terça-feira, 30 de maio de 2023

“No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1)

 04 de junho de 2023

Salmo 8; Gênesis 1.1-2.4; Atos 2.14ª,22-36; Mateus 28.16-20

Genesis 1. 3 – 31

Tema: No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1)

 

De acordo com Gênesis 1, nos primeiros três dias da criação Deus Elohim criou os reinos e só depois, nos três últimos dias, os reis; ou seja, no primeiro dia Deus criou a luz (reino) e no quarto os luzeiros – sol, lua, estrelas – (reis); no segundo dia formou céus e águas (reinos) e no quinto as aves e os peixes para desfrutarem deles (reis); no terceiro dia fez separação entre terra e mares (reinos) e no sexto dia formou o homem e a mulher para governarem sobre eles (reis). No sétimo dia, o Deus Criador que reina sobre tudo e todos, descansou.

Gn 1.3-31 descreve os dias da criação:

Primeiro dia: Luz e trevas, separação da luz e trevas – Gênesis 1:3:5;

Segundo dia: Separação das águas – céu abaixo das nuvens – Gênesis 1:6-8;

Terceiro dia: Terra seca, oceano, vegetais, ervas verdes – Gênesis. 1:9-13;

Quarto dia: Sol, lua e estrelas, marcação de tempo, dias e anos – Gênesis 1:14:19;

Quinto dia: Animais marinhos e aves do céu – Gênesis 1:20:23;

Sexto dia: Animais terrestres e o homem – Gênesis 1:24-31; e

Sétimo dia: Dia do descanso – Gênesis 2:1-3.

O primeiro capítulo de Gênesis é esclarecido em outras passagens

Tenha em mente que Deus não costuma explicar tudo o que há para saber sobre um assunto em um só lugar na Bíblia. Até mesmo os escritores bíblicos, inspirados por Ele, nem sempre entendiam completamente o que registravam (Daniel 12.8-9, 1Pedro 1.10-12). E, muitas vezes, Ele dá mais detalhes em outras passagens. Assim acontece com Gênesis 1.

O Espírito Santo, autor das Escrituras tem uma maneira própria de se expressar, assim como um advogado se expressa diferente de um médico ou de um teólogo, afinal há termos jurídicos, médicos e teológicos.

E a linguagem do Espírito Santo aqui revela que Deus, falando, criou todas as coisas e operou através da Palavra, e que todas as suas obras são palavras de Deus, criadas pela própria palavra não-criada.

E Deus viu que era muito bom (v.20)

Isso significar dizer que Deus conserva a sua criação. Por isso as palavras de Jesus (Mt 6.25). A Criação não iria persistir sem o amor de Deus pela sua criação que é boa (Rm 8.22-23).

E Deus viu que era muito bom (v.20) - significa que Deus não abandonará sua criação após ter criado, ele a ama e a aprova.

Toda essa criação amada e aprovada por Deus foi criada para o homem (v.26). O homem foi criado mediante um parecer do próprio Deus (façamos). É diferente de todas as outras criaturas. A criação do homem é uma providência especial. Ele supera todas as outras.

O tema criação é um dos temas mais debatidos, afinal, não houve testemunhas humanas. De um lado temos o testemunho das Escrituras e do outro lado temos o testemunho da ciência.

A doutrina mais combatida atualmente são as palavras de Gênesis 1.1No princípio criou Deus os céus e a terra”.

Richard Dawkins no livro: Deus, um delírio buscou ridicularizar a fé cristã e negar acintosamente a criação tal como apresentada na Bíblia. Não tenho dúvidas, mas as pessoas buscam responder: De onde veio o universo? Muitas respostas foram dadas a essa questão e são disseminadas nas seguintes teorias:

1. A teoria da geração espontâneadiz que o universo deu a luz a si mesmo. Não houve um criador nem uma causa primeira. Em resumo: “Ninguém vezes nada é igual a tudo”. A ciência prova que o universo é formado de massa e energia. A ciência atesta que o universo é governado por leis. No entanto, massa e energia não criam leis nem as leis criam a si mesmas. Logo, as leis foram criadas. Por quem? Pelo acaso? Deus responde pela sua Palavra inspirada: “No princípio criou Deus os céus e a terra”.

