terça-feira, 31 de maio de 2022

Caminhando por um vale!

 05 de junho 2022

Pentecostes

Lecionário anual

Salmo 143; Gênesis 11.1-9; Atos 2.1-21; João 14.23-31

Texto: Salmo 143

Tema: Caminhando por um vale!

 

No dicionário a palavra vale tem um significado muito peculiar. É descrito como uma “depressão” alongada entre duas montanhas, ou um “acidente” geográfico cujo o tamanho pode variar entre alguns quilômetros quadrados ou centenas de milhares de quilômetros quadrados ou um “alongamento” cavado por um rio ou geleira.

Cada descrição da palavra “vale” chama a atenção, pois elas começam com: depressão, alongamento e acidente. O vale é um problema que acometeu uma parte geográfica de um terreno que deveria ser normal. O vale tem também características interessantes, pois esta entre montanhas, rios, geleiras, plantas e árvores.

Assim é a vida! Às vezes estamos num processo de depressão e não entendemos o que e porque está acontecendo. É o período caracterizado como “alongamento” onde o tempo parece não andar e cada minuto é, sem dúvida, um momento de dor e falta de entendimento, é o denominado “acidente” de percurso.

O que fazer quando estamos caminhando pelo vale?

Um pregador tinha acabado de perder a sua família em um trágico incêndio. Caiu nas profundezas de uma depressão. Num dia, do nada decidiu caminhar por uma rua da cidade. Deparou com uma equipe de construção que estava construindo uma nova igreja.

De longe ficou observando um trabalhador que estava esculpindo um triângulo de pedra com um martelo. Aproximou-se e perguntou ao escultor sobre a razão dele estar fazendo aquilo.

O trabalhador apontou para a torre da igreja e disse: “Você vê aquela pequena abertura lá em cima, perto da torre? Bem, eu estou esculpindo essa pedra aqui em baixo, de modo que ela possa se encaixar lá em cima”.

O pregador se viu como a pedra sendo esculpida para ser colocado no devido lugar dentro de um plano maior.

O texto de Gênesis 11 mostra que no vale de Sinar ao confundir as línguas, Deus estava atuando para que seu plano de salvação fosse realizado mesmo contrariando o plano de Ninrode.

O salmista Davi escreveu no Salmo 23: “ainda que ande por um vale escuro como a sombra da morte, não teria medo, pois o bom pastor estará comigo” (Sl 23.4).

Davi sabia depender completamente de Deus e em uma de suas caminhadas por um vale, compôs o Salmo 143. Aprendamos com Davi, se caso estivermos caminhando por um vale.

O meu inimigo me perseguiu até me pegar e me derrotou completamente” (Sl 143.3).

Diante dos seus inimigos, Davi se sentia derrotado! Seus inimigos queriam prejudica-lo. Ele se sentia como alguém que estava sendo pisoteado e quebrado.

O único destino que Davi enxergava era o sepulcro. Parecia que sua situação não havia solução e nesse profundo vale disse: “..., estou quase desistindo, e o desespero despedaça o meu coração” (Sl 143.4).

Humanamente falando, o salmista sabe que não encontrará solução nos seres humanos. Para o salmista a sua alma era como um deserto devastado onde não havia água, e assim nada crescia e havia apenas areia e rocha, por isso clamou: “A ti levanto as mãos em oração; como terra seca, eu tenho sede de ti” (Sl 143.6).

O caminho pelo vale nem sempre é fácil, em vista disso foi levado ao desespero.

Muitas pessoas ao caminharem por vales, em seu desespero não apenas pelo perigo, mas, principalmente por se julgarem um pecador e seu castigo é caminhar por tal caminho penoso. Caminhar tornou-se um castigo e um pesado fardo.

Esse não era o sentimento do salmista, ao contrário, suas palavras: “Ó Senhor Deus, ouve a minha oração! Escuta o meu pedido. Responde-me, pois és fiel e bom” (Sl 143.1) demonstram que a justiça de Deus não está na vingança, mas no seu amor. Deus age de acordo com seu amor, tanto que no Salmo 103, Davi mesmo escreveu: “O Senhor não nos castiga como merecemos, nem paga de acordo com os nossos pecados e maldades” (Sl 103.10).

O apostolo Paulo destaca essa verdade (Rm 1.16-17) bem como Jó (Jó 37.23). O profeta Jeremias destaca que por amor, Jesus é a justiça do pecador (Jr 23.6).

Em meio ao vale, Davi cercado por perigo de morte, seu maior anseio era que a oração fosse respondida rapidamente: “Ó Senhor Deus, responde-me depressa, pois já perdi todas as esperanças!...” (Sl 143.7).

Quando estamos caminhando por um vale, tudo parece demorar mais. O tempo parece ser diferente. O ponteiro do relógio parece estar paralisado. O desejo é de uma intervenção divina rápida. O salmista suplica: não atrase! Rápido, me responda! Eu estou pronto a desistir e morrer.

Caminhar pelo vale tem o seus benefícios: o maior deles - arrependimento. “Não julgues a mim, este teu servo, pois ninguém é inocente diante de ti” (Sl 143.2).

