terça-feira, 2 de julho de 2013

Deus - como uma mãe que consola o filho.


07/07/13 – 7º Domingo após Pentecostes.

Sl 66. 1 - 7; Is 66. 10 - 14; Gl 6. 1 – 10, 14 - 18; Lc 10. 1 - 20

Tema mensal: Férias? Apenas da escola! Não das lições!
Tema: Deus - como uma mãe que consola o filho.

 

         Talvez alguém já tenha dito ou ouvido a seguinte exclamação:

         Só a mãe mesmo para fazer isso!

         Uma exclamação que reflete surpresa. Surpresa que na verdade revela o amor de uma mãe. Um amor muitas vezes incompreensível. As mães fazem coisas que não entendemos, passam noites em claro, choram quando estamos longe, a saudade delas parece ser a maior de todas, pode até ter 9 de seus dez filhos a mesa, mas se falta um pensa, fica triste e reclama.

         Por conhecer esse sentimento tão profundo, no texto bíblico, Deus se compara a uma mãe.

         A comparação diz que ao ter dado a luz, mesmo que amamente seu filho nascido, não se esquece de seus outros filhos. Continuará a carrega-los no colo e os abraçará com o mesmo carinho.

         Essa mãe, a mãe que carrega no colo, que abraça carinhosamente, que alimenta fartamente seus filhos, está em Jerusalém. Mas não a Jerusalém corrupta desse mundo, mas sim a Jerusalém celestial.

         O livro do profeta Isaias é apocalíptico. Ou seja, anuncia coisas do fim. E assim como é no livro de Apocalipse no novo testamento, o anuncio do fim, não deve espantar os cristãos, mas transmitir a certeza e o consolo da vitória.

         Se havia rumores de guerra. Se Jerusalém era como um pequeno ratinho em meio a três gatos que estavam prontos para devorá-la, nada devia fazê-los temer, afinal, o dia da vitória chegaria. E nesse dia, os inimigos seriam eternamente derrotados e os servos eternamente consolados pela mãe, e morariam nessa Nova Jerusalém.

         Atualmente, em tempos pós-modernos, ao vermos Deus se comparando a uma mãe para apresentar o seu amor, pode levar a muitas criticas. Afinal, infelizmente há mães que desprezam seus filhos. Há mães que abandonam seus filhos. No entanto, como Deus tem por nós um amor sem limites, e desejoso por nos comunicar esse amor, deixou claro em sua santa Palavra que mesmo se uma mãe abandonar seu filho, Deus não abandona jamais os seus. E essa comunicação acontece num questionamento que faz ao seu povo: “Será que uma mãe pode esquecer o seu bebê? Será que pode deixar de amar o seu próprio filho? Mesmo que isso acontecesse, eu nunca esqueceria vocês" (Is 49.15).

         Mesmo que haja essa maldade por parte de muitas mães, reconhecemos que o amor de mãe muitas vezes é difícil de ser explicado. E como cristãos podemos dizer que o amor de Deus é sempre incompreensível. Não há ser humano capaz de compreender esse amor. É um amor sem igual. Um amor que o levou a enviar seu próprio Filho para que seus outros filhos (nós pecadores) sejam acolhidos e integrados na sua cidade celestial e envolvido em seus braços e amamentados.

         E por ser um amor sem igual, o apostolo Paulo, sentindo-se acolhido nesse amor, mesmo preso e correndo risco de ser condenado, ora para que “a paz de Deus, que ninguém consegue entender, guarde o nosso coração e mente, para que permaneçamos unidos com Cristo Jesus” (Fp 4.7).

         Por ser um amor incompreensível, um amor que consola e anima, nosso inimigo procura de todas as maneiras nos afastar desse amor. E esse afastamento se inicia quando somos tentados a buscar consolo em outras “supostas mães.” A “mãe” da idolatria, da lei, do positivismo, do Deísmo, etc.

         Porque buscaroutra mãe,” se Deus em Jesus nos consola como uma verdadeira mãe? Consola quando estamos fracos e doentes, carinhosamente nos aquece quando sentimos medo desse mundo atribulado, confuso e cheio de sofrimento.

         O amor de Deus não pode ser compreendido, mas “os que confiam ... nunca ficam desiludidos” (Is 49.23c), afinal, “como a mãe consola o filho, eu também consolarei vocês; eu os consolarei em Jerusalém” (Is 66.13). E para que cheguemos à Nova Jerusalém. Por isso,  fazemos nossa pergunta: Férias? Apenas da escola! Não das lições!  Assim, na escola da fé continuemos sendo amamentados, aquecidos e abraçados nos braços de Deus. Amém!
 

Pr Edson Ronaldo Tressmann

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