segunda-feira, 8 de julho de 2024

Entrará no Reino do Céu somente quem faz a vontade de Deus!

Oitavo Domingo após Pentecostes

14 de julho 2024

Lecionário Anual

Salmo 26; Jeremias 23.16-29; Atos 20.27-38 ou Romanos 8.12-17; Mateus 7.15-23.

Texto: Mateus 7.15-23

Tema: Entrará no Reino do Céu somente quem faz a vontade de Deus!

 

Ilustração: usar uma máscara dessa no início da pregação.

Falsos mestres e falsos seguidores de Jesus são identificados não por suas palavras, mas pelos seus frutos.

Jesus disse: “vocês conhecerão os falsos profetas pelas coisas que eles fazem. Não é toda pessoa que me chama de “Senhor, Senhor” que entrará no Reino do Céu, mas somente quem faz a vontade do meu Pai, que está no céu” (Mt 7.20-21).

Os judeus que aparentemente sabiam tudo sobre os falsos profetas, tiveram suas consciências acordadas por essas palavras de Jesus.

O profeta Jeremias teve seu conflito com os profetas que disseram “Paz, paz, quando não há paz” (Jr 6.14; 8.11).

 

Cuidado com os falsos profetas! Eles chegam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos selvagens” (Mt 7.15)

 

Lobos era o nome pelo qual os falsos governantes e falsos profetas eram chamados. Nos dias ruins, o profeta Ezequiel disse: “Seus príncipes no meio dela são como lobos que destroem a presa, derramando sangue e destruindo vidas, para obter ganhos desonestos” (Ez 22.27). Sofonias traçou um quadro sombrio do estado das coisas em Israel, quando: "Seus oficiais dentro dela são leões que rugem; seus juízes são lobos da tarde que não deixam nada até a manhã. Seus profetas são homens devassos e infiéis" (Sf 3.3). Quando Paulo estava alertando os anciãos de Éfeso sobre os perigos que viriam, ao se despedir deles pela última vez, disse: "Lobos ferozes entrarão no meio de vocês, não poupando o rebanho" (Atos 20.29). Jesus enviou seus discípulos como ovelhas no meio de lobos (Mt 10.16).

Jesus disse que os falsos profetas eram como lobos em pele de cordeiro. Quando o pastor cuidava de seus rebanhos na encosta da colina, sua vestimenta era uma pele de carneiro, usada com a pele por fora e a lã por dentro.

Esse manto de pele de carneiro tornou-se o uniforme dos profetas. Elias tinha um manto, e esse manto era peludo (1Reis 19.13,19; 2Rs 1.8). O manto de carneiro distinguia o profeta dos outros homens. No entanto, às vezes esse traje era usado por àqueles que não tinham o direito de usá-lo. O profeta Zacarias, ao narrar a imagem dos dias que viriam, disse: “Ele não vestirá um manto de pelos para enganar” (Zc 13.4).

Houve falsos profetas no Antigo Testamento e Novo Testamento e há ainda hoje. Como identificá-los?

 

Vocês o conhecerão pelo que eles fazem. Os espinheiros não dão uvas, e os pés de urtiga não dão figos. Assim, toda árvore boa dá frutas boas, e a árvore que não presta dá frutas ruins. A árvore boa não pode dar frutas ruins, e a árvore que não presta não pode dar frutas boas. Toda árvore que não dá frutas boas é cortada e jogada no fogo. Portanto, vocês conhecerão os falsos profetas pelas coisas que eles fazem” (Mt 7.16-20).

 

Judeus, gregos e romanos usaram a ideia de que uma árvore deve ser julgada pelos seus frutos. “Tal raiz, tal fruta”, dizia o provérbio. Sêneca declarou que o bem não pode crescer do mal, assim como uma figueira não pode crescer de uma oliveira.

Cuidado, há muito mais do que aparenta. Jesus disse: "As uvas são colhidas dos espinhos?" Havia um certo espinho, o espinheiro, que tinha pequenas bagas pretas que se pareciam muito com pequenas uvas. Jesus disse também: "figos são colhidos de cardos?" Havia um certo cardo que tinha uma flor que, pelo menos à distância, poderia muito bem ser confundida com um figo.

