terça-feira, 25 de abril de 2023

Efeito colateral da ação do Espírito Santo!

 

30 de abril de 2023

Salmo 23; Atos 2.42-47; 1Pedro 2.19-25; João10.1-10

Texto: At 2.42-47

Tema: Efeito colateral da ação do Espírito Santo!

 

O sermão do apóstolo Pedro (vv. 15-36) nos revela o que aconteceu no dia de Pentecostes: cumprimento da promessa de Deus. Os vv. 42-47 mostram os efeitos de Pentecostes.

Antes de tudo é preciso lembrar que a igreja não iniciou-se no dia de pentecostes. A igreja como povo de Deus remonta as páginas do antigo testamento e podemos encontra-la já em Gênesis. Pentecostes marca a ação de um corpo motivado, ativado pelo poder do Espírito Santo. É um corpo cheio do Espírito.

Lucas, o médico, relata nos vv. 42-47 as evidências da presença do Espírito no corpo que é a igreja. “Perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações” (At 2.42). Efeito colateral da ação do Espírito Santo!

Naquele dia de Pentecostes o Espírito Santo abriu uma escola em Jerusalém. Os professores eram os apóstolos que Jesus havia escolhido e instruído. O Espírito Santo agora os havia capacitado. Os primeiros alunos matriculados foram 3 mil.

O que merece destaque é que mesmo tendo recebido o Espírito Santo, os discípulos, bem como os crentes, não desprezavam os mestres humanos. Eles perseveravam na doutrina que lhes era ensinada.

O ensino dos apóstolos chegou a nós no Novo Testamento. O que é o Novo Testamento?

Efeito colateral da ação do Espírito Santo! “perseveravam na comunhão” – Koinonia - koinos (comum).

Pode-se observar a koinonia em dois sentidos. A comunhão que temos em comum com nosso Deus Pai, Filho e Espírito Santo (1Jo 1.3; 2Co 13.13). Dessa comunhão com Deus, temos comunhão com outras pessoas (Jo 14.20; 15.4-6; 17.11,20-23). A koinonia expressa o que partilhamos uns com os outros, tanto no que damos como o que recebemos.

Lucas, ao fazer referência a koinonia, deseja expressar a generosidade de uns para com os outros. Veja o tamanho da generosidade (At 2.44-45). Ao ler esses versos ficamos perturbados. Afinal, será que cada crente e cada congregação deve seguir literalmente esse exemplo? Porque esse costume?

A leste de Jerusalém, líderes essênios da comunidade de Qumran se comprometiam a compartilhar as propriedades. De acordo com um documento de Damasco, todos os membros da aliança, onde quer que morassem, eram obrigados a “socorrer o pobre, o necessitado e o estrangeiro”. Mas, o candidato à iniciação na comunidade monástica aceitava uma disciplina mais rigorosa: “suas propriedades e seus ganhos deviam ser entregues ao tesoureiro da congregação... suas propriedades absorvidas...

Em épocas diferentes da história da igreja muitos adotaram essa prática. Acredito também que ainda hoje, Jesus tenha chamado muitos de seus discípulos para uma vida de pobreza total voluntária, assim como fez ao jovem rico. No entanto, nem Jesus, nem os apóstolos proibiram as pessoas de possuírem propriedades privadas. A prática da igreja não é a prática civil do casamento: comunhão total ou parcial de bens. A prática da venda e doação total em Jerusalém era voluntária.

Efeito colateral da ação do Espírito Santo! “o partir do pão de casa em casa”. Observe, nem todos haviam vendido suas casas.

Os verbos “vendiam e distribuíam” está no tempo imperfeito, indicando que a venda e a partilha eram ocasionais, em resposta às necessidades específicas.

Apesar de ser voluntário – é preciso lembrar que todo cristão é chamado à generosidade, em especial aos pobres e necessitados.

O Antigo Testamento é especial nesse assunto. Havia uma forte tradição no cuidado com o pobre. Deus ordenou que fosse dado a décima parte aos levitas que viviam apenas do ensino da lei de Deus, ao estrangeiro, ao órfão e a viúva (Dt 26.12).

A igreja cheia do Espírito se apresenta pelo socorro ao necessitado (At 2.45; 4.34-35; 1Jo 3.17).

