quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Pedindo discernimento para o novo ano!

 

03 de janeiro 2021

Salmo 119.97-104; 1Reis 3.4-15; Efésios 1.3-14; Lucas 2.40-52

Texto: 1Reis 3.4-15

Tema: Pedindo discernimento para o novo ano!

 

Educado de maneira cristã sob a tutela do amor e da misericórdia de Deus, Salomão mostra que seus valores são diferentes e esses o levaram a pedir à Deus algo extraordinário.

Observa-se uma certa escala de valores no pedido feito por Salomão a Deus. Nossos pedidos a Deus revela algo sobre nossos valores, e também, sobre a sua situação no momento. Alguém doente, pedirá por saúde.

Salomão, diz o verso 3, amava o Senhor. E seu amor a Deus, o levou a Gibeão oferecer sacrifícios a Deus.

E quando parece estar demonstrando seu amor a Deus, é Deus quem se apresenta como amoroso e diz: peça o que quiser e eu lhe darei. E Salomão pede o que para ele era mais importante, saber governar e discernir entre o bem e o mal. Não pediu uma vida longa e cheia de riquezas.

As pessoas aos milhões buscam vida longa. Vida longa é empurrar a morte para a frente. No filme “Premonição” as pessoas com o dom de antecipar os acontecimentos da morte, acabam empurrando a morte para frente. As pessoas buscam empurrar a morte para frente por meio de dietas, tratamentos, produtos farmacêuticos, aparelhos sofisticados que fazem o maior sucesso de vendas, planos de saúde, cirurgias de retirada de algum eventual intruso que possa acelerar ou antecipar a morte, etc. Não que seja contra esses métodos ou que diga, aceitemos a morte numa boa. Nada disso! Mas, tudo é uma questão de desejarmos vida longa. O desejo é viver muitos anos. Para que?

Em nossa escala ade valores não sabemos por que queremos estar vivos amanhã. Qual frase iria definir você na lápide do seu túmulo. “Aqui jaz...

Para que viver muitos anos. E se os muitos anos são vividos sem horizonte!

A ciência busca alongamento da vida. Isso é maravilhoso, e digo, é bênção de Deus. Mas, para que se vive?

Salomão não pediu vida longa, pediu que nos dias da sua vida e sabe até onde seriam, ele os queria aproveitar julgando com justiça e discernindo entre o bem e o mal.

Fazer da nossa vida uma vida de serviço ao Senhor! Que tal?

Se vive para tantas coisas. A vida é tão corrida que esquece-se de viver os pequenos e bons momentos. Sabe, o teu filho(a) cresceu tão rápido que você não se deu conta. Você não aproveitou para rir com os primeiros passos, agora sente saudades, na verdade, não consegue nem recordar. Ano passado, tivemos tantas oportunidades para servir a Deus, mas não aproveitamos. No entanto, mais um ano, mais uma vez o amor de Deus está sendo renovado por e para nós. Novas oportunidades nos serão dadas.

Sei que você precisa do dinheiro. Perde muito tempo, tempo com a família, com a igreja, com os amigos para ganhar o dinheiro, pelo menos peça a Deus sabedoria para usá-lo. Sei que você precisa da família, mas sabe, muitas vezes abandona as amizades e como diz a Bíblia, há amigo, mais chegado que um irmão. Você também precisa de lazer, afinal, ninguém é de ferro, mas, não só de risos viverá o homem.

Discernimento! Esse é um bom pedido que podemos fazer para Deus nesse novo ano.

Sem discernimento, passaremos o ano, sem aproveitar as coisas boas. Sem exercer a nossa função de servo de Deus, representante de Deus na família, no trabalho e no lazer.

Vida longa – para que? A morte é uma intrusa. Para a morte só há uma cura, Jesus. Todo aquele que está na fé em Jesus mesmo que seja atingido por essa intrusa não morrerá, mas viverá eternamente.

Que em nossa escala de valores esteja a vida eterna. Buscamos viver uma longa vida, mas não corramos o risco dessa busca tirar de nós a vida eterna que nos é oferecida e dada gratuitamente em Jesus. Amém!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

A Palavra que nos permite dizer: Feliz natal!

 

                                         Culto de NATAL

Salmo 2; Isaias 52.7-10; Hebreus 1.1-6; João 1.1-14

 

Texto: João 1.1-14

Tema: A Palavra que nos permite dizer: Feliz natal!

 

As pessoas sempre questionam sobre a presença de Jesus na criação do mundo. O apostolo João declara: “...e o verbo era Deus...” (Jo 1.1).

O Espírito Santo, autor das Sagradas Escrituras, nos responde pelo apostolo João a presença de Jesus na criação. Em Jesus se dá a nova criação de Deus. Por isso, o apostolo Paulo escreve aos Coríntios que quem está em Cristo é nova criatura (2Co 5.17).

Natal é dia em que a igreja celebra o nascimento de Cristo. Dia de natal é dia de celebrar a nova criação de Deus, onde a Palavra feita gente nasceu e nessa palavra, ou melhor, nesse Jesus, Deus encontra-se com a humanidade.

O filho que nasceu, como escrito pelo autor a carta aos Hebreus, “...é a expressão exata do seu ser ...” (Hb 1.3). Na manjedoura em Belém, encontramos o Filho de Deus que veio para nos tornar filhos e filhas de Deus.

Assim como a Palavra (Jesus) de Deus pronunciada na criação e a luz veio a existir, assim, Jesus é a luz desse mundo (Jo 8.12). Jesus é o pão da vida. Jesus é a Palavra criadora de Deus. É a palavra que se fez homem. É a palavra que cria nova vida nos seres humanos ainda hoje.

Deus age por sua Palavra. Deus abre a boca e coisas novas acontecem. Por isso, Ele deseja falar uma vez por semana com você. Essa é a exortação do terceiro mandamento. Por esse motivo o apostolo João termina esse evangelho esclarecendo que tudo o que está escrito é para que as pessoas tenham vida (Jo 20.31).

Mais um natal!

Entre as muitas coisas, fatos e situações em que as pessoas julgam como sendo fundamental para que o natal seja feliz, o apostolo João lembra que o natal só é feliz por causa da Palavra que se fez carne. A palavra que traz vida e salvação (Jo 14.4). Essa Palavra traz vida em abundância (Jo 10.10). Essa Palavra é caminho, verdade e vida (Jo 14.6).

A Palavra fez tudo o que vemos existir (Gn 1.3). A Palavra encarnada de Deus fez e faz a igreja se reunir. Essa Palavra é que faz o natal ser natal. E é por causa da Palavra que posso lhe dizer uma palavra: Feliz natal! Amém!