Arrepender-se é reconhecer a situação diante de Deus. Por mais que não seja punição pelo pecado, caminhar por um vale desperta nossa consciência diante de Deus.

O vale causado pela perseguição dos seus inimigos levou Davi a reconhecer que não é melhor que seus inimigos. Ele sabe que é pecador e sua súplica a Deus não se baseia nos seus méritos. Mesmo reconhecendo seus pecados, Davi olha somente para a bondade e misericórdia de Deus, por isso, expressa seu desejo: “Peço que todas as manhãs tu me fales do teu amor, pois em ti eu tenho posto a minha confiança” (Sl 143.8).

Se caminhar pelo vale me conduz a um relacionamento diferenciado com Deus, que nunca deixemos de caminhar por um vale.

Há situações na vida em que suplicamos que os espinhos sejam retirados, mas, Deus nos sustenta em sua graça (2Co 12.9-10) e nessa graça Ele deseja que vivamos.

Caminhar pelo vale nos conduz a oração confiante: “Ó Senhor Deus, ouve a minha oração! Escuta o meu pedido. Responde-me, pois és fiel e bom” (Sl 143.1).

Caminhar pelo vale nos faz sentir dependentes de Deus: “A ti levanto as mãos em oração; como terra seca, eu tenho sede de ti” ( Sl 143.6).

O simples gesto de levantar as mãos significa que o filho está diante do seu pai e pedindo socorro. Levantar as mãos mostra a atitude de alguém completamente dependente de outro. Dependemos de Deus!

Ao orar: “Ó Senhor Deus, livra-me dos meus inimigos, pois em ti encontro proteção” (Sl 143.9), Davi confessa com a frase “encontrar proteção” era o mesmo que “esconda-me contigo”. Davi estava dizendo que assim como Deus estava seguro, no Senhor, Ele também estava.

No Senhor estamos seguros, não importa se iniciamos nossa caminhada pelo vale agora, se estamos no meio ou a final da caminhada.

Recorde-se que aquele que veio, morreu e ressuscitou disse: “No mundo vocês vão passar por sofrimentos, mas tenham bom ânimo, eu estou contigo. Eu já caminhei e venci por esse vale” (Jo 16.33). Amém

ERT

segunda-feira, 30 de maio de 2022

Interrompendo projetos para executar um projeto supremo!

  05 de junho 2022

Pentecostes

Lecionário anual

Salmo 143; Gênesis 11.1-9; Atos 2.1-21; João 14.23-31

Texto: Gênesis 11.1-9

Tema: Interrompendo projetos para executar um projeto supremo!

 

Após o dilúvio evento esse que foi o julgamento de Deus pelo desvio da humanidade (Gn 6.5-7), Deus, tendo salvado Noé e sua família pela arca ordenou que a família de Noé se multiplicasse e povoasse a terra (Gn 9.1,7). Em Gênesis 9.19 é relatado que a terra foi povoada a partir de Sem, Cam e Jafé.

O relato de Gênesis 11 (torre de Babel) mostra a desobediência da humanidade à ordem de Deus: “Tenham muitos filhos, e que se espalhem por toda a terra” (Gn 9.1,7). O líder do projeto foi Ninrode (neto Cam).

O plano que Ninrode era líder, tinha como objetivo opor-se e excluir Deus. O projeto de Deus foi substituído pelo projeto pessoal, onde eles seriam o centro da história e nunca mais seriam esquecidos.

Ninrode foi fundador da cidade de Babel, Ereque, Acade e Calné (ao sul de Iraque), região essa que se tornou a Babilônia. Na Síria, edificou as cidades de Nínive, Reobote-Ir, Calá e Resém (Mq 5.6).

Ninrode foi o primeiro homem poderoso na terra (Gn 10.8). A expressão: “caçador famoso” (Gn 10.9) significa que ele se tornou um tirano.

O historiador judeu Flávio Josefo descreveu Ninrode como um grande tirano que se dedicava a afastar os homens de Deus. Ele fazia as pessoas confiarem nas suas próprias forças.

Um homem, neto de quem esteve na arca e foi salvo do julgamento divino, agora sendo um homem poderoso e exímio caçador, tornou-se um tirano e acabou colocando-se contra a vontade de Deus.

Desde a criação do homem e da mulher, Deus tem o mesmo propósito: “...Tenham muitos e muitos filhos, espalhem-se por toda a terra e a dominem” (Gn 1.28) e esse propósito foi anunciado para Noé e seus descendentes: “Tenham muitos filhos, e que se espalhem por toda a terra” (Gn 9.1,7).

Ninrode e todos os seus colocaram-se contra esse objetivo (Gn 11.4). O desejo era fazer “uma torre que chegue até o céu” (Gn 11.4), pois se Deus enviasse chuva, teria que chegar até o céu com as águas. Dessa forma, Ninrode (neto de Cam) não apenas estava sendo desobediente, mas também desconfiado da promessa de Deus (Gn 9.11).

Babel é sinônimo do juízo de Deus dado pela confusão das línguas e diferenças idiomáticas. Afinal, a edificação da torre era um projeto permeado na não obediência a vontade de Deus e na falta de confiança em Deus. Construir a torre era mostrar para todos que eles estavam contrários a obedecer a Deus.

