segunda-feira, 29 de abril de 2019

Missão especial

Por que me persegues? ... Eu sou Jesus!


Texto: Atos 9.4-5
Tema: Por que me persegues? Eu sou Jesus!

O ser humano após a queda, por natureza, é tão cego e corrompido pelo pecado que o seu coração carnal é inimigo de Deus. Por isso, a máxima de Freud que o homem criou Deus é falsa, afinal, tudo o que o homem natural quer é Deus.
O homem por sua natureza, sendo essa pecaminosa, não consegue apaziguar Deus pelas obras da Lei.
Saulo, era assim, um judeu apaixonado pelas tradições dos seus pais. Quanto a lei, fariseu, zeloso (Fp 3). E por seu zelo e amor a tradição religiosa, buscava prender e permitir a morte de cristãos, pois, os do caminho (referência aos cristãos) seguiam uma seita. E sendo uma seita, precisava ser eliminada.
Saulo, amava a Deus, mas acreditava por ter sido criado assim que se alcançava a misericórdia de Deus pelas obras da lei, as quais, após conhecer a Cristo, jogou tudo fora (Fp 3.8).
Após conhecer a Cristo, Paulo anos mais tarde escreveu na segunda carta aos Coríntios que Deus reconciliou consigo o mundo (2Co 5.19).
Saulo, não sabia disso. Por mais que amasse a Deus, não compreendia e nem sequer aceitava o fato de Deus ter permitido seu filho morrer na cruz, afinal, como um bom judeu sabia que maldito todo aquele que for pendurado no madeiro (Dt 21.23), mas, após conhecer Cristo, Paulo entendeu que Jesus tornou-se maldição em nosso lugar (Gl 3.13).
Quando lemos o episódio da conversão de Saulo na estrada para Damasco, precisamos compreender que conversão é a outorga da fé na promessa divina da salvação por causa de Cristo, ao pecador que, através da lei divina, aprendeu a lamentar os seus pecados. E isso aconteceu com Saulo.
Por amor a Deus, ele estava perdido em seu fanatismo, e zeloso pela lei, julgava estar cumprindo a vontade de Deus. Mas, quando Jesus o fez ver que era o próprio Deus que ele estava perseguindo, caiu em si.
A Bíblia foi escrita em duas cores: lei e evangelho. A Bíblia foi costurada com duas linhas: lei e evangelho.
As palavras: Saulo, Saulo, por que me persegues? soaram como uma pregação de lei àquele que julgava estar atuando na causa de Deus.
Será que eu sou um perseguidor de Cristo?
Quando ouço relatos de colegas e congregações que estão em conflito fico pensando: como é possível as pessoas amarem e ao mesmo tempo brigarem pela mesma coisa.
Saulo amava as coisas de Deus – o problema era que não sabia que sua atitude zelosa pela lei e tradição religiosa, era perseguição à Cristo.
Saulo cria em Deus, mas, julgava que sua salvação estava fundamentada na lei de Deus, e por ser zeloso a lei de Deus, tornou-se um fanático perseguidor da igreja.
Mas, quando a luz de Cristo brilhou ao seu redor, e sem ver percebeu que era a Cristo que ele perseguia, chegou à conclusão de que a salvação é um presente gratuito de Deus, como escreveu anos mais tarde aos cristãos da Ásia Menor (Ef 2.8-9).
Saulo perseguia a igreja, os cristãos, por amor a Deus, por amor a lei, a tradição. E nesse sentido, corro um grande risco. O risco de me tornar um perseguidor de Cristo.
Será que eu sou um perseguidor de Cristo?
As palavras do próprio Cristo mostram uma maneira pela qual posso estar perseguindo a Jesus. Ele disse: “Quem recebe vocês está recebendo a mim; e quem me recebe está recebendo aquele que me enviou. Quem receber um profeta, porque este é profeta, terá uma parte da recompensa dele; e quem receber uma pessoa boa, porque ela é boa, terá uma parte da recompensa dela” (Mt 10.40-41). Quando desprezamos o pregador perseguimos a Jesus.
Será que eu sou um perseguidor de Cristo?
Jesus perguntou e respondeu a Saulo e também a nós: Saulo, Saulo, por que me persegues? ... Eu sou Jesus!
Jesus disse: “... aos discípulos: Quem ouve vocês está me ouvindo; quem rejeita vocês está me rejeitando; e quem me rejeita está rejeitando aquele que me enviou” (Lc 10.16). Rejeitar a pregação de um pregador do evangelho, é perseguir Jesus. Paulo aos Tessalonicenses, escreveu: “...Quando levamos a vocês a mensagem de Deus, vocês a ouviram e aceitaram. Não a aceitaram como uma mensagem que vem de pessoas, mas como a mensagem que vem de Deus, o que, de fato, ela é. Pois Deus está agindo em vocês, os que creem” (1Ts 2.13).
Será que eu sou um perseguidor de Cristo?
Sim. Quando tento impedir que o evangelho seja pregado (1Ts 2.16).
O pesquisador, Dr Lucas ao escrever o livro dos Atos dos apóstolos ressalta as muitas perseguições lançadas pelo diabo contra a igreja. E me chama a atenção uma muito especial. Quando os apóstolos recebiam reclamação quanto ao trabalho social da igreja (Atos 6). Os apóstolos então dividiram o trabalho deixando claro que o trabalho deles era de oração e proclamação e dos escolhidos a administração.
Tenho visto que em muitos lugares, pastores e congregações tem sofrido muito por discussões. E as discussões se devem ao amor pelo reino, amor por Jesus e por toda a igreja. Mas, centralizando o trabalho em si mesmo, o pastor se torna um perseguidor de Cristo. Quando os congregados não fazem a função para a qual foram escolhidos, também perseguem a Cristo.
Será que precisamos cair d cavalo? Ficar sem enxergar três dias? Não.
Precisamos apenas olhar para as palavras de Jesus a Saulo e pensar em nós. Amamos a Deus, somos zelosos em seu reino. No entanto, zelamos pelo patrimônio, mas ofendemos as pessoas, não as acolhemos. Em outras circunstâncias, desejamos a pregação, mas menosprezamos o pregador.
A conversão de Saulo foi libertá-lo da escravidão do zelo pela lei que o tornara um fanático perseguidor da igreja.
Ainda hoje, Jesus continua perguntando: ... porque me persegues? ... Eu sou Jesus!
Ainda hoje, é necessário a conversão, ou seja, deixe de olhar para você e seu zelo e olhe para aquele que ressuscitou dos mortos e faz brilhar o seu evangelho em sua vida. Amém!
Edson Ronaldo Tressmann

