terça-feira, 29 de agosto de 2023

Tome sua cruz.

03 de setembro de 2023

Salmo 26; Jeremias 15.15-21; Romanos 12.9-21; Mateus 16.21-28

Texto: Mateus 16.21-28

Tema: Tome sua cruz.

 

Fala-se muito de fé!

Eu tenho muita fé!

Ouve-se também muito sobre a fé cristã.

Afirmam: “Isto é o poder da fé em Cristo.” Mas, o que vem a ser a fé cristã? Na leitura que antecede ao nosso texto, ouvimos Jesus dizer ao apóstolo Pedro: Não foi carne e sangue quem to revelou, mas eu Pai que está nos céus (v. 17). A fé não é obra humana. É um dom de Deus, isto é, um presente de Deus. É uma revelação, algo que alguém recebe.

Jesus havia instruído seus discípulos, e, é a primeira vez que ao perguntar pela fé, Pedro respondeu corretamente: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. O primeiro objetivo de Jesus com respeito a seus discípulos fora alcançado: Eles reconheceram que Cristo era o verdadeiro Filho de Deus. Mesmo assim, os discípulos precisavam aprender ainda muito sobre a obra redentora de Cristo. Jesus iniciou este trabalho. Assim lemos e aprendemos em Mt 16.21 suas instruções.

É necessário

Jesus não faz simplesmente uma revelação do que estava pela frente, mas mostrou a razão disso. Era necessário. Sem isto, não haveria salvação para a humanidade. O sofrer, padecer e morrer era necessário.

Estes fatos, na verdade, já foram anunciados amplamente por Moisés e os profetas, mas não compreendidos. Eles leram e liam as Escrituras diariamente no templo, mas só viam, com seus olhos carnais, as mensagens sobre a glória do Messias. Deste veneno, os discípulos também estavam embevecidos. Por isso não entenderam as palavras de João Batista: Eis o Cordeiro de Deus que tira os peados do mundo, (Jo 1.29) nem as palavras de Jesus: Uma geração má e adúltera pede um sinal: e nenhum sinal lhe será dado, senão o de Jonas (Mt 16.4) . Por isso Jesus lhes diz com palavras bem claras: É necessário... ser morto, e ressuscitar no terceiro dia (v.31).

Lemos e aprendemos em Mt 16.23 suas instruções:

Um choque

Esta notícia foi um choque violento para os discípulos. Vemos isto pela reação do apóstolo Pedro. Jesus, o Messias, o Filho do Deus vivo morrer. Impossível. Jamais. Isto causou um curto na mente dos discípulos, um black out. Como ainda hoje permanece loucura e escândalo para a razão carnal (1 Co 1.23). Este choque foi tão forte que nem se aperceberam da palavra final: E ressuscitado no terceiro dia.

Pedro toma Jesus para o lado e lhe diz: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Pedro amava Jesus. Queria o bem dele. Disse isso em profundo amor, mas segundo a mente humana. Quantas vezes nós temos agido assim nas coisas de Deus? Seguimos nossa razão e não damos a devida atenção à palavra de Deus. Jesus reprova a Pedro com veemência, ao lhe dizer: Arreda! Satanás; tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e, sim das dos homens. Jesus via nisto a ação de Satanás, valendo-se da fraqueza de Pedro, para dificultar a caminhada de Jesus para cruz. Não podemos nem imaginar o impacto que estas palavras deve ter causado sobre Pedro e os demais.

Há pouco fora considerado bem-aventurado por sua confissão e agora precisa ouvir as palavras: Arreda! Satanás.

Assim somos nós. Estamos na fé, mas temos esta fé em vasos de barro, em nossa natureza carnal, que não cogita, nem compreende as coisas de Deus. Por isso precisamos ouvir sempre lei e evangelho, repreensão e consolo.

Lemos e aprendemos em Mt 16.24 suas instruções:

Tome sua cruz

Para evitar ilusões, Jesus mostrou o que o discípulo poderia esperar por segui-lo: não glória, mas cruz. Então disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me (v.24).

Se alguém - Jesus se refere a todos os cristãos em todos os tempos, também a nós. Se alguém quer vir após mim - ninguém é forçado. É convidado. Só pela graça, isso não exclui ninguém, mas a graça é resistível. Os que seguem, são voluntários. E os que seguem precisam negar-se a si mesmos. Em que sentido?