2. A teoria da explosão (Big Bang) diz que o universo surgiu de uma gigantesca explosão cósmica. Será que o caos pode gerar o cosmos? Será que a desordem pode gerar a ordem? Será que uma explosão pode gerar um universo com leis, movimentos, harmonia e propósito? Alguém escreveu que seria mais fácil acreditar que milhões de letras foram jogadas no ar e quando cairiam formaram uma enciclopédia.

Os astrônomos chegam a dizer que o diâmetro do universo deve chegar a 10 bilhões de anos-luz. A velocidade da luz é 300 mil quilômetros por segundo. Sendo assim, se tomássemos uma nave espacial percorrendo a fantástica velocidade de 300 mil quilômetros por segundo, gastaríamos 10 bilhões de anos para ir de um extremo ao outro. Será que uma gigantesca explosão produziu esse vasto universo governado por leis? Sabemos que a terra é o lugar adequado para nossa sobrevivência. Seria isso produto do acaso ou de uma explosão? Se estivéssemos mais pertos do sol, seríamos queimados; se estivéssemos mais longe, morreríamos congelados.

Precisamos de mais fé, para aceitar a teoria da explosão como origem do universo do que crer que, no princípio criou Deus os céus e a terra.

3. A teoria da evolução das espécies Charles Darwin em 1859 lançou em Londres o livro Origem das Espécies. Esse livro tornou-se o credo de milhões de pessoas a partir do século dezenove. Hoje, ensina-se a evolução nas Escolas e Universidades como se essa teoria fosse uma verdade científica. Segundo Darwin o mundo é o produto de uma evolução de milhões e milhões de anos. Essa evolução é regida pela seleção das espécies, ou seja, a sobrevivência do mais apto. O supracitado livro de Darwin trata-se de um amontoado de suposições. O relato de Gênesis, porém, está de acordo com as descobertas da ciência. Somos seres programados geneticamente. Deus colocou em nós os códigos de vida. Podemos ver mutação de espécies, mas não transmutação. Você pode ter diversos tipos de cães, mas jamais verá um cachorro se transformando num leão. Você pode ter diversos tipos de macacos, mas jamais verá um macaco se transformando em homem. “A ciência corretamente analisada jamais entrará em contradição com a Bíblia corretamente interpretada, pois ambas têm o mesmo autor: Deus”. Reafirmo com a Bíblia na mão: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1).

A criação é um mistério. Assim como a ciência terá sempre um problema com Jesus sendo Deus e homem, com seu nascimento virginal ou com a Sua ressurreição, então a ciência se esforçará para sempre ou, na melhor das hipóteses, verá o relato da criação em Gênesis como mitologia.

Deus criou o céu e a terra, e na maneira e no espaço do tempo registrado nas Sagradas Escrituras, especialmente Gn 1 e 2, ou seja, por sua poderosa Palavra criativa e em seis dias. Rejeitamos toda doutrina que nega ou limita a obra da criação como ensinado nas Escrituras.

Já que nenhum homem estava presente quando agradou a Deus criar o mundo, devemos procurar um relato confiável da criação para o próprio registro de Deus, encontrado no próprio livro de Deus, a Bíblia.

Mas, será que realmente importa no que eu creio?

É importante destacar que o livro de Gênesis não entra em conflito com a ciência e que, quando se analisam as evidências, ele realmente oferece uma explicação muito mais sólida do que qualquer teoria científica.

Agora, a questão é: você pode escolher ficar com o ponto de vista de que não há um Criador e que tudo é simplesmente resultado do acaso ou ouvir o que diz Deus no seu relato em Gênesis. Afinal, só temos ele como testemunha da criação.

