29/05/11 – 6º Domingo de páscoa
Sl 66.8 - 20; At 17.16 - 31; 1Pe 3.13 - 22; Jo 14. 15 - 21;
Tema: Anunciamos a razão da nossa esperança
“Uma vez que o cristão conhece a Cristo como seu Senhor e Salvador, seu coração é permeado por Deus. Por isso, agora ele está ansioso para ajudar a cada um receber os mesmos benefícios, pois seu maior prazer está neste tesouro, o conhecimento de Cristo”
O autor da frase acima, Lutero, disse que Testemunhar não é uma tarefa simples. O apóstolo Pedro em sua primeira carta está lembrando seus leitores e ouvintes sobre a verdadeira esperança, sobre o fato de que foram regenerados e que assim estão envolvidos em uma missão muito maior, a Missão de Deus. E dentro dessa missão que não é nossa, mas daquele que nos chamou das trevas para a luz estamos inseridos como testemunhas, como proclamadores, anunciadores da esperança que é a salvação em Cristo. Como anunciou o próprio apóstolo Paulo em sua segunda carta aos Coríntios, 4.13, “...Eu cri; por isso, é que falei”. E o apostolo Pedro anuncia: “...estando sempre preparados a responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós” (1Pe 3.15).
Anunciamos a razão da nossa esperança
Mesmo sendo trazidos a verdadeira esperança, mesmo que na alegria dessa esperança, o apóstolo Pedro fala que temos um inimigo que quer nos devorar e impedir nosso testemunho.
Ao iniciarmos nossa vida cristã, somos tomados por uma alegria que nos leva a falar espontaneamente das maravilhosas obras de Deus, mas, o tentador vai nos levando ao esfriamento da vida cristã, bem como do testemunho.
Anunciamos à razão da nossa esperança
O apóstolo Pedro em sua 1º carta escreve aos peregrinos, ou seja, as pessoas que estão distantes da sua pátria, longe de seus costumes, da sua cultura. Eles agora caminham por novas culturas, em meio a novas pessoas, e em meio a novos ensinos.
Esses cristãos sofrem por isso e, ainda mais, porque abandonaram seu antigo modo de vida e agora são fiéis testemunhas de Jesus. Sofrem por serem insultados em sua fé de que Jesus Cristo é o Salvador. Esses cristãos estão sendo tentados a se afastar dessa fé verdadeira. Eram ridicularizados e insultados pelos pagãos.
Nos momentos de dúvida, incerteza, a unidade é muito importante. Era necessário que os cristãos permanecessem firmes em Cristo e unidos uns com os outros. O apóstolo Pedro diz: "Estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros" (1Pe 3.15b-16).
Pedro aconselha a permanecerem unidos até mesmo com aqueles que os perseguiam e que dessem um bom testemunho, mansidão; que respondessem com firmeza sobre o que criam para que os perseguidores fossem transformados pela mesma esperança dos cristãos. E que assim fossem aproximados de Jesus Cristo.
Precisamos impactar pessoas com a nossa esperança. Infelizmente, muitas vezes, ocorre o contrário: as dúvidas que os outros lançam sobre nós, acabam nos afastando da verdade, que é Jesus Cristo. Como os cristãos estão sendo tentados a se afastar de Cristo? Dúvidas: esoterismo, maçonaria, astrologia, etc. E como nós estamos trazendo para Cristo? Que seja pelo anunciar a razão da nossa esperança.
Cristãos estão sendo perseguidos por causa de sua fé. E nessa perseguição são admoestados pelo apostolo Pedro a continuarem no sofrimento nas mãos dos ímpios, e mesmo em meio a dor, são convidados a confiar no justo juiz. Jesus Cristo, que virá uma segunda vez distribuirá o devido castigo a todos os inimigos da sua igreja.
Nós não podemos esperar de braços cruzados que Jesus volte para condenar as pessoas, principalmente nossos inimigos, pois como disse Jesus: "amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem" (Mt 5.44). E ainda: "assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai que está nos céus" (Mt 5.16). E o apóstolo Paulo escreve a Timóteo: "o qual deseja (Deus) que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade" (1Tm 2.4). Jesus quer que as pessoas sejam libertas pela verdade, "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (Jo 8.36).
Pedro pede aos cristãos perseguidos e tentados a não desanimarem, pois eles foram resgatados pela verdade, e dessa verdade, mesmo em meio a todas essas situações são chamados a anunciar sua esperança. Que eles estejam sempre preparados para responder a todo aquele que pedir razão da esperança que há neles. E que nessa esperança não se afastem de Jesus Cristo. Mas, como fazer isso?
