segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Palavras que levam a misericórdia!

 04 de setembro de 2022

Décimo terceiro após pentecostes

Salmo 32; 2Crônicas 28.8-15; Gálatas 3.15-22; Lucas 10.23-37

Lecionário anual

 

Texto: 2Crônicas 28.8-15

Tema: Palavras que levam a misericórdia!

 

O nome "Crônicas" refere-se ao título hebraico - Dibrey hayamim - "Narrativas dos dias passados", uma conotação de "história" do povo de Israel - desde Adão até o Edito do imperador Ciro, libertando Judá do exílio na Babilônia.

Na Bíblia Hebraica, 1 e 2 Crônicas, são os últimos livros do Antigo Testamento. Foram escritos após o povo de Judá ter voltado do exílio babilônico e o autor quer mostrar que o povo do pós-exílio é o povo da linha messiânica.

Era uma época de grandes problemas para o povo. Crônicas auxilia aquele povo a entender-se melhor, a partir da sua história, uma história onde fica evidente a presença de Deus e a sua aliança com eles.

A história ensina e dá lições importantes. E o relato de 2Cr 28.8-15 destaca justamente isso. As palavras de Odede (2Cr 28.9-11) resume bem a lição. Aliás, bem irônico, afinal, os de Judá estavam sendo punidos pelas 10 tribos do Norte e os do reino do norte que estavam afastados de Deus, ouviram a Palavra de Deus e exerceram misericórdia com aqueles que estavam sendo punidos.

A história do povo de Deus ensina valiosas lições entre duas realidades: “...ele pecou contra Deus, o Senhor,...” (2Cr 22.4) e “...fez o que é agradável a Deus, o Senhor, ...” (2Cr 25.2).

Em contraste ao rei Davi, Acaz foi mau. Fez ídolos representando Baal e praticou culto cananeu. Acaz chegou a se envolver em rituais de sacrifícios humanos, inclusive crianças. Toda essa situação desastrosa está descrita em 2Rs 16.

Acaz foi derrotado pela Síria bem como por Israel (tribos do norte) e sofreu muitas perdas. Dessa forma Acaz apelou para que o rei da Assíria o ajudasse a sair das calamidades (2Cr 28.16). E, após os edomitas e filisteus terem invadido Judá e houve um caos generalizado. Apesar do norte (10 tribos), terem se afastado de Deus e se tornarem idolatras, estavam sendo usados por Deus para conclamar seu povo ao arrependimento.

Acaz não se arrependeu, mesmo tendo recebido a promessa de Deus (Is 7.14). Pelo contrário, Acaz cometeu mais transgressões. O cronista destacou que não lhe foi reservado lugar entre os sepulcros dos reis de Judá devido a sua profunda iniquidade (2Cr 28.27).

O mau cheiro da idolatria se tornou intolerável, por isso, Deus estava rebaixando Judá (2Cr 28.19).

Acaz, um rei que fazia o que era mal perante Deus, caiu nas mãos dos arameus, cujo rei era Rezim (2Rs 16.5). Judeus foram aprisionados e levados para Damasco. Esse era o terceiro ataque dos arameus contra Judá.

Além dessa derrota, houve também a invasão do exercito israelita, pelo rei Peca, e com isso, 120.000 mil soldados mortos num único dia. Entre esses mortos estavam membros da família de Acaz, inclusive seu filho (2Cr 28.7) e membros da corte. Israel (norte) levou 200.000 mil esposas, filhos, filhas para a Samaria.

Na Samaria havia um profeta de Deus e esse anunciou que Judá estava sendo punida por Deus. No entanto, a vara nas mãos de Deus exagerou, passou dos limites (2Cr 28.9).

A iniquidade de Acaz fez com que a maré da história voltasse contra ele. Acaz ouviu a promessa com respeito ao salvador (Is 7.14) e mesmo assim pecou contra Deus. Ele foi convidado a voltar para Deus, mas permaneceu idolatra e afastado de Deus.

Odede exortou os soldados a devolver as pessoas e os bens para Judá, afinal, a derrota na guerra era punição divina, mas a tribo do sul (Judá) não deveria ser tratada como se fossem pagãos. Eles eram irmãos e não poderiam ser escravizados (Lv 25.39-46).

