segunda-feira, 25 de junho de 2018

Contribuição cristã


01 de julho de 2018

6º Domingo após Pentecostes

Sl 30; Lm 3.22-33; 2Co 8.1-9,13-15; Mc 5.21-43

Tema: Contribuição cristã!


É preciso reconhecer que dentro da IELB há duas realidades bem opostas e que podem ser usadas como exemplo quando o assunto é contribuição cristã. Por um lado temos congregações que desenvolveram uma mentalidade de auto dependência alheia. Congregações que apenas pedem .... É como se todos precisassem sustentar aquela congregação por que a mesma prega a Palavra. O que você pensa sobre isso?
Por outro lado, temos congregações riquíssimas. Congregações estruturadas, com as contas em dia, dinheiro na conta bancária e sem nenhum projeto para a congregação. Vivem com a mentalidade de que estão apenas guardando o dinheiro para a época das vacas magras. O que você pensa sobre essa situação?
É um assunto delicado, e poucos parecem ter coragem, ou até mesmo, ousadia em falar sobre o mesmo. No entanto, diante dessas duas realidades, é preciso falar sobre contribuição cristã.

Antes de estudar um dos grandes exemplos de contribuição cristã, é preciso destacar que a contribuição cristã inadequada é devida, em primeiro lugar, à falta de vigor espiritual. O sustento da igreja precisa estar enraizado na vida espiritual do cristão. Outro motivo para a falta e carência da contribuição cristã é a insistência apenas com foco no aspecto financeiro. Não precisamos de dinheiro apenas para nos manter, mas para evangelizar, pois a evangelização é o sangue que corre pelas veias da igreja. Na busca de manutenção tem levado muitas congregações a dar pouca atenção a evangelização. O sustento próprio tem assombrado de tal modo outras atividades, que a ajuda ao pobre, o serviço social, o esforço missionário externo e a evangelização local são vistos com desfavor e desgosto.

contribuição cristã é de ordem espiritual e precisa ser dialogado com seriedade que o mesmo merece. Por isso, há três fundamentos sobre os quais a Escritura abordam e estimulam a contribuição cristãPrimeiro: Deus, o possuidor de tudo (Sl 24.1; Sl 50.10-12; 1Cr 29.11,12,14; 29.16); Segundo: Deus, o doador de tudo (Sl 104.27-29; Gn 4; At 14.17; 17.28; Dt 16.9,10,12; Lv 23.10; Terceiro: Deus, o redentor de todos (2Co 8.9; 9.15).

Falar sobre contribuição cristã é apontar para o Deus criador e preservador desse mundo; é apontar para o Deus doador de todas as boas dádivas; é apontar para nosso Redentor. Falar sobre contribuição cristã é concluir que tudo que somos e temos, o somos e temos por causa de Deus.

Falar sobre contribuição cristã não é destacar pobreza ou riqueza, é falar sobre fé e senso de responsabilidade. contribuição cristã é um assunto de ordem espiritual.

Entre os muitos assuntos, Jesus forma muita clara e completa, ensinou sobre dinheiro. É possível observar esse ensino nas seguintes passagens (Lc 12.16-21; 16.1-13; 16.19-31; 16.32-34; Mc 10. 17-22; Mt 13.22; Jo 12.4-6). Além do ensino de Jesus, é possível analisar que tato no Antigo Testamento como no Novo há exemplos de contribuição dignas de nota.

Caim e Abel (Gênesis 4:2-4); Abraão (Gênesis 14:20; Hebreus 7:4); Os Israelitas e a Obra do Santuário (Êxodo 36:2-7); Os Israelitas e a Construção do Templo (1 Crônicas 29:1-14); Zaqueu (Lucas 19:1-8); O fariseu da parábola (Lucas 18:9-14); A Viúva Pobre (Marcos 12:14-44); A Igreja Primitiva de Jerusalém (Atos 2:4445); As Igrejas Gentílicas (Atos 11:27-30). E, conforme a pericope desse final de semana, o exemplo das igrejas da Macedônia (2Co 8 -9).

Os capítulos 8 e 9 da segunda epístola aos Coríntios são capítulos bíblicos clássicos sobre a Contribuição Cristã. Nesses capítulos o apostolo Paulo traz primeiramente perante à igreja de Corinto o exemplo das igrejas da Macedônia, e depois recomenda a causa dos pobres de Jerusalém com seus próprios e persuasivos argumentos. Estudaremos esses capítulos para tirar os princípios que o apostolo Paulo lança sobre este assunto.

Tema: A bênção da contribuição.

1 - Contribuir é Graça

Irmãos, queremos que vocês saibam o que a graça de Deus tem feito nas igrejas da província da Macedônia”.

A disposição de contribuir e de maneira voluntária, é graça divina. É dom operado pelo Espírito de Deus no coração humano. Assim, contribuir, está intimamente ligado com o estado de vida espiritual. Onde há contribuição generosa, vê-se Deus e sua obra. Nessa atitude se vê e reconhece a ação do Espírito Santo. Onde falta contribuição generosa, é preciso deplorar, pois se há contribuição inadequada, falta vida espiritual. Contribuir generosamente e voluntariamente é o sinal da nova vida. É a evidência da obra graciosa de Deus nos corações humanos.

