SEM JESUS – a IGREJA é uma ONG piedosa.
Esse
título faz uma paráfrase do primeiro dia de pontificado do novo papa Francisco.
Com certeza, é uma frase que a princípio já chama os protestantes Luteranos a
uma conversa. Conversa sobre o período da Reforma.

A
reforma protestante não nasceu num vazio. Ela surgiu em meio às profundas
mudanças ocorridas desde o século XI e acabaram refletindo na teologia. E no
período, denominado de idade média, a ênfase teológica já estava completamente
mudada e o culto recaiu sobre a crucificação mais do que na alegria da
ressurreição.
A
teologia, assim como vem acontecendo nos dias atuais, era muito valorizada como
disciplina acadêmica. Na época da Reforma era lecionada por estudiosos
respeitáveis na maioria das universidades. No entanto, a escolástica surgida no
século XI, que empregava o método filosófico da dialética, (fazendo combinação
da autoridade e razão, fé e erudição) estava sendo questionada quando Lutero
chegou a Wittenberg. A escolástica teve vida curta, mas não foi menos
importante por isso. Chegou ao fim no século XIII com o ocamismo, que dizia que
a teologia não era ciência. E diante das muitas faces que a teologia estava aderindo,
se tornou forte o rosto do ensino de que o homem é recompensado por dons de
graça e que só era real aquilo que era particular ao homem.
Entre
o período antigo e o medieval houve transição de poder. O pontífice era
Gregório, o Grande. E esse iniciou o ensino de que o mérito precedia a graça. O
objetivo da graça era produzir o amor. Iniciou-se todo o sistema de penitência,
por meio de: jejuns, orações e esmolas. Assim, todos podiam mitigar a punição
eterna. Com Gregório, os fundamentos da teologia medieval foram lançados.
Estava nascendo o cristianismo ocidental.
Assim
como entre a igreja antiga e a medieval, podemos dizer que agora da moderna
para a pós-moderna estamos reiniciando com aquilo que no contexto da Reforma
foi denominado de “teologia da humildade.”
Claro que foi devido a essa teologia da humildade que o jovem Lutero aprendeu a
teologia de Agostinho, que eclodiu na Reforma Protestante.


Tirou-se
Cristo do centro! De Igreja só restou o nome, pois sua função se tornou apenas
a de uma associação. E por ser uma associação, podemos dizer que a mesma está
em crise. Afinal, a Igreja Cristã não está em crise. Em crise estão as
instituições, as associações, etc. E se há crise na associação chamada igreja,
só há uma maneira de superar essa crise, voltar a Cristo, “o qual a si mesmo se deu em resgate por todos:
testemunho que se deve prestar em tempos oportunos” (1Tm 2.6).
Precisamos desassociar de nós mesmos e nos associar àquilo que verdadeiramente
é o nosso fundamento, JESUS.
Deus
nos abençoe a continuarmos Igreja Cristã, falando, testemunhando e vivendo
Jesus Cristo como nosso salvador, pois o mesmo disse no alto da cruz: “Tudo Está
completado!” (João 19.30). E se tudo está completo. Não há
necessidade de piedade popular, seja: jejum, esmolas, peregrinar, etc. Afinal,
em Cristo tudo está completo! Eu não completo aquilo que já está completo.
Lembrar
de Jesus, de todo o seu sofrimento, é lembrar da seriedade do nosso pecado.
Fato esse que as penitências não o fazem. Olhar para Cristo é receber a certeza
do perdão, fato esse que as indulgências não davam as pessoas que as possuíam.
Sem
Jesus – a Igreja é apenas uma ONG.
Com
a renuncia do agora Bispo emérito “Joseph Aloisius Ratzinger,”
recordo o que eu disse numa sala de aula com 23 alunos num curso de História. “Ouçam bem, após quase 500 anos de Reforma protestante,
o mundo novamente ouvirá Lutero.”
E
com a frase de impacto dita pelo papa Francisco no dia 14 de março de 2013, “Sem Jesus, a igreja se tornará uma simples
ong” Lutero fala o que sempre disse. Sem Jesus não há Igreja. Jesus é o
fundamento da Igreja e da nossa fé.
Abraços
Em
Jesus – o Senhor e Salvador Ressuscitado. E assim como ele ressuscitou, nós
também ressuscitaremos.
Edson
Ronaldo Tressmann
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