Deus deu o veredito a respeito do projeto (Gn 11.6) destacando que o projeto não poderia continuar, pois seria apenas o começo de uma série de projetos em que a ambição humana não respeitaria mais os limites divinos e nem tão pouco as ordens de Deus (Gn 11.6).

O capítulo 11 nos apresenta como se deu a divisão exposta no capitulo 10.

Se o que os mantinha unidos era a comunicação por uma só língua, a confusão da língua e surgimento dos muitos idiomas, Deus desmoronou o projeto humano, mas, acelerou o seu projeto.

Ao enumerar que: “...o Senhor desceu para ver a cidade e a torre que aquela gente estava construindo” (Gn 11.5) não significa que Deus não sabia o que estava sendo realizado. Descer para ver designa a paciência de Deus, pois, antes de julgar a ação, Deus investigou o caso.

Deus sabe que para o ser humano, qualquer projeto lhe é possível, principalmente se for voltar-se contra Deus. Em amor e misericórdia, Deus sempre analisa os projetos humanos e muitos ele interrompe. E o projeto humano mais interrompido por Deus é o do afastamento dEle. Ele está sempre chamando de volta os seus. Pelo poder do Espírito Santo continua convertendo pessoas e as fazendo seguir no caminho de Cristo.

Para o plano de Ninrode dar certo, uma coisa era fundamental: a comunicação! Ele tinha a unidade das pessoas na adesão da construção da torre.

A unidade é capaz de produzir qualquer coisa. A unidade é essencial para a sobrevivência. No entanto, a unidade só é boa e agradável para Deus, quando a mesma está de acordo com a vontade de Deus. Deus queria seu povo unido, mas que se espalhassem pela terra e, como não o fizeram Deus os esparramaram.

O projeto tinha tudo para ser concretizado a ponto de Deus ter que intervir. Deus interveio e o seu plano continuou apesar do plano humano ser interrompido.

Algumas aplicações ante o ensino de Gênesis 11:

A construção da torre de Babel era a materialização da recusa em se esparramar-se e povoar a terra. Ou melhor, a construção da torre era a materialização da oposição à vontade de Deus.

Querido irmão e irmã em Jesus: O que está materializado na sua vida como sendo oposição à vontade de Deus e a fé nEle? Na vida de muitos a torre de babel é um amuleto, o lazer, as viagens, ...

O episódio da torre de Babel nos faz refletir sobre o antropocentrismo idolátrico. Onde o homem se torna o centro Deus não mais faz parte dos seus planos.

Deus é o centro da sua vida? Em alguns momentos a torre de Babel, o amuleto, o lazer, as viagens, ... me conduziram a viver uma vida afastada de Deus e não há mais espaço para Deus.

A Trindade ofuscou o projeto humano que precisou de intervenção. A intervenção foi feita justamente no ponto forte daquele projeto. Deus confundiu a comunicação dando outros idiomas e com isso agilizou seu projeto.

Você já observou quantas vezes os seus planos são interrompidos?

Com certeza Deus desceu, fez a investigação e resolveu interromper o plano, pois daria certo, mas lhe traria mais prejuízos que beneficios.

Com a intervenção divina e a comunicação interrompida, o projeto de Ninrode foi paralisado, todavia, o projeto de Deus foi realizado, as pessoas se espalharam (Gn 10).

Mesmo após espalhar as pessoas mundo a fora - Deus não esqueceu sua promessa de salvação. Para isso, chamou um casal que morava em Hur dos Caldeus (Gn 12), Abrão e Sarai. Deles, Deus abençoou todas as nações do mundo assim como Paulo escreveu: “...vocês devem saber que os verdadeiros descendentes de Abrão são os que têm fé” (Gl 3.7).

O apostolo João escreveu: “Depois disso olhei e vi uma multidão tão grande, que ninguém podia contar. Eram de todas as nações, tribos, raças e línguas. Estavam de pé diante do trono do Cordeiro, vestidos de roupas brancas, e tinham folhas de palmeira nas mãos. E gritavam bem alto: - Do nosso Deus, que está sentado no trono, e do Cordeiro vem a nossa salvação. Todos os anjos estavam de pé em volta do trono, dos líderes e dos quatro seres vivo. Então eles se jogaram diante do trono, encostaram o rosto no chão e adoraram a Deus dizendo: - Amém! Ao nosso Deus pertencem para todo o sempre o louvor, a glória, a sabedoria, a gratidão, a honra, o poder e a força! Amém!” (Ap 7.9-12).

Para que as pessoas, incluindo você, estejam nessa multidão, Deus pelo poder do Espírito Santo faz as pessoas entendam a mensagem a respeito de Deus (At 2.1-21). Amém!

ERT

segunda-feira, 23 de maio de 2022

O Spoiler do apostolo Pedro a respeito do fim dos tempos.

  29 de maio de 2022

7º Domingo de Páscoa

Lecionário anual

Salmo 51.1-12; Ezequiel 36.22-28; 1Pedro 4.7-11; João 15.26-16.4

Texto: Pedro 4.7-11

Tema: O Spoiler do apostolo Pedro a respeito do fim dos tempos.

