sábado, 4 de maio de 2024

“...a fim de que o Pai lhes dê tudo o que pedirem em meu nome” (Jo 15.16)

 Sexto Domingo de Páscoa

05 de maio de 2024

Salmo 98; Atos 10.34-48; 1João 5.1-8; João 15.9-17

Texto: João 15.16

Tema: “...a fim de que o Pai lhes dê tudo o que pedirem em meu nome” (Jo 15.16)

 

Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi para que vão e deem fruto e que esse fruto não se perca. Isso a fim de que o Pai lhes dê tudo o que pedirem em meu nome” (Jo 15.16)

 

Será que o Pai (Deus) nos concede tudo o que pedimos em seu nome?

Sim! Não!

Oração é comunhão com o Pai. Oração não é apenas aquisição de favores ou satisfação dos nossos desejos.

Orar é falar com Deus até o que nosso amigo mais íntimo desconhece.

O problema em Deus não atender muitas das coisas que pedimos é: o que queremos não é o que Deus quer.

João em seu evangelho fala das coisas que Deus quer. Ao chamar os discípulos de amigos, Jesus faz uma revelação grandiosa: só um amigo sabe os planos do outro (Jo 15.15). E o que Jesus quer e espera dos seus é: “creia na luz” (Jo 12.36); “creia em Deus” (Jo 14.1); “creia em mim” (Jo 14.11); “permanecei em mim” (Jo 15.4); “peça o que quiser” (Jo 15.7); “permaneça no meu amor” (Jo 15.9); “amem uns aos outros” (Jo 15.12; 17.17).

O apostolo João escreveu em sua carta: “Quando estamos na presença de Deus, temos coragem por causa do seguinte: se pedimos alguma coisa de acordo com a sua vontade, temos a certeza de que ele nos ouve” (1Jo 5.14).

Somos amigos de Jesus, ele deu a sua vida por nós. Podemos pedir o que quisermos, todavia, Deus nos concede apenas aquilo que está de acordo com a sua vontade. Assim sendo, a oração precisa ter o padrão de Deus. Orar no padrão de Deus é confiar que Ele tem o melhor para nós. O que Deus quer e oferece para nós é melhor do que aquilo que nós queremos.

Lemos em Gênesis (3.8) que a cada virada do dia, ao entardecer, Deus se reunia com Adão e Eva para conversarem. A queda impossibilita esse encontro pessoal, mas, mesmo ao pecador, Deus concede a graça de falar com Ele em oração.

O fato é: nossa oração não manipula Deus. Para orar e ser atendido por Deus, é preciso ser educado na vontade de Deus. A “vontade que é feita assim na terra como no céu”. E a vontade de Deus é desfazer o que nos impede crer, ouvir e viver sua Palavra.

Orar é um exercício em torno do desejo de Deus. O apostolo Tiago escreveu: “E, quando pedem, não recebem porque os seus motivos são maus. Vocês pedem coisas a fim de usá-las para os seus próprios prazeres” (Tg 4.3).

A oração nunca é pressionar a Deus para fazer o que queremos. Agostinho deixou registrada uma frase brilhante: “Senhor, dá-me o que ordenas”.

Assim sendo: desista dos seus desejos e não da oração. O problema não é a oração, mas, os seus desejos. Oração é sobre a vontade de Deus.

Jesus ensinou a pedir por bens espirituais; (Você tem orado por sua igreja? Pastores? Líderes? Os que estão com dificuldade para vir e se integrar na igreja?)

Jesus ensinou a pedir por bens materiais; (Tem orado por seu trabalho? Projetos?)

Jesus ensinou a pedir por Livramento do mal;

Será que o Pai (Deus) nos concede tudo o que pedimos em seu nome?

Sim! Não!

Certo dia conversando com uma pessoa a mesma me disse. Por anos orei para ganhar na loteria. E certa noite eu obtive a resposta: com dinheiro você sabe que irá se perder.

O salmista no Salmo 1 destaca que um homem (mulher) feliz se agrada na vontade de Deus. E a vontade de Deus prevalece a qualquer desejo pessoal, carnal e egoísta.

Saber que a vontade de Deus prevalece é viver descansado, assim, como escreveu Pedro: “Entreguem todas as suas preocupações a Deus, pois ele cuida de vocês” (1Pe 5.7).

Jesus chamou os seus de amigos! Ele escolheu e escolhe os seus amigos. ele ouve os seus amigos. Descansa em Deus, pois, o seu amigo sabe o que é melhor para você. Amém!

 

Edson Ronaldo Tressmann

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