A comunhão cristã pode ser resumida na frase: cuidado cristão.

Crisóstomo (347- 407) resumia brilhantemente essa parte de Atos dizendo: “era uma congregação angelical, não consideravam exclusivamente deles nem uma das coisas que possuíam. Imediatamente, foi cortada a raiz dos males ... ninguém acusava, ninguém invejava, ninguém tinha ressentimentos; não havia orgulho nem desprezo ... O pobre não sabia o que era vergonha, o rico não conhecia arrogância”.

Não podemos escapar do desafio desses versículos. A necessidade é uma pregação de lei a nós que possuímos bens e pouco ou nada fazemos.

Efeito colateral da ação do Espírito Santo! “perseveravam no partir do pão e nas orações”.

A comunhão não é só expressa no cuidado mútuo e financeiro. Afinal, os pobres que não podem ajudar com a venda das propriedades, podem socorrer através das orações. A comunhão é expressa de uma maneira muito simples: no culto em conjunto. Quer seja um culto formal (templo) ou informal (casa).

Observe que os primeiros cristãos não abandonaram a igreja institucionalizada (v.46 “unânimes no templo”).

Os cristãos louvavam a Deus tanto no culto formal como no informal. Em qualquer lugar estavam glorificando a Deus e apresentando dessa maneira sua comunhão com todos e principalmente com Deus.

Esse versículo de maneira nenhuma aponta uma estratégia missionária ou que é preciso fazer assim. O importante é a comunhão, seja ela no templo ou na casa.

A igreja era alegre e reverente (v.46). Por “singeleza de coração” entende-se “sinceridade de coração”. Recorde que a alegria é um dos frutos do Espírito (Gl 5.22).

Cada culto - quer seja num templo ou numa casa - precisa ser uma alegre celebração dos atos poderosos de Deus através de Jesus e do Espírito Santo.

Em cada alma havia temor” (At 2.43). Deus havia visitado a cidade. Havia sido crucificado, mas ressuscitou e pelo poder do Espírito Santo passou a testemunhar essa verdade. Todos se curvaram diante desse Deus.

É preciso recordar que tudo o que ouvimos até agora é o retrato interno da igreja.

O v. 47 mostra que a igreja não se ocupa apenas do estudo, da ajuda mútua e da adoração. Ela também estava ocupada em evangelizar. O Espírito Santo é missionário. O livro de Atos nada mais é do que a expansão da fé através do testemunho missionário no poder do Espírito... O Espírito que atua na Palavra, na Santa Ceia, leva a igreja a testemunhar incessantemente. A igreja é sempre missionária.

Edson Ronaldo Tressmann

segunda-feira, 17 de abril de 2023

Conduta Cristã em tempos de Crise: pelo acontecimento de Deus.

 23 de abril de 2023

Salmo 116.1-14; Atos 2.14ª,36-41; 1Pedro 1.17-25; Lucas 24.13-35

Texto: 1 Pedro 1.22-25

Tema: Conduta Cristã em tempos de Crise: pelo acontecimento de Deus.

 

Agora que vocês purificaram a sua vida pela obediência à verdade, visando ao amor fraternal e sincero, amem sinceramente uns aos outros e de todo o coração. Vocês foram regenerados, não de uma semente perecível, mas imperecível, por meio da palavra de Deus, viva e permanente. Pois “toda a humanidade é como a relva e toda a sua glória como a flor da relva; a relva murcha e cai a sua flor, mas a palavra do Senhor permanece para sempre”. Essa é a palavra que foi anunciada a vocês” (1Pe 1.22-25, NTLH)

 

Ao ler, estudar e refletir em 1Pedro 1.22-25, chegamos à conclusão de que Deus visa o amor fraternal. Para que isso seja visível e presente entre nós, Deus purifica a nossa vida e nos regenera. A purificação da vida, bem como a regeneração, acontecem por meio da Palavra de Deus.

A frase principal do trecho (1Pe 1.22-25) é “amem sinceramente uns aos outros e de todo o coração”. O amor sincero, só pode ser concretizado devido ao acontecimento divino, ou seja, por causa da Palavra do Senhor, (v. 25).

O apostolo Pedro ao escrever aos cristãos espalhados pela região da Ásia Menor, o faz numa perspectiva pastoral. Sabe o risco que aqueles ex gentios, os novos cristãos, corriam.