 

Daí você quer assistir um filme e aparece aquele alguém dando o spoiler sobre o final do filme. Dar spoiler sobre alguma coisa que outro deseja descobrir por si é ser um desmancha prazer. E sem querer ser desmancha prazer o apostolo Pedro nos dá um maravilhoso spoiler a respeito do fim dos tempos.

O apóstolo Pedro adverte que o fim de todas as coisas está próximo (1Pe 4.7-11) e adverte quanto a maneira de viver mesmo sabendo que se está no limiar do fim de todas as coisas. Como viver numa perspectiva escatológica? Certa vez ao ser questionado sobre isso, Martinho Lutero disse que se soubesse que o mundo acabaria amanhã, plantaria hoje uma árvore e continuaria a escrever meus livros. Ou seja, não deixaria de agir.

Pedro e o seu spoiler a respeito do fim dos tempos. E em seu spoiler, o destaque está em como os cristãos precisam viver a luz desse fim. O apostolo Pedro indica quatro atitudes ante a conscientização do fim:

         1 – sejam criteriosos e sábios (1Pe 4.7);

         2 - amem sinceramente (1Pe 4.8);

         3 - sejam hospitaleiros (1Pe 4.9);

         4 - sirvam uns aos outros através dos dons recebidos (1Pe 4.10);

 

Ao enumerar para que diante do fim os cristãos sejam criteriosos e sóbrios a bem das vossas orações, o apostolo está dizendo, como dizia o Chapolin Colorado: não criemos pânico.

Basta um anúncio falso na internet por algum falso profeta a respeito do fim dos tempos e as pessoas começam a fazer loucura.

O ser humano foi criado para viver eternamente por isso, qualquer noticia de perda ou fim de alguma coisa, leva o ser humano ao desespero.

O apostolo Pedro escreveu: “o fim de todas as coisas está perto” (1Pe 4.7), ou seja, o sofrimento e a perseguição desse mundo está com seus dias contados. Viva naturalmente, sem pânico. Continue orando com critério e sobriedade.

Cristão – o fim de todas as coisas aqui e agora será de fato o fim para os que não creem, mas, para os que creem será o inicio de eternidade sem sofrimento, dor, lágrima ...

Pedro e o seu spoiler a respeito do fim dos tempos. Em dias de desespero por parte de muitos, amem sinceramente uns aos outros (1Pe 4.8).

Ao destacar o amor sincero, o apostolo Pedro enfatiza que o amor é algo que pode ser esticado, assim como se estica um elástico. Sabemos por boca de Jesus ao dizer sobre os tempos do fim que “a maldade vai se espalhar tanto, que o amor de muitos esfriará” (Mt 24.12). Estamos cercados por pessoas e situações que dizemos não mais ser viável amar, socorrer, ajudar.

Em seu spoiler a respeito do fim, o apostolo Pedro recomenda amem sinceramente uns aos outros (1Pe 4.8), seja como um cobertor que cobre um corpo em dia de frio. Seja tolerante, até mesmo com aqueles que agem maldosamente. Perdoe, reconcilie pessoas, seja pacifista.

O amor não fica expondo pecados, ao contrário, o amor protege o pecador. Amar uns aos outros significa esticar o braço para aquele que precisa de socorro. Recorde-se que o braço mais esticado para nosso socorro foi o de Cristo quando pregado na cruz.

Se você soubesse que o mundo acabaria amanhã, qual seria sua atitude? Em seu spoiler a respeito do fim dos tempos, o apostolo Pedro recomenda: “Hospedem uns aos outros, sem reclamar” (1Pe 4.9).

Numa época de perseguição aos cristãos, hospedar um crente era correr perigo de morte. E desse perigo poderia surgir a murmuração e não desejo de hospedar um cristão. A hospitalidade era essencial para que vidas fossem salvas.

Em seu spoiler a respeito do fim dos tempos, o apostolo Pedro traz uma quarta recomendação especial: “Sejam bons administradores dos diferentes dons que receberam de Deus” (1Pe 4.10).

Os dons concedidos por Deus por ocasião do batismo não são para promoção pessoal, mas sim, crescimento de todos. O dom particular serve para o coletivo.

Observe que o apostolo Pedro escreveu: “...diferentes dons que receberam de Deus” (1Pe 4.10). Seja qual for o dom, é dádiva divina. E esse dom serve para determinado momento e determinada situação. Há registros na Bíblia de pessoas utilizadas por Deus uma única vez. No entanto, essa única vez foi essencial e primordial. Pense bem! Com muita frequência isso ocorre em nossas congregações. Há pessoas que em determinada situação se envolveram e depois nunca mais. Seu dom foi útil quando necessário. E por esse dom foi feito coisas especiais.

Não é necessário ter um dom espetacular, digno de aplausos e reverência. Apenas é necessário que haja um dom para serviço em prol do outro.

Os dons têm sua origem em Deus. Quando a água do batismo é derramada numa criança, jovem ou adulto, é concedido a fé e um dom. Nesse sentido, cada cristão é uma despensa que pode ser acessado em caso de necessidade de outra pessoa. A igreja, composta por cristãos é despensa de Deus para esse mundo.

Conforme o apostolo Pedro há duas categorias de dons: o dom da Palavra e o dom do serviço.