Jesus deixou dito aos discípulos e a nós: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro consolador, a fim de que esteja para sempre convosco...não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros" (Jo 14. 16,18). E o mesmo Jesus antes de subir ao céu, ao comissionar seus discípulos a fazerem outros discípulos de todas as nações, prometeu estar conosco todos os dias até o fim.
Respostas sobre a nossa fé precisam aproximar as pessoas e não afastá-las. Pois, se as pessoas se afastam, não terão a chance de conhecer a Jesus Cristo e a conseqüência poderá ser terrível. E nós não queremos isso, por isso, anunciamos a razão da nossa esperança.
Quem me dá essa esperança e certeza? Jesus Cristo, aquele que se fez homem, padeceu, morreu em meu lugar e, como diz Pedro: desceu ao inferno para proclamar com todas as palavras a sua vitória sobre o diabo e a morte.
Jesus não foi libertar quem estava no inferno, ele não foi evangelizar. Na verdade, Jesus foi anunciar sua vitória e dizer a todos aqueles que duvidaram de suas promessas, principalmente as pessoas do tempo de Noé. Milhares não quiseram receber o que Deus oferecia. Anunciou aos capetinhas que ele é vencedor e que todos os que lá estão, estão lá porque duvidaram e se recusaram a crer.
Deus ainda hoje nos proclama essa verdade: a verdade de que ele é vencedor da morte, do diabo e do inferno; e tudo o que fez, foi por nós pecadores. E ainda hoje alerta àqueles que se negam a crer que, depois da morte, não há mais volta. Aliás, essa é uma outra dúvida que muitos têm e nós precisamos anunciar a razão de nossa esperança.
Milhares de pessoas ainda hoje gastam dinheiro e tempo orando por aqueles que já se foram numa esperança falsa. Esperança de que poderão tirar aquele que por sua negação ao Espírito Santo acabou tendo um triste fim.
Muitos vivem suas vidas sem fé, pensado unicamente que, quando partirem, seus amigos e parentes, ao realizarem missas, obras, peregrinações e orações irão tirá-los de um lugar de sofrimento ou espera. Não nos iludamos nessas falsas esperanças.
Jesus Cristo é a verdadeira esperança, Ele veio para nos dar a vida eterna: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14.6).
Eu não estou julgando, ou colocando alguns no inferno. Simplesmente estou chamando a todos ao único meio verdadeiro de salvação, que é JESUS CRISTO. Porque Deus não deseja a perdição do homem. Jesus disse: "Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos" (Mt 25.41).
O inferno não foi feito para o homem, ele é reservado ao diabo e a todos os anjos que o seguiram. Jesus deseja a salvação de todos: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus" (Jo 3.16-18).
Queridos amigos e amigas, estejamos alicerçados em Jesus Cristo. Deus nos trouxe à fé pelo batismo, e alimenta essa fé durante toda a nossa vida pela sua PALAVRA e o Sacramento da Santa Ceia. Aproveitemos essas oportunidades, pois ao estudar estaremos cada vez mais aptos a responder sobre a nossa esperança. E ao responder sobre a certeza da nossa esperança que é Jesus Cristo, que é a vida eterna, estaremos alcançando um objetivo: "Fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento". Ou seja: que muitos se arrependam e vivam eternamente assim como nós. Desejemos a salvação do outro, assim como Deus desejou e deseja a nossa.
Proclamemos o Jesus Cristo vitorioso para que outros sejam vitoriosos. Não tenhamos a mesma atitude de Jonas que não se conformou com o arrependimento dos ninivitas. Jonas não os achava merecedor da compaixão e misericórdia de Deus. E precisou aprender de Deus uma grande lição "e não hei de ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que há mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda, e também muitos animais?" (Jn 4.11).
Deus sempre aguarda o homem, sempre convida o homem, assim como o próprio Jesus disse: sempre vai a procura da ovelha perdida.
Anunciamos a razão da nossa esperança.
Jesus está presente em nossa vida pela sua Palavra, pelo seu corpo e sangue, opera em nós a fé verdadeira e alimenta essa fé, para que eu e você estejamos cada vez mais convictos da nossa esperança. E que, esperançosos, possamos impactar outros com a mesma esperança para que abandonem suas falsas esperanças. Jesus é o vencedor e proclamou sua vitória no inferno para que eu não vá para lá. Deus nos preserve na fé. Amém!
Pr Edson Ronaldo Tressmann
Querência do Norte - PR
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