A palavra "graça" (2Co 8.1-15) ocorre seis vezes, associada com a contribuição. Graça é o favor divino contrário ao merecimento humano. Não merecemos nada de Deus, ele oferece e dá por amor e misericórdia.

2 - Aflição não é obstáculo para contribuição

Os irmãos dali têm sido muito provados pelas aflições por que têm passado. Mas a alegria deles foi tanta, que, embora sendo muito pobres, eles deram ofertas com grande generosidade” (2Co 8.2).

As igrejas da Macedônia contribuíram generosamente e voluntariamente, mesmo após terem passado por fortes aflições, ou seja, desilusões que poderiam ter destroçado a vida deles (At 16.20; Fp 1.28-29; 1Ts 1.6; 2.14; 3.3-9). A alegria deles em conhecer o evangelho foi tão grande que ofertaram.

Toda pessoa, ao conhecer a graça de Deus em Cristo, passa a sofrer opressão, perseguição e aflição. No entanto, essas situações não interrompem a relação com Deus – e não deveriam interferir em nossa contribuição.

Historiadores relatam que quase toda a Grécia nesse período estava enfrentando uma terrível condição de pobreza e opressão. Sem dúvida que havia também pessoas ricas nesse período. Lidia, a primeira convertida ao evangelho na Europa, a terrível situação da Grécia, não a fez deixar de ser generosa em sua contribuição. Lidia, sendo rica, não sofreu com a tentação do rico (ou seja, economiza para fazer um bom negócio).

Falar sobre contribuição cristã não é destacar pobreza ou riqueza, é falar sobre fé e senso de responsabilidade. Muitas pessoas dizem que sua falha na contribuição é a situação financeira, ou sua pobreza, mas, se querem ouvir a opinião bíblica sobre essa desculpa, leia o relato da viúva pobre (Mc 12.41-44).

Não importa a situação, a graça de Deus permite que a pessoa por mais pobre que seja participe da bênção da contribuição. Os Macedônios descobriram o quanto eram ricos na graça de Deus, e por terem esse tesouro, contribuíram generosamente.

3 – Quanto contribuir! (2Co 8.3)

Afirmo a vocês que eles fizeram tudo o que podiam e mais ainda. E, com toda a boa vontade,” (2Co 8.3).

Não há um valor determinado para a contribuição. O exemplo dos Macedônios mostra que os mesmos ofertaram não de maneira arbitraria, fixada pelas autoridades da Igreja. Cada um “fez tudo o que podia e mais ainda. E, com toda a boa vontade,” (2Co 8.3).
A contribuição deve representar uma proporção da renda, mas quem fixa esta proporção é o contribuinte e não outros. Uma taxação invariável sobre cada família é contrária a este princípio. Cada indivíduo ou chefe de família dará segundo Deus o tenha feito prosperar (Dt 16.17).

Os macedônios deram “tudo o que podiam e mais ainda”.

A pobreza, a dificuldade que passavam, as provações, nada os deteve na solidariedade da contribuição. O exemplo vinha de Jesus (2Co8.9).

4 – A contribuição deve ser espontânea e voluntária (2Co 8.3-4)

... pediram com insistência que os deixássemos participar da ajuda para o povo de Deus da Judeia e eles insistiram nisso. E fizeram muito mais do que esperávamos. Primeiro, eles deram a si mesmos ao Senhor e depois, pela vontade de Deus, eles se deram a nós também” (2Co 8.3-4).

Qualquer taxa ou proporção para a contribuição cristã, segundo este texto bíblico, é contrário à Escritura. Por que? É preciso fazer as pessoas ofertarem, então qualquer medida é justificável?

Taxação ou proporção afastam a espontaneidade das dádivas.

A taxação ou proporção impede que as pessoas aprendam e compreendam que a contribuição verdadeiramente bíblica é a voluntária.

... pediram com insistência que os deixássemos participar da ajuda para o povo de Deus da Judeia e eles insistiram nisso...” (2Co 8.4)

Os macedônios queriam e pediram para contribuir. Incrível! Não foi imposto. Foi voluntário!
Eles levaram as ofertas e pediram que as mesmas fossem aceitas. Afinal, eles entenderam que pelas suas ofertas participavam do ministério. Ministério da reconciliação (2Co 5.18-21).

Só para ilustrar a oferta voluntária quero lhes lembrar um fato. Quem disse que é preciso ter envelopes e o nome dos ofertantes? Se não houvesse os envelopes e o nome do controle da tesouraria, você ofertaria? A oferta voluntária é a oferta feita não com objetivo pessoal, mas gratidão a Deus. E a iniciativa para essa gratidão precisa ser voluntária.

5 – Contribuir é ser parceiro na missão de Deus (2Co 8.4)

“...pediram com insistência que os deixássemos participar da ajuda para o povo de Deus da Judeia e eles insistiram nisso” (2Co 8.4).
Paulo escreve que os macedônios pediram para “...participar da ajuda para o povo de Deus” (2Co 8.4).

Se falarmos de oferta apenas para manter a igreja, estaremos cometendo um erro. Afinal, ofertar, contribuir, é também ajudar o povo de Deus.