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Vencedores em Guerra!


Vencedores em Guerra!
1Pe 5.8
“Estejam alertas e fiquem vigiando porque o inimigo de vocês, o Diabo, anda por aí como um leão que ruge, procurando alguém para devorar”
Introdução
Conhecer e dominar são forças impulsionadoras em torno das quais pode se definir a trajetória de cada ser humano. As pessoas anseiam pela superação, pela conquista do desconhecido, pelo domínio até do impossível.
Ao longo da história, o ser humano, rejeitou a ideia de que existam limitações para suas ânsias naturais de conhecer e dominar. Qualquer sacrifício e caminho se torna viável para que possa escolher seu destino.
Aí o sobrenatural exerce maior fascínio sobre o ser humano. As limitações levam o ser humano a buscar o sobrenatural. E assim, desde um inocente horóscopo, passa a desenvolver um mundo de causas e efeitos aos quais fica atado, e impotente em gerir o calendário de sua vida.
Desenvolvimento
De acordo com a linguagem bíblica, os primeiros cristãos, muitas vezes, usavam uma terminologia militar para descrever suas vidas como membros do reino de Deus.
                   A vida no reino de Deus é uma vida e que se está envolvido em uma batalha espiritual contra o reino das trevas;
                   Fé – bom combate. 2Tm 4.7
                   A proteção – armadura de Deus Ef 6.11 - 13
                   Palavra de Deus – espada Ef 6.17
                   Ataques do diabo – dardos inflamados Ef 6.16
                   Evangelho – sentido secular, originou-se na linguagem de guerra ou combate, como termo técnico para anuncio de vitória.
A batalha espiritual é retratada no ministério e vida de Jesus. Essa batalha foi registrada pelo apostolo João em sua carta 1Jo 3.8. Também por João Marcos no evangelho Mc 5.9.
Está havendo atualmente muito interesse pelo ocultismo.
Dia 08 de janeiro desse ano, 2018, acompanhamos nos noticiários da prisão de pessoas envolvidas no assassinato de duas crianças, de 8 e 12 anos, num ritual de magia negra no Rio Grande do Sul.
A luta, a batalha espiritual entre o reino das trevas contra o reino de Deus continua.
É preciso saber que na batalha espiritual há um inimigo: diabo. Há um campo de batalha: magia, espiritismo, adivinhação, ... e há a arma necessária para vencer esses inimigos: o evangelho, o anuncio da vitória que é nosso pela fé na obra redentora de Jesus Cristo.
CS Lewis ao referir ao demônio escreveu: “Há dois erros iguais e opostos, sobre diabos, que o povo comete. Um é desacreditar a sua existência. O outro é acreditar nele e sentir um interesse excessivo e doentio por ele. O diabo se satisfaz tanto com um como com outro erro e saúda com a mesma satisfação o materialista e o feiticeiro”.
Assim, precisamos entender que a existência do diabo é real e que o mesmo tem poder, e também não dar a ele mais crédito do que tem, pois o mesmo está vencido pela obra realizada por Jesus.
Quando se fala sobre batalha espiritual é preciso enumerar que não dá para se passar por cima de um erro com a frase popular “foi o diabo que me levou a fazer isso”. Não se pode isentar o ser humano da sua responsabilidade. Por outro lado, não se pode negar a realidade do tentador.
Vivemos uma sociedade altamente cientifica e diante da ciência Rodolph Bultmann escreveu: “agora que as forças e as leis da natureza foram descobertas, não mais podemos crer em espíritos, sejam eles bons ou maus. Enfermidade e cura são doenças, semelhantemente, atribuídas a causas naturais; elas não são resultados de atividades demoníacas ou de maus espíritos. É impossível usar a luz elétrica e a transmissão por ondas e usufruir as vantagens de modernas descobertas médicas e cirúrgicas e, ao mesmo tempo, acreditar em espíritos e milagres do mundo do NT”.
A ciência tenta explicar o sobrenatural. E a verdade ainda permanece: o diabo existe, demônios (infantaria do diabo) existem, seu número é multidão, e o cristão continuamente é atacado por tais forças sobrenaturais resolvidas a destruir a fé e o compromisso com o Deus triuno.
Mesmo que seus números e poder sejam grandes – a mensagem do evangelho é vitória para nós. Jesus lutou uma batalha contra i inimigo e obteve a vitória evidenciado pela ressurreição (Cl 2.15).
Ocultismo
Palavra vem do latim – escondido, secreto, escuro, misterioso e encoberto.
O ocultismo lida com coisas secretas ou escondidas. Operações que parecem depender de poderes humanos que ultrapassam os cinco sentidos. E ao lidar com o sobrenatural, lida com forças angélicas ou demoníacas.
O ocultismo está acontecendo. Ele muda as pessoas e sua visão de futuro. Ele é perigoso para a fé cristã, porque ele pode e tem destruído a fé cristã. (Veja as crendices que há por ai).
O profeta Oséias anunciou: “que o povo padece por falta de conhecimento” (Os 4.6).
Desconhecemos, desconsideramos a batalha espiritual na qual estamos envolvidos. Desconhecemos que Satanás tem muitas táticas e para piorar a situação, muitos desconhecem a única arma contra os ataques do diabo, desconhecem a vitória completa de Cristo sobre o diabo e que é nossa pela fé. E é exatamente por isso que:
- Os ataques do diabo é desconsiderado numa sociedade altamente tecnológica e cientifica;
- Influências de religiões que misturam os mais variados elementos confundem as pessoas, e assim, não se consegue mais classificar o que é cristão e o que é ocultismo;
- Muitas passagens bíblicas anunciam que nos últimos dias, haverá crescimento das obras de satanás sobre a terra (Ap 9.1-21; 12.7-9; 13.1-10; 19.11-16; Mc 13.22; 2Co 11.14; 1Tm 4.1-6; 1Jo 4.1-7)
- quando as pessoas estão cheias de incertezas e dúvidas, elas começam a agarrar-se em qualquer coisa;

