segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Vivendo o sexto dia da criação de Deus! (Gn 2.22)

 06 de outubro de 2024

Vigésimo Domingo após Pentecostes

Salmo 128; Gênesis 2.18-25; Hebreus 2.1-13; Marcos 10.2-16

Texto: Gn 2.22 e Sl 128.3

Tema: Vivendo o sexto dia da criação de Deus!

 

Dessa costela o Senhor formou uma mulher e a levou ao homem” (Gn 2.22)

Em casa, a sua mulher será como uma parreira que dá muita uva; e, em volta da mesa, os seus filhos serão como oliveiras novas” (Sl 128.3).

 

Deus havia dito: “cresça e multiplique” (Gn 1.28). Todavia, era necessária uma explicação de como a mulher foi feita e entregue a Adão para que essa ordem fosse realizada.

A própria mulher foi criada a partir do homem. Adão se tornou um ser vivo a partir da criação de Deus da terra.

As Escrituras Sagradas, não apenas ensina sobre a matéria e a forma de toda a criatura, mas também mostra o início e o fim de todas as coisas e quem as criou e para que foram criadas.

O primeiro homem não foi naturalmente concebido como os outros que descendem dele. Os descendentes são reproduzidos por meio da concepção; mas o primeiro homem é feito e formado da terra e a primeira mulher foi feita da costela do homem.

Tentar explicar a origem humana a partir de outro ponto de vista é retratar o que hoje somos, pecadores e ignorantes quanto as coisas criadas por Deus.

Ao criar homem e mulher, e designar-lhes a função que era procriar, temos muito a dizer sobre família: sobre o motivo pelo qual a mulher foi criada. É falar sobre o homem, a mulher e os filhos.

Deus não cria mais da terra e nem da costela, mas, pela concepção a partir da união entre um homem e uma mulher (Jó 10.10; At 17.25-27).

A raça humana é gerada a partir da semente masculina lançada no solo (útero) feminino. Uma gota dessa semente lançada no local adequada gera vida.

A raça humana veio a partir de um sangue – Adão.

Certa vez Agostinho disse que “os milagres são comuns e acontecem diariamente”. Tendo o suficiente para comer, os filhos, a união matrimonial.

Pitágoras escreveu que “o movimento igual e ordenado dos corpos celestes sob o firmamento emite uma bela e adorável canção”. Todavia, como as pessoas ouvem essa canção todos os dias, ficam surdas. É como uma pessoa que mora ao lado de uma cachoeira, aos poucos o barulho não lhe incomoda mais, pois se habituou com isso. Quem não está acostumado com isso, não tolera o barulho.

As bênçãos diárias, à medida que vão se tornando comum, acabam se tornando insignificantes. Muitas vezes isso ocorre com a procriação. Se um bebê nasce saudável, damos viva a ciência.

O bebê que nasce, alimentado pelo cordão umbilical, agora passa a se alimentar por um novo canal, o seio da mãe. Como de um poço, brota o leite e a criança se desenvolve.

Como a criação de Deus é maravilhosa e incompreensível. Infelizmente prestamos pouca atenção para isso. Ou parafraseando Pitágoras, como estamos nos tornando surdos para a canção da natureza. Ou como é bem-dito num ditado: o estranho é caro, mas o que é comum e cotidiano é negligenciado.

Deus tirou uma costela do lado de Adão e criou a mulher a partir dela. Se fosse da vontade de Deus, continuar nos criando da terra, como fez com Adão, assim seria. Todavia, o ato criacional de Deus (Homem e Mulher) visava continuar criando dentro da sua criação.

Nos maravilhamos com o fato de Deus, do pó da terra ter feito o homem e da costela do homem ter feito a mulher, a ponto de muitos questionarem isso tornando essa verdade uma fábula. Não nos maravilhamos quando da união de um homem e uma mulher nasça uma criança.

O criador é o mesmo! Afinal, “Ele não muda, nem varia de posição, o que causaria a escuridão” (Tg 1.17).

Quando a razão não conhece a Palavra de Deus, ela só pode falar infantilmente sobre o que causa tais grandes coisas.

Um ser humano nunca nascerá de um animal, e isso é fato pela Palavra de Deus.

Uma mulher engravida de uma gota da semente do homem e a mesma dá à luz um filho a seu tempo. Vemos com nossos olhos e nos são bem conhecidos; mas onde a Palavra não te lembra e não ensina, você não entende e também não reconhece o milagre que você mesmo pratica conscientemente e vê diante de ti. Muitos infelizmente preferem as argumentações filosóficas que fazem com que se permaneça cego para os milagres diários de Deus e surdo ao som da natureza.

A Palavra de Deus em Gênesis nos lembra tudo isso, por causa da queda em pecado infelizmente esquecemos isso. Sem a queda em pecado não teria sido necessário que Deus nos informasse isso.