ERT

Edson Ronaldo TREssmann

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

A mensagem do anjo: Deus está ocupado em salvar!

 

Quarto Domingo de ADVENTO

Salmo 89.1-5; 2Samuel 7.1-11,16; Romanos 16.25-27; Lucas 1.26-38

 

Texto: Lc 1.26-38

Tema: Amensagem do anjo: Deus está ocupado em salvar!

 

A vela que marca o quarto domingo de advento foi acesa. Cada vela ao ser acesa, trouxe uma mensagem. A primeira vela acesa indicou a profecia. A segunda indicou Belém. A terceira vela foi dos pastores e hoje, ao ser acesa a quarta vela, nos recordamos dos anjos.

Os anjos sempre estiveram presentes, trazendo uma mensagem especial para o povo de Deus e relatando as grandes intervenções de Deus na história com intuito de salvar.

Sara, mulher estéril (Gn 18.9-15); Moisés (Ex 3); Gideão (Jz 6.12); mãe de Sansão, mulher estéril (Jz 13.2-5); Ana, mãe de Samuel, mas o anjo foi Eli (1Sm 1.9-18); Zacarias, cuja mulher era estéril (Lc 1.11); Maria, uma jovem virgem (Lc 1.28, 36).

Em todos esses relatos onde um anjo ou o próprio Deus apareceu, a mensagem é muito similar. E essa similaridade indica que o Deus que age é o mesmo e que seu objetivo é único: salvar.

O anjo iniciou o diálogo com Maria dizendo: “...o Senhor está com você” (Lc 1.28). Essas palavras marcam o desafio ante a missão que Deus estava por realizar. E sendo missão de Deus, ele estaria conduzindo todas as coisas.

Essas mesmas palavras foram anunciadas para Moisés (Ex 3.12), Josué (Js 1.9), Gideão (Jz 6.12), Jeremias (Jr 1.8). E são ditas a nós principalmente nesses dias em que andamos desanimados e preocupados com o futuro da igreja.

Ao destacar a presença de Deus, o anjo anuncia a frase preferida de Deus: “...não tenha medo” (Lc 1.30). Uma frase que pela tradução Revista e Corrigida e Revisada Fiel aparece 61 vezes. É Deus dizendo: “se eu estou contigo, não temas.” Essa presença constante foi a promessa do próprio Jesus ao incumbir sua igreja de ir e realizar a missão de Deus: batizar e fazer discípulos.

O anjo, trazendo uma mensagem de Deus para Maria, diz que tudo o que está por acontecer é cumprimento da promessa do próprio Deus. Assim, o anjo anuncia a promessa que foi feita para Davi (2Sm 7.1-11,16) e a profecia anunciada pelo profeta Isaias (Is 7.14) sobre a gravidez de uma virgem e o nome de Jesus.

O Senhor está com você, não tenha medo. Deus sempre se ocupou e ocupa em salvar. Fez promessas, as cumpriu e outra ainda cumprirá. Se poucas pessoas foram agraciadas com uma mensagem direta dos anjos, eis que, um dia todos nós seremos despertados pelas trombetas tocadas por anjos.

Maria, pensativa sobre a missão de Deus, pergunta como tudo se realizaria, afinal, não era estéril como Sara, Ana, Isabel, mas, era virgem e nem casada estava. E o anjo indica para Maria o mistério insondável de Deus, o mistério da concepção virginal.

Em outras palavras, o anjo anuncia a intervenção milagrosa de Deus pelo Espírito Santo. Essa é uma mensagem muito especial para o natal, afinal, se ainda há os que creem que Jesus nasceu e que ele é o centro do natal, é sinal da obra especial do Espírito Santo. O Espírito Santo é quem realiza o impossível para os seres humanos: fazê-los crer!

Querida igreja! Esse foi o valioso diálogo entre o anjo e Maria. Um diálogo onde nos é revelado o mistério insondável de Deus, ocupado em salvar seu povo. Um diálogo que mostra Jesus sendo concebido e assim se tornando homem para resgatar o ser humano pecador.

O Espírito Santo ainda hoje, assim como é desde a criação do mundo (Gn 1.2), age para realizar grandes feitos da parte de Deus, “porque para Deus não há nada impossível” (Lc 1.38) quando o assunto é salvação.

Deus quer tanto salvar o ser humano, que o próprio Jesus destaca que só há um pecado para o qual não há perdão, recusar-se a crer em Jesus. Ou seja, o pecado contra o Espírito Santo (Mt 12.31-32). Nesse sentido, a obra do Espírito Santo em nos fazer crer no filho encarnado de Deus que foi enviado como homem para salvar o ser humano perdido. O apostolo Paulo escreveu: “Pois pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus” (Ef 2.8)

Toda obra da salvação é resultado da ação graciosa de Deus. Assim, a resposta da igreja precisa ser “aqui está a serva do Senhor...” (Lc 1.38). Essa frase significa empregada do Senhor.

É um título empregado pelo profeta Isaías no sentido de que a missão do povo de Deus não é apenas um privilégio, mas um serviço em favor dos outros. Deus está ocupado em salvar e usa seus filhos e filhas para realizar esse serviço. O próprio Jesus disse que veio para servir (Mt 20.28). Assim como nos serviu, somos enviados para servir (2Co 8.9; 1Tm 2.6; Tt 2.14). E nesse servir, continua anunciando: o Senhor está com você, não tenha medo, pois o Deus ocupado m salvar, age pelo poder do Espírito Santo. Amém!

ERT

Edson Ronaldo TREssmann

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Não apagueis o Espírito!

 

Salmo 126; Isaías 61.1-4,8-11; 1Tessalonicenses 5.16-24; João 1.6-8,19-28

Texto para prédica: 1Tessaloncenses 5.19

Tema: Não apagueis o Espírito!

 

Uma metodologia utilizada para conter grandes incêndios é a queima de expansão. É técnica de usar fogo contra fogo. Os brigadistas queimam parte da vegetação e quando o incêndio chega nessa pequena área queimada, o incêndio perde a combustão e para de queimar.

Esse método pode ser classificado como tornar inativo o próprio fogo que vem incendiando tudo.

É sobre isso que o apostolo escreve aos Tessalonicenses: “não apagueis o Espírito” (1Ts 5.19, ARA), “não atrapalhem a ação do Espirito Santo” (NTLH). Deixem que siga seu fluxo pelos meios utilizados por ele.