Nossas igrejas hoje, podem ser parceiras na missão de Deus. Ofertando para assistência aos cristãos pobres, na provisão do culto, na construção de templos, na manutenção do ministério, na pregação do Evangelho, na impressão e distribuição das Sagradas Escrituras, ... Meu sonho é que as congregações ricas, com abundância em sua conta bancária, usem cerca de 10% para apoiar outras congregações. Essa iniciativa faria com que o trabalho da igreja se expandisse mais e mais.

6 - Consagração a Deus Precede a Contribuição (2Co 8.5)

E fizeram muito mais do que esperávamos. Primeiro, eles deram a si mesmos ao Senhor e depois, pela vontade de Deus, eles se deram a nós também” (2Co 8.5)

Pela oferta voluntária e generosa, os cristãos macedônios aproveitaram a oportunidade de se dedicar à Deus. Por causa daquilo que Deus fez a eles em Cristo, os comprando e os enriquecendo, a mente e a decisão deles estava voltada toda para Deus. Assim, pela vontade de Deus, eles ofertaram voluntariamente.

Querido irmão e irmã em Jesus!

A oferta não é um momento de exibicionismo no sentido de bons e maus ofertantes de acordo com o valor. A verdadeira contribuição à Deus é aquela feita voluntariamente e com coração agradecido.

A bênção da contribuição.

7 – A contribuição é um serviço especial de amor!

De modo que pedimos a Tito, que começou a recolher essas ofertas, que continuasse e ajudasse vocês a completarem esse serviço especial de amor. Vocês mostram que, em tudo, são mais ricos do que os outros: na fé, na palavra, no conhecimento, na vontade de ajudar os outros e no nosso amor por vocês. E nesse novo serviço de amor queremos também que façam mais do que os outros” (2Co 8.6-7).

Colocar à disposição de outros o que recebemos de Deus é um serviço especial de amor.

Contribuição é graça cristã. Assim, quanto mais graça, mais crescem as contribuições. Não há como crescer na contribuição cristã, sem crescer na graça.

As famosas campanhas de arrecadação só surtirão efeito de acordo com a vontade de Deus, quando a graça for proclamada e quando a mesma frutifica. É preciso crescer na graça, crescer na contribuição, pois há muito para a igreja realizar na missão de Deus.

Querido irmão e irmã em Jesus!

A graça de Deus em Jesus não só me leva para o céu, mas também transforma a minha avareza em generosidade.

Destaco a frase de um bispo anglicano Azariah que trabalhou em Dornakal, na Índia, “arrependimento, fé, conversão, sinceridade e amor são imperfeitos enquanto não chegarem até ao fundo da bolsa, do bolso, da carteira”. A graça se revela aos olhos do mundo pela nossa contribuição.

Ser contribuinte generoso e voluntário é uma marca de um seguidor de Cristo.

A bênção da contribuição.

8 – Contribuição como exemplo a ser seguido.

Não estou querendo mandar em vocês. O que eu estou querendo é que conheçam o entusiasmo com que as igrejas da Macedônia deram ofertas, para que assim vocês vejam se o amor de vocês é verdadeiro ou não” (2Co 8.8)

É preciso recomendar que a contribuição cristã só deve ser incentivada de acordo com as páginas das Escrituras e pelo exemplo de outros cristãos. A oferta é voluntária e livre, sem imposição de qualquer que seja a autoridade eclesiástica.

A bênção da contribuição.

9 – Contribuição que provém de uma fonte inesgotável de riqueza. (2Co 8.9).

Porque vocês já conhecem o grande amor do nosso Senhor Jesus Cristo: ele era rico, mas, por amor a vocês, ele se tornou pobre a fim de que vocês se tornassem ricos por meio da pobreza dele” (2Co 8.9).

Falar sobre contribuição cristã é apontar para o Deus criador e preservador desse mundo; é apontar para o Deus doador de todas as boas dádivas; é apontar para nosso Redentor.

Muitas pessoas cristãs não querem mais que s fale sobre oferta. O motivo é porque muitos tem se apoiado apenas certos textos do antigo testamento. A contribuição cristã tem como fundamento a obra de Cristo na cruz. “Porque vocês já conhecem o grande amor do nosso Senhor Jesus Cristo: ele era rico, mas, por amor a vocês, ele se tornou pobre a fim de que vocês se tornassem ricos por meio da pobreza dele” (2Co 8.9).

A contribuição apresenta a minha riqueza, não material, mas, a riqueza da fé.

A bênção da contribuição.

10 – O ministro de Cristo habilita os cristãos para que contribuam. (2Co 8.10-12)

Minha opinião sobre o assunto é esta: é melhor para vocês que terminem agora o que começaram no ano passado. Vocês foram os primeiros não somente a ajudar, mas também a querer ajudar. Portanto, continuem e completem o trabalho. Façam isso com o mesmo entusiasmo que tiveram no princípio, dando de acordo com o que têm. Porque, se alguém quer dar, Deus aceita a oferta conforme o que a pessoa tem. Deus não pede o que a pessoa não tem” (2Co 8.10-12).