Após ser criada e entregue por Deus ao homem, Adão reagiu dizendo que ela era um osso de seus ossos e carne de sua carne.

Esse texto de Gênesis para nós é fundamento de fé. Mas, proveniente da queda em pecado, para muitos é apenas uma bela e adorável fábula para os ouvidos da razão humana.

O início da raça humana se dá pela Palavra de Deus. Deus pega a terra e diz: "Façamos o homem"; faz o homem adormecer e pega a costela de Adão e diz: “Queremos fazer uma assistente”. Toda criação é proveniente da Palavra de Deus.

Entre os seres humanos caídos no pecado surgem tantas conversas inúteis que geram inúmeros debates. A tudo isso é preciso responder: "Deus falou". Se alguém quiser debater, tenho certeza de que cairei num sono profundo.

Atenhamo-nos à história simplória contada por Moisés. A mulher foi criada da costela de Adão e Adão foi feito da terra de terra e eu da gotinha de semente do meu pai lançado na minha mãe. Eu sou uma criação de Deus!

Com que admiração Adão disse “essa é osso dos meus ossos”?

Dominado pelo sono doce e suave, ao despertar recebeu sua assistente. Da mesma forma será conosco, naquele grande dia: “veja lá como subitamente colocou meu corpo, que foi comido e devorado por vermes para uma grande glória”.

A causa primeira e última, porque o homem e a mulher foram criados é aquela da qual as Escrituras nos dizem, ou seja, que o homem foi criado para ser como Deus e viver com ele para sempre.

A palavra “formou” não indica que Deus não criou a mulher, mas é uma referência a um ser igual e diferente do homem.

A Bíblia trata a mulher como sendo um edifício. Essa é a forma da mulher, larga embaixo e estreita em cima. Os homens têm ombros largos e encorpados.

Jesus conforme registrado por Mateus (Mt 12.44) chama o corpo humano de casa.

A imagem da criação do homem e da mulher no jardim, transmite a ideia de que àquele que têm uma esposa é como ter um ninho ou uma casa, e assim como os pássaros vivem em um ninho com seus filhotes. Essa vida em família é bem descrita pelo Salmista no Salmo 128.

Este morar junto, algo maravilhoso, muitas vezes devido ao pecado traz tantas dores de cabeça. Este ninho onde homem e a mulher vivem um com o outro, administram de comum acordo, dão à luz filhos e os criam, é uma bênção de Deus.

É preciso observar que o relato da criação da mulher visa nos ensinar que a mulher é a casa de um homem, da qual se mantém, onde mora e com quem cria e alimenta os filhos e é diligente em seu trabalho. Por isso, “O homem deixará seu pai e sua mãe e se apegará à sua esposa”.

Infelizmente por causa da queda em pecado, há inumeráveis desgostos, há aqueles que zombam contra o sexo feminino e desprezam o casamento, há àqueles que abandonam as mulheres que tomaram por esposa e fogem de todos os cuidados para com os filhos.

O ordenamento divino destaca que a esposa é um edifício, por meio do qual tudo é edificado na casa, onde por meio dos seus serviços e da sua ajuda cria-se os filhos. As mulheres edificam o homem. Elas são um ninho onde os homens vivem com prazer.

Moisés acrescentou: “e a trouxe a ele”.

Quem é esse que trouxe?

Jeová Elohim - isto é, todo o ser divino, Deus Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Se lá no paraíso Deus constatou a importância e necessidade de uma assistente. A pecaminosidade está levando muitos a entenderem que não precisam de tal ordem e instituição.

É preciso lembrar que é possível viver castamente sem se casar.

Eva é trazida para Adão pelo próprio Deus e é muito surpreendente que Adão considera a mulher como uma parte dele: “Esta é osso dos meus ossos, e carne da minha carne”.

Esse belo poema foi dito por alguém que entende a obra e a criação de Deus, de um homem justo e sábio, cheio do Espírito Santo. São palavras que revelam que o homem tem um edifício terreno e uma morada na mulher.

A palavrinha “agora sim” (Gn 2.23) expressa o afeto masculino. É como se Adão estivesse dizendo: não estou sozinho. Agora eu sei como Deus edifica minha vida e minha espécie.

Adão louva e glorifica a Deus por ter edificado para ele uma ajudante e companheira a partir de seu corpo.

A palavra Isch significa homem, e Adão diz que sua auxiliadora, deveria chamar ischah. Ou seja, uma mulher valente e viril que pode fazer coisas viris.

Nesta palavra está a descrição maravilhosa e adorável do estado civil: tudo o que o homem tem, a mulher também é dona, e, portanto, não só têm os seus bens em comum, mas também os filhos, alimentação, comida e bebida, cama, casa e lar. O homem só se diferencia da mulher pelo gênero. Pelo que o homem tem em casa e está nela, a mulher também tem e é.