Esses dois tipos de dons têm uma caraterística comum: são adaptáveis.

Por mais que o apostolo Pedro cite “...diferentes dons...” (1Pe 4.10), eles são resumidos na fala e no serviço. Um não exclui o outro. E por esses dois dons, pessoas são ministradas e socorridas.

Pedro e o seu spoiler a respeito do fim dos tempos. E em seu spoiler, o destaque está em como os cristãos precisam viver a luz desse fim. O apostolo Pedro indica quatro atitudes ante a conscientização do fim:

         1 – sejam criteriosos e sábios (1Pe 4.7);

         2 - amem sinceramente (1Pe 4.8);

         3 - sejam hospitaleiros (1Pe 4.9);

         4 - sirvam uns aos outros através dos dons recebidos (1Pe 4.10);

Amém!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

domingo, 22 de maio de 2022

#Ascensão - Uma porção do Espírito (2Rs 2.5-15)

  26 de maio 2022

Lecionário Anual

Ascensão

Salmo 110; 2Reis 2.5-15; Atos 1.1-11; Marcos 16.14-20

Texto: 2Rs 2.5-15

Tema: Uma porção do Espírito!

 

Fico impressionado ao saber que já na época do Antigo Testamento havia uma escola de profetas. E essa escola de profetas recebia revelações, tal como ocorreu por ocasião da subida de Elias ao céu (2Rs 2.5), foi revelado aos profetas de Betel e de Jericó. Esses profetas informaram para Eliseu, e seus pensamentos estavam ocupados com esse assunto e viviam dias de expectativa.

Esses profetas vieram ao Jordão e os cinquenta profetas de Jericó seguiram à distância, para serem testemunhas oculares do milagre que ocorreria com Elias.

Elias passou por Gilgal, Betel e Jericó (2Rs 2.2; 2.4; 2.6). Ao passar pelas escolas fundadas por Elias nessas localidades, por impulso do Espirito Santo, o objetivo era fortalecer os discípulos dos profetas na consagração de suas vidas ao serviço do Senhor. A ascensão de Elias ao céu teve como objetivo firmar a todos em sua vocação para que sem medo e temor continuassem mesmo sem a presença de Elias.

Antes de partir, Eliseu fez o pedido: “Rogo-te que a porção dobrada de teu espírito seja sobre mim” (2Rs 2.9). Esse pedido faz alusão a Deuteronômio 21.17, onde prevê uma porção dupla ao primogênito. Eliseu, o primeiro e principal filho espiritual de Elias, sabiamente, não querendo ser maior que seu mestre, mas, sua herança daria dignidade em sua vocação profética.

Elias disse que esse pedido só poderia ser concedido por Deus. Mas lhe propôs um sinal, cuja observação manteria Eliseu numa atitude de um garçom ansioso. E o verso 12 registra que Eliseu viu Elias sendo levado aos céus. E Elias deixou seu manto cair e assim Eliseu tornou-se seu sucessor. O milagre da divisão das águas do rio Jordão mostrou para Eliseu que o Deus que estava com Elias, estava com ele (2Rs 2.14).

Eliseu retorna para Jericó e Betel e seus milagres confirmam que ele era o sucessor de Elias.

O profeta Elias foi, mas, Deus permaneceu.

Eliseu representa os sucessores de Jesus Cristo. Eles após a partida de Jesus receberam o Espírito Santo (At 2).

A ascensão de Jesus, evento que celebramos nesse dia 26 de maio de 2022, nos traz a memória o fato de que Jesus subiu ao céu, mas, Deus não se ausentou da história humana. Desde sempre, assim como foi com Elias e Eliseu, pela sucessão de dons nas mais diferentes épocas do mundo, os propósitos de Deus foram e são realizados.

Muda-se a geração, mas não muda o Deus das gerações e que age em meio às gerações ocupado em salvar todas as gerações. E para realizar esse intuito, há sempre uma ou duas porções do Espírito, afinal, a promessa de Jesus continua sendo cumprida: “...recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas ...” (At 1.8). Amém!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

segunda-feira, 16 de maio de 2022

Ouvir e Praticar!

 22 de maio de 2022

6º Domingo de Páscoa

Lecionário anual

Salmo 107.1-9; Números 21.4-9; Tiago 1.22-27; João 16.23-30

Texto: Tiago 1.22

Tema: Ouvir e Praticar! (Tg 1.22)

 

Quando lemos as epistolas e os evangelhos no Novo Testamento, precisamos compreender que era inicio da atuação da igreja cristã após a morte e ressurreição de Jesus. Após a morte e a ressurreição de Jesus muitas identidades foram dadas a Cristo. Uma dessas identidades foi cunhada pelo gnosticismo, uma corrente filosófica que destaca Jesus como sendo o espírito da gnose, ou seja, o conhecimento que salva. Dessa forma é preciso conhecer, saber e ser sábio. Crer e praticar é indiferente para o gnosticismo.

Para os gnósticos, saber, conhecer e ser sábio é sinal de salvação e não há nada que te impeça de fazer isso ou aquilo, assim, a prática se torna obsoleta.