Odede disse que toda calamidade era um chamado de Deus para o arrependimento e não uma autorização para os israelitas passarem do limite. Houve exagero, um ato de brutalidade sem precedentes e isso precisava ser corrigido, é assim que o profeta Zacarias anuncia: “...quando eu estava um pouco irado com o meu povo, elas fizeram com que ele sofresse muito...” (Zc 1.15).

Deus está sempre pronto a intervir! E sua intervenção visa salvar os seus: “Fiquem sabendo que o Senhor, nosso Deus, os corrige como um pai corrige o filho” (Dt 8.5); “Porque o Senhor corrige quem ele ama, assim como um pai corrige o filho a quem ele quer bem” (Pv 3.12); “Pois o Senhor corrige quem ele ama e castiga quem ele aceita como filho” (Hb 12.6); “Feliz é aquele a quem Deus corrige! Por isso, não despreze o castigo do Deus Todo-Poderoso” (Jó 5.17).

O profeta Odede anuncia com maestria sobre o castigo de Deus, mas não deixa de exortar os soldados e as autoridades sobre o excesso na punição. Dessa forma, é como se o profeta estivesse dizendo que se Judá estava merecia aquela punição, mas entre eles também havia pecadores, tanto que Odede anunciou: “O Senhor, o Deus dos seus antepassados, ficou irado com o povo de Judá e deixou que vocês o derrotassem. Mas vocês mataram aquela gente com tanta raiva, que Deus ficou sabendo disso” (2Cr 28.9).

E aqui acontece algo maravilhoso, enquanto que Judá não deu ouvidos para o anuncio dos profetas Isaías e Oséias, os samaritanos deram ouvidos a Palavra de Deus anunciada por Odede, a ponto de terem reconhecido seus pecados (2Cr 28.13), e assim, levaram de volta os prisioneiros até Jericó, uma viagem de 80 km. Os soldados levaram de volta, pois a estrada de Jerusalém para Jericó era, de fato, perigosa. Deram roupas e sandálias aos que precisavam, deram de comer e de beber a todos eles e cuidaram dos seus ferimentos. Muitos comentaristas relacionam esse evento a parábola do bom samaritano (Lc 10.30,33,34). Esses, mesmo afastados de Deus, preferiram ouvir a Palavra de Deus.

Os samaritanos tiveram um ato de amor, ato raro, em tempo de guerra. A Palavra de Deus levou a prática. Esse relato junto a parábola do bom samaritano ilustra o uso de misericórdia (2Cr 28.15; Lc 10.37). Uma ilustração do ministério de Jesus que veio nos resgatar das garras do inimigo. Amém!

ERT

terça-feira, 23 de agosto de 2022

A voz da consciência!

 28 de agosto de 2022

Salmo 71.1-8; Apocalipse 6.9-11; Romanos 6.1-5; Marcos 6.14-29

Culto festivo

 

Texto: Marcos 6.14-29

Tema: A voz da consciência!

 

Dia 29 de agosto é dia em que a igreja cristã lembra-se do martírio de João Batista.

No calendário litúrgico esta rememoração iniciou na França, no século V. A origem da mesma foi a construção de uma igreja em Sebaste, na Samaria, sobre o local indicado como o do túmulo de são João Batista. E também, conforme a tradição, diz-se que o martírio ocorreu no dia 29 de agosto, um ano antes da Paixão de Jesus.

A respeito de João Batista, Jesus disse: “dentre os nascidos de mulher, nenhum foi maior que João Batista” (Lc 7.28).

Convém refletir a respeito de João Batista que condenou o pecado e denunciou o adultério do rei Herodes Antipas que vivia na imoralidade com sua cunhada Herodias. A ousadia do profeta despertou a ira de Herodes, que imediatamente mandou prendê-lo, até que, durante uma festa no palácio, a filha de Herodias, chamada Salomé, instigada ardilosamente pela mãe, dançou para o rei e seus convidados. Sua dança, exuberância e espetáculo despertou no rei o desejo de dar a ela o que quisesse. E, o inimigo aproveitou para calar a voz da verdade e a cabeça de João Batista foi pedida em lugar de qualquer riqueza.

O mal se corta pela raiz e a verdade se corta a cabeça!

O martírio por decapitação de João Batista nos chegou narrado através do evangelho de Marcos (Mc 6.14-29). João Batista morreu em paz, mas Herodes viveu atormentado pela consciência. Herodes estava com sua consciência atormentada e não sabia como se livrar dela.

Adolf Pohl escreveu que nada é mais perigoso que uma consciência pesada sem arrependimento.