A palavra apagar retrata do Espírito Santo como um fogo que queima (Is 4.4; At 2.3; Ap 4.5). É sabido entre os cristãos a verdade de que há apenas um interessado em que o fogo do Espírito seja apagado. Como escreveu Pedro, nosso adversário, anda em derredor procurando alguém para devorar (1Pe 5.8) e o próprio Paulo esclareceu que nossa luta não é contra carne e sangue, mas, as potestades do mal (Ef 6.12) que utilizam-se da técnica de queima por expansão para neutralizar a expansão do incêndio.

A palavra apagar significa ressacar coisas molhadas para ficarem secas. É tonar inativo o que está ativo. Essa estava sendo a realidade na comunidade em Tessalônica. Por uma compreensão errônea a respeito da volta de Jesus, muitos cristãos se tornaram preguiçosos, outros diante da dúvida a respeito do que já haviam morrido estavam sendo enganados por falsos mestres e ainda havia o grupo dos desanimados devido a perseguição. O Espírito estava sendo apagado. Cristãos não estavam mais crendo na presença constante de Jesus e assim entristeciam-se diante das circunstâncias e não se alegravam, não oravam e nem davam graças, sendo essa a vontade de Deus.

Outra maneira pela qual o Espírito estava sendo apagado, era pelo desprezo as profecias. As pessoas rejeitavam, desdenhavam as profecias bíblicas, deixando se levar por ensinamentos estranhos a fé cristã.

Aqueles cristãos ainda não tinham a Bíblia completa como nós a temos hoje. Assim, diante dos questionamentos e elucidação de algum tema, preferiam dar ouvidos aos falsos profetas a dar ouvidos as Escrituras Sagradas e aos apóstolos. Assim, a exortação não apagueis o Espírito visa alertar os cristãos a “julgar todas as coisas, reter o que é bom” (1Ts 5.21).

A palavra julgar era usada para que as pessoas testassem, provassem a validade de uma moeda e se o seu metal era genuíno.

Ao exortar os cristãos a “não apagar o Espírito,” o apostolo pediu que os mesmos analisassem bem todas as questões para não serem enganados. João, o apostolo fez essa mesma recomendação na sua carta: “Meus queridos amigos, não acreditem em todos os que dizem que têm o Espírito de Deus. Ponham à prova essas pessoas para saber se o espírito que elas têm vem mesmo de Deus; pois muitos falsos profetas já se espalharam por toda parte” (1Jo 4.1).

O que me chama atenção, é que enquanto aos tessalonicenses, o apostolo Paulo recomenda a não apagar o Espírito, a Timóteo, que também auxiliou nessa carta, Paulo recomenda: “reavive o dom de Deus” (2Tm 1.6), ou seja, atice fogo!

O fogo do Espírito só queima pela combustão do Espírito que ele nos dá pela sua Palavra. Não despreze as profecias. Alegre-se no Senhor. Ore constantemente. Agradeça em todas as ocasiões. E o Deus da paz vos conservará íntegros e irrepreensíveis.

Querido irmão e irmã em Jesus “não apagueis o Espírito.

Já antes da pandemia do COVID-19, muitos lugares mundo a fora registravam fechamento de templos e a transformação desses lugares de culto em biblioteca, danceteria, casa de show .... Durante a pandemia, templos foram fechados para evitar aglomeração e contaminação em massa. As pessoas passaram a ser incentivada a assistir cultos e programações on-line. E muito joio têm sido semeado e pessoas sendo enganadas e assim, mesmo com a reabertura dos templos, muitos que passaram a desvalorizar a Bíblia, não retornarão mais. Já manifestei essa minha preocupação outras vezes e, por isso, aconselho vocês a darem atenção a exortação do apostolo Paulo: Estejam sempre alegres, orem sempre e sejam agradecidos a Deus em todas as ocasiões. Isso é o que Deus quer de vocês por estarem unidos com Cristo Jesus. Não atrapalhem a ação do Espírito Santo. Não desprezem as profecias. Examinem tudo, fiquem com o que é bom e evitem todo tipo de mal. Que Deus, que nos dá a paz, faça com que vocês sejam completamente dedicados a ele. E que ele conserve o espírito, a alma e o corpo de vocês livres de toda mancha, para o dia em que vier o nosso Senhor Jesus Cristo. Aquele que os chama é fiel e fará isso” (1Ts 5.16-24). Amém!

ERT

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Deus é paciente com o pecador!

 

SEGUNDO DOMINGO DE ADVENTO

Salmo 85; Isaías 40.1-11; 2Pedro 3.8-14; Marcos 1.1-8

Texto: 2Pedro 3.9

Tema: Deus é paciente com o pecador!

 

         Ninguém tem paciência comigo!

         Deus têm!

         Diante dos ataques dos falsos mestres, o apostolo Pedro, aconselha os cristãos à não esquecerem a paciência de Deus (2Pe 3.9). Muitos falsos mestres diziam que Jesus estava demorando e julgando que o retorno de Cristo não aconteceria. Afirmavam que se Jesus fosse voltar, isso já teria ocorrido, mas sua demora afirmava que Cristo não voltaria e que sua promessa era falha.

         Diante desses ataques dos falsos mestres, Pedro, o apostolo destaca as promessas de Deus, outrora anunciadas pelos profetas no antigo testamento, por isso, já no capítulo escreveu: “Pois nenhuma mensagem profética veio da vontade humana, mas as pessoas eram guiadas pelo Espírito Santo quando anunciavam a mensagem que vinha de Deus” (2Pe 1.21). Também destaca a paciência de Deus.

         Enquanto que os falsos mestres diziam que se Jesus fosse voltar, ele já teria voltado, Pedro responde sobre o por que está demorando voltar. “...Ele tem paciência com vocês porque não quer que ninguém seja destruído, mas deseja que todos se arrependam dos seus pecados” (2Pe 3.9).

         Enquanto os zombadores usavam acusavam que a demora de Jesus significava indiferença, descuido e impotência do Senhor, o apostolo escreve: “O Senhor não demora ...” (2Pe 3.9), destacando o Senhor não é indiferente, nem despreocupado, descuidado e impotente. O fato é que Deus têm uma agenda salvadora e usa todo seu tempo para esse fim.

         O Senhor não está desatento, ele é paciente para com o pecador a quem ama. Ele deseja que os pecadores se arrependam e assim recebam perdão, vida e salvação, e sejam salvos (2Tm 2.4).

         Muitos desejam que Jesus retornasse hoje, afinal, seu retorno significa a posse da vida eterna para os que creem. É o fim da dor, do sofrimento, mas, o fato é que Deus continua muito atento para com o pecador a quem deseja salvar. Muitos precisam de um tempo a mais, e sendo seu todo o tempo, concede mais um dia para que eu me arrependa e viva. Amém!