O apóstolo Paulo assinalou há quase dois mil anos que muitas pessoas buscam encontrar formas para arrazoar sobre toda a evidência de um Criador (Romanos 1.20-32).

O rei Davi, cerca de três mil anos atrás, registrou seus pensamentos ao olhar para o céu à noite: “Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que ali firmaste, pergunto: Que é o homem, para que com ele te importes? E o filho do homem, para que com ele te preocupes” (Salmo 8.34, NVI).

Davi entendeu que um ser capaz de criar tamanha perfeição e esplendor deve ter um grande amor por nós. E ele tem. Tanto que mesmo após a queda fez uma maravilhosa promessa. E pelo profeta Jeremias nos convida: “Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes” (Jeremias 33.3).

 

Edson Ronaldo Tressmann

segunda-feira, 22 de maio de 2023

“cheios do Espírito Santo” (At 2.4)

 

28 de maio de 2023

Pentecostes

Salmo 25.1-15; Números 11.24-30 ou Joel 2.28-32; Atos 2.1-21; João 7.37-39

Texto: Atos 2

Tema: “cheios do Espírito Santo” (At 2.4).

 

Vance Havner escreveu que a igreja “não vai transformar o mundo pela crítica nem pela conformidade, mas, pela combustão pelo Espirito Santo”.

Muitas vezes pensamos que teremos sucesso na missão e evangelização se tivermos muito dinheiro, influência política, status social, mas, sem nada disso, a igreja ganhou multidões naqueles primeiros anos no império Romano.

O Espírito Santo nos torna testemunhas, e é por causa do Espírito Santo que há eficiência naquilo que realizamos.

O Espírito Santo têm como ministério glorificar a Cristo e faz isso através do testemunho cristão.

Assim como foi descrito naquele dia de Pentecostes, podemos dizer que ainda se dá na vida da igreja hoje.

Lucas é o evangelista que mais enfatiza a obra do Espírito Santo na vida de Jesus e da Igreja.

Para que a Igreja cumpra a sua missão e consiga resistir às pressões impostas pela sociedade, é necessário que o Espírito Santo tenha livre acesso. A Igreja existe e deve ser mantida mediante a habitação e atuação do Espírito Santo.

 

Uma senhora bem idosa vivia em condições de imensa pobreza em sua cidade natal. Anos antes, seu filho havia migrado para os Estados Unidos. Ele havia se tornado um empresário de sucesso, mas nunca tinha tempo para visitar a mãe.

Certo dia, uma amiga conversava com a senhora em sua humilde casa. Ela então lhe fez a seguinte pergunta: – Seu filho nunca manda dinheiro para suprir as suas necessidades? – Não, ele apenas me escreve cartas bonitas e me manda fotos muito interessantes. A ouvinte ficou aborrecida, pois sabia que o filho era muito rico. Mas, em vez de dar sua opinião, ela disse simplesmente: – Posso ver as fotos? A senhora orgulhosamente as tirou da gaveta para mostrá-las. Para grande espanto da amiga, o que ela estava vendo não eram fotografias, mas notas bancárias valiosas dos Estados Unidos, que somavam milhares de dólares. Durante décadas, a mulher tinha vivido na miséria. O problema? Ela não sabia o valor daquelas “fotos interessantes”. Ela havia guardado as notas, mas não tinha feito uso delas.

Será que estamos cheios do Espírito Santo?

Pastor – acho que não tenho o Espírito Santo! Não falo em línguas estranhas; não desci as águas; não sou fervoroso; ...

O apostolo Pedro na sua primeira carta destaca: “se são insultados por causa do nome de Cristo, vocês são bem-aventurados, porque o Espírito de Deus, repousa sobre vocês” (1Pe 4.14).