Ao falar sobre contribuição cristã, o apostolo Paulo fala que a mesma é um dos meios pelos quais os discípulos podem continuar o bom trabalho de Deus.
Tito foi enviado especialmente para ajudar aos cristãos Macedônios neste assunto (v.6). Agora Paulo recomenda que os cristãos cumpram com o que haviam prometido antes.

Por mais que haja críticas, é, pois, perfeitamente legítimo que ministros descubram meios fáceis pelos quais o povo possa fazer suas ofertas e lhes providenciem facilidades para contribuir em ocasiões propícias: ofertas por ocasião das colheitas para os que lidam com a agricultura; arrecadações semanais ou mesmo diária de tarefeiros; oportunidades para ofertas mensais para os mensalistas — tudo é aceitável.
11 – Contribuir é agir solidariamente.

Não estou querendo aliviar os outros e pôr um peso sobre vocês. Já que agora vocês têm bastante, é justo que ajudem os que estão necessitados. Em alguma outra ocasião, se vocês precisarem, e eles tiverem bastante, aí eles poderão ajudá-los. Assim todos são tratados com igualdade (2Co 8.13-14)

O cristianismo lança sobre os cristãos o sagrado dever da solidariedade em prol dos necessitados.

Ser solidário é ir em auxílio da pessoa quando a mesma necessita de apoio e ajuda. Não importa se sua ajuda é insignificante ou não. O que importa é ir ao encontro da pessoa.

Paulo escreve aos coríntios, dizendo que no presente momento, a abundância deles, deve suprir as necessidades dos irmãos na fé da Judéia.

Querido irmão e irmã Jesus!

Sua congregação está abastada financeiramente nesse momento? Que tal aceitar o desafio de auxiliar financeiramente uma congregação necessitada?

Àqueles que têm sido abençoados com posses terrenas devem considerar privilégio seu, o distribuir com outros irmãos que estão oprimidos e passando necessidades.

Àquelas que recebem auxílio financeiro, é justo que retribuam em termos de valores espirituais, tais como: orações, partilha dos dons espirituais, ....

Lembre-se: há grandes recompensas em que outros tenham comunhão generosa em nossos bens terrenos, (v.15).

Querido irmão e irmã em Jesus, quando você contribui generosamente e voluntariamente, “Vocês mostram que, em tudo, são mais ricos do que os outros: na fé, na palavra, no conhecimento, na vontade de ajudar os outros e no nosso amor por vocês. E nesse novo serviço de amor queremos também que façam mais do que os outros” (2Co 8.7). Amém!

Edson Ronaldo TREssmann

Fonte Bibliográfica:

AZARIAH, VEDANAYAGAM SAMUEL. Bispo anglicano em Dornakal, na Índia. Tradução de Luiz A. Caruso. 2ª Edição 1968, Imprensa Metodista — São Paulo — SP.



segunda-feira, 18 de junho de 2018

Pastor, ministro e servo da igreja, se apresenta nas muitas situações como servos de Deus (2Co6.4)

Data: 24/06/2018
Texto: 2Corintios 6.1-13 
Tema: Pastor, ministro e servo da igreja, se apresenta nas muitas situações como servos de Deus (2Co6.4)
1 – Enfrentando pressões internas;
2 – Enfrentando pressões externas;
3 – Capacidade à enfrentar as pressões;
4 – Paradoxos que conflitam entre si;

