Terceiro Domingo na Quaresma
Dia
23 de março de 2025
Salmo
85; Ezequiel 33.7-20; 1Coríntios 10.1-13; Lucas 13.1-9
Texto:
Lc 13.1,3
Tema:
Tempo de graça!
“Naquela mesma ocasião algumas pessoas chegaram e
começaram a comentar com Jesus como Pilatos havia mandado matar vários
galileus, no momento em que eles ofereciam sacrifícios a Deus. ... se não se
arrependerem dos seus pecados, todos vocês vão morrer como eles morreram...”
(Lc 13.1,3).
Parece ser
prazeroso as pessoas comentarem sobre os pecados dos outros. Muitos até
comentam os eventos ruins decorrente de determinada situação e indica como
sendo castigo de Deus.
Muitos comentaram
que a pandemia foi um juízo de Deus para com o evento da escola de samba que
colocou o diabo derrotando Jesus na avenida.
No texto narrado
por Lucas (Lc 13.1-9) há o comentário de duas calamidades nacionais.
A primeira foi o
massacre de alguns galileus que vieram a Jerusalém para adorar. Pilatos,
governador da Judéia, ordenou que fossem mortos enquanto ofereciam sacrifícios.
Esses judeus viviam na Galileia e os judeus em Jerusalém compreendiam que esses
galileus haviam cometido um pecado terrível e por isso, Deus lhes foi
desfavorável.
Diante desse
sentimento e pensamento, Jesus os convida ao arrependimento para não perecerem
da forma como estavam julgando que os malvados haviam perecido.
A segunda tragédia
foi queda de uma torre em Siloé, que ocasionou a morte de 18 pessoas.
Jesus diz que essa
catástrofe não foi um julgamento especial de Deus. Era preciso olhar para a
tragédia como sendo um aviso para que aproveitasse o tempo para se arrepender.
As calamidades
trágicas que ocorrem no nosso viver não podem ser vistas como um julgamento
antecipado de Deus. Cada tragédia precisa ser vista como uma lição de
arrependimento.
A partir dessas
duas tragédias nacionais e o entendimento de que Deus havia feito justiça
punindo essas pessoas pecadoras, Jesus conta a parábola da figueira estéril.
A figueira é
Israel. Plantada num local propício para produzir. Mas, o dono da figueira (Deus),
buscou frutos e não encontrou. E foi assim por três anos. Era inútil continuar
esperando, pois se em três anos não havia produzido, não produziria mais.
Por três anos uma
figueira se desenvolvia. Os outros três anos, o fruto era considerado proibido
(Lv 19.23), e o fruto do quarto ano era dedicado a Deus (Lv 19.24). Ou seja,
estando ela plantada a seis anos e sem nenhum fruto, se é que houvesse frutos
nos próximos 3 anos, não eram frutos para serem consagrados ao Senhor. O fruto
para o Senhor estava muitos distante ainda.
Jesus já estava
entre o povo de Deus, três anos e nada. Milhares ainda não o havia reconhecido
como Messias enviado da parte de Deus.
Por estar ocupando
a terra inutilmente, sugando nutrientes e não produzindo, o mais sábio era
cortar e plantar outra em seu lugar. Mas, o agricultor intercedeu pela figueira
por mais um tempo.
Todavia, é preciso
prestar atenção num detalhe especial. Além da intercessão, o agricultor se
comprometeu a afofar a terra em volta da
figueira e pôr bastante adubo (Lc 13.8).
A intercessão e se
colocar à disposição para afofar ao redor e adubar era uma oferta da graça de
Deus.
Em Isaías capítulo
5 também há uma parábola sobre a vinha de Deus. Todavia, lá não há nenhum
oferecimento da graça. A resposta de Deus é o julgamento divino. Aqui, a
resposta de Jesus é a possibilidade de reparo. Por isso, ao invés de cortá-la,
o agricultor pede por perdão, para que não seja arrancada.
A ênfase está na
misericórdia de Deus e não no juízo de Deus. Eis o tempo de misericórdia de
Deus, tempo em que está afofando e adubando.
Esta parábola, sem
conclusão, mantém seu suspense. O dono da terra consentiu com o tempo da graça.
A figueira reagiu de forma positiva? Produziu os
frutos esperados?
O fato é que nós
estamos usufruindo desse tempo da graça. As tragédias não podem nos levar a
conclusão de que Deus odiou tanto os referidos pecadores da tragédia que não
lhes deu uma segunda chance. Sim, Deus lhes deu a chance, assim como está dando
a nós. Amém!
Edson
Ronaldo Tressmann
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