Pelas palavras do apostolo Pedro, podemos afirmar que estamos cheios do Espírito Santo. Outra prova de que estamos cheios do Espírito Santo é o dom que dEle recebemos. Você sabe qual é o dom do Espírito Santo? A fé (Ef 2.8).

O problema e o grande perigo é querer fazer a obra de Deus, sem o Espírito Santo.

Relembro Vance Havner: “a igreja não vai transformar o mundo pela crítica nem pela conformidade, mas, pela combustão pelo Espirito Santo”. O Espírito Santo age pela Palavra, santa ceia e batismo.

O Dr Lucas deixa registrado no livro dos Atos dos Apóstolos que os seguidores de Jesus sempre estavam unânimes na oração (At 1.14), unânimes na comunhão (At 2.1-4; 2.44-47), unânimes no louvor (At 4.23-24), unânimes no temor a Deus (At 5.9-12), unânimes na pregação (At 8.5-6), unânimes na oferta (At 2.45), unânimes na missão (At 15.25-27).

Lucas registra que também havia unanimidade na perseguição contra a igreja (At 7.56-60; 18.11-13; 19.19-23).

No dia do cumprimento da promessa anteriormente anunciada pelo profeta Isaias, Joel e Jesus (Is 32.15; Jl 2.28ss; At 1.4; Jo 14.26).

Sem o Espírito Santo os apóstolos e a igreja teriam fracassado. Sem o Espírito Santo a igreja fracassa!

O Espírito Santo, autor das Escrituras Sagradas, registrou que Ele nos fala (Ap 2.7; At 13.2); intercede (Rm 8.26); testifica (Jo 15.26); guia (At 8.29; Rm8.14); ordena (At 16.6-9); conduz (Jo16.13); nomeia (At 20.28).

O perigo é mentir para Ele (At 5.3-4); insultá-lo (Hb 10.29); blasfemar contra Ele (Mt 12.31,32) e entristecê-lo (Ef 4.30).

A história da senhora idosa ilustra bem a vida de muitos cristãos e Igrejas. Embora estivesse de posse de uma grande riqueza, por desconhecimento, vivia na extrema pobreza.

O sucesso na missão e evangelização não depende d6 ter muito dinheiro, influência política, status social, mas tão somente do Espírito Santo. Amém

Edson Ronaldo Tressmann

segunda-feira, 15 de maio de 2023

Seis atitudes diante da injúria e o cumprimento de uma maravilhosa promessa

 

21 de maio de 2023

Salmo 68.1-10; Atos 1.12-26; 1Pedro 4.12-19; 5.6-11; João 17.1-11

Texto: 1Pedro 4.12-19

Tema: Seis atitudes diante da injúria e o cumprimento de uma maravilhosa promessa

 

O amém do verso 11 poderia ser o término da epistola, mas, a luz da proximidade do fim, o apostolo Pedro, a partir do versículo 12, retorna ao tema sofrimento. Tudo indica que Pedro recebeu notícias que o bicho ia pegar e que outra perseguição estava surgindo (1Pe 4. 12). O apostolo Pedro compara o sofrimento a um incêndio, fogo ardente, que, de com o versículo 14 é o aumento da injúria.

Assim, quando Pedro, tendo dito amém, recebeu a noticia do aumento da injúria, resolveu exortar os cristãos para que soubessem lidar com as injurias.

Nos versos 12 ao 19 o apostolo Pedro enumera 6 atitudes diante da injúria e o cumprimento de uma maravilhosa promessa.

1º atitude diante da injúria

não estranhem... não fiquem admirados... (1Pe 4.12).

É mais que ficar surpreso. É começar a questionar se isso deveria ou não acontecer. O cristão está sujeito a isso. A história da igreja cristã é uma história de perseguição e sofrimento. Isso é percebido em nossos dias – cerca de 360 milhões de cristãos são perseguidos ou sofrem algum tipo de oposição mundo afora. Lembre-se: o extraordinário na vida do cristão é a tranquilidade.