No capítulo 5.18-21, o apostolo Paulo escreveu sobre o ministério da reconciliação. A reconciliação entre o ser humano e Deus. No entanto, um reconciliação buscada e realizada pelo ofendido, ou seja por Deus. Deus em Jesus reconciliou o homem consigo. É bela a descrição do ministério da reconciliação. Deus em Jesus, resolveu a maior tragédia humana. Esse é o puro evangelho – Deus busca o homem. Na religião e religiosidade – o homem busca a Deus. E nessa busca por Deus, o homem pegam atalhos, mediadores e intercessores. O mundo esqueceu-se de que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo (2Co 5.19).
Por 114 anos a IELB (Igreja Evangélica Luterana do Brasil) transmite a mensagem da graça, da justificação em terras brasileiras. Nossa principal missão é proclamar a salvação gratuita em Cristo Jesus. Proclamamos que em Jesus somos reconciliados com Deus. A justificação é a declaração de Deus de que todo aquele que está em Cristo não deve mais nada.
E o maravilhoso é que todos nós, pastores, leigos, servas, crianças, temos o ministério da reconciliação. Somos embaixadores de Cristo nesse mundo.
Há três perigos ante o ministério da reconciliação (2Co 6.1-3). O perigo de receber em vão a graça de Deus, ou seja, receber a mensagem da reconciliação de Deus em Jesus como sendo destituída de verdade. O perigo de desprezar a pregação, não aproveitando a oportunidade de ouvi-la. E também há o perigo de censurar o evangelho através de escanda-los.
Ao escrever aos coríntios, o apostolo disse que Deus o habilitou para ser ministro de uma nova aliança (2Co 3.6). Além de ter lhe dado o ministério da reconciliação (2Co 5.18), confiou a ele a palavra da reconciliação (2Co 5.19). Todo esse ministério da justiça de Deus é sublime e glorioso (2Co 3.9). Desse ministério de Deus, o apostolo era embaixador (2Co 5.20).
Nesse contexto, Paulo escreve aos coríntios nesse capítulo (2Co 6.1-13), sobre as muitas situações que enfrentou, mas em meio a essas tempestades (assim que João Crisóstomo chama essa perícope) a mensagem do evangelho da reconciliação chegou aos coríntios.
Enquanto que os coríntios desprezavam o embaixador e a mensagem que o mesmo trazia, o apostolo aproveitou todos as provações (2Co 5.4-5), tempestades (2Co 5.8-10), paradoxos (2Co 5.10-13) e situações de amor (2Co 5.11-13), para transmitir a mensagem da reconciliação. Afinal, Paulo diz: “E nós, na qualidade de cooperadores com ele, ...” (2Co 6.1).
O apostolo sabe que todas as coisas são benéficas, até mesmo o sofrimento e as rejeições, pois tudo contribui para que a mensagem da reconciliação seja anunciada. Deus nos dá a honra se colaborarmos como seus embaixadores nesse mundo. Afinal, “todas as coisas fazem parte daquilo que Deus quer para nós” (1Ts 3.2). E para os coríntios Deus desejava os atender e socorrer com a salvação.
Mas, enquanto isso, os coríntios estavam esvaziando a mensagem da graça, fazendo com que se essa mensagem não tivesse valor, por causa do vaso (2Co 4.7), Paulo.
Paulo, precisou falar dele, não porque queria, “pois proclamava a Cristo como Senhor” (2Co 4.5), no entanto as circunstâncias o obrigou a falar dele mesmo. E nessa pericope (2Co 6.1-13) relata episódios, características que o ajudaram a ser o colaborador para que a mensagem do evangelho chegasse aos coríntios e muitos outros. Tanto que Paulo sabe que o que está em jogo não é a sua pessoa, mas a mensagem do evangelho. O problema não é Paulo, pois ele não censurou, ou seja, não criou dúvidas quanto ao evangelho, ele não tirou ninguém do caminho de Cristo (escanda-lo). O problema era dos coríntios que não estavam aceitando a mensagem do evangelho por não aceitarem os sofrimentos e tribulações que Paulo enfrentou (2Co 11.23-30). E por mais que fosse rejeitado, ele se recomenda aos coríntios como seu pastor e apostolo.
Todos os sofrimentos e tribulações foram oportunidades divinas para que o evangelho fosse anunciado através do cooperador na missão de Deus.
Assim como os israelitas não estavam entendendo que Deus estava agindo na história para salvar (2Co 6.2; Is 49.8), os coríntios não entendiam que Deus tivesse como embaixador e colaborar alguém como Paulo. Se para os coríntios, o apostolo Paulo não era recomendável por causa dos sofrimentos e tribulações, o apostolo disse que “em tudo mostramos que somos servos de Deus” (2Co 6.4), ou seja, ele só atende e executa os pedidos do seu Senhor Jesus Cristo. E por isso, mesmo que os coríntios estejam recebendo a graça de Deus como sendo sem valor por causa dos acontecimentos na vida de Paulo, o apostolo passa a enumerar as situações e ressaltar a ação de Deus em todas elas.
Ao escrever: “em tudo mostramos que somos servos de Deus” (2Co 6.4), “suportando com muita paciência ...” (2Co 6.4).
Paciência (hupomone): não há uma palavra na língua portuguesa capaz de expressar toda a plenitude do seu significado. Descreve uma planta capaz de sobreviver em circunstâncias severas e desfavoráveis. Relacionada com as aflições significa habilidade de suportar as situações de uma maneira profunda sabendo para onde está sendo conduzido. João Crisóstomo (347 – 407) ao falar sobre essa palavra, ressaltou que essa paciência é como um fruto que nunca se seca, uma fortaleza que não pode ser invadida, um porto que não conhece tormentas. É manter-se calmo em meio a uma forte tempestade. Nem a violência dos homens, nem os poderes do diabo podem lesá-la.