Era preciso orientá-los a como viver uma nova vida a partir de Cristo, pois, onde eles estavam, eram sementes de Deus para que outros também fossem salvos.

É necessário abrir um parênteses. Só inspirado pelo Espírito Santo (real autor da Bíblia), o apostolo Pedro pode escrever de maneira magistral sobre o amor cristão em tempos de perseguição, fuga, desamor, ódio, inveja, mentira ...

Em 1Pedro 1.22 a 25, Pedro escreve sobre o amor aos irmãos. Para falar desse amor aos irmãos, Pedro escreve fundamentado sobre um só fundamento: a palavra como acontecimento divino. ... a palavra do Senhor permanece para sempre. Essa é a palavra que foi anunciada a vocês”.

Essa palavra, a viva esperança, é a Palavra que purifica as nossas vidas.

Agora que vocês purificaram a sua vida pela obediência à verdade, visando ao amor fraternal e sincero, amem sinceramente uns aos outros e de todo o coração (1Pe 1.22).

Falta amor fraternal entre nós?

Se a resposta for sim – a pergunta pode ser respondida mostrando que o que falta é purificação.

Essa purificação acontece na alma. Nosso corpo acompanha as reações da alma (Pv 15.13). O corpo peca por ter a alma pecado antes (Mt 5.28). Nosso alma afeta o corpo e o que o corpo faz afeta a alma e o espirito.

O termo alma (na tradução da NTLH, vida) ocorre com frequência em 1Pedro (5 vezes).

Alma é a sede da vida - abarca todo o ser natural com o pensar, sentir e querer. Nosso corpo é templo do Espírito. Assim, a porta de acesso ao templo vivo é a alma. Pelos olhos, ouvidos e demais sentidos, alimentamos o intelecto, as emoções e nossa vontade. Dessa maneira, quando algo ou alguém domina nossa mente, nossas emoções e nossa vontade, tudo em nós fica cativo por um novo dono.

A nossa alma, assim como nosso corpo, se alimenta, e o tipo de nutrientes com o qual nos alimentamos define a qualidade da nossa saúde. Isso se aplica a nossa alma.

A alma pode se tornar impura, até mesmo por ser pecadora, revelando-se essa natureza pecaminosa pela nossa carne. Por causa dessa natureza pecaminosa, a ira, o ódio, a discórdia, a inveja, o egoísmo, a desconfiança bloqueiam e impedem a prática do amor fraternal.

Por causa da natureza pecaminosa, não há como purificar nossa vida e nem amar sinceramente uns aos outros de todo o coração.

Agora que vocês purificaram a sua vida pela obediência à verdade, visando ao amor fraternal e sincero, amem sinceramente uns aos outros e de todo o coração (1Pe 1.22)

A expressão: obediência à verdade – A obediência está atrelada a resposta ao conselho de alguém. O apostolo escreve aos cristãos espalhados pela Ásia Menor que os mesmos foram “libertados pelo precioso sangue de Jesus Cristo ...” (1Pe 1.19) e, por essa mensagem da Palavra de Deus são purificados.

Obediência à verdade – é responder a Palavra de Deus que mostra quem somos. A Palavra desmascara meu ódio, minha inveja, meu descontrole, egoísmo e coisas semelhantes.

A Palavra de Deus com a mensagem salvadora tem o propósito do amor fraternal e sincero.

O amor fraternal caracteriza o relacionamento básico entre os discípulos (Jo 13.34; 15.12; 17.26; 1Ts 3.12; 4.9).

Amy Carmichael, irlandesa, tornou-se uma missionária cristã protestante na Índia por 55 anos. Abriu um orfanato e fundou uma missão em Dohnavur. Essa missionário disse que o desamor é fatal, é mais perigoso que uma serpente. Assim como uma gota de veneno se espalha pelo corpo de quem foi inoculado, assim uma gota de desamor afeta a todos. Assim, tendo conhecimento de qualquer ato de desamor, corrija-o imediatamente.

A exortação ao amor fraternal não é apenas feito pela falta do mesmo, mas para que o renovemos diariamente, pois seria falso dizer que os purificados amam e não deixam mais de amar.