Permitam citar uma ilustração: Quando empreendemos uma viagem, três coisas são necessárias: a) dizer adeus, b) tomar a bagagem, c) seguir firme para o alvo. É isto que Jesus mostra a seus discípulos.

a) Negar-se a si mesmo: tu precisas dizer um não, um adeus a ti mesmo, ao teu “eu” natural corrompido pelo pecado, que se opõe à Deus e à sua Palavra. Este “eu” chamamos de nosso velho homem ou velho Adão, nossa natureza carnal, nossa índole natural, o pecado original em nós, inclinado para todo o mal, cego em coisas espirituais, inimigo de Deus, de onde brotam todos os pecados: egoísmo, avareza, ciúmes, paixões mundanas, cobiça, etc. A isto temos que dizer diariamente um não, por contrição e arrependimento.

Não conseguimos por nós mesmos. Para isso precisamos da luz da palavra de Deus, pela qual o Espírito Santo nos ilumina.

b) Tome a sua cruz: quando surge a fé e o Espírito Santo vem ao coração para nos guiar, então nossa vida será dirigida pelo Espírito Santo, que nos dirige pela palavra de Deus. Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. Temos prazer na lei de Deus. Procuramos iluminar e orientar toda nossa vida pela palavra de Deus. Mas por vivermos ainda neste mundo em trevas, notaremos que precisamos lutar contra nossa própria natureza carnal, contra as tentações do mundo e as ciladas de Satanás. E, assim como os altos dirigentes da Igreja da época, nem o povo simples gostaram de ter Jesus em seu meio. Hoje o mundo zomba, repudia, despreza os cristãos. Não queremos nos retrair ou negar Jesus, antes confessá-lo por palavras e obras. Este é o ônus que temos que tomar sobre nós ao seguir a Cristo. Isto não é fácil. No palácio do Sumo sacerdote, o tão corajoso Pedro, foi tomado de medo e negou Jesus três vezes. Ele se arrependeu profundamente desse erro. Mas quem o nega persistentemente, Jesus o negará o no do juízo final. Não queremos nos envergonhar de Cristo e de sua palavra, antes confessá-la ousadamente. Que Deus Espírito Santo nos fortaleça nisto.

c) siga-me: Fielmente queremos segui-lo ao lar celestial. Aqui somos peregrinos. Queremos segui-lo em nosso lar, no trabalho, na sociedade, apegados à palavra de Deus, confessando ousadamente seu nome, mesmo que isto nos traga o desprezo do mundo, prejuízos materiais, a perda de nossos bens, da família e da vida, como cantamos: Se vierem roubar os bens, vida e o lar – que tudo se vá! Proveito não lhes dá. O céu é nossa herança (HL 165.4).

Jesus disse uma palavra surpreendente: Em verdade vos digo que alguns aqui se encontram que de maneira nenhuma passarão pela morte até que veja vir o Filho do homem no seu reino. O julgamento final começou com o julgamento do povo de Israel: a destruição do tempo e a dispersão do povo. Isto testemunhou de que Jesus é Rei dos reis, Senhor dos senhores, que está à direita do Pai e em breve virá em glória para julgar vivos e mortos. Nesta época alguns ainda estavam vivos, como o apóstolo João, por exemplo. Assim a destruição de Jerusalém é tida como o início do juízo final, que se completará com a vida de Cristo em glória, quando todos os mortos ressuscitarão, e Jesus criará novo céu e nova terra, onde habitará justiça.

Os discípulos custaram em compreender a obra redentora de Cristo. Só a compreenderam no dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo os iluminou para compreenderem os mistérios da salvação e proclamá-la ao mundo. De fato, ninguém pode dizer Senhor Jesus, com fé, na compreensão da pessoa e obra de Cristo, da justificação do pecador, se não pelo Espírito Santo.

Sejamos agradecidos a Deus por nos ter levado e conservado na fé. Sejamos fervorosos na proclamação do Evangelho, tomemos sobre nos a nossa cruz, que é por curto tempo. Eterna é a recompensa pela graça de Cristo. Amém.

                                                                                  São Leopoldo, 18/08/2008

                                                                                    Horst R. Kuchenbecker          

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Adoramos um Deus rico em misericórdia.

 27 de agosto de 2023

Salmo 138; Isaias 51.1-6; Romanos 11.33-12.8; Mateus 16.13-20

Texto: Romanos 11.33-12.8

Tema: Adoramos um Deus rico em misericórdia.