A questão é real, relevante e salutar. Pode haver uma semelhança superficial entre o verdadeiro e o falso profeta. O falso profeta pode usar as roupas certas e usar a linguagem certa; mas você não pode sustentar a vida com os frutos de um espinheiro ou com as flores de um cardo; e a vida da alma nunca poderá ser sustentada com o alimento que um falso profeta oferece.

A pergunta que fica é: qual é o fruto pelo qual podemos nos certificar que o profeta ou seguidor é verdadeiro?

Observe que Jesus está nos alertando sobre o perigo de sermos enganados pelos sinais externos (máscaras). Por isso, a ênfase está no dito de Jesus: “quem faz a vontade do meu Pai, que está no céu” (Mt 7. 21) é o divisor de águas.

Esta frase é dita por Jesus tanto aos falsos profetas quanto aos falsos seguidores de Jesus.

 

Não é toda pessoa que me chama “Senhor, Senhor” que entrará no Reino do Céu, mas somente quem faz a vontade do meu Pai, que está no céu. Quando aquele diz chegar, muitas pessoas vão me dizer: “Senhor, Senhor, pelo poder do seu nome anunciamos a mensagem de Deus e pelo seu nome expulsamos demônios e fizemos muitos milagres! Então eu direi claramente a essas pessoas: “Eu nunca conheci vocês! Afastem-se de mim, vocês que só fazem o mal!”” (Mt 7.21-23).

 

O falso ensino do falso profeta produz uma religião que consiste unicamente nas observâncias das coisas externas (se preocupam com datas, festividades, roupas, bebidas e comidas). Recordemos que os escribas tinham a religiosidade como uma observância da lei cerimonial (lavar as mãos, guardar sábado, dízimos).

É fácil confundir Religião e religiosidade com práticas religiosas. Religião se tornou sinônimo de ir à igreja, observar regras, manter em dia suas obrigações religiosas e ler a Bíblia.

Cristianismo é o pulsar do coração. É uma atitude de coração. Um coração transformado pelo perdão de Jesus Cristo.

Religião dos falsos mestres apenas consiste numa religiosidade de proibições. A falsa religião está intimamente ligada a frase: “não farás”. Daí, falsos religiosos que não assistem tv, não dançam, não fumam, não... se sentem mais santificados e purificados. Se ser cristão é apenas se abster das coisas, fácil é ser cristão! Isso muitos hipócritas conseguem fazer.

A essência cristã não consiste em não fazer coisas. A essência é fazer coisas, fundamentadas e surgidas da fé.

Ensino falso produz religião fácil. Cuidado com os falsos ensinos que conduzem ao falso pretexto.

Jesus destaca que os falsos mestres farão e dirão coisas maravilhosas e impressionantes. Todavia, Jesus diz que isso seria usado sob falsos pretextos. Recorde-se: chegará o dia do ajuste de contas.

Jesus enumera que não são as palavras que diferenciam os falsos mestres e religiosos. A diferença está no fazer a vontade de Deus.

Em que consiste fazer a vontade de Deus?

Se fazer a vontade de Deus consiste em guardar os dez mandamentos, toda a humanidade seria condenada, pois ninguém consegue observar a lei de Deus.

A vontade de Deus foi descrita por Jesus ao dizer: “a vontade do meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; ...” (Jo 6.40).

A vontade do Pai é que as pessoas venham a Cristo, creiam em Cristo. O maravilhoso é que Deus concede a sua Palavra para que as pessoas venham e creiam em Cristo. E é dessa Palavra que os falsos mestres querem afastar as pessoas.

O fruto genuíno de um verdadeiro profeta e verdadeiro seguidor de Deus é Jesus Cristo. E desse fruto que é Cristo, frutinhas são produzidas todos os dias (oferta, louvor, adoração...).

Entrará no Reino do Céu somente quem faz a vontade de Deus! E a vontade de Deus é que se venha a Cristo e creia nEle. Amém!

 

Edson Ronaldo Tressmann


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