segunda-feira, 28 de julho de 2025

Deus é bom o tempo todo! (Sl 100.5)

 03 de agosto de 2025

Oitavo Domingo após Pentecostes

Salmo 100; Eclesiastes 1.2,12-14;2.18-26; Colossenses 3.1-11; Lucas 12.13-21

Texto: Ec 1.2,12-14;2.18-26 e Sl 100

Tema: Deus é bom o tempo todo!

 

Tarifaço do Trump de 50% sobre os produtos do Brasil. O Trump gosta tanto de taxa que só falta chamar o Haddad para ser seu ministro.

Na questão da ética do trabalho, comparar EUA com a América Latina, é diferenciar a filosofia divergente sobre o trabalho na vida das pessoas americanas e latinas.

Para os latino-americanos, influenciados pela nobreza espanhola e a igreja católica, o trabalho é uma maldição. O ideal é viver bem sem ter que trabalhar muito. Já para os norte-americanos, sob a influência da ética protestante de trabalho, filosofia weberiana, ao trabalhar muito e conseguir ser bem-sucedido, demonstra que foi escolhido por Deus. Para os norte-americanos o trabalho é uma bênção.

O pensador americano Ralph Waldo Emerson escreveu que “o cume da sabedoria é entender que o tempo empregado no trabalho nunca é desperdiçado”.

Criou-se uma teoria de que pessoas que dependem de recursos governamentais são vagabundos. Todavia, de acordo com a reflexão, o que entra em jogo é a diferença de pensamento sobre o trabalho. Um latino-americano sempre vai querer ganhar e trabalhar pouco.

Numa rápida leitura do texto de Eclesiastes, percebe-se que Salomão parece destacar o trabalho mais como maldição do que bênção.

Por onze vezes, Salomão emprega a palavra hebraica ‘amal que significa “esforço, desventura, fadiga, desastre”. Ao usar essa palavra junto a expressão: enfadonho trabalho (Ec 1.13), Salomão dá uma conotação negativa para o trabalho. A ideia é que se faz um grande esforço e não se obtém nenhum benefício, “correr atrás do vento” (Ec 1.17; 4.16).

Salomão faz uma reflexão em torno da formulação: “que proveito tem o homem de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol?” (Ec 1.3). A resposta é devastadora. Não há garantia de que tiraremos proveito dos esforços nessa vida e essa resposta vai contra as nossas expectativas.

Quando Salomão fala dessa forma sobre o trabalho, a razão é que, suor e sacrifício nos lembra a queda em pecado (Gn 3.17,19). Não há como esperar muito de algo que sofre consequências desastrosas devido à queda em pecado.

O interessante dessa leitura escrita por Salomão é que na época Israel, pela primeira vez na sua história, havia se tornado uma grande potência no Oriente Médio. E o receio de Salomão era que seu filho estragasse tudo o que ele com tanto esforço havia conseguido. A partir disso, temos a constatação de que muitas vezes se usa o trabalho como um meio para sermos melhores que os outros. Pessoas não querem servir, mas ter mais glória, mais fama e poder. Milhares não trabalham pensando na vantagem do outro. O trabalho é movido pelo egoísmo.

O trabalho, se tornou uma maldição para Salomão, pelo fato dele passar a confiar em seu trabalho e não em Deus. Ele queria controlar seu destino. A verdadeira vaidade é confiar em seu trabalho, dons e talentos.

Nosso valor não está em nosso trabalho. As pessoas valorizam tanto o trabalho como valor pessoal que muitas mulheres se sentem frustradas por cuidarem da casa e dos filhos.

Tal como é necessário haver um professor, é necessário haver um agricultor. Ambos são importantes, necessários e essenciais. Todavia, é perigoso e corre-se o risco de cair na tentação de Salomão em querer ser grande aos olhos do mundo por causa daquilo que se faz.

Você elogia sua esposa quando chega em casa e a casa está limpa?

Se a mulher limpar a casa para ser elogiada e não for, chegará a conclusão de que seu trabalho não vale nada. Se tornará uma vaidade.

Nosso trabalho é uma bênção (Ec 2.24-26) quando se salienta que tudo que se possui e recebe vêm das mãos de Deus para usufruir em nosso proveito (Ec 2.26).

A palavra ´amal usada por Salomão foi usada pelo profeta Isaias para descrever a obra da salvação realizada por Jesus Cristo (Is 53.11). Ou seja, o trabalho de Jesus para conseguir a nossa salvação foi penoso. Todavia, o trabalho de Jesus beneficia a muitos, por isso, o Senhor é a nossa porção (Ec 2.21; Sl 119.57).

