segunda-feira, 10 de junho de 2024

Sem semente não há vida! (Mc 4.26,30)

                                          Quarto Domingo após Pentecostes

Dia 16 de junho de 2024

Salmo 1; Ezequiel 17.22-24; 2Corintios 5.1-10; Marcos 4.26-34

 

Texto: Marcos 4.26,30

Tema: Sem semente não há vida!

 

O Reino de Deus é como um homem que joga semente na terra ...o reino de Deus ...é como uma semente de mostarda, ...” (Mc 4.26.30)

 

O mundo precisa de alimentos e o Brasil é o celeiro mundial de soja, milho, café, açúcar, suco de laranja, carne bovina e frango.

Seja qual for, todos dependem da mesma matriz: semente. Semente que produza soja, milho, café, laranja, pasto para alimentar o gado e grãos que se tornam ração.

Sem a semente não há vida e sobrevivência no planeta.

No terceiro dia da criação, Deus disse: “Que a terra produza todo tipo de vegetais, isto é, plantas que deem sementes e árvores que deem frutas!...” (Gn 1.11).

Na parábola: a semente, que está registrada apenas no evangelho de Marcos, o objetivo é destacar a obra divina na alma de cada pessoa. E essa obra divina ocorre através de uma atividade simples: semeadura.

Preste atenção e ouça com atenção: na obra divina há um semeador.

Na carta aos Romanos, o apostolo Paulo escreveu que “a fé vem por ouvir a mensagem” (Rm 10.17), todavia, é preciso ouvir atentamente o restante do versículo, “e a mensagem vem por meio da pregação a respeito de Cristo” (Rm 10.17).

Para a realização da obra divina é necessário um semeador. Todavia, esse semeador não semeia qualquer semente. A semente do semeador é a semente do evangelho. Algo que não lhe pertence, mas é de Deus. O dono da lavoura, providenciou a semente adequada para plantio e por ela irá fazer a sua colheita, afinal, somos “lavoura de Deus” (1Co 3.9).

O semeador é imprescindível, e por mais que semeie, é do dono da semente - Deus, que vem o crescimento (1Co 3.7).

É possível notar, ao passar próximo a lavouras, que algumas partes a mesma está bonita e outras partes, a lavoura está mirrada. A mesma semente foi semeada, o mesmo investimento foi realizado, mas, a lavoura é tão diferente num único campo. Há partes no mesmo terreno em que a produção é extraordinária e em outras a produção cai e faz a média cair bastante.

A semente de Deus é a mesma. Em alguns lugares parece produzir mais que outros. Não conseguimos entender isso e nem fomos enviados para essa compreensão. O fato é: precisa haver semeadores!

Nossa tarefa é semear. E ao realizar essa tarefa, sabendo que o crescimento é proveniente do dono da semente que é Deus, podemos descansar. Pois, ao lançar a semente, ela germina, estando o semeador acordado ou dormindo. Após germinar, a planta se desenvolve, depois surge a espiga e por fim, os grãos. Antes da colheita, a semente que foi semeada passa por muitos estágios.

Podemos recordar as palavras do profeta Zacarias, onde alerta sobre o “desprezo ao dia dos humildes começos...” (Zc 4.10). Ou seja, tudo se inicia num ato de semeadura da semente do evangelho. Recordemos que onde há uma grande árvore, foi lançada uma pequena semente.

Nas parábolas: a semente (Mc 4.26-29); o grão de mostarda (Mc 4.30-32); apesar de enfatizarem a semente, ambas trazem um elemento diferente. Enquanto a semente da mostarda é semeada para que os pássaros façam ninhos e se abriguem, a semente ao ser semeada visa a colheita.

O grão de mostarda entre os judeus era algo pequeno e insignificante. Nesse sentido, Jesus desperta a atenção de todos ao destacar que essa pequena semente é capaz de produzir uma árvore que abriga passarinhos.

Essa parábola (Mc 4.30-32) é histórica e profética. Afinal, Jesus está descrevendo a atuação do semeador e o resultado da semeadura. Em outras palavras, Jesus está descrevendo o início e o progresso da igreja cristã.

Jesus chamou 12 discípulos. Esses homens, por suas qualificações não impactariam o mundo. Aliás, um o traiu, outro o negou e todos fugiram no pior momento do ministério de Jesus.

Todavia, após a ressurreição, ascensão e derramamento do Espírito Santo, a semente do evangelho ao ser semeada se tornou “escândalo para os judeus e loucura para os gentios” (1Co 1.23). E mesmo assim, o progresso, o crescimento da pequena semente de mostarda continua abrigando muitos passarinhos.

Apesar de toda oposição e perseguição a igreja continua crescendo. A igreja que enfrenta muitos males, continua crescendo. E esse crescimento não se deve apenas ao empenho dos semeadores que insistem em semear. O sucesso ocorre devido a semente que os semeadores semeiam.

Lembre-se: o começo do abrigo de um passarinho e da colheita está no semear a boa semente do evangelho que é Jesus.

Sem a semente não há vida e sobrevivência no planeta. Sem a semente do evangelho não há vida eterna. Amém!

Edson Ronaldo Tressmann

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