O amor aos irmãos nem sempre é fácil. Afinal, egoísmo, situações complicadas, índole não simpática, podem dificultar o amor.

Pois vocês, pela viva e eterna palavra de Deus, nasceram de novo como filhos de um Pai que é imortal e não de pais mortais (1Pe 1.23).

Nenhum ser humano consegue produzir uma postura espiritual a partir da sua natureza, pois a mesma é pecaminosa. Por isso, a exortação quanto ao amar uns aos outros, só é possível pelo fato de Deus criar uma vida nova (2Co 5.17).

Pela Palavra de Deus os renascidos se tornam irmãos, independente se sentem ou não simpatia recíproca ou não.

O novo nascimento não pode ser produzido por si mesmo. O mesmo se dá pela força viva da Palavra de Deus. Assim como o grão é produzido pela força daquele que é lançado na terra, o mesmo ocorre com a Palavra de Deus, sua proclamação produz o que ela tem: nova vida. A Palavra de Deus produz vida e novos frutos (Lc 8.11).

Como dizem as Escrituras Sagradas: “Todos os seres humanos são como a erva do campo, e a grandeza deles é como a flor da erva. A erva seca, e a flor cai (1Pe 1.24).

Pedro cita Isaías 40.6.

O ser humano parece ser grande a luz da ciência e da cultura, mas a Palavra diz a sua real situação: como a erva do campo.

mas a palavra do Senhor dura para sempre.” Esta é a palavra que o evangelho trouxe para vocês (1Pe 1.25)

Pedro cita Isaías 40.8

Interessante notar que para Palavra, Pedro não usa logos, mas rhéma. A Palavra que dura para sempre e que trouxe evangelho para os renascidos é justamente o discurso proferido pelo Deus vivo. Esse discurso me atinge. Cada discurso da Palavra de Deus é um acontecimento divino manifestado em boa notícia para mim que ouço e para o outro que sofre a ação dessa Palavra em mim.

06/10/1536, William Tyndale foi queimado na fogueira perto do castelo de Vilvorde, na Bélgica. O crime era que havia traduzido o Novo Testamento para a língua inglesa.

Quando ainda jovem recém-formado ele leu a Bíblia grega, e em suas páginas conheceu o Senhor Jesus Cristo. Depois dessa experiência, ele decidiu que todos em seu país haveriam de ler a Bíblia. Ele disse: "Se Deus me der vida farei, antes que decorram muitos anos, que o rapaz que maneja o arado conheça mais das Escrituras do que muitos clérigos". Tyndale cumpriu sua palavra, mas teve de fugir da Inglaterra para consegui-lo. Na Alemanha completou sua tradução e imprimiu-a. E, então conseguiu introduzi-la na Inglaterra com a ajuda de comerciantes. As pessoas vendiam suas posses mais valiosas para poder adquirir um exemplar. O livro ficava escondido e à noite era lido à luz de vela. Muitas pessoas foram unidas por possuírem um exemplar da Bíblia.

Dez anos depois da morte de Tyndale, o parlamento inglês baixou um decreto determinando que todos os Novos Testamentos de Tyndale existentes deviam ser entregues num dia determinado para serem abertamente incinerados. Centenas de volumes foram consumidos nas fogueiras.

Outras nações europeias decretaram leis semelhantes. Fogueiras foram acesas através de toda a Europa e Bíblias eram usadas como combustível. A queima de Bíblias tornara-se um dia de festa - um grande dia de manifestação social.

Conta-se a história de um príncipe que organizou uma dessas queimas no pátio de seu palácio. Foi erguida uma enorme pilha de Bíblias e ele se assentou com os amigos para ver a fogueira.

Os preciosos volumes foram destruídos página por página. Enquanto as chamas subiam, o vento soprou e lançou uma página chamuscada no colo do príncipe. Ao tomar a página para lançá-la de novo no fogo ele leu as palavras de nosso verso de hoje: ... a palavra do Senhor dura para sempre. Esta é a palavra que o evangelho trouxe para vocês”. Ele tomou isso como uma mensagem enviada do céu condenando suas ações. Perturbado, ele se ergueu de seu lugar e deixou a cena da fogueira a fim de meditar na mensagem do verso.

A Palavra de Deus ainda permanece a despeito dos esforços de Satanás ao longo dos séculos para destruí-la.

