segunda-feira, 15 de julho de 2024

Cidadãos que pertencem ao povo de Deus!

 

Nono Domingo após Pentecostes

21 de julho 2024

Salmo 23; Jeremias 23.1-6; Efésios 2.11-22; Marcos 6.30-34

Texto: Efésios 2.19

Texto: Cidadãos que pertencem ao povo de Deus!

 

Portanto, vocês, os não judeus, não são mais estrangeiros nem visitantes. Agora vocês são cidadãos que pertencem ao povo de Deus e são membros da família dele” (Ef 2.19)

 

Ter um passaporte de Cingapura, Japão, França, Alemanha, Itália e Espanha, possibilita poder visitar 194 destinos ao redor do mundo sem ser incomodado. Ter um passaporte da Coréia do Sul, Finlândia e Suécia me permitiria ir a 193 destinos. E um passaporte da Áustria, Dinamarca, Irlanda e Holanda me permitiria ir a 192 destinos.

Esses são os passaportes denominados mais poderosos em 2024. Com um passaporte brasileiro posso viajar para 173 países sem necessidade de visto.

Convém enumerar que além desses passaportes, na minha opinião o passaporte mais poderoso de todos e que nunca sai do ranking de mais valioso e poderoso é o passaporte divino, o qual nos torna cidadãos da família de Deus. E esse passaporte possui a assinatura do sangue de Jesus Cristo. Os versos 11 e 12 nos garante que se Deus não tivesse enviado Jesus, seríamos estranhos na família de Deus. Jesus nos garante a cidadania no Reino de Deus. Por possuir esse passaporte, somos do mesmo Reino de alguém que está na outra extremidade do planeta.

Em Jesus não somos estrangeiros e nem visitantes, mas cidadãos dentro do Reino de Deus.

Portanto, vocês, os não judeus, não são mais estrangeiros nem visitantes. Agora vocês são cidadãos que pertencem ao povo de Deus e são membros da família dele” (Ef 2.19)

Falando em cidadania, a Constituição Federal de 1988 garante que os cidadãos brasileiros possuem direito à vida, à liberdade, à propriedade e à igualdade.

Interessante que como cidadão do Reino de Deus, possuímos exatamente isso: vida, liberdade, propriedade e igualdade. Essa vida, liberdade, igualdade e propriedade nos foi adquirida por Jesus Cristo como bem descreve Pedro em sua primeira carta (1Pe 1.18-21).

O apostolo Pedro escreveu na sua primeira carta: “Queridos amigos, lembrem que vocês são estrangeiros de passagem por este mundo...” (1Pe 2.11) e o apostolo Paulo na carta aos Filipenses anotou: “... nós somos cidadãos do céu e estamos esperando ansiosamente o nosso Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que virá de lá” (Fp 3.20). Essa pátria, essa cidadania nos é concedida pela graça de Deus que enviou Jesus e assim nos garantiu a Salvação eterna e o acesso a pátria celestial.

Portanto, vocês, os não judeus, não são mais estrangeiros nem visitantes. Agora vocês são cidadãos que pertencem ao povo de Deus e são membros da família dele” (Ef 2.19).

Em Cristo, meu passaporte garante estar e fazer parte do Reino celestial como cidadão e não como visitante e estrangeiro.

Ser cidadão vai muito além de possuir um documento ou título, é um estado de pertencimento e responsabilidade para com a comunidade em que vivemos.

Os dez primeiros versículos do capítulo 2 da carta de Paulo aos cristãos da Ásia Menor (Efésios), o apostolo escreve como Deus veio buscar e dar vida a todos em Jesus Cristo. É a descrição da bênção da salvação pela fé sem as obras da lei.

Precisamos recordar que um não judeu (gentio) era alguém estranho ao povo de Deus, como um visitante ou estrangeiro. Em Cristo, não importando a nacionalidade, cor e status social, sou cidadão do Reino de Deus (Ef 2.11-22).

Deus escolheu Abraão (Gn 12.3) e por seu neto Jacó (Israel, Gn 35.10) deu nome a sua nação. Deus poderia ter chamado um indiano, pois a Índia já se projetava uma nação grandiosa, ou um chinês, haja visto a China já ter se iniciado. Poderia ter escolhido um filisteu (povo guerreiro). Todavia, escolheu Abrão. Alguém sem filho e sem perspectiva de futuro.

Dessa forma, ser judeu, descendente de Abraão tornou-se sinônimo de povo de Deus. E a lei era a fronteira da separação entre o povo de Deus e o não povo de Deus. Dessa forma, a lei, calendário litúrgico, dias santos, festas religiosas, conduziu o povo de Deus a soberba e os afastou dos gentios. Os judeus passaram a se considerar uma cidadania superior a todas as outras e ignoravam qualquer um como sendo estrangeiro e visitante. Essa exacerbação do povo de Deus quanto as outras nações, é observada nos dias de Jesus.

O povo de Deus não está recluso a uma cidadania local, mas uma cidadania celestial. E o povo de Deus como cidadão do Reino celestial sabe que está em missão nesse mundo para que outros adquiram em Cristo essa cidadania e assim tenham direito à vida, à liberdade, à propriedade e à igualdade.

Jesus Cristo é a intromissão de Deus na história com o objetivo de salvar. Jesus não se intromete para paralisar nosso divertimento, ou paralisar nossa vida. Pelo contrário, Cristo é a intromissão de Deus para reverter a situação catastrófica de uma vida sem Deus.

Em Jesus Cristo, àqueles que eram ignorados pelo povo de Deus, foram agregados ao povo de Deus (Ef 2.13). Os povos, em suas diferenças culturais e étnicas, em Cristo são um só (Ef 2.14). Em Cristo, o muro (a lei), que separava os não judeus dos judeus, foi derrubado. Se a lei separa Deus das pessoas, Cristo derrubou esse muro, cumprindo a lei em nosso lugar. Em Cristo, Deus está acessível a todos (Ef 2.18). Essa é a paz que precisa ser evangelizada! (Ef 2.17). E hoje, pela igreja, Deus está acessível a todos, ao seu familiar, seu vizinho, amigo.

A igreja é a pátria dentro da pátria, é uma nação dentro da nação, são os separados para ajuntar, são os membros de uma grande família.

Portanto, vocês, os não judeus, não são mais estrangeiros nem visitantes. Agora vocês são cidadãos que pertencem ao povo de Deus e são membros da família dele” (Ef 2.19). Amém!

 

Edson Ronaldo Tressmann

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