 

Como são grandes as riquezas de Deus! Como são profundos o seu conhecimento e a sua sabedoria! Quem pode explicar as suas decisões? Quem pode entender os seus planos? Como dizem as Escrituras Sagradas: “Quem pode conhecer a mente do Senhor? Quem é capaz de lhe dar conselhos? Quem já deu alguma coisa a Deus para receber dele algum pagamento?” Pois todas as coisas foram criadas por ele, e tudo existe por meio dele e para ele. Glória a Deus para sempre! Amém!

 

A carta aos Romanos, capítulo 1 até o capítulo 11, é um relato do evangelho!

Paulo adora a Deus por aquilo que Deus é.

Ele adora a Deus por causa da riqueza da sua misericórdia e por sua sabedoria.

Como são grandes as riquezas de Deus! Como são profundos o seu conhecimento e a sua sabedoria!

A riqueza de Deus – Rm 2.4; 9.23; 10.12

A sabedoria de Deus – Cristo, 1Co 1.18

Essa riqueza e sabedoria é insondável, Is 55.8; 40.13; Jó 35.7 - 41.11

Como são grandes as riquezas de Deus! Como são profundos o seu conhecimento e a sua sabedoria! Quem pode explicar as suas decisões? Quem pode entender os seus planos? Como dizem as Escrituras Sagradas: “Quem pode conhecer a mente do Senhor? Quem é capaz de lhe dar conselhos? Quem já deu alguma coisa a Deus para receber dele algum pagamento?” Pois todas as coisas foram criadas por ele, e tudo existe por meio dele e para ele. Glória a Deus para sempre! Amém!

Esse é o resumo do que sabemos sobre Deus! E nós só adoramos a quem conhecemos.

Você conhece a Deus? Já experimentou seu poder?

Esse Deus deseja nossa adoração! Rico em misericórdia que não pode ser compreendido.

Quem recebe o convite para glorificar a Deus?

Romanos 12.1: Portanto, meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus.

Misericórdia: Essa é a palavra chave dos capítulos 9 a 11 de Romanos.

Deus em Jesus tem o coração compadecido pelo nosso sofrimento e nossa dor. Por causa do coração compadecido de Deus, somos convidados a adorar a Deus de corpo e mente.

Quem recebe o convite para glorificar a Deus?

Romanos 12.2: Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele.

1) - São convidados a adorar a Deus aqueles que iniciaram a vida cristã na misericórdia de Deus;

2) - Aqueles que estão em processo de transformação;

Para ser adorado, Deus formou a sua igreja, um corpo vivo, cheio de membros e dons.

Como adoramos a Deus?

Todo dom é um presente de Deus e tem como objetivo o bem do próximo. O dom é algo peculiar que Deus te deu, para que você o sirva e o adore!

No Novo Testamento há 4 listas de dons: 1Co 12; Ef 4; Rm 12; 1Pe 4

Romanos 12.4-8.

Adorando a Deus!

Rm 12.1: nos oferecendo (culto)

Rm 12.2: Transformando-se (o que sabemos muda nossa vida e nosso agir). Essa mudança age no serviço.

Rm 12.4-8: serviço aos outros.

Rm 13: submetendo-se ao Estado (cristãos desanimaram da política).

Rm 14 e 15: Não destruir o fraco na fé.

Rm 16: Relacionamentos saudáveis

Essa adoração só é possível por causa da grande misericórdia divina

Adoramos a Deus por causa da sua misericórdia para conosco. Adoramos a Deus através dos dons que ele nos concede.

Observe:

-         Deus me transforma;

-         Me dá dons;

-         Me faz servi-lo com esses dons.

-         ... usemos os nossos diferentes dons de acordo com a graça que Deus nos deu. Se o dom que recebemos é o de anunciar a mensagem de Deus, façamos isso de acordo com a fé que temos. Se é o dom de servir, então devemos servir; se é o de ensinar, então ensinemos; se é o dom de animar os outros, então animemos. Se o dom é contribuir, que contribua generosamente. Quem tem autoridade, que use a sua autoridade com todo o cuidado. Quem ajuda os outros, que ajude com alegria.

-         7 dons – distribuídos na fala e no serviço

Adoração só é adoração quando é concreta. E para isso é usar o corpo e mudar a mente!

O culto começa internamente e se expressa externamente!

Como está a sua vida de adoração?

As verdades internas (tudo é de Deus) se revelam em atos externos (tudo é para Deus).

Testemunho

Ofertas

Envolvimento

Socorro

Adoramos um Deus rico em misericórdia. Hoje ele nos dispensa a sua misericórdia para que eu o adore!

Glória a Deus para sempre!