A mulher se iguala ao homem nos cuidados, na alimentação e em todos os tipos de tarefas domésticas e administrações domésticas.

O capítulo 2 de Gênesis sublinha o trabalho do sexto dia com um pouco mais de clareza. Como o homem e a mulher foram criados e com conselhos especiais e bem pensados. Amém

 

Edson Ronaldo Tressmann

Baseado no comentário de Gênesis de Martinho Lutero. Traduzido por

Cildo Miro Schmidt.

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Oportunidade de me aproximar de Deus e ir em busca do meu próximo!

 Décimo Nono Domingo após Pentecostes

29 de setembro de 2024

Salmo 104.27-35; Números 11.4-6,10-16,24-29; Tiago 5.13-20 Marcos 9.38-50

Texto: Tg 5.13-20

Tema: Oportunidade de me aproximar de Deus e ir em busca do meu próximo!

 Em meio as situações corriqueiras, tais como: sofrimento, alegria, doença, desvio da igreja, o que fazer?

Se algum de vocês está sofrendo, ...” (Tg 5.13)

Se alguém de vocês está contente, ...” (Tg 5.13)

Se algum de vocês estiver doente,” (Tg 5.14)

Se algum de vocês se desviar da verdade, ...” (Tg 5.19)

 

Se algum de vocês está sofrendo, ore” (Tg 5.13)

Através dos historiadores recebemos a informação de que Tiago era um homem dedicadíssimo a oração.

Orar é uma atitude em que se dobra os joelhos, em sinal de fraqueza diante de alguém superior.

Em oito versículos (Tg 5.13-20) Tiago, irmão do Senhor Jesus, usou a palavra oração sete vezes. Tiago inicia e termina sua carta falando sobre oração (Tg 1.5 e Tg 5.13-20).

No Segundo Mandamento do decálogo (Ex 20), Deus incentiva a oração. Em especial no momento de aflição.

Por qual motivo somos exortados a orar no momento de aflição?

Pelo simples fato de muitos indicarem as mais variadas alternativas. E muitas dessas vão contra a Palavra de Deus.

É comum diante de um problema no casamento ou na vida pessoal, a revelação de um apostolo ou vidente ser: “alguém fez uma macumba muito forte”.

E a pessoa debilitada pelo problema, sem forças para raciocinar, ante essa suposta revelação do “apóstolo visionário não sei das quantas” indicar alternativas para reverter a situação.

Está sofrendo? Algo tão corriqueiro entre nós ter alguém sofrendo. Tiago exorta: “Se algum de vocês está sofrendo, ore...”.

Por que orar no sofrimento?

Porque sofrimento atrai murmuração.

Exemplo de pessoas que oraram no sofrimento:

- Jacó orou as margens do Jaboque (Gn 32.23-32);

- Moisés orou na dor por causa do pecado do povo (Êx 32-34);

- Josafá cantou no calor de uma batalha (2Cr 20.21);

- Davi, e algum outro salmista orou por causa da sua culpa (Sl 51; 130)

- Daniel, orou pela culpa e aflição do povo de Deus (Dn 9.1-19);

- Paulo e Silas cantaram na prisão (At 16.25);

Se algum de vocês está sofrendo, ore”.

O sofrimento, permitido da parte da Deus, nos presta um bom serviço, pois nos leva à oração. Muitos hospitais já ouviram belas orações.

Um dos amigos de Jó, Eliú disse: “Os homens, quando são perseguidos por todos os lados, gemem e gritam, pedindo que alguém os livre das mãos dos poderosos; porém não voltam para Deus, o seu Criador, que dá forças nas horas mais escuras” (Jó 35.9-10).

A oração é importante, fundamental e necessária no sofrimento. Orar é confessar que alguém está cuidando do nosso problema.

Se alguém de vocês está contente, cante hinos de agradecimento” (Tg 5.13).

Observemos essas duas frases “se algum ... se alguém de vocês ...” (Tg 5.13). Essa frase mostra que nem todos sofrem e nem todos estão contentes ao mesmo tempo. Outro detalhe: o sofrimento me leva à oração e a alegria à cantar hinos.

Os que sofrem oram e alegres cantam hinos. Que belo culto!

Tiago segue dizendo: “Se algum de vocês estiver doente, que chame os presbíteros da Igreja, para que façam oração e ponham azeite na cabeça .... confessem seus pecados...” (Tg 5.14-16).

Observem atentamente:

Sofrimento me leva à oração;

Alegria me leva à cantar;

Doença me conduz à confissão dos pecados;

Sofrimento, alegria e doença só me levam a Deus. O ponto é que muitas vezes, o sofrimento me conduz para mais sofrimento, pois não me volto para Deus. A alegria me conduz a tristeza, pois não louvo. A doença me leva a adoecer da alma, pois não confesso meus pecados.