Tiago escreve sua carta para cristãos dispersos pelos muitos lugares do império romano. Estando dispersos e sendo perseguidos, seria fácil para qualquer um deles incorrer na filosofia gnóstica e assim se afastar da prática do ouvir a fazer o que ouviam. Não há fé sem obras.

Na época, toda e qualquer exploração, corrupção, injustiça, violência e crueldade era sustentado pela filosofia gnóstica, pois não era necessária a prática, mas tão somente conhecer, saber e ser sábio.

Tiago é uma epistola diferente e por isso muito se têm falado sobre ela e muitos a tem até ignorado. Essa carta começa e termina com exortação. É uma carta desafiadora, pois incomoda a quem lê e põe os “pingos em cima dos is” na questão prática da fé.

Tiago incomoda o cristão, pois não o deixa se acomodar. “...não sejam apenas ouvintes dessa mensagem, mas a ponham em prática” (Tg 1.22).

No capítulo 1, o apostolo Tiago enumera três advertências contra o engano (Tg 1.16,22,26). Para não ser enganado precisamos nascer de novo pela Palavra da verdade (Tg 1.18). Diante dessa Palavra duas atitudes são necessárias. Primeiro: ouvir atentamente (Tg 1.19) e, segundo: praticar o que se está ouvindo (Tg 1.22).

É preciso realçar que Jesus caracteriza as pessoas que ouvem e não praticam o que ouvem como sendo imprudentes (Mt 7.24) e o apostolo João classifica os ouvintes e não praticantes como anticristos (1Jo 4.20-21). O evangelho de João foi escrito com o objetivo de que as pessoas creiam e sejam salvas (Jo 20.30-31) e todo aquele que crê vive na prática do amor (1Jo 4.10).

O Novo Testamento traz uma gama de textos bíblicos sobre a necessidade do ouvir e praticar a Palavra. Sem ouvir a Palavra não haverá fé e sem a fé não há prática que agrade a Deus (Hb 11.6). Jesus disse que não basta conhecer é preciso praticar (Jo 13.17). Quem não pratica a Palavra de Deus constrói sua casa na areia (Mt 7.24-27).

Qual motivo para que nossa prática seja coerente com nosso ouvir? O bem do outro. Nesse mundo semianalfabeto, ou seja, em que as pessoas não compreendem o que leem ou que nada leem, o cristão é a Bíblia que muitos estão lendo. Nesse sentido querido irmão e irmã em Jesus, tão importante quanto vir no templo ouvir a Palavra é sair e praticar essa Palavra.

Como você chegou aqui na igreja? Está aqui de boa vontade? Muitas vezes o cansaço é tanto que as pessoas não conseguem prestar atenção! Outras vezes, as preocupações são tantas que tudo o que é pregado nem entra por um ouvido e sai pelo outro, pois a palavra nem chega.

O ouvir se revela na pratica. Jesus disse: “As ovelhas reconhecem a sua voz quando ele as chama pelo nome, e ele as leva para fora do curral” (Jo 10.3). Já por muitas vezes destaquei a vocês que nada deveria ser mais importante do que prestar atenção na pregação, pois, a pregação a respeito de Cristo me dá e fortalece a fé (Rm 10.17) e por outro lado, essa pregação, a fé, me leva a ação desejada por Jesus. Não adianta ser um cristão morto na igreja, ou seja, só de corpo presente. É preciso estar atento ao ouvir para assim praticar, afinal, é promessa de Deus: “...a minha palavra não volta para mim sem nada, mas faz o que me agrada fazer e realiza tudo o que eu prometo” (Is 55.11).

Você já observou o quanto se carece de praticantes? Pessoas dão ideias, tomam iniciativas, mas, na hora de realizar, praticar, poucos arregaçam as mangas e de fato realizam.

Fico analisando e refletindo no poder maravilhoso da Palavra de Deus. Se apenas poucos praticam e grandes coisas são realizadas, imagine se 100% dos que ouvem praticassem?

...não sejam apenas ouvintes dessa mensagem, mas a ponham em prática” (Tg 1.22).

Cuidado com os enganos, e um deles é ser apenas ouvinte e não praticante.

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

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segunda-feira, 9 de maio de 2022

#Ainda temos a Palavra da verdade!

 15 de maio 2022

5º Domingo de Páscoa

Lecionário anual

Salmo 66.1-8; Isaías 12.1-6; Tiago 1.16-21; João 16.5-15

Texto: Tiago 1.18

Tema: Ainda temos a Palavra da verdade!

 

Algumas áreas da ciência e temas de estudos são inesgotáveis. Observo os arqueólogos e geólogos que constantemente trazem das profundezas da terra esqueletos de pessoas, animais e trazem com isso uma série de perguntas investigativas. Acompanhamos pela TV o ser humano subindo e descendo para o espaço. O objetivo dessas idas e vindas são responder questões que ainda não foram completamente compreendidas.

Seja qual for o objeto de estudo, acredito que jamais haverá um estudioso que chegará a conclusão: eu não tenho mais nada a aprender, sou conhecedor de tudo.