Quando Herodes ouvia João Batista falar “ficava sem saber o que fazer, mas mesmo assim gostava de escutá-lo” (Mc 6.20), ou seja, não sabia se abandonava o pecado ou permanecia no mesmo. E, quando teve oportunidade, a voz de Herodias (do pecado) falou mais alto que a voz da verdade que “gostava de escutar” e lhe condenava seu pecado.

João Batista era a voz no caminho do pecado de Herodes. E, a pecadora Herodias resolveu a situação calando essa voz. E agora, como calar a voz da consciência que acusa?

A consciência pesada e culpada o fez pensar que João Batista ressuscitou para perturbá-lo. Herodes ouviu João Batista em suas pregações e agora ouve sobre Jesus e a consciência que o acusa não o leva ao arrependimento. Meses depois, Jesus o chama de raposa e quando estava sendo julgado, Jesus esteve com Herodes face a face, mas Herodes zombou de Jesus. Duas oportunidades e nenhum proveito.

Herodes foi alguém que ouviu João Batista falar e agora ouve um “zum-zum” a respeito de Jesus e assim como ficou confuso diante da pregação de João Batista, fica confuso acerca de Jesus.

Quando a consciência acusa também ficamos confusos sobre quem é Jesus! Será que perdoa meu pecado?

Herodes estava tão determinado a continuar na prática do pecado que tapou os ouvidos à voz da verdade e silenciou o profeta por causa da voz do pecado e desesperadamente não consegue silenciar a voz da consciência que o acusa.

Você é uma pessoa consciente? Tem consciência do seu pecado?

A consciência ajuda a distinguir entre o certo e o errado. Apesar de todas as pessoas terem consciência, a mesma está distorcida pelo pecado e por isso, precisa ser guiada por Deus, pela sua Palavra. João Batista disse que o machado está pronto para cortar as árvores pela raiz (Mt 3.10).

Não perca a oportunidade de arrependimento! Talvez os pecadores do mundo, cujos escândalos deploramos se convertam e nos precedam no céu. Jesus disse: “os últimos serão primeiros e os primeiros os ultimos” (Lc 13.30) e recordemos dos ninivitas que ouviram o profeta Jonas e se arrependeram (Lc 11.30).

Todos tem consciência! A consciência mostra que mesmo quem não conhece a Deus, conhece as leis naturais de Deus (Rm 2.14-15). A consciência tanto acusa como defende uma pessoa.

O pecado deixa a consciência pesada, trazendo sentimentos de culpa e ansiedade. Jesus levou o castigo de todos os pecados na cruz (Hb 9.28; 1Pe 3.18). Quem se arrepende de seus pecados não está mais debaixo de condenação:Jesus Cristo ofereceu só um sacrifício para tirar pecados, uma oferta que vale para sempre, e depois sentou-se do lado direito de Deus(Hb 10.12), por isso, cheguemos perto de Deus com um coração sincero e uma fé firme, com a consciência limpa das nossas culpas e com o corpo lavado com água pura” (Hb 10.22). Amém!

ERT

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Intimidade exposta!

 21 de agosto 2022

Salmo 50.1-15; Isaias 66.18-23; Hebreus 12.4-24; Lucas 13.22-30

Texto base: Lucas 13.22-30

Tema: Intimidade exposta!

 

O artigo 5 inciso X da CFRB/88 - Princípio da Inviolabilidade descreve que invioláveis são a intimidade, a vida privada, a honra, a imagem, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral por sua violação.

Ninguém quer ter sua vida íntima vazada nas redes sociais ou motivo de comentários entre as pessoas. Num mundo conectado há uma série de crimes cometidos com respeito a Violação ao Direito à intimidade.

Jesus o advogado e juiz (Sl 50.6, 1Jo 2.1) irá expor a intimidade de cada um por ocasião do juízo. O texto de Lucas 13.22-30 destaca justamente isso.

Jesus percorria as cidades da Galileia e Peréia quando um homem lhe pergunta: “Senhor, são poucos os que são salvos?” (Lc 13.23).

Muitos acreditam que estão salvos por estarem frequentando uma igreja. Jesus afirmará: “Não sei de onde são vocês” (Lc13.27).