Quando a igreja se enclausurou no deserto, os padres (sec. III – VI) representavam a imagem do diabo como sendo um(a) jovem bonito(a), todo(a) iluminado(a). Na Idade Média (sec. VI – XV) o diabo era representado conforme os efeitos do diabo no ser humano, ou seja, caricaturas animalescas.
Esses dois retratos mostram o quanto o diabo é ardiloso.
Provar o sobrenatural pode ser desencadeado pela leitura de um artigo. Um programa de televisão. Uma palestra. Uma conversa informal com alguém que frequenta centros espíritas.
E é exatamente por causa do perigo que corremos, é que Deus, por seu amor e misericórdia, coloca à disposição de todos a sua armadura (Ef 6).
Quem é o nosso inimigo? Bem, já vimos que o diabo é ardiloso. Mas, precisamos fazer outras observações. Ez 28.12-17, é uma passagem citada por muitos para descrever que Lúcifer ocupava um dos cargos mais importantes. Houve uma batalha no céu, Ap 12.7-9 e ele foi expulso. O apostolo João diz também que o diabo é mentiroso, enganador(Jo 8.44).
Lúcifer, anjo de Deus, rebelou-se por querer ocupar o lugar de Deus (Is 14.13-14).
O diabo existe, o conhecemos desde Gn 3 e vamos conhecendo até Ap 20.
Nosso inimigo é tão astuto que pode se disfarçar com sendo um anjo de luz (2Co 11.14). E assim enganar muitos até mesmo pelo ensino da Bíblia (1Tm 4.1). É só recordar a tentação de Jesus (Mt 4). O diabo usou as Escrituras em seus ataques.
Mt 16.23 – o diabo entrou na mente de Pedro.
O diabo se opõe as coisas de Deus (Mt 12.26); ele é tentador (Mt 4.3); senhor da morte (Hb 2.14), nesse sentido, Paulo diz que a morte está vencida pela ressurreição (1Co 15.55). O diabo é belzebu, senhor das moscas, (Mc 3.22-23); ele é belial, inimigo, (2Co 6.11); ele é maligno (1Jo 2.13); é príncipe deste mundo (Jo 14.30); é príncipe das potestades do ar (Ef 2.1-2).
Sinto dizer, mas, nosso inimigo é real. Ele está vencido, mas vivo, é poderoso.
Estamos em batalha – 1Pe 5.8-9
Nossa oração diária é: “não nos deixe cair em tentação ... mas livra-nos do mal
A questão que fica é: Porque Deus permite essa ação diabólica? Tomás de Aquino e Agostinho responderam essa pergunta enfatizando que as “ações diabólicas são permitidas em benefício de bens maiores ou até para prevenir males ainda piores”. Isso significa que, diante de um ataque do diabo, nossa fé é provada. E quando vencemos saímos mais fortes. Mas, quando caímos, pela graça de Deus nos arrependemos e evitamos um mal muito maior.
Nós não podemos esquecer que, por mis que sejamos tentados pelo diabo, temos livre arbítrio e vivemos das nossas escolhas.
Toda provação, tentação, traz crescimento: Lc 22.31-32; Tg 4.7.
É preciso recordar que o Diabo está vencido. Seu poder é limitado. Ele não atinge a Deus. Mas, busca atingir os filhos de Deus para ofender o criador. E a maior ofensa que o diabo causa em Deus, é quando consegue afastar um dos seus filhos dos seus caminhos (Lc 22.31; Jo 13.2; Mt 4; Mt 8.29; 1Tm 4.1; 1Co 10.20-21; Ef 2.1-2; 2Co 4.4).
A igreja e os cristãos sabem que a vitória já está garantida, mas conhece o ódio de Satanás. Como escreveu Corrie Tem Boom: “Ele tem seis mil anos de experiência em armar ciladas”.
Cuidado! Nas coisas simples ...
Esse inimigo age em muitas esferas – mas, a mais importante área de atuação se deve a popular adivinhação (ver a sorte). Adivinhação – divinare (latim) – prever. E quem prevê o futuro é o advinho – divinus divinamente inspirado e pertencente a uma divindade. O advinho faz uso de presságios e meios (espelhos, cartas, leitura de mãos, pêndulos, etc). Toda adivinhação é condenada por Deus pois é fruto da idolatria e a idolatria é combatida no primeiro mandamento. Nosso futuro, seja qual for, está nas mãos de Deus (Mt 6.34; Sl 37.5).
Além da adivinhação temos a astrologia, cartomancia, quiromancia, psicometria, cristalomancia, numerologia, geomancia, jogar dados, búzios, piromancia, selenomancia.
Deus condena essas práticas: Lv 20.6,27; Dt 18.10-14; 1Cr 10.13; Dt 29.29; 2Tm 3.15; Tg 1.5;
Espiritismo
Todo ocultismo conduz ao espiritismo. Esses dizem crer no conteúdo da Bíblia.
O espiritismo remonta milhares de anos (1Sm 28; 1Cr 10.13; Dt 18; Lv 26.2; 27.31).
As crenças adotadas pelo espiritismo mostram origens anticristãs. Eles creem num processo evolucionário de desenvolvimento espiritual. Após a morte, se desenvolve com ajuda de outros espíritos. O que você faz nesta vida determina o plano de desenvolvimento espiritual no qual você entra após a morte. Para o espiritismo, Jesus é o maior de todos os médiuns. Para os espíritas não existe inferno. Como cristãos confessamos que sim! E céu é uma série de planos espirituais pelos quais a alma passa da morte para um processo evolutivo. Assim, quando há uma sessão espírita, a comunicação se dá com anjos caídos passando-se pelo falecido.
Bíblia condena o espiritismo: Lv 19.31; 20.6; Dt 18.10-12; e faz um alerta: 1Jo 4.1-6.