Ao escrever aos coríntios “em tudo mostramos que somos servos de Deus, suportando com muita paciência ...” (2Co 6.4), o apostolo enumera que diante de todos os tipos de pressões, saia de cada uma delas com um sorriso no rosto. Não ficou reclamando dos sofrimentos e tribulações, ao contrário, sabia que “todas essas coisas” (Rm 8.28) eram oportunidades para que Deus fosse glorificado. Paulo diz que não se perde pelo sofrimento e tribulação, pois mantém-se focado no alvo final (2Co 4.7 ss). Enquanto os coríntios insistissem em ver só a tribulação e o sofrimento, a graça de Deus, passaria despercebida.
Ao escrever aos coríntios “em tudo mostramos que somos servos de Deus, suportando com muita paciência as aflições ...” (2Co 6.4). a paciência é ressaltada, pois, não eram quaisquer aflições. O termo grego Thlipsis são as desilusões que podem destroçar a vida.
Ao escrever aos coríntios “em tudo mostramos que somos servos de Deus, suportando com muita paciência as aflições, os sofrimentos ...” (2Co 6.4), ou angústias (stenochoria). Descreve alguém que está encurralado num lugar sem ter como escapar.
Ao escrever aos coríntios “em tudo mostramos que somos servos de Deus, suportando com muita paciência as aflições, os sofrimentos e as dificuldades” (2Co 6.4), necessidades da vida (anagké). Paulo descreve as cargas que retratam as necessidades materiais, emocionais e físicas.
Ao escrever aos coríntios “em tudo mostramos que somos servos de Deus, suportando com muita paciência as aflições, os sofrimentos e as dificuldades” (2Co 6.4), o apostolo fala sobre as pressões internas.
A IELB está comemorando 114 anos. Com paciência, muitos servos de Deus, suportaram pressões, se sentiram “apertados como que contra a parede”, passaram necessidades materiais, emocionais e físicas. Olhando para trás, vemos o quanto Deus nos abençoou com o trabalho desses servos. E hoje, podemos comemorar 114 anos.
Paulo escreveu que “em tudo mostramos que somos servos de Deus, ... (2Co 6.4) “Temos sido chicoteados, presos e agredidos nas agitações populares. Temos trabalhado demais, temos ficado sem dormir e sem comer” (2Co 6.5).
Conforme o apostolo relata na carta aos Gálatas (Gl 6.17), as chicotadas deixaram cicatrizes em seu corpo. Relatos de Lucas no livro dos Atos dos Apostolos, Paulo foi preso em Filipos, Jerusalém, Cesáreia e Roma (At 16.23; 21.33; 23.23; 28.20). Paulo foi agredido nas agitações populares (At 13.50-51).
Ao dizer que trabalhava demais e ficava sem dormir e sem comer, estava dizendo que seu trabalho o havia levado ao esgotamento, era um trabalhar até fatigar-se. Declarou que trabalhou mais que outros (1Co 15.10). Com o termo agrupnia, o apostolo relatou que voluntariamente ficava sem dormir ou encurtava suas noites de sono para devotar mais tempo ao trabalho evangelístico, ao cuidado da igreja e da oração. Voluntariamente jejuava, nesteia, para ter ais tempo para o trabalho.
Ao escrever “em tudo mostramos que somos servos de Deus, ... (2Co 6.4) “Temos sido chicoteados, presos e agredidos nas agitações populares. Temos trabalhado demais, temos ficado sem dormir e sem comer” (2Co 6.5), o apostolo Paulo enumera as pressões externas. Pressões que poderiam ter impedido de comunicar o evangelho.
A IELB está comemorando 114 anos! É possível olhar para trás e observar as pressões dos muitos servos de Deus e louvar a Deus, pois, mesmo em muitas situações difíceis o evangelho foi proclamado e continua sendo proclamado.
Em 1942, devido a uma revolta contra a comunidade teuto-brasileira, um de nossos templos (São João no Passo de Santana) foi invadida e teve sua torre dinamitada e para ofender ainda mais os alemães, o grupo de vândalos colocaram cavalos sobre o altar e simulou seu batizado e após incendiaram a igreja. (http://igrejaqueimada.blogspot.com/2011/06/historia-da-igreja-queimada.html).
Depois que o Brasil cortou relações com a Alemanha, o maior grupo de alemães fora da Alemanha e dos EUA, era o sul do Brasil. Leis foram criadas contra o uso da língua alemã e em 1917 o governo brasileiro proibiu publicações de periódicos em língua alemã e fechou escolas onde não era ensinado em português. Nenhum sermão pode mais ser pregado em alemão. O trabalho pastoral, por causa das proibições ao uso da língua alemã, foi prejudicado entre novembro de 1917 até abril de 1918.
Os pastores se esforçaram, mas, quando tentaram pregar em português, os templos ficaram vazios, pois, os congregados não entendiam. A vida congregacional parou por quase seis meses na maioria das congregações. O trabalho foi voltando a normalidade, quando a partir de abril de 1918, a proibição do uso da língua alemã foi gradualmente suspensa.
Essa pressão externa contribuiu para a IELB, pois a partir de 1918, o trabalho missionário entre os alemães estendeu-se aos luso-brasileiros em Lagoa Vermelha, onde hoje acontece o culto nacional em comemoração aos 114 anos.