O cristão não deve estranhar nenhum tipo de oposição ou perseguição e nem cair na armadilha de opor-se a outro irmão na fé como se isso fosse apenas uma escolha politica.

2º atitude diante da injúria

compreenda o propósito da provação (1Pe 1.6; 4.12).

A fé é provada, assim como o ouro é provado pelo fogo. O alvo do fogo ardente – da injúria é vos provar. Em outras palavras, entenda e compreenda o propósito do sofrimento.

3º atitude diante da injúria

alegre-se (1Pe 4.13).

Não fiquem ressentidos no sofrimento. Assim como Cristo foi glorificado, os cristãos também serão. O cristão está unido a Cristo pela sua morte e ressurreição desde o seu batismo. Por causa disso, o cristão se alegra mesmo no sofrimento, pois vive noutra expectativa.

O alegrai-vos é: fica firme! Aguenta aí! Lembre-se do Senhor.

4º atitude diante da injúria

não se envergonhe (1Pe 4.16).

Na lista apresentada nos versos 15-16 chama a atenção o fato de o fofoqueiro ser listado junto com o assassino. Ou seja, fofocar traz tanto sofrimento quanto ter que fugir por matar alguém.

Engraçado que por essa lista é possível concluir que muitas pessoas se envergonham de ser tratadas por sua vida cristã, ou melhor, se envergonham de Deus diante do sofrimento, mas não se envergonham de seus delitos e fofocas.

Se estiver sendo injuriado por ser cristão, não se envergonhe, pelo contrário, agradeça a Deus, afinal ser cristão é ser alvo da obra divina.

5º atitude diante da injúria

glorifique a Deus (1Pe 4.16).

A palavra, cristão, como referencia a seguidor de Cristo, aparece três vezes na Bíblia. Duas vezes no livro de Atos dos Apóstolos (At 11.26; 26.28) e a terceira em Pedro (1Pe 4.16).

Referir-se a cristão era como chamar a pessoa de seguidor da seita do nazareno, um discípulos, um seguidor do caminho. No âmbito do judaísmo, os cristãos eram confundidos com seitas judaicas.

A primeira vez em que os que creem em Jesus foram chamados de cristãos foi em Antioquia na missão entre os gentios. Como não havia identidade específica para os crentes – os gentios passaram a denominar 6s seguidores de Jesus como cristãos.

A segunda vez em que s crentes foram chamados de cristãos foi diante das autoridades, ou melhor, o próprio Agripa fez essa menção.

A terceira vez é na carta de Pedro.

É necessário destacar que infelizmente em nossos dias, qualquer pessoa que diz crer, ou se diz de tal igreja, denominada como cristão. Nos órgãos de estatística apenas alguém quem crê até as seitas, inclusive os espíritas. Cristãos é aquele que segue a Cristo. Cristão é a sua identidade.

Pedro, ao referir-se ao cristão, enumera aquele que está compromissado com aquilo que crê. Muitos cristãos são ridicularizados por se doarem de corpo e alma a obra de Cristo – trabalhar e manter a congregação local; zelar para que a Palavra seja pregada e os sacramentos administrados e assim pessoas serem alcançadas pela graça de Deus e serem salvas.

Você está compromissado com aquilo que crê? Está envolvido no servir ou apenas se serve do servir da igreja? Tem ofertado? Tem dedicado tempo para o estudo da Palavra de Deus?

Se por essas atitudes você tem sido injuriado, criticado, ou motivo de chacota, “agradeça a Deus.

6º atitude diante da injúria

entregue-se completamente aos cuidados do criador (1Pe 4.19).

Em outras palavras, encomende a alma ao criador. Antes de morrer, Jesus disse: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23.46). Estevão ao ser apedrejado por ser cristão, exclamou: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito” (At 7.59). Fazer isso na hora da morte só é possível devido a vida cristã.