Estamos em guerra!
De acordo com Paulo, 2Co 2.11, não podemos ignorar sua existência e perigo.
Ef 6.11 – só podemos vencê-lo a certeza de que pertencemos e somos do Senhor (1Jo 5.19).
Nosso desafio – transformar o reino de satanás em reino de Deus (Mt 12.30).
1Pe 5.8
Nós podemos cair nas artimanhas do diabo e nos afastar de Deus!
O diabo insiste para que as pessoas não creiam na sua existência e nem na existência do inferno.
Cuidado, pois o diabo não se mostra como é, mas como lhe convém, e assim pode te enganar.
Efésios 6.18. Porque orar e vigiar?
Efésios 6.10-20, porque estamos em guerra e nossa luta não é contra pessoas, mas o diabo e seus demônios.
Louvemos a Deus, pois ele nos resgatou do reino da trevas e nos coloca no seu reino. Ef 2.1-10. Amém.

Edson Ronaldo Tressmann

O pequeno pecador enfrentando o gigante causador do pecado!


O pequeno pecador enfrentando o gigante causador do pecado

O calendário da igreja cristã é uma grande oportunidade para refletirmos sobre temas propícios e necessários. A Quaresma é um desses momentos raros e valiosos. Quaresma marca um período de guerra.
Nessa guerra há dois poderosos – Jesus e o Diabo (seu poder é limitado). Enquanto que o cristão é um soldado que luta ao lado de Jesus, por outro lado, o incrédulo é um soldado lutando ao lado e pelo diabo (obsessão espiritual).
O apostolo Paulo escreveu na carta aos cristãos da Ásia Menor: porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef 6.12).
Se estamos em luta, é necessário e urgente que eu conheça meu inimigo e suas táticas. Afinal de contas, quanto menos conhecido for meu inimigo e suas artimanhas, mais perigoso ele se torna e eu corro ainda mais perigo.
O diabo existe como pessoa e não representa uma ideia ou personificação do mal. Ele é real e atua nesse mundo com seu poder destruidor.
A pessoa do Diabo
1 – Foi criado justo e santo por Deus como todas as criaturas (Gn 1.31; Jd 6).
2 – Apostatou-se de Deus por livre vontade, talvez impelido por sentimentos da arrogância e vaidade (Gn 3.5; Jo 8.44; 2Pe 2.4; 1Tm 3.6). É justamente pelo fato do Diabo ter se rebelado por livre decisão, é que para o mesmo não há salvação.
A pessoa do diabo é caracterizada por muitos com as seguinte figuras bíblicas: Dragão (Ap 12.7); Serpente (Is 27.1); Leão (1Pe 5.8); Inimigo (Mt 13.39); Homicida (Jo 8.44); Tentador (Mt 4.3); Pai da mentira (Jo 8.44; 1Jo 3.8); Acusador (Ap 12.10); Maligno (1Jo 2.13); Demônio (Lc 11.14); Satanás, adversário e acusador (Mt 4.10); Príncipe do Mundo (Jo 12.31); Deus deste século (2Co 4.4); Dominador deste mundo (Ef 6.12); Força espiritual do mal (Ef 6.12); adversário (1Pe 5.8); besta (Ap 11.7); Belzebu, senhor das moscas ((Mt 10.25); exterminador (1Co 10.10); estrela caída (Ap 9.1); deus deste século (2Co 4.4); príncipe da potestade do ar (Ef 2.1-2); leão que ruge (1Pe 5.8); ladrão (Jo 10.10); passarinheiro (Sl 91.3); conselheiro vil (Na 1.11); lobo (Jo 10.12), ...
É preciso saber que dentro do reino do diabo há uma hierarquia. Há espíritos superiores e inferiores. A Escritura fala do Diabo superior ou coletivamente (Lc 11.15; Mt 25.41; Ap 12.7; Mc 5.9).
Conhecendo a pessoa do Diabo, é preciso saber qual é o seu destino.
1 – São condenados por Deus ao fogo eterno (2Pe 2.4; Mt 25.41; Jd 6). Se o Diabo está em algemado como ataca o mundo?
Sei quem é o meu inimigo e quais nomes recebe da parte de Deus. Sei também seu destino, mas é preciso para que eu esteja sempre mais preparado para a luta saber sobre sua obra.
O diabo foi expulso do céu (Ap 12.7-9; 20.2; 1Tm 3.6). assim, reina sobre os poderes da escuridão espiritual neste mundo e além (Mt 12.24; Jo 12.31; 2Co 4.4; Ef 6.12; 1Jo 5.19; Ap 12.9). Ele se esconde, e também suas obras e sua influência neste mundo (2Co 11.14).