ERT

terça-feira, 24 de novembro de 2020

O Senhor precisa de você!

 

29 de novembro de 2020

Primeiro Domingo de Advento

Salmo 80.1-7; Isaías 64.1-9; 1Coríntios 1.3-9; Marcos 11.1-10

Texto para prédica: Mc 11.1-11

Tema: O Senhor precisa de você (Mc 11.3)

 

Há muitas questões na Bíblia difíceis para entender. E nesse episódio de Marcos 11, vejo um desses fatos.

Dois discípulos foram enviados com a missão de desamarrar e trazer um jumentinho até Jesus. E se alguém perguntasse alguma coisa, a resposta deveria ser: “...o Senhor (mestre) precisa dele ...” (Mc 11.3).

Tudo aconteceu conforme disse Jesus. Mas, quero chamar atenção o fato de que os donos do jumentinho não terem questionado: quem é o Senhor (mestre)? Para que ele precisa desse animal? Quando ele será devolvido?

Também merece destaque o fato dos dois discípulos que ouviram as ordens de Jesus e a executaram sem questionamentos (vv.4-6).

Marcos 11.1-11 é um relato de verdadeira expressão de fé.

- Ouvir as ordens de Jesus e as cumprir;

- Ouvir que o Senhor precisa dele e deixar que levem o animal.

- Ouvir uma multidão cantando que o socorro de Deus chegou e que as profecias estão cumpridas!

O evangelista João Marcos, bem como o relato de Mateus, Lucas e João, sobre esse episódio, destaca-se:

- a fé dos discípulos que foram e trouxeram o animal;

- a fé do dono do jumentinho que deixou que o animal fosse levado;

- a fé da multidão que exclamava a todo pulmão o cumprimento das profecias.

Enquanto os discípulos e a multidão celebravam a páscoa com o cordeiro pascal indo para o altar do sacrifício; em Jerusalém, líderes religiosos e demais pessoas comemoravam uma páscoa egípcia, ou seja, sem o cordeiro que lhes daria a vida. Por que? Haviam se esquecido das profecias anunciadas por Deus pelos seus profetas.

A igreja cristã está iniciando um novo período eclesiástico. A primeira vela da coroa de advento foi acessa: a vela da profecia.

Em mais um ano teremos a oportunidade de ouvir a profecia que culmina no Calvário. Temos diante de nós, 52 semanas. Ao longo desse novo ano eclesiástico, por duas ocasiões serão lidos os Salmos 1, 23, 25, 29, 85, 111, 139 e outros 38 Salmos. Ouviremos também as muitas profecias nas páginas do Antigo Testamento. Observaremos detalhes proféticos nas epístolas, e por 30 semanas ouviremos relatos do evangelho de Marcos. E em outras 22 ocasiões ouviremos porções do evangelho de João (12) e Lucas (10).

Todas essas são oportunidades impares para ouvir e crer nas profecias feitas e cumpridas por Deus e firmar a fé nas profecias que Deus ainda cumprirá. Jesus virá para julgar os vivos e os mortos.

Jesus disse que “...quando o Filho do homem vier, achará, porventura, fé na terra” (Lc 18.8). O Filho do homem, Jesus, veio em humildade. Em muitas pessoas encontrou fé nas profecias, noutras não.

A caminhada de Jesus que se iniciou na Galiléia (Mc 1.9), após 140 km, a caminhada chega ao clímax. A medida que ia avançando, pessoas com fé nas profecias se aproximaram de Jesus e outros, descrentes nas profecias duvidavam e lançavam críticas ao ministério de Cristo.

A caminhada do cumprimento da profecia iniciou-se no deserto, às margens do Rio Jordão, devido a corrupção do templo e chegou ao clímax nas portas do Templo desprestigiado pelos cambistas.

Em nossos dias a religião cristã e a fé cristã está desprestigiada. E isso têm feito muitas pessoas não quererem mais ouvir e crer nas profecias das páginas das Escrituras Sagradas. Mesmo em meio ao descrédito e abandono de milhares, há muitos que ouvem e obedecem as ordens de Jesus. Há aqueles que entregam seus bens por que o Senhor precisa deles e muitos confessam com seu louvor a fé em Cristo Jesus. Jesus precisa de você! Amém!

ERT

Edson Ronaldo TREssmann

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Rebanho de Cristo (Mt 25.32,34)

 22 de novembro de 2020

Salmo 95.1-7; Ezequiel 34.11-16,20-24; 1Coríntios 15.20-28; Mateus 25.31-46
Texto: Mateus 25.31-46

Tema: Rebanho de Cristo!

Versículo tema:ele separará as pessoas umas das outras, assim como o pastor separa as ovelhas das cabras. ... Venham, vocês que são abençoados pelo meu Pai! Venham e recebam o Reino que o meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo ...” (Mt 25.32,34).

 

A distinção das ovelhas e das cabras era possível devido a coloração do pelo. Mesmo à distância, o pastor conseguia distinguir a ovelha da cabra. Cabra e ovelha são animais diferentes um do outro, e mesmo assim, ambos pastavam e pastam juntos.

As ovelhas são animais mansos, obedientes, ingênuos e facilmente podem se perder. As ovelhas dependem da condução de alguém. As cabras, pelo contrário, são desobedientes, destruidores dos campos e de espécies de árvores. Ao destruir a vegetação, impossibilitavam uma boa alimentação das ovelhas. Na Palestina, mesmo pastando junto das ovelhas, os cabritos eram considerados inúteis devido a destruição que causavam.

Jesus aproveita-se desse contexto cultural e conta a parábola onde fala sobre a separação das ovelhas e das cabras. Ele Jesus, é o pastor (Jo 10; Sl 23), que está na porta do aprisco e separará as ovelhas dos cabritos.

Aproveito-me dessa figura usada por Jesus para destacar que ovelhas e cabritos continuam pastando juntos nesse mundo. E assim como era possível diferenciar um do outro pela cor do pelo, ainda hoje, é possível diferenciar as ovelhas dos cabritos pelo critério anunciado por Jesus. As ovelhas têm uma fé prática no amor. Os cabritos apenas causam destruição.

Um autor desconhecido escreveu: “Existe tanto bem no pior de cada um, e tanto mal no melhor de cada um, que dificilmente sabemos julgar quem é ovelha e quem é cabrito.