Os judeus se diziam salvos por serem descendentes de Abraão e assim pensavam que não havia salvação para os gentios por não serem descendentes de Abraão. Para os judeus, as pessoas que não seguissem à risca os preceitos da lei judaica estavam excluídas automaticamente da salvação. Por isso a pergunta: “Senhor, são poucos os que são salvos?” (Lc 13.23).

A resposta de Jesus: “Façam tudo para entrar pela porta estreita. Pois eu afirmo a vocês que muitos vão querer entrar, mas não poderão” (Lc 13.24) é um alerta importante. É como se Jesus dissesse: não se preocupe sobre quantos serão salvos, mas faça o que é possível para ser salvo.

Façam tudo - esforçar – palavra grega (agonizeste) que dá origem ao verbo agonizar – um esforço que demanda toda energia. Dessa forma a resposta de Jesus (Lc 13.24) me faz refletir: eu estou, ou, serei salvo?

O verbo grego agonizeste demonstra que não importa o que perderei nesse mundo (Lc 12.49-53), amigos, familiares. Não importa se serei perseguido, sofra por ser cristão. É necessário permanecer em Jesus. Permaneça na porta estreita.

Está difícil permanecer somente em Jesus nesses dias. Aliás, vivemos dias em que o evangélico se tornou sinônimo do não isso; não aquilo. O evangélico judeu de nossos dias supostamente frequenta uma igreja, exala piedade e assim se auto proclama merecedor das bênçãos de Deus. Muitos supostos evangélicos continuam presos em suas realizações e aguardam a retribuição divina e há os que estão presos a uma ideologia politica como salvadora da pátria. Dessa forma, o verdadeiro esforçar, façam tudo - do qual Jesus destaca foi invertido.

Esforçar significa não deixar de viver a vida de fé - passar pela porta estreita seja qual for a situação (Hb 12). Passar pela porta é estreita significa ter aqui e agora intimidade real com Jesus seja qual for o momento. Essa intimidade é demonstrada na oração em momento de aflição (Sl 50.15) e suportar o sofrimento com louvor (Hb 12.7). A porta estreita pela qual todos, irão passar é o juízo final. Dessa maneira, a resposta de Jesus: “Façam tudo para entrar pela porta estreita. Pois eu afirmo a vocês que muitos vão querer entrar, mas não poderão” (Lc 13.24) me faz refletir: eu estou, ou, serei salvo? Em que se baseia minha esperança?

A salvação não é uma questão matemática, geográfica, social, ... Jesus disse que muitos virão do oriente e do ocidente, do norte e do sul e tomarão lugares à mesa no reino de Deus. Esses são os gentios que vêm de todas as raças, tribos, línguas e nações (Ap 5.9).

Antes de concluir as Sagradas Escrituras, Jesus revelou para o apostolo João que “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas” (Ap 22.14).

Para os judeus os gentios eram os últimos e Jesus diz que serão os primeiros. Os judeus com todos os privilégios que desfrutaram, por terem rejeitado o seu Messias virão a ser os últimos.

A salvação está em Jesus. Na sua obra realizada. A salvação está fora de mim e me é concedida gratuitamente pelo poder do Espirito Santo que age pela Palavra de Deus.

A porta continua sendo estreita! Deus não fez nenhuma reforma ampliando a porta ou indicando outra alternativa. A porta ainda é Jesus! Só pela porta que é Jesus atravessaremos a porta estreita do juízo final onde prevalecerá aqueles que viveram ou terminaram suas vidas na fé em Jesus. Nesse grande dia será violada a nossa intimidade com Jesus. Amém!

ERT

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Anunciar a Palavra fielmente

                                                                    14 de agosto de 2022

Sl 119. 81 - 88; Jr 23. 16 - 29; Hb 11. 17 – 31; 12. 1 - 3; Lc 12. 49 - 53

 Texto: Jr 23. 16 - 29

Tema: Anunciar a Palavra fielmente


O profeta Jeremias entre os anos 597 – 587 a.C. anunciou ao povo a necessidade de se submeterem a Babilônia - potência mundial naquele momento. A mensagem anunciada pelo profeta dizia que o exilio babilônico com duração de 70 anos era da parte de Deus, e que o “grande” Nabucodonosor era servo nas mãos de Deus para cumprir essa vontade.

Em dias ruins, a notícia não estava sendo animadora. Era como se no período de estiagem, ouvissem o anuncio de mais um longo período sem chuva.