Edson Ronaldo Tressmann

Batalha nossa de cada dia!


Texto: Ef 6.10-20
Tema: Batalha nossa de cada dia!
Pois nós não estamos lutando contra seres humanos, mas contra as forças espirituais do mal que vivem nas alturas, isto é, os governos, as autoridades e os poderes que dominam completamente este mundo de escuridão” (Ef 6.12)

Estamos em luta! Uma luta, onde mesmo sendo constantemente atacados, não estamos em desvantagem, pois temos a nossa disposição todas as armas adequadas para o combate.
Nossa luta não é contra as pessoas! Muitas vezes até parece que lutamos contra as pessoas. Tenho observado que muitos líderes religiosos não tem combatido o erro doutrinário, mas as pessoas em si. A igreja precisa denunciar o erro doutrinário que distorce o ensino bíblico e afasta a pessoa do evangelho.
Em nossa batalha de cada dia precisamos estar alertas quanto a dois grandes extremos perigosos: Subestimar o inimigo; Superestimar o inimigo.
Se por um lado há os que negam a existência do diabo, desconhecem suas armas, seus agentes e suas estratégias. Há o outro extremo que é falar mais do diabo do que de Deus. Para muitos, uma simples dor de cabeça já é coisa do diabo.
A missão do diabo é nos afastar do evangelho e de Cristo. Nossa luta é contra ensinamentos que afastam as pessoas de Jesus, pois esse é o principal objetivo do diabo (2Co 4.4). Nossa luta é contra as artimanhas do diabo que tenta arrastar muitos para junto de si. Lembro que o diabo sua a camisa para conseguir adeptos e também afastar os filhos(as) de Deus de Cristo do evangelho, pois, ele sabe que todo aquele que se arrepende recebe o perdão a vida e a salvação. Ele não quer que as pessoas ouçam e saibam desse evangelho.
Querido irmão e irmã em Jesus - minha luta é contra o diabo que quer impedir que o evangelho chegue aos meus ouvidos e me revele todo o amor de Deus por mim, “Portanto, estejam preparados ...” (Ef 6.14) ou “firmai os vossos pés...
Já manifestei a minha preocupação sobre as futuras gerações sobre o que elas saberão de Cristo? O diabo não quer que as pessoas saibam de Cristo.
A luta do diabo é contra o evangelho e seus pregadores, por esse motivo Paulo faz um pedido as igrejas da Ásia Menor: “... orem também por mim, a fim de que Deus me dê a mensagem certa para que, quando eu falar, fale com coragem e torne conhecido o segredo do evangelho. Eu sou embaixador a serviço desse evangelho, embora esteja agora na cadeia. Portanto, orem para que eu seja corajoso e anuncie o evangelho como devo anunciar” (Ef 6.9-20).
O diabo utiliza-se de todas as armas, afinal, ele precisa ganhar almas para si, haja visto que o inferno foi feito para o diabo e seus anjos (Mt 25.41). Jesus ao contrário, oferece e dá o perdão, mesmo aquele que se arrepende no último instante. O desejo de Cristo é salvar (1Tm 2.4).
Enquanto que o diabo nos ataca pelo mundo e pela nossa carne, Cristo coloca à nossa disposição armas para a batalha nossa de cada dia.
Quando a igreja se enclausurou no deserto (sec. III – VI) representavam a imagem do diabo como sendo uma jovem bonita, toda iluminada. Na Idade Média (sec. VI – XV) o diabo era representado conforme os efeitos do diabo no ser humano, ou seja, caricaturas animalescas. Esses dois retratos mostram o quanto o diabo é ardiloso.
As armas colocadas por Deus a disposição da igreja e dos cristãos se devem ao fato de periculosidade do inimigo. O apostolo Paulo o descreve como astuto, invisível, numeroso e maligno (Ef 6.11-12), persistente (Ef 6.13), oportunista (Ef 6.11,14). Além disso, se disfarça em anjo luz (2Co 11.4) e usa voz mansa e truques para enganar, muitas vezes em seus ataques usa a Bíblia (Mt 4.6). Ele faz as pessoas acreditarem que ele não existe (At 20.22).
Na Batalha nossa de cada dia temos um inimigo: o diabo e seus aliados; há um campo de batalha: magia, espiritismo, adivinhação, ... e há uma arma necessária para vencer esses inimigos: o evangelho, o anuncio da vitória que é nosso pela fé na obra redentora de Jesus Cristo.
De maneira sorrateia o diabo está semeando em nossas casas o ocultismo que está acontecendo e tem mudado muitas pessoas e sua visão de futuro.
Cuidado! Nas coisas simples ... o inimigo tem agido em muitas esferas e as mais importantes área de atuação se deve a popular adivinhação (ver a sorte). A adivinhação é condenada por Deus por ser fruto da idolatria. A idolatria é odiada por Deus. Além da adivinhação há a astrologia, cartomancia, numerologia, jogar dados, búzios ...
Talvez você esteja se perguntando: sendo Deus, todo poderoso, por qual motivo permite essa ação diabólica? Tomás de Aquino e Agostinho disseram que as “ações diabólicas são permitidas em benefício de bens maiores ou até para prevenir males ainda piores”. Ou seja, diante de um ataque do diabo a nossa fé é provada. Quando vencemos saímos mais fortes. Quando caímos, pela graça de Deus somos chamados ao arrependimento e evitamos um mal muito maior. A palavra de Deus diz que toda provação e tentação, traz crescimento espiritual (Lc 22.31-32; Tg 4.7).