Entregar-se completamente aos cuidados do criador é seguir na caminhada cristã, mesmo que o peso da cruz nos oprima, mesmo que se esteja cercado pelo fogo ardente.

Pedro exorta os cristãos para que reajam diante da injúria e da critica: não fiquem admirados... compreenda o propósito da provação... alegre-se... não se envergonhe... glorifique a Deus... entregue-se completamente aos cuidados do criador. Não se esqueça, a injúria é causada pela inveja do diabo, que usa seus servos para acabar com a causa de Deus nesse mundo injuriando os cristãos e a igreja.

Querido irmão e irmã em Jesus: se você é injuriado por ser cristão, deve-se ao fato de que você é alvo do cumprimento da promessa de Deus.

O Espírito Santo repousa sobre você (1Pe 4.14).

.... o glorioso Espírito de Deus veio sobre vocês” uma expressão do Antigo Testamento, numa referencia a nuvem da glória de Deus que descia sobre o tabernáculo no monte Sinai. Uma maneira bíblica de dizer que Deus está presença em você, que ele está repousado sobre você.

O mundo só persegue aqueles em quem o Espírito da glória de Deus repousa sobre.

Que notícia maravilhosa! E é justamente por isso que o apóstolo Pedro exorta os cristãos para que reajam diante da injúria e da critica não ficando admirado... compreendendo o propósito da provação... alegrando-se... não se envergonhando... glorificando a Deus... entregando-se completamente aos cuidados do criador. Amém.

Edson Ronaldo Tressmann

segunda-feira, 8 de maio de 2023

O poder da ressurreição!

 

14 de maio de 2023

Salmo 66.8-20; Atos 17.16-31; 1Pedro 3.13-22; João 14.15-21

Texto: 1Pe 3.13-22

Tema: O poder da ressurreição!

 

Por que temer o mal desse mundo? (1Pe 3.13)

Se, de fato, vocês quiserem fazer o bem, quem lhes fará o mal?

Quem é aquele que fará mal para vocês se vocês forem zelosos do bem? A resposta está na citação de Pedro ao salmo 34, feita nos versos 10 a 12. Deus garante que independente do mal que os homens possam praticar, ele abençoará os justos (1Pe 3.14).

Recordemos que os cristãos eram mau-falados pela sua fé. Eram acusados de canibalismo por causa da santa ceia. Acusados de insubordinação por adorarem outro Senhor (Jesus) e não o senhor imperador. Por esse motivo, Pedro faz uma recomendação: se vocês fizerem o bem, alguém irá fazer o mal contra vocês? Se fizerem - Deus não os fará.

O apostolo Pedro destaca a Felicidade no sofrimento (1Pe 3.14).

Pedro reconhece que alguns sofrerão pelo que é certo, afinal, o mundo está em decadência e por mais que esteja vencido, o mundo ainda está sujeito ao maligno (1Jo 5.19; 2Co 4.4). No entanto, o sofrimento sem justa causa, não deve ser motivo de alarme aos cristãos.

Recorde que “vocês serão felizes” (1Pe 3.14).

Se vocês sofrerem por causa da justiça (vida justa), vocês estarão bem aventurados. Não temam o temor que o mundo pode causar. Se houver sofrimento e perseguição por fazerem a justiça não se perturbem! Essa exortação é similar a declaração de Jesus (Mt 5.11,12).

Há uma grande recompensa guardada para os que sofrem por causa de Cristo. Como vocês serão felizes se tiverem de sofrer por fazerem o que é certo! Não tenham medo de ninguém, nem fiquem preocupados” (1Pe 3.14).

O apostolo Pedro retira a citação do profeta Isaías (Is 8.12,13). Na época do profeta Isaías, a população estava aterrorizada pelo rei Assírio e seu exército invasor. Mas, a ameaça não resultou em nada, pois Senaqueribe e suas tropas foram conquistadas pelo Senhor em um dos mais notáveis milagres da história.