Mesmo tendo apenas o básico do dia a dia, reconhecendo isso como bênção de Deus, é muito mais agradável do que ter um banquete todos os dias achado que é fruto do nosso esforço. Esse é o diferencial conforme indicado pela explicação da petição da oração do Pai Nosso: “O pão nosso de cada dia nos dá hoje” - reconhecemos e recebemos com gratidão tudo o que Deus nos dá para nosso sustento, somos criaturas e dependemos da sua graça.

Olhar e perceber o trabalho com os olhos da fé, torna o trabalho uma bênção dada por Deus.

Falando em bênção, o salmista convida: “Adorem o Senhor com alegria e venham cantando até a sua presença” (Sl 100.2).

Gratidão é a mãe de todas as virtudes!

Você possui essa virtude? Você reclamou ou agradeceu hoje?

Thomas Watson, pregador puritano escreveu: “a murmuração é música para o diabo”.

A ingratidão conduz a murmuração e é como um tapa olho que não permite ver as coisas boas que se possui por recebê-las de Deus. Ao reclamar e agir com ingratidão, bênçãos se tornam ruins. Quantas vezes o(a) filho(a) se torna desagradável? A moradia inadequada? A comida sem sabor? O trabalho desagradável?

A ingratidão, além de fechar os olhos, leva a invejar o que é do outro e nutrir sentimentos de avareza. Jesus disse: “Tenham cuidado com todo tipo de avareza porque a verdadeira vida de uma pessoa não depende das coisas que ela tem, mesmo que sejam muitas” (Lc 12.15).

Há uma publicação médica da universidade de Harvard onde se afirma a relação entre gratidão e felicidade.

A gratidão ajuda as pessoas a serem mais positivas, aproveitar melhor os momentos da vida, e lidar mais facilmente com os problemas. Melhora a saúde e auxilia na construção de relacionamentos mais fortes.

Milhares de anos antes dessa publicação médica de Harvard, a Palavra de Deus destacou a importância e a necessidade da gratidão (1T 5.16,18). A gratidão não só oferece e dá felicidade e bem-estar, ela também auxilia a superar a:

Murmuração (Sl 100.1);

Idolatria (Sl 100.2);

Orgulho (Sl 100.3);

Ingratidão (Sl 100.4);

A Bíblia não registra o autor do Salmo 100. Todavia, o autor exalta a gratidão (Salmo100).

Você reclamou ou agradeceu hoje?

Cantem hinos a Deus, o Senhor, todos os moradores da terra! Cantem hinos a Deus, o Senhor, todos os moradores da terra!” (Sl 100.1)

O culto dos hebreus era com muita música, instrumentos, trombetas e mulheres dançando (Sl 98.5-8). Durante o culto, o povo cantava o tempo todo.

O povo de Israel recebeu a incumbência de ser luz para as nações, e o povo de Israel era luz através da celebração, da adoração, da gratidão. E o salmista convida não apenas o povo de Israel, mas todos os moradores da terra.

Adorem o Senhor com alegria e venham cantando até a sua presença” (Sl 100.2).

Todo ser humano adora. Só resta saber quem cada ser humano adora.

Foi Jesus quem disse que ninguém pode servir a dois senhores (Mateus 6.24). Ou se serve um ou se serve outro. Na carta aos coríntios, o apostolo Paulo escreveu que há um só Deus (1Co 8.6).

Ao convidar para que as pessoas adorem ao Senhor com alegria, o salmista exorta para que no culto, os cânticos e os sacrifícios, não fossem apenas um cerimonial sem vida e alegria. Cuidado para não ser Marta, estar na cozinha, desejando estar na sala de estar. Ou seja, estar no culto de corpo, mas a alma e o espírito nas ocupações ou outros lugares.

O Salvador Jesus faz eco as palavras do salmista e exorta de maneira severa o perigo do mero ritualismo: “Vão e procurem entender o que quer dizer este trecho das Escrituras Sagradas: “Eu quero que as pessoas sejam bondosas e não que me ofereçam sacrifícios de animais.” Porque eu vim para chamar os pecadores e não os bons” (Mt 9.13).

Adore o Senhor com alegria (Sl 100.2). A lei exige sacrifícios, dízimos, e esses precisam ser ofertados com alegria. Tudo que possuo e tenho recebi das mãos de Deus.

Assim como o trabalho, as ofertas e a adoração só se tornam um peso quando se passa a ignorar Deus como autor das bênçãos.

Lembrem que o Senhor é Deus. Ele nos fez, e nós somos dele; somos o seu povo, o seu rebanho” (Sl 100.3).

Perder a memória é perder a sua identidade.

O verbo lembrar é um verbo essencial nas Escrituras Sagradas. No último livro do Antigo Testamento, livro do profeta Malaquias, o profeta alerta o povo de Deus para que se lembre (Ml 4.4), ou seja, mantenha viva sua identidade.