O diabo nos tenta por não poder atingir a Deus, e busca de todas as maneiras atingir os filhos e filhas de Deus. Sua maior alegria é afastar alguém de Cristo e do evangelho. E o evangelho nada mais é do que a boa notícia da vitória de Cristo sobre a morte, o inferno e o diabo.
O Cristo vitorioso nos oferece armas para lutar contra nosso inimigo (Ef 6.14 – 17).
Na batalha nossa de cada dia é preciso estar sempre preparado (Ef 6.14). Igreja - batalhão dos soldados de Cristo - não esqueça os equipamentos de batalha:
Usem a verdade como cinturão (Ef 6.14).
Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim” (Jo 14.6). Contra essa verdade, o diabo (pai da mentira, Jo 8.44) combate. O inimigo age pela mentira, pelas fake News dos falsos pregadores.
A igreja se mantem de pé pela verdade que é Cristo. Sem a verdade que é Cristo e o seu evangelho salvador, não há como prevalecer na batalha.
Na batalha nossa de cada dia é preciso estar sempre preparado (Ef 6.14). Igreja - batalhão de soldados de Cristo - não esqueça os equipamentos de batalha:
Vista-se com a couraça da justiça (Ef 6.14b). A couraça cobria desde o pescoço até o peito. Protegia os órgãos vitais do guerreiro.
A couraça da justiça de Cristo é o que o diabo não quer que os pecadores saibam e reconheçam. Ele não quer que os pecadores saibam que em Cristo seus pecados são perdoados.
Na batalha nossa de cada dia é preciso estar sempre preparado (Ef 6.14). Igreja - batalhão de soldados de Cristo - não esqueça os equipamentos de batalha:
Calce o sapato e esteja pronto para anunciar o evangelho da paz! (Ef 6.15)
Os soldados romanos usavam sandálias com cravos nas solas para dar agilidade na caminhada por lugares íngremes. O autor a carta aos Hebreus (Hb 2.14) diz que o diabo é senhor da morte. A mensagem da paz, o evangelho, é o anuncio da vitória sobre a morte, o inferno e o diabo. A ressurreição é a mensagem que precisa ser proclamada para todos (1Co 15.55).
Na batalha nossa de cada dia é preciso estar sempre preparado (Ef 6.14). Igreja - batalhão de soldados de Cristo - não esqueça os equipamentos de batalha:
Levem sempre a fé como escudo (Ef. 6.16).
O escudo protegia todo o corpo do soldado dos dardos inflamados que feriam com corte e queimadura.
O inimigo não deseja de maneira nenhuma que o pecador saiba que “O justo vive pela fé” (Rm 1.17). Ele quer manter as pessoas prisioneiras em suas realizações e ignorância com respeito a salvação.
Na batalha nossa de cada dia é preciso estar sempre preparado (Ef 6.14). Igreja - batalhão de soldados de Cristo - não esqueça os equipamentos de batalha:
Recebam a salvação como capacete (Ef. 6.17a).
O diabo não quer que o evangelho da salvação brilhe sobre as pessoas.
Na batalha nossa de cada dia é preciso estar sempre preparado (Ef 6.14). Igreja - batalhão de soldados de Cristo - não esqueça os equipamentos de batalha:
Recebam a Espada que é a Palavra de Deus (Ef. 6.17b).
Todo ataque começa com uma boa defesa. E a arma de ataque e de defesa é a Palavra de Deus. Você conhece a Bíblia e a sua mensagem central? Na carta aos romanos, o apostolo Paulo escreveu: “E como poderão ouvir, se a mensagem não for anunciada? E como é que a mensagem será anunciada, se não forem enviados mensageiros?” (Rm 10.14-15).
Um dos grandes ataques do inimigo do diabo é o vasto crescimento dos cristãos sem igreja. Ele dissemina por aí que as pessoas não precisam da Bíblia, de pregadores, da comunhão dos santos.
Na batalha nossa de cada dia é preciso estar sempre preparado (Ef 6.14). Igreja - batalhão de soldados de Cristo - não esqueça os equipamentos de batalha: verdade, justiça, pregação, fé, salvação, Palavra.
Paulo está por concluir essa carta circular aos cristãos da Ásia Menor. Está por assim dizer que o diabo ataca justamente as bênçãos com as quais havia transformados gentios e judeus num só povo, numa só igreja.
Igreja – batalhão de Cristo, saiba que sem Cristo perdemos as batalhas diárias.
Na batalha nossa de cada dia - Cuidado! Portanto, estejam preparados ...” (Ef 6.14) ou “firmai os vossos pés...Como?
... orando a Deus e pedindo a ajuda dele. Orem sempre, guiados pelo Espírito de Deus. Fiquem alertas. Não desanimem e orem sempre por todo o povo de Deus” (Ef 6.18).
Se já estou armado com a verdade, com a justiça de Cristo, com a pregação, com a fé, com a salvação e a Palavra, qual é a razão de orar e vigiar?
... nós não estamos lutando contra seres humanos, mas contra as forças espirituais do mal que vivem nas alturas, isto é, os governos, as autoridades e os poderes que dominam completamente este mundo de escuridão” (Ef 6.12). Amém!

