segunda-feira, 7 de julho de 2025

Amar sem dizer eu te amo

 13 de julho 2025

Quinto Domingo após Pentecostes

Salmo 41; Levítico 19.9 – 18; Colossenses 1. 1 – 14; Lucas 10. 25 – 37

Texto: Levítico 19

Tema: Amar sem dizer eu te amo

 

... ame os outros como você ama a você mesmo. Eu sou o Senhor” (Lv 19. 18).

 

Você é aquilo que mais ama. Você se torna aquilo que você adora.

No capítulo 19 de Levítico, a frase “Eu sou o Senhor” ou “Eu sou o Senhor, o Deus de vocês” aparece 16 vezes. Com isso, o Senhor deseja inculcar para os seus quem Ele deseja que você se torne.

A característica fundamental de Deus é o amor. A natureza de Deus é amor. E esse amor, Ele deseja que seja a característica e a natureza do seu povo. Amor não é apenas uma palavra. É a essência de Deus. Deus ama e deseja que os seus amem.

O amor não são palavras. O amor é prático. É ação. É possível que alguém ame sem nunca ter dito eu te amo. A parábola do bom samaritano ensina isso. Aquele samaritano, limpou as feridas, levou até um local seguro e proporcionou cuidados extras. Sem dizer, eu te amo, amou.

A lei da colheita conforme descrita em Levítico 19.9-10 destaca o amor prático. Um exemplo disso seria não colher a soqueira do arroz, mas, deixá-la para os necessitados.

... ame os outros como você ama a você mesmo” é uma das declarações do Antigo Testamento mais citadas no Novo Testamento. Sobre o amar uns aos outros nas mais variadas situações, no Novo Testamento são feitas 179 menções.

... ame os outros como você ama a você mesmo” (Lv 19.18) era um mandamento conhecido por todo israelita. No entanto, quando o mestre da lei foi desafiado por Jesus para ir e amar o próximo, tentando se desculpar, questionou: quem é o meu próximo?

O meu próximo conforme ensinado por Jesus na parábola do bom samaritano é todo àquele que precisa do meu socorro e eu tenho como ajudar. Se caso, possa ajudar alguém que necessita e não o faço, não estou amando meu próximo.

Quem é o meu próximo?

17 — Não guarde ódio no coração contra outro israelita, mas corrija-o com franqueza para que você não acabe cometendo um pecado por causa dele. 18 Não se vingue, nem guarde ódio de alguém do seu povo, mas ame os outros como você ama a você mesmo. Eu sou o Senhor” (Lv 19.17-18).

O mestre da lei ao ouvir que um samaritano socorreu o judeu assaltado foi difícil de assimilar. O judeu caído e quase morto deveria ter sido socorrido por outro judeu (sacerdote e o levita), mas não foi. Dessa forma, quando Jesus questionou sobre quem havia sido o próximo daquele homem ferido, a resposta do mestre da lei foi: àquele que o socorreu.

Sua raiva era tão grande ao samaritano, que nem sequer respondeu samaritano.

A ira, a raiva, o ódio, é um sentimento perigoso. É um sentimento que faz maquinar vingança, maus pensamentos e leva a querer prejudicar o outro.

Não guarde ódio no coração”.

A expressão guardar deseja transmitir a ideia de nutrir algo. Dessa forma, a ordem é: não fique nutrindo ódio internamente. O ódio é uma pequena semente que pode florescer e levar a causar danos irreversíveis. Basta lembrar de Caim.

Não guarde ódio no coração contra outro israelita, mas corrija-o com franqueza...

O termo corrigir de acordo com a palavra hebraica transmite a ideia de julgar, corrigir, convencer outra pessoa. Amar alguém é repreender essa pessoa para que pare de fazer o que está fazendo.

Em nossos dias, parece que a repreensão não poder ser feita, mas, pelo texto de Levítico 19.17 aprendemos que faz parte do amor (Lv 19.17; Gl 6.1-2; 1Tm 5.20).

Há alguma coisa que está fazendo você odiar, sentir raiva ou ira de outra pessoa? Vá e converse com a pessoa sobre o motivo e resolva a situação no diálogo franco e amoroso. Isso levará o ofensor a se arrepender e, ele será salvo e você não incorrerá no perigo de fazer algo que cause prejuízo para o outro e para você.

Recorde que, confrontar a pessoa que nos levou a sentir ódio e raiva, não têm como objetivo humilhar ou ridicularizar. O objetivo é resolver o conflito.

O apostolo Paulo na carta aos Coríntios no capítulo 13 escreveu que o amor é um guia que leva a superar divergências no relacionamento.

O apostolo Paulo na carta aos Romanos, ao citar Levítico 19.18: “... ame os outros como você ama a você mesmo” enfatizou que “o amor é o cumprimento da lei” (Rm 13.10). O amor conduz a ação em prol do outro. A motivação do amor é servir ao outro.

O próximo, objeto do amor, é todo àquele que precisa de socorro e e u posso socorrer. Amar o próximo não envolve ajudar apenas de quem gostamos. É ir ao encontro de alguém que nos causa dor, raiva e até nos leva ao ódio.

O nosso próximo que mais nos amou e ama é Jesus. Ele nos socorreu na cruz. Amém.

Edson Ronaldo Tressmann

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Quem é o meu próximo? (Lc 10.25-37)

 13 de julho 2025

Salmo 41; Levítico 19.9 – 18; Colossenses 1. 1 – 14; Lucas 10. 25 – 37

Texto: Lc 10.25 - 37

Tema: Quem é o meu próximo?