O verbo lembrar (lembrem, Sl 100.3) significa ter conhecimento adquirido pela experiência. Lembrar que o Senhor é Deus é reconhecer a Deus como autor das bênçãos e por isso, cantar e adorar. Somos criaturas de Deus, resgatados por Deus (Sl 100.3).

Ser chamado de rebanho de Deus é o mesmo que ser denominado como igreja. A igreja pertence a Deus, por isso, lembrem que somos de Deus, somos seu rebanho.

A maior cilada é passar a encarar a igreja como uma organização humana e tratá-la apenas como uma empresa.

A igreja é composta por ovelhas e essas são classificadas pelo salmista como rebanho de Deus. Igreja são pessoas, igreja é o povo de Deus. Um povo que canta, adora, oferta.

Entrem pelos portões do Templo com ações de graças, entrem nos seus pátios com louvor. Louvem a Deus e sejam agradecidos a ele” (Sl 100.4).

Há um motivo especial para o salmista convidar a igreja a cantar hinos, adorar, lembrar quem é Deus e entrar no Templo: gratidão.

E qual é o motivo da gratidão?

Pois o Senhor é bom; o seu amor dura para sempre, e a sua fidelidade não tem fim” (Sl 100.5).

O fato de cantar hinos, adorar, lembrar quem é Deus e entrar no Templo é motivo de louvor e gratidão, pois, Deus é diferente dos deuses pagãos.

Os deuses pagãos precisam de algum sacrifício para mostrarem sua suposta bondade. Deus, em qualquer circunstância é bom.

Ele não é bom só quando você o louva. Ao ser chamado a louvar e agradecer deve-se ao fato de Deus ser bom o tempo todo, independente se estou adorando ou não.

O Senhor é bom – isso significa que Deus conhece as nossas reais necessidades e as concede não por merecimento da nossa parte. É graça de Deus termos o que temos.

O seu amor dura para sempre – Deus ama por ser amor! Ele não espera minha atitude. Os deuses querem primeiro ser agradado para depois supostamente ajudar. Deus auxilia, socorre, mesmo quando não o merecemos. Disse Jesus: “...ele faz com que o sol brilhe sobre os bons e sobre os maus e dá chuvas tanto para os que fazem o bem como para os que fazem o mal” (Mt 5.45).

A sua fidelidade não tem fim – a palavra fidelidade é a forma hebraica da palavra amém, transmitindo o sentido de confiança e firmeza.

Dessa forma, ao encerrar o Salmo 100 destacando a fidelidade de Deus, o salmista visa exaltar que todo louvor e adoração se deve as ações de Deus por nós e não para que nosso culto realize ou conquiste algo.

O culto só existe por uma razão: Deus ter realizado algo por mim e para mim. Os cultos continuarão a ser realizados, pois Deus sempre concede suas bênçãos. Amém

Edson Ronaldo Tressmann

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segunda-feira, 21 de julho de 2025

Aprendendo a orar! (Lc 11.1-13)

 27 de julho de 2025

Sétimo Domingo após Pentecostes

Salmo 138; Gênesis 18. 20 – 33; Colossenses 2. 6 – 15; Lucas 11. 1 – 13

Texto: Lucas 11.1-13

Tema: Aprendendo Orar!

 

A palavra orar e suas muitas variações ocorre 370 vezes na Bíblia.

Os evangelhos não narram todas as vezes que Jesus orou. Todavia, pelos registros dos evangelistas, há 25 ocorrências diferentes pelas quais Jesus orou.

Semana passada, ao refletir sobre a lição de Marta e Maria, aprendemos que as distrações acabam fazendo com que se perca o necessário. As distrações e as muitas demandas, tem conduzidos muitos a tomarem o nome de Deus em vão, ou seja, muitos não tem tirado tempo para orar.

Você sabe orar?

Com qual frequência você ora?

Um dos discípulos de Jesus pediu: “Senhor, nos ensine a orar, ...” (Lc 11.1).

Apesar de muitos terem aprendido a oração do Pai Nosso desde criancinha, é preciso entender o que oramos e o motivo pelo qual dizemos um sonoro amém para essa oração.

Dizer amém significa que sim, da forma como oramos é para acontecer.

Dessa forma, desejamos compreender o significado dessa oração ensinada por Jesus e assim, poder novamente dizer, amém – sim, que assim seja.

A oração não era algo desconhecido pelo povo de Deus. Temos muitos exemplos de pessoas que oraram (Moisés, Josué, Abraão, Jacó, Isaque, Elias, Habacuque, Davi, Daniel, Raquel, Débora, Ana, Ester...).

O profeta Isaías apresentou Deus como sendo o Pai Nosso (Is 63.15-16; 64.7-9). Nas orações feitas nas sinagogas, também se observava o costume de orar chamando Deus de nosso Pai. Mas, na sinagoga, a oração não era em tom de súplica.

