quinta-feira, 21 de julho de 2022

Ifood divino!

 Salmo 138; Gênesis 18.20-33; Colossenses 2.6-15; Lucas 11.1-13

Texto: Lucas 11.3

Tema: Ifood divino!

Dá-nos cada dia o alimento que precisamos (Lc 11.3).

 

O que você gostaria de aprender?

Há pessoas que gostariam de aprender a pilotar um avião. Outras gostariam de aprender outro idioma.

Certa vez um discípulo fez um pedido para Jesus: “Senhor, nos ensine a orar, como João ensinou os discípulos dele” (Lc 11.1).

Não se sabe qual oração João Batista ensinou seus discípulos a orar, mas, a oração que Jesus ensinou aos seus discípulos temos registrado no evangelho de Lucas 11. Há também a oração do Pai Nosso registrada em Mateus 6, mas, há quem diga que é outra oração do Pai Nosso, assim, há duas orações do Pai Nosso. A oração em Lucas têm cinco pedidos e em Mates sete pedidos.

Não é propósito dessa mensagem discutir essa diferença, mas, trazer para vocês o sublime pedido desse discípulo: “Senhor, nos ensine a orar” (Lc 11.1).

Você sabe orar? Gostaria de aprender a orar? Tenho observado em muitas crianças que nos seus 10 anos ainda não sabem a oração do Pai Nosso.

A oração é a manifestação da boca sobre o que a fé guarda no coração. Quem crê, ora!

Oração é comunicar para Deus sobre nossos dilemas. Orar significa que confiamos naquele a quem estamos dirigindo nosso falar.

Nas páginas do Antigo Testamento a oração caracteriza o relacionamento com Deus. Todo israelita que orava o fazia por saber o que esperar de Deus. O que você espera de Deus? Ele só dará o que você pedir (Lc 11.11-12). Por esse motivo Jesus recomenda: “peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam, e a porta será aberta para vocês. Porque todos aqueles que pedem recebem; aqueles que procuram acham; e a porta será aberta para quem bate” (Lc 11.9-10).

A verdadeira oração é aquela que vêm do coração. Ao nos ensinar a orar o Pai Nosso - Jesus não quer apenas que sejamos repetitivos, mas, que oremos com o coração, certos de que essas petições sãs agradáveis ao Pai celeste.

Diante do pedido desse discípulo, Jesus se pôs a ensiná-los a orar. E entre os cinco pedidos, dois se referem às causas de Deus e três as necessidades humanas.

A causa de Deus: santificado seja teu nome e venha o teu reino está atrelado à pregação da Palavra de Deus e o necessário para o corpo e a vida, o perdão de Deus e o perdão entre as pessoas bem como a inibição da queda em pecado, está atrelada as maiores necessidades humanas.

Oração não é uma manipulação desejando que Deus faça a nossa vontade. Oração é colocar tudo nas mãos de Deus, tanto sua causa bem como nossas necessidades diárias.

Oração é pedir, mas, não querer realizar nossos agrados e sim, sujeitar nossas vontades a Deus. Deus conhece as nossas necessidades, mas, deseja que como bons filhos, peçamos para ele.

Dá-nos cada dia o alimento que precisamos” (Lc 11.3) não é uma oração por riqueza, mas, reconhecimento de que se vive dependente de Deus. Orar pelo alimento que precisamos é viver do necessário que Deus concede. Ao orar: “Dá-nos cada dia o alimento que precisamos” (Lc 11.3) é como enviar um wathsap para o ifood divino, na certeza de que a entrega já está a caminho.

Deus nos concede o pão de cada dia com o intuito de que reconheçamos de que Ele é Deus (Sl 100.3) e o louvemos e adoremos por isso (Sl 100.1-2).

Jesus estava em viagem e orou e foi solicitado que ensinasse os seus discípulos a orar. Jesus sempre orou antes de grandes provas. Orou antes de escolher seus discípulos (Lc 6.1); quando se preparou para ressuscitar Lázaro (Jo 11.41-43); orou no Getsêmani (Mt 26.36); orou ao final da sua obra (Jo 17.4).

Jesus orou em momentos de provação, tentação e tristeza. Orou no monte, no jardim, pela manhã e também durante a noite.

O que você gostaria de aprender?

Senhor, nos ensine a orar” (Lc 11.1).

Lucas no livro de Atos relata que os discípulos aprenderam a orar e praticavam o hábito da oração. E todos continuavam firmes, seguindo os ensinamentos dos apóstolos, vivendo em amor cristão, partindo o pão juntos e fazendo orações” (At 2.42).

Em Lucas 10 aprendemos duas lições especiais. Primeira: deixar de ir ao Templo em virtude do socorro ao próximo necessitado (Bom samaritano); segundo: deixar a boa hospitalidade a um visitante para ouvir Jesus (Marta e Maria). Como fazer isso? Orando pela causa de Deus e pela necessidade diária.

Oração é comunhão com o Pai. Qual Pai? O criador de todas as coisas. Minha vida é uma revelação de que eu, mesmo não possuindo o mundo, sou filho do dono do mundo. Como filho do Pai, estou no mundo, mas comprometido com o Reino. E para vivermos em prol da causa de Deus, o seu projeto diário é único: dar o alimento que precisamos.

Jesus disse que no dia do julgamento, serão abençoados aqueles que ajudarem os pequeninos, ou seja, ajudaram com comida, água, casa, roupas, os que trabalharam no reino de Deus.

Ao orar: “Dá-nos cada dia o alimento que precisamos” (Lc 11.3) Jesus deseja nos livrar da vida cheia de sofrimentos que é a ganância pela riqueza.

Somente na oração do Pai Nosso (Mateus 6.11 e Lc 11.3) aparece a expressão epiousiosde cada diadiáriodiariamentede todos os dias. Orígenes escreveu que esse termo foi criado pelos evangelistas. Lembro que o ES é autor desse vocábulo, pois Ele é autor da Bíblia. Assim, ao orar: “Dá-nos cada dia o alimento que precisamos” (Lc 11.3) reconhecemos que Deus nos concede o necessário para nossa existência diária.

É apropriado nesse instante recordar a oração de Salomão: “não me deixes mentir e não me deixes ficar nem rico nem pobre. Dá-me somente o alimento que preciso para viver” (Pv 30.8).

O que é necessário para sua sobrevivência hoje? Esse necessário provém das mãos de Deus.

Dá-nos cada dia o alimento que precisamos” (Lc 11.3) nos faz refletir sobre nossas finanças pessoais e como estamos vivendo com as mesmas, afinal, vivemos demasiadamente pensando no amanhã. Não gastamos hoje para ter amanhã. Comemos pouco hoje para comer muito amanhã. Somos refém do consumo do amanhã.

Jesus nos ensinou a orar e assim nos convidou a confiar nEle, depender exclusivamente dEle dia após dia.

A oração não muda Deus, muda a nós mesmos. Deixar nas mãos de Deus nos leva a esperar e, enquanto esperamos, vamos mudando, amadurecendo.

O povo de Deus enquanto caminhava no deserto recebeu a seguinte ordem: “Agora eu vou fazer chover do céu pão para vocês. E o povo deverá sair, e cada um deverá juntar uma porção que dê para um dia” (Ex 16.4) e ao orar: Dá-nos cada dia o alimento que precisamos” (Lc 11.3) mostra o convite que Deus nos faz: viver das porções diárias recebidas das mãos de Deus! Amém!

ERT

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