 

A Bíblia destaca três ocasiões pelas quais Jesus chorou. Você saberia dizer quais vezes Jesus chorou? No túmulo de Lázaro, Jo 11.35; diante de Jerusalém por essa ter desprezado profetas, Lc 19.41; e quando estava prestes a morrer, Hb 5.7-9).

O evangelista Lucas e Mateus registram uma grande alegria da parte de Jesus. Você saberia dizer qual?

Naquele momento, pelo poder do Espírito Santo, Jesus ficou muito alegre e disse: - Ó Pai, Senhor do céu e da terra, eu te agradeço porque tens mostrado às pessoas sem instrução aquilo que escondeste dos sábios e dos instruídos. Sim, ó Pai, tu tiveste prazer em fazer isso. - O meu Pai me deu todas as coisas. Ninguém sabe quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém sabe quem é o Pai, a não ser o Filho e também aqueles a quem o Filho quiser mostrar quem o Pai é” (Lc 10.21-22).

Jesus mostra que a bondade de Deus é tão grande. E esse é o Senhor nosso, um Senhor bondoso. E em sua bondade oferece e dá a salvação independente da sabedoria e instrução.

Ouvimos na leitura do livro de Levítico de que Deus é o Senhor! E se perguntássemos quem é esse Senhor, a resposta é a de Jesus: é o Senhor do céu e da terra, ou seja, que governa a criação. E crer nesse Senhor não é mérito humano, é graça decorrente da bondade de Deus (Ef 2.8).

Diante dessa alegria vista pelas pessoas no semblante e nas palavras de Jesus, o intérprete da lei que era instruído e sábio, desejou saber: o que fazer para herdar a vida eterna? Em outras palavras àquele intérprete gostaria de saber se não era preciso realizar nada para ser salvo.

Jesus faz duas questões interessantes para o intérprete: o que as Escrituras (Antigo Testamento) dizem sobre e como ele, um intérprete da lei, lia o que as Escrituras ensinavam sobre como alcançar a salvação?

A resposta do intérprete da lei foi: “Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma, com todas as forças e com toda a mente. E ame o seu próximo como você ama a você mesmo” (Lc 10.27). Uma junção de Dt 6.5 e Lv 19.18. E com essa resposta Jesus disse ao intérprete de que ele estava correto em sua resposta e destacou ainda: “Faça isso e você viverá” (Lc 10.28).

Se o intérprete lia o Antigo Testamento e entendia que era necessário amar a Deus e o próximo para ser salvo, Jesus então lhe diz: faça isso.

Jerusalém até Jericó

7 horas de viagem

Região mal afamada pela insegurança

Nesse ponto, o intérprete da lei, como todo bom advogado, buscou uma brecha na lei. Àquele homem perguntou: quem é o meu próximo? (Lc 10.29). Senhor, a lei não diz quem é o meu próximo e, talvez eu esteja errando sem saber. Diante disso, Jesus conta a parábola do Bom samaritano.

 

 

 

 

 

Se caso alguém fosse atacado naquela estrada, a chance de ser socorrido por alguém que passasse era por graça.

E passaram três pessoas. Todavia, nenhum soube que outra pessoa havia passado. O primeiro a poder socorrer e era justamente de onde aquele suposto judeu esperava receber auxílio era do sacerdote. Entretanto, o texto grego transmite com maestria a crueldade e dureza pela falta de misericórdia daquele sacerdote.

Estar ferido e exposto ao sol em areia quente era doloroso. A situação daquele homem que foi assaltado era terrível. Mas, passou um levita. Mas, esse homem, não querendo se atrasar para seus compromissos religiosos prescritos pela lei, também passou sem auxiliar.

A rigidez da lei levou sacerdote e levita a não socorrerem um necessitado. Pois, se porventura esse homem ferido morresse enquanto eles o socorriam, eles se tornariam impuros pela lei e queriam ficar puros e assim poderem cumprir suas obrigações religiosas.

De repente, um samaritano passou por ali. Os samaritanos eram odiados pelos judeus. Esse homem, sem os preceitos rigorosos da lei, exerceu com amor e misericórdia socorrendo esse homem. O samaritano não sabia se alguém já havia passado por ali, mas, quando ele passou não hesitou em socorrer um homem que se permanecesse ali, morreria.

Diante disso Jesus questionou ao intérprete da lei: “Na sua opinião, qual desses três foi o próximo do homem assaltado?” (Lc 10.36). E aquele homem que queria justificar-se diante de Jesus dizendo não saber quem era seu próximo, respondeu: “Aquele que o socorreu!” (Lc 10.37).

Ele não respondeu samaritano. Pois, os judeus odiavam os samaritanos. Daí disse apenas que o próximo daquele judeu assaltado foi o que lhe socorreu.

Quem é o meu próximo?

Aquele que precisa da minha ajuda.

Seja o próximo do necessitado. Não importando quem quer que seja.

O amor sempre encontra o próximo. E o próximo está naquele irmão e irmã necessitados.

O próximo é aquele que exerce misericórdia com quem precisa da mesma, sem se importar com status, etnia, religiosidade.

O desafio é se tornar o próximo de alguém. O próximo do necessitado sou eu que posso ajudá-lo.

Entre os maiores necessitados estava eu, mas, Jesus me socorreu com sua morte na cruz. E por esse amor, eu sou enviado para amar, rendendo coração, alma e força a Deus e buscando socorrer os que encontro pelo caminho e precisam do meu auxílio. Amém

 

Edson Ronaldo Tressmann

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Amar sem dizer eu te amo

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