Amém

Edson Ronaldo Tressmann

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Deus não está distante!

 20 de agosto de 2023

Salmo 67; Isaías 56.1,6-8; Romanos 11.1-2ª,13-15,28-32; Mateus 15.21-28

Texto Base: Mateus 15.21-28

Tema: Deus não está distante!

 

Ao escrever esse sermão, no Brasil, era o quinto mês da Pandemia. Coisas que antes eram corriqueiras se tornaram distantes e sem perspectiva de retomada. Escolas Públicas, rapidamente migraram para o ensino a distância. Supermercados passaram a vender a distância via wathsap.

Você sabia que Jesus realizou durante o seu ministério duas curas a distância? Mateus 8.5-13; 15.21-18. O servo do centurião e a filha dessa mulher sírio fenícia.

Essas curas a distância não mostra apenas o poder de Deus, mas, a fé, a grande fé de duas pessoas que não eram judias.

Merece destaque o fato de Mateus, que escrevendo para judeus, relata esses dois episódios em que o próprio Jesus Cristo elogiou a fé dessas pessoas.

Antes da Pandemia, a sociedade já vivia certo distanciamento decorrente do individualismo, na pandemia o distanciamento se deu pelo medo.

Nesses cinco meses de pandemia, fui infectado pelo vírus SARS-COV. O pior dessa doença é o isolamento e o distanciamento de quem se ama. É um isolamento forçado. O doente e os sãos não querem, mas, a doença obriga.

A mulher sírio fenícia vivia certo isolamento por parte dos judeus. Por ser mulher, jamais receberia a atenção de um rabino judeu. Os discípulos estavam incomodados com sua gritaria e queriam que Jesus a atendesse logo. Ela jamais poderia ter se aproximado chamando Jesus de “Senhor, filho de Davi” (Mt 15.22).

Havia muitos empecilhos que isolavam os judeus dos gentios. E, como a fama de Jesus se espalhou, aquela mulher só tinha uma alternativa, ir ao encontro de Jesus para buscar socorro para sua filha. As barreiras e obstáculos humanos poderiam impedi-la de achar graça diante de Deus, mas, nada supera a fé, “a certeza de coisas que não se veem” (Hb 11.1).

A fé cegou seus olhos para as barreiras e os obstáculos e abriu seus olhos e sua boca persistente.

Jesus conhecia a fé dessa mulher. O suposto silêncio e as supostas palavras duras de Jesus foram justamente para leva-la a confissão, e ouso dizer, uma das mais belas confissões de fé registradas na Bíblia.

Uma mulher gentia que parecia distante de Deus e que não merecia da atenção e misericórdia de Deus, afinal, não observava a lei e não fazia parte do povo de Deus. No entanto, havia nela algo que a aproximava de Deus: fé em Jesus! Ela, justamente ela, se aproximou exclamando o que muitos judeus ignoravam: “Senhor, filho de Davi” (Mt 15.22). Em outras palavras, você é o prometido de Deus.

Nessa fé, a mulher suplicou, suplicou e confessou!

Enquanto os judeus tratavam os gentios como “cães” e os consideravam impuros, Jesus deu lhe a oportunidade de confessar com sua boca o que tinha em seu coração. Assim, ao citar o exemplo do “cachorrinho,” Jesus Cristo não está falando de um animal imundo, de rua, assim como os judeus, mas de um cachorrinho de estimação. A mulher ao compreender pela fé o recado de Jesus, disse: Senhor, filho de Davi, prometido de Deus. É verdade que como gentia eu não posso me assentar à mesa para comer o pão, mas, como um cachorrinho de estimação me alimento das migalhas que me satisfazem.

Quão grande é a sua fé!

Essa frase contrasta ao episódio ocorrido anteriormente, onde Jesus caminha sobre as águas e Pedro vacila e é repreendido por Jesus como sendo “homem de pequena fé” (Mt 14.31).

Muitas pessoas sentem-se isoladas e distantes de Deus por dizerem que tem uma fé pequena. Não importa o tamanho da fé se é que podemos dizer assim. Toda fé, mesmo que seja uma fagulha, me aproxima de Deus e me dá a salvação.

Deus tomou e toma a iniciativa para me aproximar dEle. Por isso, deixou-nos a Pregação e o Batismo. Pelo poder do Espírito Santo, Deus nos presenteia com a fé (Ef 2.8). Essa fé vai sendo alimentada, para que possamos enfrentar as armadilhas do nosso inimigo e sobressair-se diante das provações. Aqui a fé precisa estar firme. Afinal, se estivermos fracos na fé, qualquer alternativa que nos for dada, será uma âncora que nos conduzirá para mais fundo ainda.