IELB – Parabéns pelos seus 114 anos. Louvemos a Deus, também pela pressão externa, assim como Paulo louvou e apontou como uma oportunidade para que Deus fosse louvado.
Ao escrever “em tudo mostramos que somos servos de Deus, ... (2Co 6.4). “Por meio da nossa pureza, conhecimento, paciência e delicadeza, mostramos que somos servos de Deus. Por meio do Espírito Santo, temos mostrado isso pelo nosso amor verdadeiro, pela mensagem da verdade e pelo poder de Deus. Por vivermos em obediência à vontade de Deus, temos as armas que usamos tanto para atacar como para nos defender” (2Co 6.6-7).
As pressões internas e externas só puderam ser superadas por causa do que Deus outorga a mente.
Ao escrever que “em tudo mostramos que somos servos de Deus, ... (2Co 6.4). “Por meio da nossa pureza,...” (2Co 6.6) - (hagnotes) – mostrando ao ser atingido pelo evangelho, sua vida e seus motivos se tornaram puros, ou seja, não anunciava o evangelho por pretensões pessoais. E isso se devia ao fato do que Paulo havia entendido do evangelho.
Seu conhecimento do evangelho, bem como sua pureza se revelava na paciência.
Essa palavra, apesar de ser a mesma na língua portuguesa, no grego foi escrita de maneira diferente da palavra usada no verso 4. Enquanto que no verso 4, Paulo enumerou que a paciência era conseguir vencer os obstáculos com um sorriso no rosto. Agora, ao fazer uso da palavra makrothumia, ressalta uma virtude cristã (2Co 6.6; 1Tm 1.16; 2Tm 3.10), ou seja, mesmo que há oportunidade para se vingar, não o faz.
Essa virtude não tinha nenhum valor para os gregos, para eles a grande virtude era a vingança.
Paulo sabia que era preciso suportar as pessoas, mesmo quando estão equivocadas e agem com crueldade.
Quando Paulo escreveu que “em tudo mostramos que somos servos de Deus, ... (2Co 6.4). “Por meio da nossa ... delicadeza” (chrestotes), estava dizendo que suportava tudo, por pensar mais nos outros que em si mesmo.
... mostramos que somos servos de Deus. Por meio do Espírito Santo, ...” (2Co 6.6). O apostolo sabia que não levaria a cabo a missão de Deus sem o Espírito Santo. Ele concede dons e os frutos do Espírito (Gl 5.22-23).
Paulo escreveu aos coríntios para “mostrar que ele e seus companheiros eram servos de Deus. Por meio do Espírito Santo, temos mostrado isso pelo nosso amor verdadeiro, ...” (2Co 6.6), ou melhor, amor não fingido. Esse amor não paga mal com mal, pelo contrário, vence o mal com bem. É uma amor que não busca a vingança.
Para as pressões internas e externas, Deus outorga a mente pelo poder do Espírito Santo, pureza, paciência, delicadeza e amor verdadeiro.
Paulo escreve aos coríntios para mostrar que “em tudo mostramos que somos servos de Deus, ... (2Co 6.4) inclusive em qualquer situações e consideração, tanto que escreve “... pela mensagem da verdade e pelo poder de Deus. ...” (2Co 6.7).
Essa mensagem da verdade, por mais que proferida por ele, é uma mensagem que provém de Deus e só pode ser proferida pelo poder de Deus.
Essa mensagem de é instrumento de ataque e defesa diante dos questionamentos dos coríntios (2Co 6.7).
114 anos da IELB – quantas críticas recebemos, quer seja dos de dentro, bem como dos de fora. E mesmo ante as críticas, “Por meio do Espírito Santo, temos mostrado isso pelo nosso amor verdadeiro, pela mensagem da verdade e pelo poder de Deus” (2Co 6.6-7).
Em tudo mostramos que somos servos de Deus!
Nos paradoxos que conflitam entre si
Quando algo ou alguém é avaliado, recebe algum parecer. Paulo enumera os pareceres, no entanto, pareceres do ponto de vista de Deus e do ponto de vista dos homens. “Somos elogiados e caluniados; alguns nos insultam, outros falam bem de nós. Somos tratados como mentirosos, mas falamos a verdade; somos tratados como desconhecidos, embora sejamos bem conhecidos de todos; somos tratados como se estivéssemos mortos, mas, como vocês estão vendo, continuamos vivos. Temos sido castigados, mas não fomos mortos. Às vezes ficamos tristes, outras vezes ficamos alegres. Parecemos pobres, mas enriquecemos muitas pessoas. Parece que não temos nada, mas na verdade possuímos tudo” (2Co 6.8-10).
A avaliação a um servo de Deus na perspectiva humana calunia, insulta, trata como mentiroso, considera como desconhecido, morto, traz castigo e causa tristeza. No entanto, não importa como se é avaliado nesse mundo, o importante é realizar o trabalho de um embaixador e colaborador na missão de Deus.
Paulo escreve aos coríntios para mostrar que “em tudo mostramos que somos servos de Deus, ... (2Co 6.4) “por honra e por desonra...” (2Co 6.8).
Para os coríntios e sua avaliação, Paulo era desonrado, (Atimia) é como se tivesse perdido seus direitos de cidadão e foi privado dos direitos civis. No entanto, sua honra estava em ser cidadão celestial.
Paulo escreve aos coríntios para mostrar que “em tudo mostramos que somos servos de Deus, ... (2Co 6.4) “...por infâmia e por boa fama ...” (2Co 6.8).
Os opositores do apostolo Paulo o odiavam e criticavam suas palavras e ações. Embora muitos reconheciam seu ministério, outros falavam dele pelas costas. No entanto, enquanto era difamado aqui e agora, sua boa fama devia-se a fidelidade ao ministério da reconciliação.
Paulo escreve aos coríntios para mostrar que “em tudo mostramos que somos servos de Deus, ... (2Co 6.4) “...como enganadores e sendo verdadeiros...” (2Co 6.8).
