5º
Domingo na Quaresma - 13/03/2016
Sl
126; Is 43.16-21; Fp 3.(4b-7)8-14; Lc
20.9-20
Tema:
Eu Frágil!
Perfeição – as pessoas buscam por
coisas perfeitas. Todos
querem um corpo perfeito, uma vida perfeita, um marido perfeito, uma esposa
perfeita.
Há alguém
perfeito na face da terra?
Os perfeccionistas são
os que mais sofrem, pois a cada dia descobrem que não são perfeitos e por mais
que tentem, sempre encontram algo imperfeito para corrigir.
Paulo, o apóstolo,
descobriu isso a duras penas. Foi criado num regime perfeccionista. Mas, após
ter caído do cavalo, quando Jesus lhe apareceu, descobriu algo valioso. Toda
sua perfeição era lixo. Sendo lixo, precisava ser descartado, jogado fora.
“Não que eu o
tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar
aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus” (Fp 3.12)
Por mais que se busque
a perfeição, viver adequadamente, ser honesto, bom pai, boa mãe, bom
funcionário, vez ou outra vemos que não é possível. Em algum momento falhamos,
erramos.
Em
nosso viver, em determinadas situações parecemos ser piedosos, santos,
inculpáveis de alguma coisa. Nesses momentos até parecemos um super-herói
cristão, ou seja, capazes de vencer o pecado.
Enquanto
isso, quanto mais ouço a pregação da Palavra, quanto mais participo na igreja,
a minha imperfeição vai sendo revelada. E é justamente nessa situação que surge
um conflito: “achar que por estar na
igreja, na comunhão dos santos, a vida ficaria melhor, que seria um melhor pai,
uma melhor mãe, que cometeria menos pecados”.

Quem
busca a perfeição ou alguém que seja perfeito, sinto muito informar: não há nenhum ser humano que não peque. O
ser humano por mais que lute, não consegue banir o pecado do coração. Mesmo que
esteja na igreja, na comunhão dos santos, o ser humano continua pecador. E Jó
faz um questionamento a si mesmo e a todo pecador: “Quem da imundícia poderá tirar coisa pura?
Ninguém” (Jó 14.4). Não há perfeição de alguém imperfeito por
natureza.
Saulo
antes de ser derrubado do seu cavalo, se sentia o “cara”. Era temido pelos cristãos. Em matéria religiosa, se julgava
o “cara”. Mas, “caiu do cavalo”. E foi
justamente esse acontecimento que o levou a descobrir que aquele a quem
perseguia era o único perfeito capaz de torná-lo perfeito, não aos olhos
humanos, mas aos olhos de Deus. Por isso, escreveu aos Filipenses: “eu poderia
confiar na carne (ou seja, na minha perfeição), ... por causa de Cristo, ...considero tudo como perda, ...considero
refugo...” (Fp 3.4,6,8).
“Por causa de
Cristo” - Jesus é aquele a quem Deus enviou. Ele foi enviado
justamente por causa da fragilidade humana. Deus em Jesus se aproximou e restaurou
a nossa sorte (Sl 126.4).
Quando
analisamos a nossa real situação, não vemos nada de perfeito. Deus da mesma
forma, olha e não vê absolutamente nada em nós que possa resolver a nossa
situação perante Ele. E é justamente por isso, que o apostolo Paulo anuncia que
é “por causa
de Cristo”. Jesus Cristo é a justiça e a perfeição do pecador. Aos
olhos humanos ninguém é perfeito, mas, “por causa de Cristo”, o pecador redimido pela
obra realizada na cruz, passa a ser visto e tratado como santo. Pela fé na obra
realizada por Jesus, Deus aceita o ser humano imperfeito como perfeito e justo.
O Espírito Santo nos guarde nessa fé. Amém!
Rev. Edson Ronaldo
Tressmann
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