Edson Ronaldo Tressmann

Antes de refletir sobre o capítulo 3 de Gênesis


Estudando Gênesis
Antes de ir para o capítulo 3 de Gênesis
Anjos

Estamos estudando Gênesis capítulos 1 a 4. Após termos refletido sobre a criação e que os dois capítulos de Gênesis não abordam duas criações, mas, que essa é a didática do Espírito Santo. Precisamos agora, parar e responder algumas questões antes de prosseguir, pois, preciso saber quem é o causador da queda e porque levou a criação com a ruina da queda em pecado.
Quando os anjos foram criados? Quando se afastaram de Deus?
A doutrina dos anjos deve advir das Escrituras Sagradas e não da razão humana. A Bíblia, de Gênesis e Apocalipse.
A teologia racionalista moderna repudia a existência dos anjos e do diabo, pelo simples fato de terem se afastado da Escritura como fonte de fé.
Os anjos não foram criados antes do mundo, visto que nenhuma criatura existiu anteriormente à criação (Jo 1.1-3; Cl 1.16), e nem foram criados após o sexto dia, uma vez que naquele dia, Deus cessou de criar (Gn 2.2,3). Por isso a expressão, descansou Deus.
O termo anjo maleach, ángelos não mostra a essência dos anjos, mas seu oficio e significa enviado, mensageiro. A Escritura atribui esse termo aos ministros da Palavra de Deus (Mt 2.7; Mt 11.10) ao filho de Deus, anjo incriado (Ml 3.1; Jo 3.17-34; Is 63.9; Gn 48.16).
Os anjos são destituídos de forma corpórea.
Os anjos são criaturas finitas. Como seres humanos, os anjos são seres reais, dotados de inteligência e vontade (Ef 3.1º; Hb 1.14). Inteligência e vontade que os anjos caídos também têm (Gn 3; Mt 4). Apesar de que os anjos caídos terem sua mente depravada e pervertida.
Mesmo que os anjos sejam imateriais, podem atuar sobre os corpos dos seres humanos assim como a alma atua sobre o corpo (Gn 19.16; Mt 4.5).
Fazemos distinção entre obsessão espiritual e obsessão corporal. A obsessão espiritual é o impedimento para que os incrédulos creiam (Cl 1.13). As pessoas perversas cuja mente se vê possuída são exemplificadas por Judas e os fariseus (Lc 22.3; Jo 13.2; At 5.3; 2Ts 2.9-11; 2Co 4.4).
A obsessão corporal é quando o diabo habita e governa o corpo de modo imediato e local, controlando sua vontade (Mc 5.1-19; Lc 8.26-39).
Todos que se recusam a crer, agem por instigação de Satanás, porquanto ele os retém em seu poder. A própria negação da existência do diabo é uma ação do diabo no coração do ser humano (At 26.18; C 1.13; 2Co 11.14).
A obsessão espiritual não elimina a responsabilidade humana (Mt 25.41), já que a pessoa peca por livre e espontânea vontade (Jo 8.43-45). Agora, na obsessão corporal, a pessoa não dispõe de funções próprias intelectuais, emocionais e volitivas. Satanás que se acha na pessoa, age nela e por ela, de sorte que, em todos os casos de obsessão corporal, a responsabilidade humana deixa de existir
Como os anjos são seres inteligentes, eles podem entrar em contato tanto entre si como com os seres humanos (Lc 1.13,19). Fizemos um teatro no retiro altamente doutrinário e nem nos damos conta.
É preciso destacar que os anjos possuem conhecimento como criaturas e não como Deus, ou seja, os anjos não são onisciente. O conhecimento dos anjos se dá em virtude peculiar, conhecimento natural (2Sm 14.20); por meio de revelação divina, conhecimento revelado, 1Pe 1.12; Lc 2.9-12; pela visão privilegiada que desfrutam, conhecimento beatifico, Mt 18.10.
Os anjos, como seres inteligentes que são, possuem, além disso, liberdade de querer e, em vista do serviço para o qual são designados, grande poder. A vontade dos anjos é livre tanto com respeito a atos imanentes, tais como escolher e rejeitar (Jd 6), como atos externos, quais sejam movimentar-se, falar, Louvar a Deus, etc (Lc 2.9-15). Ainda que os anjos maus, como inimigos declarados de Deus, não possam senão opor-se a ele, eles o fazem de própria e livre vontade. Por João 8.44, vemos que os anjos tem grande poder (Sl 103.20; 2Ts 1.7; 2Rs 19.35), mesmo assim, é um poder infinito, inteiramente debaixo do controle divino (Jó 1.12). Emborao poder dos anjos seja sobre humano (Sl 91.11,12; Lc 11.21,22) eles não são onipotentes, mas estão subordinados a Deus (Dn 7.10).