A prerrogativa da separação das ovelhas e dos cabritos é de Jesus, o vencedor da morte, do diabo e do inferno. Daquele que veio e pagou um alto preço pelo rebanho. Aquele que vitorioso subiu aos céus e em glória e majestade descerá do céu e separará as ovelhas das cabras.

O ser humano, ovelha ou cabrito, considera pela aparência externa e espetáculo humano. Jesus Cristo, o pastor do rebanho, reconhece suas ovelhas que são práticos no amor que emana da fé (Hb 11.6; Tg 2.17). As ovelhas do rebanho, amam as ovelhas do rebanho, em especial as ovelhas feridas pelos cabritos.

O Rebanho de Cristo, age como ovelha representando seu Pastor e Senhor, em favor dos marginalizados pelos cabritos que as perseguem, matam e exploram.

No rebanho de Cristo, as ovelhas socorrem as ovelhas do rebanho (Mt 25.40). Os pequeninos com sede, fome, presos, são ovelhas de Jesus prejudicadas pelos cabritos.

A Palavra de Deus, por boca de Jesus, é clara ao enumerar que ovelhas e cabritos pastam juntos (Mt 25.31-46), e que, trigo e joio crescem juntos (Mt 13.24-30). Cabritos serão separados das ovelhas e o joio do trigo por Jesus.

Cabritos e joio causam estragos, destruição e frustração, mas, devem continuar pastando e crescendo juntos as ovelhas e o trigo.

Não é atribuição humana separar cabrito e arrancar o joio. É preciso permanecer rebanho de Cristo, sendo sua ovelha.

Ao falar das 10 virgens, Jesus alerta seu rebanho à vigilância. Ao contar a parábola dos talentos, Jesus convida seu rebanho a fidelidade no exercício do sua responsabilidade. E ao enumerar que o pastor separará as ovelhas das cabras, lembra a todos que continuem animados, firmes, fiéis na prática do amor e no serviço do Senhor.

Os cabritos que destroem estão desanimando as ovelhas. Muitas ovelhas se encontram desorientadas e perdidas seguindo os cabritos. Muitas ovelhas já abandonaram a pratica do amor e do serviço cristão. Infelizmente, contaminadas pelo mundo e pela carne pecaminosa, concluíram que a honestidade não vale a pena. As pessoas não precisam ser ajudadas, precisam apenas ser motivadas para realizar seus objetivos.

Rebanho de Cristo – Cuidado! O bom pastor Jesus, dono do rebanho, continua pastoreando os seus. As ovelhas socorrem ovelhas prejudicadas pelos cabritos. As ovelhas que abandonaram o serviço cristão e a pratica do amor, ouça o que o Senhor da Igreja, o dono do rebanho anunciou por João na carta em Apocalipse: “...volte ao primeiro amor... arrependa-se do seu pecado e façam o que faziam no princípio” (Ap 2.4-5).

Os cabritos recebem o hoje como uma oportunidade do dono do rebanho para poderem seguir as pegadas do rebanho (Ct 1.8). Nesse sentido, ser e permanecer ovelha é atuar na missão de Deus de salvar (1Tm 2.4). O pastor do rebanho virá e dirá: “Venham, vocês que são abençoados pelo meu Pai! Venham e recebam o Reino que o meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo ...” (Mt 25.34).

O rebanho de Cristo, nesse mundo, por causa dos cabritos, caminha como que em um vale de lágrimas (Sl 23.4). Mas, mesmo em meio aos cabritos, o pastor Jesus sabe quem é sua ovelha pela prática das boas obras e deseja que o socorro continue sendo prestado constantemente. As ovelhas podem ter por certo de que o pastor delas, Jesus, nunca dorme, nem cochila para continuar cuidando dos seus, afinal, os cabritos causam muita destruição. Amém!

ERT

Edson Ronaldo TREssmann

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Enxergar bem!

 15 de novembro de 2020

Salmo 90.1-12; Sofonias 1.7-16; 1Tessalonicenses 5.1-11; Mateus 25.14-30

Texto: Salmo 90.12

Tema: Enxergar bem!

 

Ensina-me a contar os dias da minha vida, para que alcancemos coração sábio (Sl 90.12)

O que o futuro me reserva?

Para muitas pessoas, o passar do tempo é apenas um fator incontrolável que traz felicidade e infelicidade.

Ensina-me a contar os dias da minha vida, para que alcancemos coração sábio (Sl 90.12).

Ensina-me a contar os dias da minha vida!

Tempo é muito mais que certa quantia de segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses e anos.

O tempo é um período de oportunidades.

A expressão “oikonomos” (mordomo); “oikonomia” (mordomia); “oikos (casa); o verbo “nemeim (distribuir, fazer, gerir).

Com o tempo, Deus confiou inúmeras oportunidades para cumprir o objetivo de nossa vida: servir a Deus e ao nosso próximo.

Ensina-me a contar os dias da minha vida, para que alcancemos coração sábio (Sl 90.12).

Uma das maiores tragédias é o fato de milhões de pessoas não saberem a razão de sua existência nesse mundo.

Ensina-me a contar os dias da minha vida, para que alcancemos coração sábio (Sl 90.12).

O tempo é uma dádiva de Deus. É um período de oportunidades e sagrado para usar com sabedoria.

Por isso, a recomendação do apostolo sobre “remir o tempo” (Ef 5.16; Cl 4.5). O que significa remir o tempo? Remir - comprar de volta. Tirar o maior proveito do tempo - “aproveitando as oportunidades.

Russell Shedd escreveu que esse aproveitar as oportunidades é tirar o tempo de Satanás e usar o tempo para o que é divino. Aproveitar as oportunidades é resgatar as horas para o que é divino. Assim, remir o tempo é aproveitar as oportunidades e usar para o que é divino.

Dessa forma, quando a pessoa diz que não tem tempo para as coisas divinas, na verdade, ela têm as coisas divinas como sua prioridade. Você conhece alguém que não tenho tempo para as coisas divinas?

O sábio Salomão enumerou: “Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião” (Ec 3.1).

Moisés orou: “Ensina-me a contar os dias da minha vida, para que alcancemos coração sábio” (Sl 90.12).

As pessoas só tem tempo para aquilo que é prioridade! Qual é a tua prioridade? Custe o que custar, a pessoa faz tudo pela sua prioridade!

Ensina-me a contar os dias da minha vida, para que alcancemos coração sábio (Sl 90.12)

1 – Só Deus sabe quantos dias ainda nos resta. #Elevem#

2 – Não desperdice tempo com coisas sem valor e importância.