Ao ensinar a orar, Jesus trouxe para o povo um modo de falar conhecido, no entanto, destacando o que se precisa pedir e chamando a Deus de Pai Nosso, Jesus dizendo Abba enfatiza Deus como um Pai em quem se pode confiar, um pai que está próximo.

Ao dizer, papaizinho amado, Jesus quer nos incentivar a orar na certeza de quem é esse Pai.

Saber quem é esse Pai é motivo para orar, sabendo que Ele concederá o melhor para seus filhos. Por essa razão, Lucas apresenta as palavras ditas por Jesus: “... peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam, e a porta será aberta para vocês. Porque todos aqueles que pedem recebem; aqueles que procuram acham; e a porta será aberta para quem bate. Por acaso algum de vocês será capaz de dar uma cobra ao seu filho, quando ele pede um peixe? Ou, se o filho pedir um ovo, vai lhe dar um escorpião? Vocês, mesmo sendo maus, sabem dar coisas boas aos seus filhos. Quanto mais o Pai, que está no céu, dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!” (Lc 11.9-13).

 

A oração do Pai Nosso nos foi deixada registrada duas vezes na Bíblia (Lc 11.2-4; Mt 6.9-13). Mesmo sendo apresentada duas vezes, há uma pequena diferença entre Mateus e Lucas.

O evangelista Mateus registra sete pedidos. O evangelista Lucas registra cinco pedidos.

Mateus 6.9-13

Lucas 11.2-4

Pai nosso, que estás nos céus,

Pai,

Santificado seja o teu nome;

Santificado seja teu nome;

venha o teu reino;

venha o teu reino

faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;

 

o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;

O pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia;

E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores;

perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo que nos deve;

e não nos deixe cair em tentação;

E não nos deixe cair em tentação.

mas livra-nos do mal

 

 

O fato de Mateus ter registrado sete pedidos é por causa do seu público. Para os judeus, o número sete é o número da perfeição, da totalidade de Deus. Todavia, tanto Mateus quanto Lucas preservam a estrutura sequencial da oração.

A oração é dirigida ao Pai; o seu nome deve ser santificado; se súplica pelo reino; pede por pão; súplica por perdão tanto na relação divina quanto humana; pede-se por livramento da tentação e das maldades.

Mateus parece indicar uma oração coletiva, por isso, faz uso do Pai Nosso. Estás nos céus remete a uma expressão judaica. Lucas, ao usar apenas Pai, coloca a oração em tom pessoal.

Ao acrescentar faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu, Mateus oferece uma explicação sobre a vinda do reino.

E por fim, quando Mateus enumera livra-nos do mal, seu intuito é enfatizar o que o apostolo Tiago desenvolve em sua epistola. Deus não é o autor da tentação.

Outra observação necessária é que Mateus destaca o pecado como sendo uma dívida (Mt 6.12). Mateus faz uso do termo grego τα όφειλήματα e Lucas usa o termo grego άμαρτίας. Mais uma vez, Mateus mostra-se ocupado com seu público judaico e referir-se ao pecado como uma dívida contraída com Deus é pensamento tipicamente judaico. Lucas que escreve para gentios sabe que seus leitores não estão familiarizados com a teologia hebraica e evita esses usos. Mateus deseja enfatizar o que Jesus de fato queria ensinar para que não ficasse numa interpretação judaica da oração e assim que seus leitores focassem no que de fato Jesus queria ensinar. Todavia, apesar disso, ambos, Mateus e Lucas relacionam o perdão ao perdão de uma dívida fazendo uso do termo grego όφείλοντι. E esse termo, bem como a oração destacam que o perdão brota da graça e Deus. Sem a graça de Deus não há perdão.

Um fato na oração do Pai Nosso é não querer destacar as diferenças da oração entre dois evangelistas como uma contradição, mas, recordar que essa oração ensinada por Jesus é possível orá-la de mil maneiras. Sempre destaco aos alunos de catecismo, é possível orar a oração do Pai Nosso todos os dias sem repetir suas palavras.

Esse é o intuito com essa mensagem. Aprender a orar assim como Jesus de fato ensinou a orar.

A oração de Jesus envolve minha vida com Deus; minha vida pessoal e minha vida com meu próximo.

 

Pai,

Santificado seja teu nome;

Venha o teu reino;

 

Esses pedidos se referem a minha vida com Deus.

Para os judeus o nome de Deus era considerado santo e não suportava impurezas. As impurezas causavam a morte de quem se aproximasse de Deus de forma impura. Dessa forma, pedir para que o nome de Deus fosse santificado, Jesus diz para que Deus nos santifique para assim nos aproximarmos dEle.