Jesus alertou sobre o perigo que corremos. Ele nos convidou a confiar nEle acima de todas as coisas (Primeiro Mandamento). Muitas são as situações diárias que podem nos afastar da fé e nos fazer tomar o nome de Deus em vão (Segundo Mandamento).

Pelo batismo fui tornado filho e filha de Deus. O Espírito Santo me presenteou com a fé. Aproximou-me de Deus. No entanto, é preciso relembrar a rodovia de mão dupla que Jesus nos disse para seguir: “batizando-os e ensinando-os” (Mt 28.19-20).

Ambos, batismo e Pregação, ensino, nos dão a fé. Mas, o ensino, a pregação, nos faz permanecer na fé e firmar nossa fé. A pregação, o ensino, é alimento para a fé que enfrenta os mais variados ataques durante a semana. Deus disse: “Vocês têm seis dias para trabalhar, porém não trabalhem no sétimo dia, nem mesmo no tempo de arar ou de fazer a colheita” (Ex 34.21; Lv 23.3; Dt 5.13-14).

Nesses dias de isolamento deparei-me com algumas anotações de uma oração escrita por minha esposa. Ela registrou a data da oração (27/11/2016). Havíamos perdido o primeiro filho e, ela muito abalada ainda confiante, escreveu: uma carta para Jesus.

Peço meu Deus, esteja me ouvindo. O Senhor sabe o meu maior desejo. Realiza meu sonho e me dê o maior de todos os presentes. Deixe eu colocar mais um nome em minha família. Eu e meu esposo agradecemos. Mostre-me o sinal que tanto preciso. Obrigado Pai por tudo. Amém!

Veio outra gravidez e mais um aborto retido. Outra gravidez, outro aborto retido. E por fim, a Maria Clara.

Querido irmão e irmã em Jesus! Sabe aquele aparente silêncio de Deus? Quando Deus parece demorar atender e antes de atender, permite e até fala coisas que incomodam. Então! Tudo isso é para nos levar a suplica e a confissão. Jesus não está distante. Ele prometeu estar conosco todos os dias, até o fim dos tempos! (Mt 28.20). Amém!

ERT

Edson Ronaldo TREssmann

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Cuidado com a rejeição a Palavra de Deus!

 13 de agosto de 2023

Salmo 18.1-6; Jó 38.4-18; Romanos 10.5-17; Mateus 14.22-33

Texto: Romanos 10.9

Tema: Cuidado com a rejeição a Palavra de Deus!

 

Não há nada pior que a rejeição!

Pais rejeitam filhos. Filhos rejeitam seus pais. Sentir-se rejeitado é a pior situação que alguém pode viver.

Rejeição é o tema de Romanos 10.

O povo de Israel rejeitou a graça salvadora de Deus em Cristo Jesus. O apostolo João escreveu: “veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1.11).

Israel, o povo de Deus, a quem foram enviados os profetas que anunciaram a vinda do Messias, mas, quando veio, seu povo o rejeitou.

Ao escrever a carta aos Romanos, o apostolo Paulo escreve 3 aspectos da rejeição por parte de Israel.

Romanos 10.1-13: os motivos da rejeição

Romanos 10.14-17: a solução para essa rejeição

Romanos 10.18-21: os resultados da sua rejeição

O que leva alguém rejeitar outra pessoa?

São vários os motivos que levam alguém rejeitar outra pessoa, um presente, uma ajuda.

Mas, o que levou o povo de Israel rejeitar a justiça de Deus em Cristo?

Os versos 1 ao 13 do capítulo 10 de Romanos mostram que Israel rejeitou o Messias por 4 razões:

1 – não sentiam necessidade da salvação;

2 – possuíam grande zelo por Deus a ponto de torna-los fanáticos;

3 – orgulho e hipocrisia;

4 – interpretavam incorretamente sua própria lei;

Alguma dessas razões são motivos atuais para que muitos rejeitem a graça de Deus em Jesus. Quantas pessoas não se julgam pecadoras e rejeitam a salvação? Outras, que estão presas ao fanatismo religioso e assim, se tornam orgulhosas e hipócritas e interpretam a lei para exaltar a si mesmo e rejeitar os outros?