3 – Aprenda com as lições de Deus

Ensina-me a contar os dias da minha vida, para que alcancemos coração sábio (Sl 90.12). O que é ter coração sábio? Significa enxergar bem! Ou seja, estar com os olhos além do aqui e agora.

Ensina-me a contar os dias da minha vida, para que alcancemos coração sábio (Sl 90.12). Enquanto as pessoas estão presas ao aqui e agora, procurarão e não encontrarão o sucesso. As palavras do Salmo 90.12 deseja direcionar nosso olhar na direção do verdadeiro sucesso, Sl 90.17.

Enxergue bem! Em Jesus, há um além do aqui e agora e é eterno! Amém

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

A igreja, sua expectativa, esperança e missão

 08 de novembro de 2020

Salmo 70; Amós 5.18-24; 1Tessalonicenses 4.13-18; Mateus 25.1-13

Texto: A igreja, sua expectativa, esperança e missão!

 

Uma comunidade angustiada e buscando respostas sobre os mortos, ressurreição e segunda volta de Cristo. Assim como Paulo, Timóteo e Silas já haviam tratado questões sobre sexualidade e matrimônio, agora, abordam esse tema angustiante para aqueles cristãos.

Mas, por qual motivo aqueles cristãos estavam aflitos quanto a esse tema? Eram tempos de perseguição. E a morte parecia ser certa. Assim, os cristãos gostariam de saber sobre o que aconteceria com eles se caso morressem. Será que tudo seria o fim? A ressurreição é verdade?

Para começar a responder essas questões, o apostolo Paulo escreve no verso 12 e 11 da primeira epistola de Paulo aos Tessalonicenses, as seguintes palavras: “aqueles que não são cristãos...vocês não precisarão viver as custas de ninguém” e “vivam do seu próprio trabalho” (1Ts 4.12,11).

Essas palavras dão o norte para o cristão. Em outras palavras, o apostolo estava alertando para que as pessoas, os cristãos, saíssem do sistema consumista e passassem a considerar a grande novidade da fé cristã: a vida eterna. Cuidado! Não se deixem escravizar por essas coisas que apenas voltam nosso olhar para o aqui e agora. Não vivam nessa ignorância, esquecendo-se da esperança que é a ressurreição.

Os não cristãos eram os detentores do poder e escravizavam as pessoas para poderem possuir tudo aqui e agora. Isso por estarem presas a esse mundo. Observe um detalhe. Não é pecado possuir bens ou ser rico. O problema é quando os bens e as riquezas conduzem a nossa vida e esperança.

O problema começa quando passamos a nos sentir confortáveis no poder e nos bens materiais. Como se o poder e os bens materiais resolvem todos os nossos problemas. Na verdade, até entre cristãos, o poder e os bens materiais podem causar sérios danos. Essa é a mensagem do profeta Amós ao povo de Israel: “Parem com o barulho das suas canções religiosas; não quero mais ouvir a música de harpas. Em vez disso, quero que haja tanta justiça como as águas de uma enchente e que a honestidade seja como um rio que não para de correr” (Am 5.23-24). O apostolo Tiago escreveu: “Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta” (Tg 2.17).

Como reagimos diante de situação de morte?

Havia muita perseguição naqueles dias em que Paulo escreveu a epistola aos Tessalonicenses. E as perguntas a respeito da morte, ressurreição e segunda vinda de Cristo borbulhavam entre os cristãos.

Em cenários de perseguição, a doutrina da ressurreição é sempre colocada em cheque. Ainda vivemos num país livre em questões religiosas e pouco nos importamos com esse assunto. Mas, se refletirmos nos livros de Daniel, Marcos, Mateus, Lucas e Apocalipse, vemos a importante ênfase nesse assunto.

A mensagem da ressurreição é importante e necessária. Pois, mesmo que não haja perseguição, há morte pelos mais variados motivos. Também as reações são as mais variadas.

Pessoas comentam que oram pelos seus entes queridos, pedindo que as mesmas cuidem delas. Outras, dizem que o ente falecido está olhando e cuidando. Isso é muito estranho a fé cristã. Mas, é uma reação emocional e racional diante da morte. Muitos preferem se consolar nessas mensagens do que na esperança da ressurreição.

Como reagimos diante de situação de morte?

O apostolo Paulo aconselha a reagir com esperança. A morte faz sofrer. Quem nessa semana não se lembrou de um ente querido? Dia dos finados fez com que algumas pessoas chorassem, sentisse falta de outra. Mas, Paulo, o apostolo, escreve sob orientação do Espírito Santo, para que, por mais difícil que seja, não nos desesperemos diante da morte. Afinal, ela foi vencida por Cristo e a ressurreição é a nossa esperança. A segunda vinda de Cristo e a ressurreição é a única certeza que temos. Nem a morte é certa, pois, pessoas estarão vivas quando Cristo voltar. E dentro dessa realidade, o apostolo Paulo escreve para que os cristãos não se iludam com o aqui e agora a ponto de perder a esperança da volta de Cristo e ressurreição dos mortos.

A Igreja antiga recebeu consolo e força da mensagem e certeza da ressurreição em tempos de perseguição.

O apostolo Paulo, junto com Timóteo e Silas escrevem na expectativa de responder a respeito dos mortos, da ressurreição e da segunda volta de Cristo.

O apostolo quer que os cristãos saibam a “verdade a respeito dos que já morreram...” (1Ts 4.13). E esses que já morreram são aqueles que dormem. O termo grego é koimoménon – fazer dormir, colocar para dormir, significando que quem foi colocado para dormir irá acordar. E aquele que nos deu o fôlego da vida, é aquele que tira e devolve esse fôlego por ocasião da ressurreição. Esse é o Deus dos vivos e não dos mortos (Mt 22.32). Todos que estiverem dormindo, serão acordados pelo toque da trombeta de Deus (1Ts 4.16). Uns tomarão posse com seus corpos, agora gloriosos, da eternidade com o Senhor. Outros, os que dormiram sem crer na obra de Cristo ou que estiverem vivos sem a fé em Cristo, para o fogo eterno que foi preparado por Deus para os anjos que se revoltaram contra Deus (Mt 25.41).

Tempos difíceis devido a perseguição. Perguntas sobre a morte, a ressurreição e a segunda vinda de Cristo afloravam entre os cristãos. E a equipe ministerial, Paulo, Timóteo e Silas escrevem na expectativa de ajudar aqueles cristãos para que não passem a viver na ignorância que vive os que não creem e não tem a esperança cristã. E o motivo da ignorância das pessoas é o fato de estarem presas ao aqui e agora, bem como das dúvidas quanto ao que o Senhor nos diz em sua Palavra. A ressurreição não é uma mensagem humana. Como está escrito: “De acordo com o ensinamento do Senhor...” (1Ts 4.15).

