da fé
quem estava na cruz.
O evangelista Lucas apresenta em sua
pesquisa, no Evangelho, três acusações contra Jesus quando este foi levado
perante Pilatos. “...Pegamos este homem tentando fazer o
nosso povo se revoltar, dizendo a eles que não pagassem impostos ao
Imperador e afirmando que ele é o Messias, um rei” (Lc 23.2).
Pilatos desejou saber se Jesus era ou
não um impostor messiânico político. Pilatos não soube julgar o caso por não
conhecer a verdade. Assim como os judeus, não conseguia ver com olhos da fé
quem estava diante dele.
O conselho, os líderes judaicos e os
mestres da lei, estavam incomodados pela
afirmação de Jesus que se dizia ser o Messias divino. Os judeus entendiam essa
afirmação como blasfêmia. Mas, por conhecerem a lei romana, sabiam que “blasfêmia”
não condenaria Jesus. Por esse motivo, perante
Pilatos a acusação foi feita numa linguagem política. Jesus foi apresentado
como um messias político, em nada diferente de Barrabás.
Pelo que consta nos relatos dos
Evangelhos, Jesus permaneceu em silêncio. Jesus recebeu de Pilatos a oportunidade
de defesa e até mesmo mudança de plano, se caso fosse um messias político. Jesus
se calou, não se defendeu e muito menos mudou de plano.
Jesus se silenciou, mas não como um
sinal de recusa a sua missão. A única coisa que Jesus comunicou conforme
registrado pelo evangelista João (Jo 18. 34 – 38), é a verdade espiritual. Jesus
informa a Pilatos que ele é o rei dos judeus, mas em sentido espiritual.
Conforme o evangelho de João 18.38 e Lucas
23.4, Pilatos anunciou a inocência de Jesus, porque estava ocupado com o reino
desse mundo e temia o tumulto que causaria entre o povo. Pilatos resolveu se
acomodar num costume judaico, “anistia pascal”. Segundo esse costume, um preso político
podia ser libertado antes da páscoa. Querendo se safar do suposto desejo dos
judeus, sacrificar Jesus, Pilatos adotou o costume para se livrar da culpa da
condenação de Jesus.
O povo estava inflamado pelos lideres
do conselho e Jesus foi escolhido para ser morto. Dou graças a Deus por terem
escolhido Jesus. Foi a condenação de um inocente que me libertou.
Jesus é o homem que eu encontrei que
por amor a mim suportou ser zombado e ridicularizado. “Ninguém tem
mais amor pelos seus amigos do que aquele que dá a vida por eles” (Jo 15.13)
“Você confiou
em Deus, o Senhor; então porque ele não o salva? Se ele gosta de você, porque
não o ajuda” (Sl 22.8);
“Ele confiou em Deus e disse que era Filho de Deus. Vamos ver se Deus quer
salvá-lo agora” (Mt 27.
43). Essa zombaria é proferida ainda hoje! Você é um zombador de Cristo?
As zombarias estão parafraseadas em: “Se Deus existe...; se Deus
está aqui....; etc”.
Jesus foi tentado a se tornar um
messias mais fascinante, terreno, triunfante. O tipo de Jesus que agrada as
pessoas e que faz o maior sucesso. A zombaria foi mais uma das tentações que sofreu para que se tornasse infiel
ao seu papel de servo sofredor. “De fato, a mensagem da morte de Cristo na cruz
é loucura para os que estão se perdendo; mas para nós, que estamos sendo
salvos, é o poder de Deus” (1Co 1.18).
As pessoas buscam um Jesus que
satisfaça suas vontades e caprichos. Não podemos esquecer que Jesus veio para
nos oferecer o que precisamos e necessitamos: a salvação. Essa se dá
pela sua obra realizada na cruz.
A teologia da glória é um desserviço a
fé cristã. A teologia do oba-oba não contribui em nada para a edificação
espiritual das pessoas. “Se a
nossa esperança em Cristo só vale para esta vida, nós somos as pessoas mais
infelizes deste mundo” (1Co 15.
19). Jesus ensinou na sua conversa a Pilatos que seu reino é espiritual. Os
sacerdotes de Cristo são enviados ao mundo para ensinarem o evangelho,
anunciarem a remissão dos pecados, administrarem os sacramentos.
Pessoas buscam um Jesus com status – curador, milagreiro,
cheio de bênçãos de prosperidade. Infelizmente, milhares de pessoas que estão
na busca desse Jesus, quando não o encontram, zombam, taxando Jesus de fraco, um
Jesus sem perspectiva para ser servido. E há aqueles que se dizem enviados, mas
sua intenção é apenas o reino deste mundo, sufocam o evangelho, extinguem o
conhecimento da fé e do reino espiritual.
Assim como na época, não se busca mais
o Jesus que foi desamparado por Deus. Não o buscam, porque não compreendem que
ser desamparado por Deus era o preço que precisava ser pago para nossa
liberdade.
Não precisamos da uma prova em nossa
vida de que Jesus é o messias. A maior prova é a afirmação da Palavra de Deus
que Jesus veio para buscar e salvar o perdido.
Paremos com a zombaria do Jesus crucificado.
Eu não preciso de um milagre que eu desejo para saber se Jesus existe ou me
ama. O maior milagre é a afirmação dada por Jesus a Nicodemos: “Porque Deus amou o mundo tanto, que deu seu único
Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). A páscoa é o maior milagre de Deus. A páscoa é a maior prova do amor de Deus por
nós. “O que dá à morte o poder
de ferir é o pecado, e o que dá ao pecado o poder de ferir é a lei. Mas
agradeçamos a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo!” (1Co 15. 56).
Edson Ronaldo Tressmann
(44) 3462 2796 ou 9856 8020, 9165 4351
Lutero “entre aspas”
Família:
“Nenhum
pecado merece castigo maior do que justamente aquele que cometemos contra as
crianças, quando não as educamos”.
Igreja:
“A
fé é um ato livre, ao qual não se pode forçar ninguém”.
Sociedade:
“Mais
raro que um governo sábio, é um governo honesto”
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