Ainda que só Deus opere milagres (Sl 72.18), as Escrituras Sagradas ensinam que os anjos bons (2Rs 19.35), os profetas (2Rs 6.5,6), e os apóstolos (At 3.6-12), realizam milagres em seu nome e mediante seu poder divino.
O diabo também realiza milagres (2Ts 2.9-12) para enganar as pessoas e de maneira especial os que não dão crédito a Deus.
Todos os anjos foram criados na mesma justiça, bondade e santidade, pois cabia-lhes glorificar a Deus e prestar serviços sagrados. Não havia nos anjos propensão para o mal. Eis que Deus disso que “tudo era muito bom” (Gn 1.31). O fato é que um grupo de anjos não permaneceu nesse estado original, porém espontaneamente se afastaram de Deus, caindo em pecado. Passaram do estado da graça para o estado de miséria.
Os anjos bons são aqueles que permaneceram na bondade, justiça e santidade em que foram criados (Mt 18.1º; 6.10; 1Tm 5.21; Lc 20.36; Gl 1.18). Os anjos maus deixaram a sua própria habitação (Jd 6). Voluntariamente se afastaram de Deus e foram condenados eternamente (Mt 25.41; Ap 20.10; 2Pe 2.4; Jd 6).
O que não sabemos é em que tempo se deu a queda. Será que foi após a criação do homem e antes da formação da mulher? Pois, Deus deu uma ordem ao homem (Gn 2.16).
Não é possível determinar com segurança quando os anjos maus pecaram pela primeira vez. E por ninguém tê-los levado a queda não recebem a misericórdia e a salvação de Deus em Jesus (Mt 8.29; 25.41; Tg 2.19).
Os anjos maus se apostataram de Deus por livre e espontânea vontade. Eles pecaram sem qualquer tentação (Jd 6), enquanto que Eva foi ludibriada por satanás (Gn 3.1-7), e Adão tentado por Eva. Aqui entra um detalhe importante. Observe Gn 2.16 – o homem vacilou e descuidou. Deveria perguntar. Questionar.
Mesmo que os anjos maus sejam astutos (Gn 3.1; 2Co 11.3; Ef 6.11), pela queda são estúpidos. A própria morte de Cristo, promovida pelo diado (Lc 22.53), foi a sua própria ruina (Jo 12.31). Ele nem sequer deduziu que o preço a ser pago era o sacrifício.
Os anjos maus agem para criar inimizade contra Deus (Ap 12.7). Todo seu plano é intentar e destruir o ser humano temporalmente e eternamente (Gn 3.1; 1Pe 5.8). Com esse empenho, buscam prejudicar o ser humano em seu corpo (Lc 13.11-16); em suas posses terrenas (Jó 1.12;Mt 8.31-32); em sua alma (Jo 13.27; At 5.3; Ef 2.2-3).
A fúria do diabo é de maneira especial direcionada contra a igreja.
1 – investe contra a igreja a todo o tempo (Mt 16.18);
2 – impede as pessoas de ouvirem e aceitarem o evangelho (lc 8.12);
3 – dissemina doutrina errônea (Mt 13.25; 1Tm 4.1);
4 – incita perseguição (Ap 12.7);
5 – além do anticristo (aquele que afasta de Cristo 2Ts 2), o diabo causa transtorno ao estado politico e administrativo da igreja (1Cr 21.1; 1Rs 22.21-22) e ao estado doméstico (50 pastores em estado de divórcio).
É preciso alertar que Deus se serve dos anjos maus para punir os ímpios que rejeitam a verdade (2Ts 2.11-12) e para provar os fiéis (Jó 1.17; 2Co 12.7).
Conclusão
Tudo o que a Bíblia escreve sobre os anjos maus é para nossa advertência, a fim de que possamos escapar ao justo juízo de Deus, crendo naquele que destruiu as obras do diabo (1Jo 3.8).

Edson Ronaldo Tressmann

Bibliografia
MUELLER, John Theodore. Dogmática Cristã: Um manual sistemático dos ensinos bíblicos. Concórdia, Porto Alegre, RS, 2004. Pp. 199 - 206

Saindo ileso da cova!

30 de março de 2024 Salmo 16; Daniel 6.1-28; 1Pedro 4.1-8; Mateus 28.1-20 Texto : Daniel 6.1-24 Tema : Saindo ileso da cova!   Tex...