Observem a frase: “...nós, os que estivermos vivos no dia da vinda do Senhor...” (1Ts 4.15). Parece que Paulo, Timóteo e Silas, estão dizendo que Jesus voltaria durante o tempo em que eles vivessem! Na verdade, essa é a certeza do cristão, Jesus virá, outra vez. E será para julgar os vivos e os mortos. Pode ser daqui há alguns minutos, como daqui 100, 1.000, 10.000 anos. A hora é de Deus e quando “for dada a sua palavra de ordem” (1Ts 4.16).

A nossa esperança está na volta de Cristo! Qual Cristo? O verso 17 responde sobre o Jesus que virá. É o Cristo vitorioso. O contexto da época diz que os súditos se encontravam com o senhor vencedor numa grande festa. O combate já foi vencido. Jesus morreu, mas, ressuscitou. E virá como é, vencedor!

É importante destacar que a preocupação do apostolo nessa carta é tão somente os fiéis cristãos. Eles deveriam se manter perseverantes, pois, assim que Jesus voltar “viveremos para sempre com o Senhor” (1Ts 4.17), e nessa certeza e esperança todos deveriam agir de maneira missionária, ou melhor, animarem-se mutuamente uns aos outros (1Ts 4.18).

A igreja, sua expectativa, esperança, missão e certeza: animar uns aos outros com a mensagem da ressurreição. Jesus ressuscitou, os mortos também ressuscitarão. Amém!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Herdeiro da Reforma Protestante - Permanece na Palavra

 Dia da Reforma Protestante

31 de outubro de 2020

503 anos (1517 – 2020)

Salmo 46;Apocalipse 14.6-7; Romanos 3.19-28; João 8.31-36

Texto: João 8.31-32

Tema: Herdeiro da Reforma Protestante - Permanece na Palavra!

 

Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.31-32).

 

Permanecendo na Palavra de Cristo, sereis discípulos de Jesus, conhecereis a Cristo e sereis libertados por Cristo. Sendo assim, permaneça na Palavra de Jesus.

Jesus deixa claro que só há uma alternativa para ser discípulo, conhecer a verdade e ser liberto pela verdade, permanecer na Palavra. Jesus é a verdade na qual, os que creem precisam permanecer. Jesus é a verdade a que liberta (Jo 14.6).

Idade Média, as pessoas não tinham acesso a Palavra de Deus, não podiam lê-la. Apenas ouviam as interpretações que o Papa dava a Palavra e o que os concílios da igreja haviam dito sobre determinados assuntos. O clero da igreja eram os guardiões das verdades espirituais.

A verdade que é Cristo, não era comunicada e as pessoas viviam atormentadas. O tormento gerava medo e ansiedade espiritual. Foi com esse pavor que Martinho Lutero abandonou a promissora carreira de advogado para ingressar num convento agostiniano. Mas, mesmo no convento não encontrou paz para sua alma, até que, foi libertado pela verdade que é Cristo. E os que conhecem a história, imaginam a dificuldade que foi permanecer nessa Palavra de Cristo.

Cinco séculos depois, 503 anos depois, em pleno século 21, ano de 2020, ao contrário daqueles dias de 1517, a Bíblia é facilmente acessada. Qualquer pessoa pode ter acesso a Bíblia através de algum aplicativo no celular.

Há cerca de 40 versões bíblicas, inúmeras igrejas, milhares de pregadores, mas, infelizmente a verdade que faz discípulos e liberta, está escondida de muitos. Afinal, quantos que mesmo frequentando uma igreja não conhecem a verdade que liberta. Pessoas que mesmo se dizendo cristãs, continuam escravizadas e presas a regras, tradições e meros costumes dos quais dizem obter méritos de Cristo.

Na Igreja Católica, além da fé em Cristo, é necessário a praticadas boas obras como requisito de obter méritos para a salvação. Reformados acrescentam a fé mais a obediência, e nas igrejas evangélicas a fé mais alguma requisito, tal como batismo nas águas, falar em línguas ...

Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.31-32).

É preciso permanecer na Palavra! A Palavra que é e traz Cristo, liberta desse acréscimo que escraviza.

Os judeus se sentiam seguros na descendência abraamica. Além da descendência, muitos se sentiam seguros no suposto cumprimento da lei. As palavras daqueles judeus que creram em Jesus e que ouviram Cristo dizer que o permanecer na Palavra os faria discípulos e que a verdade seria por eles conhecida e essa verdade os libertaria, apresentaram a confiança extra Jesus Cristo. Eles creram em Cristo, mas, seu coração ainda estava no sinal de adição, ou seja, eram descendentes de Abraão e isso lhes garantia liberdade.

Ainda hoje, há milhares que creem em Jesus, mas, em seu íntimo se apegam a supostas tradições, ritos, legalismos. E Jesus, aos que creem faz uma recomendação: Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.31-32).

Jesus não está criticando os judeus que creram, nem enumera o tamanho da fé. A recomendação da permanecia em Jesus se deve justamente ao fato de que assim como passaram a crer em Cristo, correm o risco de se afastar da fé em Jesus.

Ao contar a parábola do semeador, Jesus enumerou algumas influências que podem levar ao afastamento de Jesus e da fé (Mt 13.19-22).

Corre-se o risco da incompreensão da Palavra, dos sofrimentos, perseguições, preocupações como aqui e agora, a ilusão das riquezas, sufocarem as pessoas a ponto das mesmas abandonarem a fé. Nesse sentido, Jesus recomenda: “Se vós permanecerdes na minha palavra ...

Ocupe-se da e na Palavra de Deus. Reflita, leia, peça explicação. Orientação da Palavra.

O permanecer na Palavra não é uma novidade para o povo de Deus. Desde quando foram libertados da escravidão do Egito, a partir do terceiro mês de libertação, a recomendação dado no terceiro mandamento era de que um dia da semana fosse dedicado ao estudo e reflexão na Palavra de Deus (Ex 20.8). Mas, o povo preferiu e prefere dedicar-se ao dia e não ao evento do dia que é o estudo da Palavra. Parece que o ir é mais importante que ouvir e refletir. Muitos estão no culto, mas, apenas com seus corpos. Sua mente e coração encontra-se em outro lugar.

Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.31-32).

O permanecer na Palavra recebe destaque da parte de Jesus ao ensinar sobre a oração do Pai Nosso.