Para os inimigos um charlatão, para outros apostolo de Cristo. O ministério irrepreensível, sem censura e escanda-lo, mostrava que as acusações contra Paulo eram falsas. Ele andava de consciência limpa e sabia que a mensagem vinha de Deus, por isso era verdadeiro.
Paulo escreve aos coríntios para mostrar que “em tudo mostramos que somos servos de Deus, ... (2Co 6.4) “como desconhecidos e, entretanto, bem conhecidos; ...” (2Co 6.9).
Os judeus caluniavam o apostolo Paulo dizendo que ele era um “desconhecido”, ou seja, que não valia nada, não tinha credenciais adequadas. Mas, para os da fé, Paulo era bem conhecido e amado.
Paulo escreve aos coríntios para mostrar que “em tudo mostramos que somos servos de Deus, ... (2Co 6.4) “... como se estivéssemos morrendo e, contudo, eis que vivemos; ...” (2Co 6.9).
Não bastasse as calúnias e difamações ao apostolado de Paulo, o mesmo viveu sob constante ameaça de morte. Foi apedrejado, açoitado, enfrentou feras. Foi atacado por uma multidão furiosa em Jerusalém. Pelos padrões humanos, a carreira de Paulo foi miserável. Mas, Deus tinha um propósito para realizar através da vida e ministério do apostolo Paulo, e enquanto isso não foi cumprido, Deus o preservou.
Paulo escreve aos coríntios para mostrar que “em tudo mostramos que somos servos de Deus, ... (2Co 6.4) “...como castigados, porém não mortos...” (2Co 6.9).
Deus preservou o apostolo Paulo da morte para cumprir a tarefa de levar o evangelho aos gentios. As aflições decorrentes do evangelho não são reprovação de Deus, mas oportunidades oferecidas pelo Senhor, para que seu nome seja glorificado.
Paulo escreve aos coríntios para mostrar que “em tudo mostramos que somos servos de Deus, ... (2Co 6.4) “...entristecidos, mas sempre alegres; ...” (2Co 6.10).
Paulo sabia que as tristezas vinham das circunstâncias que envolviam ser cooperador e embaixador de Cristo. Alegria da comunhão com Deus (At 16.19-26) o fazia superar todas essas tristezas. O apostolo mantinha-se alegre, pois seu olhar alvo estava no céu e não nas coisas do aqui e agora.
Paulo escreve aos coríntios para mostrar que “em tudo mostramos que somos servos de Deus, ... (2Co 6.4) “...pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo.” (2Co 6.10).
O apostolo Paulo não mercadejava a Palavra (2Co 2.17), por isso, ao fazer uso da palavra (ptokós – pobres) diz que mesmo parecendo um miserável, indigente e mendigo, possuía um grande tesouro (2Co 4.7). Sua pobreza não lhe permitia ter influência, poder e prestígio nesse mundo, por isso não podia recorrer a esse mundo, mas tão somente em Deus. Por não possuir nada, sua total confiança estava em Deus. Sua esperança estava somente na graça de Deus. E era essa graça, esse tesouro que havia enriquecido e enriquecia a muitos, pois, era a única coisa para apresentar diante de Deus.
Paulo escreve aos coríntios para mostrar que “em tudo mostramos que somos servos de Deus, ... (2Co 6.4).
Essa segunda carta de Paulo aos coríntios é considerada por muitos como sendo a carta das lágrimas. Pode ser também considerada a carta da reconciliação.
O jeito de Deus em reconciliar consigo o mundo, foi enviar Jesus, seu único filho para morrer pelo homem pecador. E para que essa mensagem da reconciliação chegasse aos coríntios, Deus usou um homem que não parecia possuir nada. Deus usou um homem em meio aos sofrimentos e tribulações. E justamente esses episódios aparentemente contraditórios à um homem de Deus, levaram a um conflito entre os coríntios e Paulo.
E ao enviar essa carta, tem por objetivo fortalecer o seu relacionamento com os coríntios. Por isso, termina essa pericope (2Co 6.1-13), com as seguintes palavras: “Queridos amigos de Corinto, temos falado francamente e temos aberto completamente o nosso coração para vocês. Não temos fechado o nosso coração; vocês é que têm fechado o coração de vocês é que têm fechado o coração de vocês para nós. Eu falo como vocês como se vocês fossem meus filhos. Tenham por nós os mesmos sentimentos que temos para com vocês e abram completamente o coração de vocês para nós” (2Co 6.11-13).
A influência negativa dos falsos mestres havia estremecido a relação entre os coríntios e o apostolo Paulo. O verdadeiro passou a ser mentiroso, o valioso, sem valor. O ministério da reconciliação, o maior tesouro que Deus coloca a nossa disposição, é facilmente distorcido e por essa distorção, Paulo foi renegado e seu apostolado questionado. No entanto, Paulo, não se cala. Não há fé calada. Ele testemunha aos coríntios o quanto Deus, mesmo em meio aos seus sofrimentos e tribulações, fez para que soubesse da reconciliação que há em Cristo Jesus.
IELB – hoje, dia 24 de junho, completa 114 anos. Louvamos a Deus, pois, mesmo que tantas coisas ruins tenham acontecido ao longo desses anos, Deus, através desses eventos têm conduzido muitos a reconciliação com Ele.
IELB – parabéns, pois “em tudo mostramos que somos servos de Deus, ... (2Co 6.4). Amém.
Edson Ronaldo TREssmann

Saindo ileso da cova!

30 de março de 2024 Salmo 16; Daniel 6.1-28; 1Pedro 4.1-8; Mateus 28.1-20 Texto : Daniel 6.1-24 Tema : Saindo ileso da cova!   Tex...