15
de setembro de 2024
Décimo
sétimo Domingo após Pentecostes
Salmo
116.1-9; Isaías 50.4-10; Tiago 3.1-12; Marcos 9.14-29
Texto:
Is 50.4-10
Tema:
Retrato de Jesus Cristo vivido pela Igreja!
Cada
obra de arte é única. Há algumas características que apreciam ou depreciam o
real valor de uma obra de arte. Para se determinar o valor real de uma obra, é
necessária a análise de um profissional com conhecimento técnico e experiência.
Qual valor dessa tela de arte?
O
artista responsável por essa tela de arte foi o profeta Isaías, do século VII
antes de Cristo. Que com uso de letras hebraicas pintou essa excelente e
magnifica pintura.
Esse
belo quadro em letras escritas no couro pelo profeta Isaías, se observadas
atentamente mostram a figura de Jesus Cristo e da situação real da igreja.
Vamos
visualizar Jesus nessa tela pintada por Isaías.
“O Senhor Deus me deu língua de eruditos, para que eu
saiba dizer boa palavra ao cansado” (Is 50.4). “Ofereci as costas aos que me feriam e as faces, aos que
me arrancavam os cabelos; não escondi o rosto aos que me afrontavam e me
cuspiam” (Is 50.6).
Essa
tela destaca com precisão um hino de lamentação. E como é em toda a Bíblia, uma
lamentação é sempre lamentação na presença de Deus. Por essa razão, não é por
acaso que esse hino contém fortes elementos de confiança.
O
quadro do servo sofredor que não está presente só nesse texto, mas é um quadro
pintado desde Isaías 42 até 53, observa-se que Jesus seria o enviado da parte
do pai para sofrer.
A
implicação do servo sofredor é que o sofreria por algo e alguém.
Como
é salutar essa mensagem em nossos dias, afinal, muitos compreendem que a ausência
de sofrimento é explicada como consequência da obediência à vontade de Deus e o
sofrimento é um sinal de desobediência a Deus. Se
esse entendimento fosse correto, o que dizer sobre Jesus? Ele é o
Filho de Deus e sofreu (Fp 2).
O
real valor dessa obra de arte do profeta Isaías está no entendimento de que é
preciso ter cuidado, pois, o sofrimento e a cruz de Jesus é também o sofrimento
e a cruz de sua igreja (o corpo de Cristo).
Não
se esqueça que não há igreja cristã e cristãos sem sofrimento.
Descrever
o servo sofredor e os servos desse servo sofredor é destacar que (Is 50.5b-7)
tudo está centrado ao redor do sofrimento que envolve o preço pago pelo servo
sofredor e quem serve a esse servo está sujeito aos mesmos sofrimentos.
A
promoção da obra do servo sofredor está no seu sofrimento. E todo que está no
caminho do servo sofredor, sofre (Fp 3.10ss).
Os
dados confirmam que apesar de olharmos para o passado e relembrar o martírio de
muitos cristãos, não houve maiores perseguições que no século XX e que estão se
repetindo no século XXI. Todavia, a mensagem do quadro do profeta Isaías
destaca que: “...se o caminho em que andam é
escuro, sem nenhum raio de luz, confiem no Senhor, ponham a sua esperança no
seu Deus” (Is 50.10).
Jesus,
o servo sofredor, veio para sofrer para que os servos não sofram eternamente.
Recorde-se
que ser cristão envolve carregar uma cruz. Não há igreja cristã e cristãos sem
sofrimento.
Tempos
atrás alguém comentou: há um casal que mora do outro lado da rua em que moro
que nunca brigou, vivem bem, não discutem. E eles nem sequer seguem uma igreja.
E eu e minha esposa que estamos constantemente na igreja, sofremos com
discussões no casamento. Após ouvir a pessoa, comentei. Primeiro: só conhece
as goteiras da casa quem mora nela. Segundo: a tentação é abandonar a igreja, pois
não seguir o caminho de Jesus não traz sofrimentos. E eu não quero sofrer.
Estamos
inseridos no espírito da época em que é preciso ser amado, reconhecido e
aclamado. Dessa forma, ao seguir o caminho do servo sofredor e nos deparar por
causa de Jesus com o sofrimento parece ser lógico e tentador abandonar o
caminho cristão. Servir o mestre sofredor Jesus envolve não experimentar apenas
honra, mas também incompreensão, desprezo e vergonha.
O
sofrimento precisa ser olhado a partir da cruz de Cristo. Jesus Cristo sofreu,
mas não foi um derrotado. Da mesma forma nós não somos derrotados.
A
igreja é uma comunhão com Cristo, tanto no sofrimento, bem como na glória. Vivemos
por Jesus Cristo, o qual “...embora tenha sido
crucificado em estado de fraqueza, Cristo vive pelo poder de Deus. Assim nós
também, unidos com ele, somos fracos; porém, em nossa convivência com vocês,
estaremos ligados com o Cristo vivo e teremos o poder de Deus para agir”
(2 Co 13.4). Amém
Edson
Ronaldo Tressmann
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