Esse anúncio visava à vida do povo, era um convite ao arrependimento. O povo havia se afastado de Deus e corriam o risco de se afastar ainda mais. É fácil se afastar de Deus, o difícil é voltar.

Enquanto Jeremias comunicava a vida, chamando o povo ao arrependimento, anunciando um período de turbulências, os falsos profetas buscavam conquistar o povo através de suas mensagens com falsas esperanças. Enquanto Jeremias anunciava uma mensagem aparentemente dura, os falsos profetas anunciavam que tudo estava bem e continuaria bem.

Os falsos profetas distorciam a mensagem do profeta Jeremias e levavam ao povo uma falsa mensagem de paz. Os falsos profetas levaram o povo e o rei Zedequias à insurreição contra a Babilônia sendo que deveriam se entregar, pois o cativeiro era da parte de Deus.

A mensagem dos falsos profetas tornou-se agradável e o profeta Jeremias tornou-se impopular (37.11 – 16).

A mensagem da vida - chamado ao arrependimento - continua sendo anunciada. Infelizmente, muitos continuam sendo melhor ouvir pregadores populares com suas mensagens de que barganhas tudo se resolve, que um simples copo de água cura e que jejum é caminho de vitória. Dessa forma as pessoas cumprem supostas metas e não buscam se arrepender e viver uma vida próxima de Deus.

Os supostos pregadores da paz e de falsas esperanças anunciam uma mensagem de uma vida de “só de vitórias”.

Deus envia seus profetas que não anunciam uma mensagem popular, afinal as pessoas dizem não ter nada do que se arrepender. Deus espera um coração verdadeiramente arrependido ao invés de jejum aparente. Deus espera que a oferta seja uma resposta de fé e gratidão e efetuada com alegria.

A Palavra de Deus anuncia que não estamos livres do sofrimento, O próprio Senhor Jesus disse: “...No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem. Eu venci o mundo” (Jo 16.33). Ao enviar sua igreja Jesus fez uma promessa: “...lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28.20). Um lembrar que sustenta a fé nas dificuldades do momento.

O cristão sofre, adoece, tem apertos financeiros, é abalado por tragédias e em meio a essas situações Deus nos faz ouvir o convite ao arrependimento. Uma mensagem que nesse momento não parece ser adequada.

O inimigo é ardiloso e busca de todas as maneiras afastar as pessoas da fé em Jesus. Enquanto Jesus recomendou lembrar o diabo leva ao esquecimento. Quando estamos sofrendo, o inimigo é mestre em jogar na nossa cara os nossos pecados e nos levar ao desespero. Assim o desejo é se livrar da culpa e se apaziguar com Deus, dessa forma os falsos profetas trazem mensagens de barganha com Deus e o pecado que deveria ser confessado e abandonado é encoberto e camuflado.

Eis o grande desafio para os profetas de Deus de nossos dias: “O profeta que teve um sonho devia contá-lo como um simples sonho. Mas o profeta que ouviu a minha mensagem devia anunciá-la fielmente. Que vale a palha comparada com o trigo?” (Jr 23.28).

Anunciar a Palavra fielmente - Cuidado! Muito cuidado! Um único ensino falso - por hino ou palavra - estraga todo o corpo da doutrina cristã.

É importantíssimo cultivar, confessar e ensinar a verdade da Palavra de todas as maneiras possíveis.

O profeta Jeremias não estava sozinho. Na mesma época atuavam Ezequiel, Daniel, Naum, Habacuque e talvez Obadias e Sofonias, ou seja, a metade dos profetas. Deus enviou e envia profetas por amor ao seu povo.

A ira de Deus, manifestada pelo cativeiro babilônico, era a lei de Deus, usada como convite ao arrependimento.

O povo não quis dar ouvido a voz do profeta Jeremias e sim dos falsos profetas. É agradável ouvir o que se quer e a Palavra de Deus é “como fogo, é como marreta que quebra grandes pedras...” (Jr 23.29).

O autor a carta aos Hebreus destaca que o pecado nos ataca diariamente e não conseguimos bani-lo de nós. E, numa luta diária, entre velho e novo homem, preciso arrepender-me e pela fé estar agarrado em Jesus Cristo. Amém!

ERT

Aprenda a lição que a figueira ensina (Mc 13.28)

  Último Domingo do ano da Igreja 24 de novembro de 2024 Salmo 93; Daniel 7.9-10;13-14; Apocalipse 1.4b-20; Marcos 13.24-37 Texto : Ma...