Edson Ronaldo Tressmann

segunda-feira, 10 de abril de 2023

Jesus, esperança viva.

 16 de abril de 2023

Salmo 148; Atos 5.29-42; 1Pedro 1.3-9; João 20.19-31

Texto: 1Pedro 1.3

Tema: Jesus, esperança viva.

 

Louvemos ao Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo! Por causa da sua grande misericórdia, ele nos deu uma nova vida pela ressurreição de Jesus Cristo. Por isso o nosso coração está cheio de uma esperança viva.

 

Bendito – louvado: eulogetos – elogiado, exaltado. Eulogen – falar bem.

Quando se diz: louvar, glorificar – significa que se está falando bem de Deus. Quando se diz: abençoar, no sentido de bênção de Deus, significa que Deus nos diz coisas boas. O falar coisas boas é o mesmo que fazer coisas boas.

O apóstolo Pedro após anunciar que os cristãos eram sementes e que estavam sendo perseguidos, convidava os cristãos a louvar esse Deus, ou seja, mesmo em meio ao sofrimento, falar bem de Deus.

Enquanto os judeus diziam: “louvado seja o Deus de Abraão, Isaque e Jacó;” a igreja, devido a obra redentora de Jesus passa a dizer: “Louvado seja o Deus Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”.

Essas palavras irritam um judeu. Essas palavras significa reconhecer que Deus se revelou em Jesus. São palavras que testemunham que Deus se mostrou e revelou em Jesus.

Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. É fácil esquecer as palavras “nosso Senhor”.

Reconhecer Jesus como nosso - é reconhecer que o benefício da sua obra é para mais pessoas (2Co 5.14; Cl 3.4; Gl 4.6; Rm 8.17) e não só pra mim.

Esse Deus Pai de Jesus Cristo a quem somos chamados para louvar, fez e faz, uma grande obra na nossa vida – renasce uma viva esperança.

Renascidoshá diversas opiniões a respeito desse termo aqui em Pedro. Uns interpretam que significa viver a partir de Deus. Há àqueles que afirmam que Pedro emprega o termo renascidos, em outro sentido, ou seja, a ressurreição de Jesus deu e dá aos discípulos uma viva esperança. E devido à dificuldade, a proposta é meditar na correlação das palavras: renascidos para uma viva esperança.

É preciso ressaltar que a ênfase recai sobre a palavra esperança. A preocupação do apostolo Pedro é pastoral. Afinal, a carta está sendo escrita e será lida por cristãos perseguidos e atribulados. E quem deseja passar por esse período de aflição, precisa fortalecer sua esperança.

É como se Pedro estivesse dizendo: vocês são cristãos e como tais foram semeados em todo o império romano e estão no serviço do Senhor e vivem no perdão de Jesus. Dessa forma, não se abalem, fortaleçam sua esperança na certeza de que vocês têm um Senhor, e esse é o Pai de Jesus Cristo que ressuscitou.

Pedro lembra aos cristãos espalhados como sementes que eles possuem uma riqueza - a viva esperança que os fez renascer e é essa esperança que continua lhes animando a perseverar.

Qual é a sua esperança? Quais foram as suas esperanças que já morreram?

A esperança em Jesus é a única que não morre, pois Jesus vive, então a esperança está viva. A vivacidade está na certeza da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos.

Essa esperança é apenas uma esperança dos cristãos!

Todos que estão em Cristo, estão renascidos e vivem na viva esperança.

Por ocasião da morte de Jesus, as esperanças de Pedro pareciam ter morrido. A ressurreição de Jesus transformou a esperança dos discípulos e lhes deu um novo sentido. A ressurreição era a certeza da messianidade de Jesus.

A esperança viva é um patrimônio do cristão, ou seja, ele sabe qual é a sua riqueza apesar dos acontecimentos desse mundo. A ressurreição é a nossa herança. Enquanto no mundo, ainda não usufruímos essa herança, sabemos que temos essa herança. Amém

Edson Ronaldo Tressmann

Não creia em todo espírito (1Jo 4.1)

  27 de abril de 2024 Salmo 150; Atos 8.26-40; 1João 4.1-21; João 15.1-8 Texto: 1João 4.1-21 Tema: Não creia em todo espírito (v.1) ...