Tenham no coração de vocês respeito por Cristo e o tratem como Senhor. Estejam sempre prontos para responder a qualquer pessoa que pedir que expliquem a esperança que vocês têm(1Pe 3.15).

O apostolo Pedro destaca o testemunho cristão na sociedade. É urgente e momentâneo diante de algo concreto. Pedro fala sobre apologiadefesa.

Essa defesa pode ser de maneira formal, sob julgamento, ou informal, em conversas corriqueiras.

Estejam sempre prontos para responder a qualquer pessoa que pedir que expliquem a esperança que vocês têm” (1Pe 3.15).

Responder significa dar um relato racional e inteligível de ... no caso da esperança que só quem crê tem.

A verdade é que o evangelho não precisa de um advogado humano para justificá-lo. Todavia, diante de um ataque ideológico e moral, é importante estar pronto para falar da esperança que o que crê tem - mesmo num contexto adverso.

Porém façam isso com educação e respeito. Tenham sempre a consciência limpa. Assim, quando vocês forem insultados, os que falarem mal da boa conduta de vocês como seguidores de Cristo ficarão envergonhados(1Pe 3.15).

Consciência limpa – imagine a consciência de Pedro quando jurou e praguejou ao tentar convencer a criada de que não conhecia Jesus (Mt 26.69). Mentir para encobrir o envolvimento real com o cristianismo em tempos de perseguição era a tentação. “Não tenham medo de ninguém, nem fiquem preocupados” (1Pe 3.14).

A resposta da fé precisa com educação e respeito, ou seja, não é arrogante. Deem a resposta: “Assim, quando vocês forem insultados, os que falarem mal da boa conduta de vocês como seguidores de Cristo ficarão envergonhados” (1Pe 3.16). Parece uma situação absurda por ter um bom comportamento, mas é assim em Cristo, o cristão é caluniado, difamado.

... se a vontade de Deus assim quiser, é melhor sofrer fazendo o bem do que fazer o mal. porque também Cristo uma vez pelos pecadores sofreu, o justo pelos injustos, a fim de conduzi-los para Deus... Nesta nova realidade, vivificado no Espírito, também aos espíritos em prisão, tendo ido proclamou(1Pe 3.17-19).

Com essas palavras o apostolo Pedro, mais uma vez destaca a morte vicária de Cristo (Hb 9.14, 26-28).

Confessamos no Credo Apostólico que Jesus desceu ao inferno. Desceu como? Ressuscitado. Numa nova realidade. O que fez? Proclamou. Anunciou algo. O texto não diz o que. Mas, ressuscitado, tendo ido ao inferno, proclamou a sua vitória. O derrotado pela morte de Jesus na cruz foi o primeiro a ver o Jesus ressuscitado e vitorioso.

Quem estava lá no inferno? Estes eram os espíritos daqueles que não tinham obedecido a Deus, quando ele ficou esperando com paciência nos dias em que Noé estava construindo a barca. As poucas pessoas que estavam nela, oito ao todo, foram salvas pela água.(1Pe 3.20). Os que desobedeceram anteriormente quando a paciência de Deus aguardava.

Deus esperava ansiosamente (apexeteromai). No tempo de Noé a esperança de Deus estava esperando ansiosamente. Esperando arrependimento. Pedro diz isso em sua segunda carta (2Pe 2).

Aquela água representava o batismo, que agora salva vocês. Esse batismo não é lavar a sujeira do corpo, mas é o compromisso feito com Deus, o qual vem de uma consciência limpa. Essa salvação vem por meio da ressurreição de Jesus Cristo,(1Pe 3.21)

Essa paciência de Deus se manifestou, aguardava ansiosamente durante a construção da arca. A água do dilúvio é uma água de juízo, mas 8 pessoas foram resgatadas por meio da água. Por esse motivo, a frase: o qual essa água também para vocês agora salva, não se trata da água como tal, mas o batismo como antítipo.