Deus nos santifica por sua Palavra. Nesse sentido, ao orar, santificado seja teu nome ora-se pela pregação da Palavra, pela existência da Igreja, pela capacidade de ouvir e entender a Palavra de Deus.

Deus nos santifica por sua Palavra pelo poder do Espírito Santo. Por essa razão, ao orar venha o teu reino o pedido é para Deus conceder o Espírito Santo para crer na Palavra de Deus.

Diante disso, quando ouvimos a sequência da oração registrada por Mateus: seja feita a sua vontade assim na terra como no céu; o evangelista Mateus visa enumerar que o perigo é ser impedido de ouvir e crer na Palavra de Deus. Assim, ao completar a oração santificado seja o teu nome; venha o teu reino; seja feita a sua vontade assim na terra como no céu; aprendemos que ter uma vida com Deus eu preciso da Palavra de Deus. Corre-se o perigo de abandonar a pregação da Palavra. Com Maria e Marta aprendemos que as distrações tiram coisas necessárias da nossa vida, em especial o sentar-se aos pés de Jesus (Lc 10.38-42).

 

o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;

 

Jesus ao ensinar a orar a oração do Pai nosso, deseja enfatizar nossa vida com Deus, nossa vida pessoal e nossa vida com outras pessoas.

O pão é tudo aquilo que nos mantém vivos.

Suplicamos por vida, saúde, trabalho, comida, bom governo, bons amigos, carreira, ...

Recordemos a importância desse pedido. A partir da queda em pecado, Deus disse: “Por causa do que você fez, a terra será maldita. Você terá de trabalhar duramente a vida inteira a fim de que a terra produza alimento suficiente para você. Ela lhe dará mato e espinhos, e você terá de comer ervas do campo. Terá de trabalhar no pesado e suar para fazer com que a terra produza algum alimento;” (Gn 3.17-19).

Ter o necessário para o corpo e a vida é algo divino.

Para ter o que temos contamos com a graça de Deus, que governa esse mundo. Sem Deus, não haveria a semente, a chuva, o sol, a luz, as estrelas, as estações. Não dependemos apenas do nosso esforço e dedicação.

Ao orar: o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; reconhecemos que somos criaturas de Deus e que necessitamos do seu sustento. Orar, o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; é confessar que Deus é tudo o que eu tenho.

Observe um detalhe no texto de Lucas. O evangelista enumera que após ensinar a orar, Jesus enfatizou que: “Por acaso algum de vocês será capaz de dar uma cobra ao seu filho, quando ele pede um peixe? Ou, se o filho pedir um ovo, vai lhe dar um escorpião? Vocês, mesmo sendo maus, sabem dar coisas boas aos seus filhos. Quanto mais o Pai, que está no céu, dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!” (Lc 11.11-13).

Nós somos os filhos que suplicam e Deus é o nosso Pai. E mesmo se algum filho, seja tal o filho pródigo, que esteja longe de Deus. Ele não deixa nada faltar.

Se Deus concede bens apenas aos que estão na igreja, fácil seria saber quem está com Deus e quem não está.

 

e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores; e não nos deixe cair em tentação;

 

Dívida ou pecado são sinônimos. Quem peca e como alguém que não paga uma dívida.

O perdão é uma graça divina e por essa graça, proveniente do nosso Pai atuamos para viver bem com nosso próximo. Deus deseja que tenhamos uma vida com ele e uma vida com nosso próximo.

Dessa forma, quando Lucas termina a oração de Jesus com a súplica: e não nos deixe cair em tentação; aprendemos que corremos o perigo de perder essa vida com Deus que nos é dada pela Palavra pelo poder do Espírito Santo e nossa vida de gratidão a Deus e a nossa vida com nosso próximo pela falta de perdão.

E o acréscimo do evangelista Mateus: mas livra-nos do mal o intuito é enfatizar que Deus não é o autor da tentação, pelo contrário, nos livra de todas as coisas provenientes da tentação.

Ao encerrar a oração, explicando que a tentação não é de origem divina, o evangelista Mateus enfatiza as palavras do apostolo Tiago: “Quando alguém for tentado, não diga: “Esta tentação vem de Deus.” Pois Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo não tenta ninguém. Mas as pessoas são tentadas quando são atraídas e enganadas pelos seus próprios maus desejos. Então esses desejos fazem com que o pecado nasça, e o pecado, quando já está maduro, produz a morte. Não se enganem, meus queridos irmãos. Tudo de bom que recebemos e tudo o que é perfeito vêm do céu, vêm de Deus, o Criador das luzes do céu. Ele não muda, nem varia de posição, o que causaria a escuridão” (Tg 1.13-18).

Deus, o nosso Pai, o Pai Nosso, é autor de todas as bênçãos espirituais, pessoais e sociais. Precisamos ser livrados do maligno e das maldades todos os dias.

