15/05/11 - 4º Domingo de páscoa
Sl 23; At 2.42 - 47; 1Pe 2.19 - 25; Jo 10.1 - 10
Tema: Vivemos para a justiça
“Porque estáveis desgarrados como ovelhas; agora, porém, vos convertestes ao Pastor e Bispo de vossa alma” (1Pe 2.25).
É necessário que toda pessoa, para ser salva precisa ser arrancada de sua falsa segurança, de seu falso conforto, da falsa paz e de suas falsas esperanças. Ela precisa ser levada ao desespero pela salvação e por causa de sua condição presente. Mas isso é meramente um estágio preparatório pelo qual precisa passar; não é o assunto de maior importância nem o principal objetivo a ser alcançado.
O principal é que obtenha completa segurança e certeza de seu estado de graça e salvação, para que possa exultar por seus pecados terem sido perdoados. Assim se vive para a justiça.
Isso é ser chamado, é ser evangélico e ter como objetivo de vida.
Pregar o evangelho não é apenas abrir a Palavra de Deus e supostamente dizer o que se quer dizer, ou apenas o que as pessoas desejam ouvir. Ser ministro é verdadeiramente pregar o evangelho a quem nos foi confiado. É levar à fé em Jesus Cristo , batizar e administrar a absolvição e santa ceia. E pregar o evangelho consiste em apenas dizer às pessoas que elas foram completamente reconciliadas com Deus através de Cristo. E viver a fé genuinamente é viver na certeza de que temos o perdão dos pecados e que as portas do céu estão abertas.
Quando uma criança é batizada, ou até mesmo um adulto que não foi batizado recebe o batismo, essa pessoa é tirada do mundo dos pecadores perdidos. Eles foram alcançados pela graça de Deus oferecida no batismo. Deus agora é o Pai, e a pessoa é filho de Deus. E sendo filho de Deus já está salva. Anunciar a absolvição é dizer que os pecados estão perdoados em nome e por amor de Cristo. Participar da santa ceia é participar da grande conquista da redenção, pois no corpo e no sangue está o sinal do valor que Deus em Jesus pagou pelo pecador.
Jesus em conversa com seus discípulos, para ser mais especifico, quando os setenta retornaram da missão a qual Jesus os havia enviado de dois em dois. Eles retornaram cheios de alegria, aliás, os demônios submetiam a eles pelo nome de Jesus. E nessa euforia Jesus diz claramente: “Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus” (Lc 10.20). E Pedro que ouviu essas Palavras agora anuncia aos cristãos dispersos pela Ásia Menor: “Porque estáveis desgarrados como ovelhas; agora, porém, vos convertestes ao Pastor e Bispo de vossa alma” (1Pe 2.25).
Interessante que não há nas Escrituras Sagradas uma parte em que os membros das congregações são tratados como se estivessem inseguros quanto à sua situação em relação a Deus. Na verdade, apesar das fraquezas e falhas desses membros, o tratamento pressupõe que são amados e queridos filhos de Deus.
Infelizmente, muitos acham satisfação em treinar o povo a vir para reclamar que não tem certeza da salvação, de que estão com medo e que se perderiam se morressem na próxima noite. Alguns desejam isso, pedem por isso, pois querem ter ao seu lado o que eles chamam de verdadeiros cristãos, faça isso, disse para não ter feito aquilo, etc. Um verdadeiro ministro do evangelho fica aflito, pois o verdadeiro objetivo do pregador, do ministro do evangelho é que seus ouvintes confessem: “Eu sei que Jesus Cristo vive, eu sei e creio nEle, e nEle tenho o perdão e a salvação”.
“Porque estáveis desgarrados como ovelhas; agora, porém, vos convertestes ao Pastor e Bispo de vossa alma” (1Pe 2.25). O que leva milhares a viverem seus dias amargurados sem certeza do perdão e se realmente são cristãos? A confusão de lei e evangelho. Esquece de anunciar a maravilhosa obra de Jesus, ele é o Pastor e Bispo da nossa alma. Como diz o texto lema da IELB nesse ano de 2011: “Eu sou o Bom Pastor. O Bom Pastor dá a vida pelas ovelhas” (Jo10.11).
Vivemos para a Justiça
Uma vida possível para aquele que recebeu no batismo o perdão, aquele que se consola ainda hoje no perdão anunciado pelas palavras da Absolvição, para aquele que recebe o perdão oferecido no corpo e sangue de Cristo dados com e sob o pão e o vinho. Eu vivo para a justiça, pois sou perdoado.
Não pode se fazer confusão, de imaginarmos que é a nossa vida, o nosso jeito de viver quem nos garante a vida eterna. A diferença está naquele ao qual nos fomos, observem bem: nós fomos convertidos. Sim, a diferença está em Cristo. O qual nos resgatou. E nós sem nenhum mérito fomos convertidos a ele pelo batismo ou pela Palavra, e continuamos pela Palavra sendo constantemente convertidos a ele, ou seja, sempre sendo chamados de volta, principalmente quando estamos sofrendo injustamente, quando somos injustiçados, mesmo na prática do bem. Vivemos para a justiça sabendo que nossa alegria está na salvação que nos é oferecida e dada em Cristo, assim continuamos na prática do bem que é a manifestação de amor ao próximo.
Nesse mundo em pecado, nossos dias são dias em que andamos assim como diz o salmista: “num vale da sombra da morte”, mas sabendo que estávamos “desgarrados como ovelhas; agora, porém, vos convertestes ao Pastor e Bispo de vossa alma”, não há motivos para temermos, pois em nada esse mundo poderá nos ferir, pois a vida eterna obtida pelo perdão que Cristo oferece e dá nós caminhamos rumo ao banquete celestial, onde habitaremos para todo o sempre. Amém!
Pr Edson Ronaldo Tressmann
Querência do Norte - PR
Olá
ResponderExcluirQuem bom foi reve-lo no simposio de Missao...
Deus esteja sempre ao seu lado te acompnhando nesse belo trabalho que fazes com tuas mensagens... que muitas pessoas possam ler elas e usa-las para que mais tenham a salvacao de suas vidas!
abracos