Antítipo – utilizada para representar algo futuro num realidade passada. O que aconteceu em algo menor no passado retrata algo maior no futuro. Dilúvio – salvou 8 pessoas, agora o batismo salva muitos.

O batismo não remove a sujeira da carne. Ripoz – usado só por Pedro. A que se refere? Pedro se refere a carne (sarx) e não a corpo (soma). Sujeira – no antigo testamento (Jó 14.4; 1Clemente 17.4) refere-se a impureza ética e moral diante de Deus. Dessa foram, o Batismo que é o antítipo do dilúvio, salva, mas não isenta ninguém do pecado, não remove a impureza da carne. O batismo que salva não tira a impureza da carne. Somos justos pelo batismo, pelo perdão que nos entregou; no entanto, continuamos pecadores em nós mesmos.

O batismo é agente de Deus!

A ressurreição de Cristo faz do batismo algo que dá vida, perdão e salvação. A pessoa está perdoada do seu pecado, mas continua pecadora.

O valor da ressurreição de Jesus traz ao batismo uma nova realidade. A ressurreição de Jesus oportuniza um novo tempo – tempo de salvação. O batismo com tudo que oferece e dá traz ânimo para os cristãos que sofrem.

Se alguém falar mal de você por sua vida em Cristo – fique feliz!

Para justificar esse conselho, Pedro se fundamenta na morte, ressurreição e descida ao inferno. Jesus é vencedor da morte e do inferno e essa é a vitória do cristão. Amém

Edson Ronaldo Tressmann

segunda-feira, 1 de maio de 2023

Que todo meu ser louve ao Senhor.

 

07 de maio 2023

Salmo 146; Atos 6.1-9; 1Pedro 2.1-10; João 14.1-14

Texto: Sl 146

Tema: Que todo meu ser louve ao Senhor.

 

O mundo se divide entre evolucionista e criacionista.

Sou feliz e esperançoso por crer no Deus que criou e tudo mantêm.

A felicidade é o resultado do louvor. Louvo por ser e estar feliz em Deus.

Deus está além de todas as coisas.

O salmos146 ao 150, iniciam com aleluia. Aleluia – louva ao Senhor. Esse louvor é início, meio e fim.

Deus é Deus da história e da criação.

Moisés em Dt 4.39, destaca que não há outro Deus. Não existe nada sem Deus. Ao abrir a boca, tudo passou a existir e pela sua palavra mantêm todas as coisas. Nada existiria sem Deus abrir a boca, e meu louvor não existiria se Deus não abrisse a boca e pela sua Palavra me colocasse na fé. Os sem fé, defendem ideologias evolucionistas e ignoram o Deus criador e mantenedor de todas as coisas.

Talvez você ignore o que aqui estou dizendo. O profeta Jeremias disse que Deus é a verdade (Jr 10.10). Pilatos perguntou sobre a verdade. Se ele tivesse tido a chance de ter ouvido assim como ouvimos e cremos no que disse Jesus: eu sou o caminho, a verdade e a vida. Fora de Deus não há vida, verdade e vida. Fora de Deus, por mais sorrisos, não há felicidade. Fora de Deus, mesmo que otimista, não há esperança.

Crer no Deus criador e Senhor da história nos fornece oportunidade de saber que tudo está bem, mesmo parecendo ruim (escravidão, caminhada pelo deserto, exilio).

Confessar que Deus é Senhor (Yahweh), é estar certo do cuidado de Deus, pois SENHOR, representa justiça. E a justiça é a misericórdia de Deus.

Louvar a Deus é reconhecer que não estamos abandonados. Aleluia! Que todo o meu ser te louve, ó Senhor!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

Não creia em todo espírito (1Jo 4.1)

  27 de abril de 2024 Salmo 150; Atos 8.26-40; 1João 4.1-21; João 15.1-8 Texto: 1João 4.1-21 Tema: Não creia em todo espírito (v.1) ...