Recordemos que o acréscimo posterior: “[Pois teu é o Reino, o poder e a glória, para sempre. Amém!]” (Mt 6.13), elucida que esse Pai Nosso age e atua nesse mundo, pois possui todo o poder e o louvor é todo para ele.

Amém – tudo isso é verdade e que assim seja orado e realizado.

 

Edson Ronaldo Tressmann

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Bibliografia

LUTERO, Martim. Catecismo Menor. Versão popular. 13° edição atualizada. Sinodal, 2008.

 

BIANCHI Enzo. Jesus: a enciclopédia. Petrópolis: Vozes, 2020.

Cristão raiz! (Cl 2.6-15)

 27 de julho de 2025

Sétimo Domingo após Pentecostes

Salmo 138; Gênesis 18. 20 – 33; Colossenses 2. 6 – 15; Lucas 11. 1 – 13

Texto: Colossenses 2.6-15

Tema: Cristão raiz!

 

A expressão pessoa “raiz” e pessoa “Nutella” está em alta em nossos dias. A gíria se tornou conhecida e disseminada pelas redes sociais. A pessoa “raiz” é àquela que faz as coisas como antigamente, de modo tradicional, enquanto a pessoa “Nutella” age de maneira mais moderada e sentimental.

Na época do apostolo Paulo não existia essa expressão, mas, podemos parafrasear as palavras escritas aos cristãos colossenses: “Estejam enraizados nele, ...” (Cl 2.7), ou seja, continue sendo um cristão “raiz”.

No capítulo 2 da carta aos Colossenses, o apostolo Paulo exorta os cristãos para que permaneçam firmes e cresçam em Cristo, sem se deixarem enganar por falsos ensinos.

Os membros da igreja de Colossos corriam o perigo de trocar o evangelho por um ensino aparentemente superior de doutrina cristã. Um problema similar ao enfrentado pelos Gálatas (Gl 1.6-7). Por essa razão, a exortação: “Tenham cuidado para que ninguém os torne escravos por meio de argumentos sem valor, que vêm da sabedoria humana. Essas coisas vêm dos ensinamentos de criaturas humanas e dos espíritos que dominam o Universo e não de Cristo” (Cl 2.8).

A doutrina estranha era que os cristãos só podiam se salvar por observância de regras. O perigo é sempre desejar adicionar algo junto a fé. Desde sempre se vive entre os matemáticos da fé: Fé + Realizações = Salvação

Os Colossenses estavam sendo assediados a passarem a observar regras ligadas a alimentos, calendários, ... Tal como escreveu na carta aos Gálatas, o apostolo Paulo enumera para que se tenha cuidado para não anular a graça de Cristo (Gl 2.20-21), pois, tal como escreveu aos Coríntios, Jesus e sua obra é o fundamento essencial da igreja (1Co 3.11).

Tal como os Gálatas, os Coríntios, os cristãos da Ásia e os Colossenses, somos tentados a abandonar o fundamento (Cl 2.22). Por esse motivo, reflitamos sobre a recomendação do apostolo Paulo: “Estejam enraizados nele, construam a sua vida sobre ele e se tornem mais fortes na fé, como foi ensinado a vocês. E deem sempre graças a Deus” (Cl 2.7).

Cristão “raiz” e cristão “Nutella”.

Desafios externos e internos sempre foram enfrentados pela igreja cristã. Externamente a igreja está exposta aos mais variados ensinamentos, uma verdadeira mistura de judaísmo, misticismo e filosofia pagã. E diante desses ataques externos, internamente a igreja lida com essa questão, exortando e ensinando a permanecer no verdadeiro caminho.

Estejam enraizados nele, construam a sua vida sobre ele e se tornem mais fortes na fé, como foi ensinado a vocês. E deem sempre graças a Deus” (Cl 2.7).

Tenha cuidado com àquilo que não se fundamenta e se baseia em Cristo Jesus e na sua obra.

Só há cristianismo por causa de Cristo. Sem Cristo, não é possível dizer eu sou cristão. Sou cristão por causa de Cristo.

Estejam enraizados nele...

Uma árvore só subsiste por causa das raízes. Só há árvores e raízes porque a semente do evangelho foi semeada.

Recordo-me da parábola contada por Jesus sobre certo homem que saiu para semear. As sementes que caíram na beira do caminho, os passarinhos comeram tudo. As sementes que caíram num lugar onde havia muitas pedras e pouca terra, brotaram logo, mas porque a terra era pouca, quando o sol apareceu, queimou as plantas, e elas secaram porque não tinham raízes (Mt 13.3-6).

A falta de raízes pela pouca terra, pelo pouco fundamento destrói toda a planta.

Estejam enraizados nele, construam a sua vida sobre ele e se tornem mais fortes na fé, como foi ensinado a vocês. E deem sempre graças a Deus” (Cl 2.7).