Mesmo que alguém conheça todos os assuntos, domine várias áreas de conhecimento, há um assunto que sempre haverá discórdias, discussões e parece não haver conclusão: Deus. Qual será o motivo disso? Deus não cabe na nossa razão limitada. A velha questão envolvendo Deus se dá no campo da razão versus a fé. Queremos entender Deus por nossa razão limitada. O apostolo Paulo escreveu: “E a paz de Deus, que ninguém consegue entender,...” (Fp 4.7) e aos coríntios: “... o que poderão dizer os sábios e instruídos? O que vão dizer os grandes oradores deste mundo? Deus tem mostrado que a sabedoria deste mundo é loucura” (1Co 1.20) e pelo profeta, Deus disse: “Eu não deixo que se cumpram as mensagens de profetas mentirosos e faço com que os adivinhos fiquem parecendo tolos. Faço com que os sábios se enganem e transformo toda sua sabedoria em tolice” (Is 44.25). A sabedoria de Deus se apresenta na cruz, em seu Filho Jesus. Essa sabedoria de Deus continua sendo loucura para esse mundo a ponto de fazer com que essa mensagem seja ignorada.

Por sua própria vontade ele fez com que nós nascêssemos, por meio da palavra da verdade, a fim de ocuparmos o primeiro lugar entre todas as suas criaturas” (Tg 1.18).

Deus nos faz nascer espiritualmente pela sua Palavra. Nicodemos imaginou que teria que nascer do ventre da sua mãe novamente (Jo 3.4-7). No entanto, o novo nascimento é obra de Deus, pelo poder do Espírito Santo. Não depende da vontade humana (Jo 1.13) nem da nossa participação (Jo 3.6). Não nascemos de novo por causa da nossa decisão ou religiosidade. O novo nascimento é obra de Deus pela Palavra da verdade.

A BBC News publicou um artigo na madrugada de domingo para segunda (09/05/22) destacando que os jovens sem religião superam católicos e evangélicos em São Paulo e Rio de Janeiro.

O censo enfatiza o aumento do número dos sem religião desde 1960.

Ano 1960: os sem religião era 0,5%

Ano 1970: os sem religião era 0.8%

Ano de 1980: os sem religião era 1.6%

Ano de 1991: os sem religião era de 4,8%

Ano de 2000: os sem religião era de 7,3%

Ano de 2010: os sem religião era de 8,0%

Ano de 2022: os sem religião são 14%. E, entre os jovens de 16 a 24 anos, 25% se dizem sem religião. Isso mostra que será uma década muito difícil para levar a palavra da verdade, a que faz nascer de novo, para os jovens, pois o aumento do número de pessoas sem religião pode chegar a praticamente 30% da população.

O que está acontecendo? Será que a religião está equivocada? Ou a Palavra da verdade não é mais verdade?

Pelo contexto urbano e social podem-se elencar alguns fatores.

O ateísmo (Deus não existe) e o agnosticismo (não há certeza se Deus existe ou não) são os grandes responsáveis. Outro fator é a rejeição as instituições, Estado, Família, Politica e igreja.

Ateísmo, agnosticismo e desprezo as instituições aumentam cada vez mais por que há um grande incentivo e trajetória de busca e experimentação que é colocada para as novas gerações, o que não ocorria nas gerações anteriores. Essa busca e experimentação ocorrem dentro de casa, na cama dos nossos filhos, pois um simples aparelho é uma janela aberta para o mundo.

Os jovens têm redes de sociabilidade muito diversas, diferentemente dos idosos, cuja sociabilidade está restrita à família e a igreja. O jovem está exposto a múltiplas fontes de informação, como colégios, universidades, redes sociais e veículos midiáticos. E isso influencia fortemente suas opiniões e convicções.

Outra fator para que os jovens se tornem sem igreja é a plurirreligiosidade, ou seja, uma prática diversa e imensa de crenças religiosas. O lar onde o jovem cresce é determinante. Há situações em que avó é mãe de santo, o pai católico não praticante, a mãe evangélica radical, e isso faz o jovem se desapega do tradicional e tende a buscar uma religiosidade própria. Como diz a estudiosa Regina Novaes: “O que está acontecendo são outros modos de ter fé”. Esses modos de fé podem salvar?Pois o evangelho mostra como é que Deus nos aceita: é por meio da fé, do começo ao fim. Como dizem as Escrituras Sagradas: Viverá aquele que, por meio da fé, é aceito por Deus” (Rm 1.17). E para nos presentear essa fé, “pela sua própria vontade ele fez com que nós nascêssemos, por meio da palavra da verdade, a fim de ocuparmos o primeiro lugar entre todas as suas criaturas” (Tg 1.18).

Deus faz viver por meio da palavra da verdade. Essa palavra da verdade é Jesus que exclamou: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim” (Jo 14.6). Ainda temos essa palavra da verdade. Somos aqueles que foram renascidos pela Palavra da verdade. Amém!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

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sexta-feira, 6 de maio de 2022

#Eva – a mãe de tudo que vive!

 Mensagem especial para o dia das mães

Texto: Gênesis 3.20

Tema: Eva – a mãe de tudo que vive!

O homem pôs na sua mulher o nome de Eva por ser ela a mãe de todos os seres humanos” (Gn 3.20).

A origem da palavra mãe é a mesma das palavras comadre (“com a mãe”), madrasta (“segunda mãe”) e madrinha (diminutivo de madre, mãe menor).