Ao orar para que o nome de Deus seja santificado, Jesus ensinou a orar pelo progresso do evangelho. Ao pedir que o Reino de Deus venha, ora-se para que pregadores da Palavra de Cristo nos sejam enviados e que as pessoas creiam nessa Palavra de Cristo, afinal, ela é que liberta verdadeiramente. Ao orar, seja feita tua vontade sua vontade assim na terra como no céu, suplica-se para que tire do nosso caminho tudo o que impede de ouvir a Palavra de Deus.

Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.31-32).

O discípulo de Jesus Cristo, permanece na Palavra, conhece a verdade, está liberto por essa verdade. Você é um discípulo de Cristo?

Num tempo em que a Palavra era algo recluso das pessoas e somente o clero tinha acesso, foi preciso levantar um discípulo dentro desse clero. Mesmo que por medo e aflição, Deus tenha levado Martinho ao convento, foi o meio necessário para que sua Palavra fosse novamente proclamada e discípulos de Cristo fossem libertos pela Palavra da verdade.

Lutero teve que lutar contra toda a igreja da época e só sobreviveu por ser cativo da Palavra. A Palavra de Cristo o libertou e essa liberdade o levou a falar, escrever e agir.

503 anos depois desse evento, afirmamos que somos herdeiros da Reforma Protestante. O herdeiro da Reforma permanece na Palavra de Cristo, afinal, foi essa Palavra que desencadeou esse evento ao qual comemoramos. Foi o retorno as Escrituras que desencadeou a Reforma e é a permanência nas Escrituras que dá continuidade a Reforma.

A verdade que liberta me deixa livre para agir em favor do próximo, para ofertar, para servir e obedecer ...

A verdade que liberta é Cristo. Essa verdade só faz sentido quando conhecemos essa verdade.

A verdade, tal como escreveu o apostolo Paulo é que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23). Carecemos da glória de Deus que é Cristo. No entanto, por sermos pecadores, o inimigo nos assedia, a ponto de não mais sentir essa carência. Muitos estão convictos em sua piedade, religiosidade, tradição, costume ...

Sem a carência da glória de Deus, as pessoas vivem suas vidas aprisionadas sem se dar conta desse aprisionamento. Eu careço de libertação e essa só vem da Palavra de Cristo, que me leva a conhece-lo e assim ser liberto.

Quando ouvimos as palavras do apostolo: “todos pecaram ...” (Rm 3.23), conclui-se que de fato os outros pecaram. Eu, que vivo religiosamente sou bom e agradável a Deus. Minha suposta piedade, não me deixa sentir a carência que tenho de Cristo. Será que você ainda consegue dizer: eu pequei?

Se caso você consegue reconhecer seus sérios pecados, pois para Deus, pecado é pecado, responda-me: os acréscimos, os requisitos da lei, o deixam tranquilo? Consolado?

Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.31-32).

Diante da nossa pecaminosidade só há uma coisa que verdadeiramente nos liberta: Cristo. E como Ele mesmo disse: “eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai a não ser por mim” (Jo 14.6).

Cristo é a verdade que me liberta! E essa verdade que liberta só a recebo nas e das Escrituras. Por isso, Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.31-32).

Dessa verdade o inimigo quer nos afastar. Pedro após ser elogiado por Cristo pela sua confissão que veio do Espírito Santo, foi repreendido por Cristo, pois, Pedro quis repreender Jesus quanto a sua missão de morrer pelos pecadores (Mt 16). Essa repreensão enérgica de Jesus, fez o apostolo Pedro compreender uma coisa. E é isso que ele ensina na sua primeira carta ao dizer que o inimigo é como um leão que ruge procurando a todo instante alguém para devorar (1Pe 5.8).

O inimigo quer nos devorar, afastando as pessoas da verdade que liberta. Ele já conseguiu fazer isso com uma instituição na idade média. E como Deus levantou alguém para libertar pela verdade que é Cristo, o inimigo não satisfeito com isso, continua atacando e afastando as pessoas da verdade que é Cristo. Como o diabo realiza seu intento?

Colocando cristão contra cristão. Discórdias, rancores, mágoas, inimizades. Não sei se isso está presente nessa congregação! Mas, se está, aconselho-os, a dialogarem e se perdoarem mutuamente. As discórdias, rancores, mágoas não causa prejuízo apenas para você, mas para todo o Reino de Deus. E muitas vezes, essas coisas têm impedido as pessoas de virem e serem libertadas pela verdade que é Cristo.

Se o pecado trouxe consigo todo tipo de coisa ruim, inclusive a doença, o inimigo têm se aproveitado de doenças virais para afastar as pessoas da verdade.

Na era do on line, pregadores que afastam de Cristo estão influenciando pessoas que infelizmente têm se desviado da verdade que liberta.

O diabo têm dispersado discípulos acusando-os de seus pecados. O apostolo Paulo escreveu na carta a Timóteo que dos pecadores, era o pior (1Tm 1.15). Paulo foi cumplice de assassinatos, prendeu muitos cristãos, torturou pessoas. Imagine a luta desse apostolo contra o diabo que constantemente o acusava. Quantas vezes, eu não quis me colocar diante do altar. Acusações do diabo. Mas, ao ler e ouvir a Palavra de Deus, essa verdade me sustentou e sustenta. O apostolo João escreveu: “o verdadeiro amor (Cristo) lança fora o medo” (1Jo 4.18).

O inimigo que anda em derredor, se aproveita de qualquer fato e situação para cegar e ensurdecer a verdade que orienta, liberta e guia. O inimigo prefere a escuridão, o desconsolo e a desorientação. Cuidado! Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.31-32)

Enquanto o diabo quer manter as pessoas presas na escravidão sem Cristo, Jesus destaca que permanecer na sua Palavra, é permanecer como discípulo, conhecedor da verdade e liberto pela verdade.

Lembre-se: sem Cristo, qualquer pecado, por mais insignificante que seja, condena. Em Cristo, qualquer pecado, por pior que seja, sabe-se da salvação. Não estou dizendo que deva-se pecar estando em Cristo. Mas, o liberto pela verdade que é Cristo, mesmo quando cai, sabe onde encontrar liberdade novamente.

Enquanto que os judeus se orgulhavam da descendência abraamica, Jesus o descendente de Abraão, foi ferido para que eu descendente de Adão, não fosse ferido eternamente. Em Cristo, fui e sou liberto e não sei viver de outra maneira. Amém!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

Não creia em todo espírito (1Jo 4.1)

  27 de abril de 2024 Salmo 150; Atos 8.26-40; 1João 4.1-21; João 15.1-8 Texto: 1João 4.1-21 Tema: Não creia em todo espírito (v.1) ...