Pelo batismo e pela Pregação a semente do evangelho é semeada.

Na minha curta experiência pastoral, eu já aprendi uma coisa. Seja qual for a pessoa, enquanto essa não tem igreja e está abandonada, ninguém quer saber dela. Mas, quando essa passa a ouvir o evangelho, o puro evangelho é assediado por outras correntes teológica. A alegria de que só Jesus Cristo é o Salvador de suas vidas logo passa a ser endossada pela filosofia, você precisa de algo mais além de crer. Por essa razão muitas pessoas conhecem a igreja Luterana, mas logo se afastam, pois, o engano de que é preciso algo mais que a fé as encanta e isso as faz abandonar o puro evangelho e fundamento que é Cristo.

Estejam enraizados nele, construam a sua vida sobre ele e se tornem mais fortes na fé, como foi ensinado a vocês. E deem sempre graças a Deus” (Cl 2.7).

Cristão “raiz” cuidado com o cristão “Nutella”.

Estar enraizado (arraigado) é uma palavra que aparece em dois lugares na Bíblia. Ambas são encontradas nas cartas de Paulo a duas igrejas diferentes. Uma é à igreja em Éfeso (Ef 3.14-21) e a outra é à igreja em Colossos (Cl 2.6-7). Em ambas as cartas, a exortação é para que permaneçam cristão “raiz”, não perdendo o essencial.

Estar enraizado em Cristo significa que os nutrientes para o desenvolvimento da árvore são retirados de Jesus Cristo e sua obra. Por essa razão Jesus recomendou a dupla missão da igreja: batizar e ensinar (Mt 28.20). Mas, vivemos dias em que as pessoas só querem batizar, como que cumprir um protocolo. Deixem-se serem ensinadas e deixem que vossos filhos sejam ensinados.

Qual é o motivo de estar enraizado em Cristo?

Enraizados sugere estabilidade de uma árvore frondosa cujas raízes estão plantadas firmemente.

Quantos cristãos são sucumbidos pela ideia de que não compensa ser cristão, pois, quando as coisas dão errado a ideia é: de que adianta servir a Deus na igreja, ofertar, orar. Veja, tudo está dando errado. Nesses momentos só resiste quem está enraizado em Jesus Cristo.

Estejam enraizados nele, construam a sua vida sobre ele e se tornem mais fortes na fé, como foi ensinado a vocês. E deem sempre graças a Deus. Tenham cuidado para que ninguém os torne escravos por meio de argumentos sem valor, que vêm da sabedoria humana. Essas coisas vêm dos ensinamentos de criaturas humanas e dos espíritos que dominam o Universo e não de Cristo” (Cl 2.7-8).

Uma vida que se inicia em Cristo, só resiste por permanecer em Cristo.

O tempo verbal do verbo enraizado está no particípio, indicando uma ação completa. Ou seja, há raiz. E por causa dessa raiz, o edificar-se, tornar-se forte e dar sempre graças só acontece por causa de Jesus Cristo, uma ação contínua.

Cristão, não se torne um cristão “Nutella”. Continue sendo um cristão “raiz”, “Estejam enraizados nele, construam a sua vida sobre ele e se tornem mais fortes na fé, como foi ensinado a vocês. E deem sempre graças a Deus” (Cl 2.7). Amém

Edson Ronaldo Tressmann

terça-feira, 15 de julho de 2025

Dois mundos. De Marta e de Maria (Lc 10.38-42)

 Salmo 27. 7 – 14; Gênesis 18. 1 – 10ª; Colossenses 1. 21 – 29; Lucas 10. 38 – 42

Texto: Lucas 10.38-42

Tema: Dois mundos: de Marta e Maria.

 

Nem sempre estar ocupado com muitas coisas significa estar oferecendo o melhor.

Os irmãos, Marta, Maria e Lázaro eram amados por Jesus (Jo 11.5). Lucas narra que enquanto Jesus e seus discípulos estavam indo para Jerusalém, foram recepcionados por Marta e Maria.

Marta estava trabalhando, preparando a melhor comida, querendo que Jesus e os seus discípulos recebessem a melhor estadia. Todavia, Marta estava incomodada por Maria não estar agindo adequadamente. Para Marta, Maria deveria estar auxiliando no serviço da casa. Para Marta era tão inadmissível que exclamou para Jesus: “O senhor não se importa que a minha irmã me deixe sozinha com todo este trabalho? Mande que ela venha me ajudar” (Lc 10.40).

O mundo de Marta e de Maria. Tal como mundos paralelos é como vivemos. Enquanto Marta estava ocupada, Maria “sentou-se aos pés do Senhor e ficou ouvindo o que ele ensinava” (Lc 10.39).

Sentar-se aos pés significa intenso interesse. Ela ouvia de coração.