A palavra mãe no latim, “mater” está associada a outras duas: mamma (“seio”) e mammare (“mamar”). Estas duas palavras estão intimamente associadas ao ato de ser mãe e revelam um padrão comum: o som MA.

Não importa a língua, todos, sabendo ou não o idioma entendem quando uma criança chama pela mãe.

A sonoridade da palavra mãe é muito semelhante em todos os idiomas. Em Navajo (povo indígena da América do Norte) diz-se amá, e em quíchua (povo indígena dos andes) dizem mama. Os egípcios chamam a mãe de mut, e os coreanos de eomma, ainda os suaílis chamam mama.

Qual motivo? Deve-se ao fato de que os primeiros sons que os bebês produzem provêm das consoantes m, p, b. Para produção dessas consoantes os bebês só precisam abrir e fechar os lábios, sem a necessidade de dentes ou língua. Mas, porque mamã e não papá ou babá? Durante a amamentação os bebês produzem um som nasal semelhante ao ma. E isso é típico de qualquer bebê e em qualquer idioma. É preciso destacar que para os bebês, primeiramente mamã significa comida e não mãe. Por isso, a palavra mamãe no latim significa mamma “mama,seio.”

Para um bebê, a primeira pessoa que lhe providenciou alimento foi a mãe. Isso no ventre e quando saiu do ventre. Pode-se dizer que mãe é aquela que alimenta, por isso, o filho, não importa a idade sempre se lembra do feijão da mamãe, mesmo que seja queimado.

O homem pôs na sua mulher o nome de Eva por ser ela a mãe de todos os seres humanos” (Gn 3.20).

Eva significa Vida! Ela foi a primeira mãe, e o fantástico é que essa mãe deu a luz com a certeza de uma promessa feita por Deus, tanto que a mesma expressou alegria quando seu filho Caim nasceu acreditando já ser ele o redentor da humanidade (Gn 4.1). No entanto, Caim tornou-se aquele que assassinou seu irmão por não se agradar da escolha de Deus em relação a oferta de Abel.

Eva ouviu e sabia que Deus cumpriria sua promessa, mas, essa promessa foi cumprida no tempo de Deus. O apostolo Paulo escreveu: “vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4.4; Mc 1.14-15; Tt 2.11-14; Jo 1.1-18).

Desde o nascimento de Caim, o ser humano viveu na esperança do cumprimento da promessa do redentor. E após milhares de anos, tendo o Pai cumprido a missão, “...o seu povo não o recebeu” (Jo 1.11).

Eva – é a mãe de tudo que vive! Adão sabia que viveríamos da semente de Eva (Gn 3.15).

O homem caído em pecado, não mais sabia lidar com Deus, tanto que ao ouvir sua voz se escondeu. Foi preciso Deus se aproximar do ser humano e sua proximidade foi para lhe anunciar as consequências da queda em pecado e também para lhe trazer a mensagem de esperança com a promessa do redentor.

Mães criaram seus filhos nessa esperança! Mães tiveram a esperança de que seu filho fosse o Messias.

Para que o Senhor Jesus viesse ao mundo, muitas mães infelizmente tiveram que sofrer para que a promessa a respeito do Filho fosse cumprida. Lembremos de Joquebede que teve que colocar seu filho num cesto e coloca-lo no rio e, mesmo cuidando dele, depois dos sete anos teve que entrega-lo a filha do Faraó. Quantos milhares de filhos do Egito morreram antes da libertação do povo de Deus da escravidão? Ana, após uma promessa, teve seu filho deixado para Eli. Poderia citar muitos outros, mas, fiquemos apenas nesses exemplos.

O plano da redenção precisava ser cumprido e para isso, Deus que não mente (Tt 1.2) e é fiel em cumprir suas promessas (Hb 10.23), conduziu a história desde Gênesis e a conduz até hoje.

Será que houve exageros da parte de Deus enquanto Ele agia para cumprir sua promessa de enviar o salvador? Deus não precisava de advogado de defesa. Ele é Deus e ponto final. Muitos não concordam com algumas coisas. Chegando a desconsiderar Deus e o Antigo Testamento, mas, o fato é que Deus utilizou-se de pecadores para realizar sua obra. Eram pecadores sendo utilizados por Deus para salvar o pecador. Assim como acontece na igreja hoje. Somos uma composição de pecadores, perdoados em Cristo, usados por Deus com nossos dons para que a Palavra e a fé cheguem até as pessoas e elas sejam salvas. E muitas das coisas humanas, causada pelos pecadores, é que acabam prejudicando a ação da igreja.

Lembre-se: “Será que uma mãe pode esquecer o seu bebê? Será que pode deixar de amar o seu próprio filho? Mesmo que isso acontecesse, eu nunca esqueceria vocês” (Is 49.15). Deus não te esquece e faz o possível e impossível para te salvar. O Pai enviou seu Filho para nos fazer seus filhos e filhas. Amém!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

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Não creia em todo espírito (1Jo 4.1)

  27 de abril de 2024 Salmo 150; Atos 8.26-40; 1João 4.1-21; João 15.1-8 Texto: 1João 4.1-21 Tema: Não creia em todo espírito (v.1) ...