Os israelitas estavam presos a justiça da lei, a qual nenhum ser humano consegue cumprir (Rm 3.10,12; Sl 14.3; 53.3; Ez 17.9; Mq 7.2; Ec 7.20; ...). E se exaltavam a ponto de se tornarem zelosos o que levava os mesmos a rejeitarem as pessoas que não conheciam a lei de Deus e que não as cumpriam. Seu orgulho os levou a rejeitar o próprio Cristo que veio para resgatar os pecadores, e nunca se esqueçam, “de todos os pecadores eu sou o pior” (1Tm 1.15), e se vocês conhecessem os meus pecados, me odiariam e rejeitariam. E Deus, em seu Filho Jesus, mesmo sendo eu pecador, o qual faz com que pessoas me rejeitem, não me rejeitou e nem me rejeita. Pelo contrário veio ao meu encontro.

E ao falar sobre o encontro de Deus em Jesus para salvar, eis que Paulo escreve aos Romanos o segundo aspecto diante da rejeição.

Quando jovem, quando se queria conquistar uma pessoa, fazia-se de tudo para ser notado e não ser rejeitado pela sua pretendente. Assim, buscava saber o que a pessoa gostava para possivelmente fazer algo que fosse aceito e não rejeitado. Ninguém gosta de ser rejeitado, nem Deus. Afinal, o único pecado para o qual não há perdão da parte de Deus é a rejeição a graça divina, o pecado contra o Espírito Santo.

Deus não quer ser rejeitado, por esse motivo, destaca que só há um meio pelo qual o ser humano não seja rejeitado por Deus eternamente: crer em Jesus! Mas, não creio por minha própria força ou razão.

Por esse motivo, Deus nos oferece e dá a solução para crer! Ouvir a Palavra de Deus, ela produz a fé que dá a salvação! (Rm 10.17).

E para que essa Palavra de Deus seja ouvida pelas pessoas para que creiam e sejam salvas, Deus envia seus arautos, seus jornalistas.

O apostolo Paulo que tornou-se um fanático perseguidor da igreja por causa do seu zelo a lei de Deus (Fp 3), atingido pela Palavra de Deus que disse que ele era perseguidor e não cumpridor da lei de Deus, tornou-se um dos maiores arautos de Cristo.

E aos Romanos cita o profeta Isaías 52.7 e Naum 1.15. Parece estranho citar Naum. Afinal, a mensagem desse profeta é sobre a destruição de Nínive. Deus foi paciente com Nínive. 150 anos antes de Naum, Jonas foi enviado a essa cidade. Mas, por terem abandonado o Senhor, agora chegou o momento do julgamento e essa notícia, boa nova para os judeus que os tinham como inimigos, tornou os pés de Naum formosos.

O profeta Isaías anuncia que os pés formosos eram e são daqueles que anunciaram e anunciam a derrota dos inimigos do povo de Israel e que o Messias reinava em Jerusalém.

Pés formosos têm aqueles que anunciam ainda hoje a salvação oferecida por Deus em Jesus e concedida através da pregação.

Para não ser rejeitado, a pessoa faz qualquer coisa. Deus, para não ser rejeitado continua enviando mensageiros que proclamem a sua Palavra para que as pessoas creiam e assim sejam salvas.

Mas, mesmo que a Palavra seja pregada, Paulo ao citar Isaias (53.1) destaca que no tempo em que o profeta Isaías pregou o povo não creu na Palavra de Deus.

A fé, meio pelo qual Deus concede a salvação, não é escolha ou decisão humana, mas obra de Deus pela sua Palavra. Por isso envia pregadores e deseja que sua Palavra anunciada por esses arautos seja ouvida.

As portas estão escancaradas para a pregação do evangelho. Nunca a igreja se ocupou tanto em transmitir a Palavra de Deus pelas redes sociais como têm feito nesse tempo de pandemia.

A igreja como um todo está sendo o jornal vivo de Deus, transmitindo a mensagem da boa nova da salvação em Cristo Jesus. Afinal, o que salva é a fé em Jesus Cristo, e essa fé faltava para os judeus presos a lei. Essa fé falta para muitos em nossos dias, por isso, nós que recebemos a fé pela Palavra de Deus somos os enviados para confessar que Jesus é Senhor e assim pela Palavra, pessoas venham a crer e serem salvas. Amém!

ERT

Edson Ronaldo TREssmann

Não creia em todo espírito (1Jo 4.1)

  27 de abril de 2024 Salmo 150; Atos 8.26-40; 1João 4.1-21; João 15.1-8 Texto: 1João 4.1-21 Tema: Não creia em todo espírito (v.1) ...