No mundo de Marta, há muita ocupação, distração (Lc 10.40). O termo grego traz a ideia de estar atraído por coisas a sua volta. Por estar ocupada com tantas coisas e querendo oferecer o melhor, não estava de fato oferecendo o melhor.

A palavra “ocupada com muitas coisas” - (perispaomai) significa “ser afastado de um ponto de referência”.

Marta estava intensamente ocupada, todavia, onde estava seu ponto de referência?

Deus é facilmente esquecido em meio a loucura de nossas vidas ocupadas.

Marta e Maria, ambas amavam Jesus. E ambas, serviam Jesus.

A origem latina da palavra servo significa atender às necessidades de alguém. Essa palavra também está relacionada com ministério – atender as necessidades de alguém. Assim, todo àquele que atende a necessidade de alguém é um ministro.

Quantas vezes o ministério diário nos divide. Enquanto Marta está atraída por coisas a sua volta a ponto de estar afastada de um ponto de referência, Maria “sentou-se aos pés do Senhor e ficou ouvindo o que ele ensinava” (Lc 10.39), ou seja, ouvia com intenso interesse.

Maria poderia ter se ocupado, pois havia muito trabalho para ser feito. No entanto, “apenas uma é necessária! Maria escolheu a melhor de todas” (Lc 10.42).

Não temos o costume de refletir sobre o que é necessário. E o necessário é uma escolha.

Qual é a razão pela qual você toma água todos os dias?

Nos é dito que se sobrevive entre 3 dias à uma semana sem água. Assim, tomar água é algo necessário. A pessoa não toma água só por tomar, é algo necessário e fundamental.

Não estou acostumado a pensar no que é necessário. Mas, o episódio de Marta e Maria me faz refletir num fato necessário: sentar-se aos pés de Jesus.

O ministério diário (servir, trabalhar, cuidar), ocupa e pode e de fato nos afasta do nosso ponto de referência. Diariamente se é puxado para todas as direções. Vive-se como que dividido ao meio.

Marta, que estava sem referência quando julgava servir adequadamente, precisou ser exortada. Essa Marta, ao receber Jesus quatro dias depois da morte do seu irmão Lázaro e questionar Jesus sobre a sua demora, ouve uma afirmação de Jesus sobre Ele ser a ressurreição e a vida e isso a levou a confessar que cria que Jesus era o Messias (Jo 11.27).

Quando essa mulher ouviu de coração as palavras de Jesus, com seu coração confessou.

Querido irmão e irmã em Jesus. Eu sei que há muitos motivos para não mais estar junto com outros irmãos na fé. Tenho observado que estamos fazendo tantas coisas que corremos perigo de nos afastar uns dos outros. Todavia, recorde-se: uma das maiores armas que diabo usa é afastar as pessoas da comunhão com Deus. E a estratégia é nos manter ocupados. Ele mesmo nos faz viver no mundo de Marta. Mundo onde se ocupa tanto a ponto de ignorar e não escolher o que é realmente necessário, sentar-se aos pés de Jesus.

Jamais o trabalho deve vir primeiro que a adoração.

Aprendi uma preciosa lição durante meu ministério pastoral em Alto Parnaíba, no Maranhão. Quando se iniciava as colheitas, os agricultores pediam para fazermos o culto as 08:00h. Pois, assim, poderiam ir ao culto e depois se dirigir para as colheitas que não se iniciava antes das 09:30h.

Desde lá, sou muito maleável em alterar as programações da congregação. Não se pode  engessar num dia e horário. É preciso que haja tempo e oportunidade para sentar-se aos pés de Jesus. O que não pode acontecer e está acontecendo, Cristo ser esquecido na sala de estar da nossa casa.

Jesus estava na casa de Marta e Maria. Marta estava ocupada na cozinha e havia esquecido Jesus na sua sala de estar.

Quantos irmãos, devido a sua correria não oram mais. Há àqueles que não renunciam ao lazer ou trabalho para sentar-se aos pés de Jesus. Quantos não mais sentem sede e fome da santa ceia.

Greg Gilbert e Sebastian Trager no livro O Evangelho no Trabalho, destaca a idolatria do trabalho e a idolatria do servir. Nem sempre estar ocupado demais significa estar oferecendo o melhor.

A intensa ocupação de Marta a faz ficar confusa e a levou a perder a compostura de exclamar que Jesus não se importava com ela. Ao repetir o nome de Marta por duas vezes, Jesus mostra o quanto estava se preocupando com ela a ponto de chamá-la para junto de si.

Deus não esqueceu de você. Talvez você esteja tão distraído, tão ocupado com tantas coisas que não consegue mais descansar em Deus, esperando em sua promessa. Amém.

Edson Ronaldo Tressmann

Deus é bom o tempo todo! (Sl 100.5)

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