Querido irmão e irmã em Jesus:

O que fazer na hora da doença?

Sabemos de cor o número do SAMU (192).

O que fazer na hora da doença?

Ligar para um médico de nossa confiança ou levar o paciente rapidamente ao hospital.

O que fazer na hora da doença?

Tiago aconselha: “Se algum de vocês estiver doente, que chame os presbíteros da igreja, para que façam oração e ponham azeite na cabeça dessa pessoa em nome do Senhor. Essa oração, feita com fé, salvará a pessoa doente. O Senhor lhe dará saúde e perdoará os pecados que tiver cometido. Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e façam oração uns pelos outros, para que vocês sejam curados. A oração de uma pessoa obediente a Deus tem muito poder” (Tg 5.14-16).

Há alguém doente? Chame o pastor para que haja oração e principalmente oportunidade para confissão dos pecados.

A doença traz consigo a solidão e a acusação dos pecados, por isso, na oração se é recomendado chamar o presbítero para que haja oportunidade de confissão e perdão.

Quem já ficou hospitalizado sabe o tipo de roupa que se usa no hospital. Na verdade, se fica praticamente nu. A doença faz isso em relação a Deus, a pessoa se desnuda por completo. É uma oportunidade ímpar para confessar os pecados que está acusando o doente.

Tenho vivido momentos maravilhosos com pessoas no leito da morte.

Quando alguém estiver doente, lembre-se de avisar o pastor. Ele irá rapidamente ao local para conversar coma pessoa. Ao avisar o pastor, deixe o paciente sozinho com o pastor, pois ele quer falar coisas que não quer que você escute. A visita do pastor é para o doente, não para o que está são, que muitas vezes quer falar mais que o paciente.

A doença é uma oportunidade para curar a alma pela confissão e perdão.

...se algum de vocês se desviar da verdade, e o outro o fizer voltar para o bom caminho...salvará da morte esse pecador e fará com que muitos pecados sejam perdoados” (Tg 5.19).

Em meio as situações corriqueiras, tais como: sofrimento, alegria, doença, desvio da igreja, o que fazer?

Orar;

Cantar hinos;

Confessar os pecados;

Ir em busca do perdido;

Se o sofrimento, a alegria e a doença me levam à Deus. O irmão desviado me leva ao seu encontro. Deus é missionário! O apostolo Paulo escreveu: “Ele quer que todos sejam salvos e venham a conhecer a verdade” (1Tm 2.4). Jesus disse: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar quem está perdido” (Lc 19.10).

É comum encontrar corrimão nas casas. Com a população ficando idosa, os corrimões são artigos necessários numa casa.

Um dos maiores causadores de acidentes domésticos são as quedas. Milhares de pessoas morrem por ano decorrente de uma queda que levam a fraturas graves e algumas até incuráveis e outras que levam a morte.

O cristão também corre risco de cair.

Na carta aos Galátas, o apostolo Paulo escreveu aconselhando que é preciso falar de Deus para um desviado (Gl 6.1) e, Tiago escreve dizendo que é preciso falar do desviado para Deus (Tg 5.19).

Há um sério risco de desviar-se da verdade - Portanto, aquele que pensa que está de pé é melhor ter cuidado para não cair” (1Co 10.12). O autor a carta aos Hebreus escreveu: “por isso devemos prestar mais atenção nas verdades que temos ouvido, para não nos desviarmos delas” (Hb 2.1).

Tiago alerta para o fato de que quem está afastado da verdade, além de enveredar-se no pecado está na morte eterna. E, se uma pessoa cristã fizer com que esse desviado retorne a Cristo, tirará essa pessoa da morte eterna.

Cuidado para não cair e ore pelos que caíram.

Em sua exortação aos que se afastaram da verdade e que estão longe do Senhor (Mc 9.42-50), Jesus diz: “... se o sal perder o gosto, como é que vocês poderão lhe dar gosto de novo? ...” (Mc 9.50). Por isso, Jesus aconselha “tenham sal em vocês mesmos e vivam em paz uns com os outros” (Mc 9.50).

Quão maravilhoso foi aprender como agir em meio as situações corriqueiras, tais como: sofrimento, alegria, doença, desvio da igreja, o que fazer.

Ore;

Cante hinos;

Confesse os pecados;

Ir em busca do perdido;

Se caso eu esteja sofrendo, alegre ou doente, estou tendo a oportunidade de me aproximar de Deus, orando, cantando hinos e confessando meus pecados. Se porventura, sei que meu irmão está afastado, tenho uma grande oportunidade de ir ao seu encontro, conduzi-lo para um bom caminho e orar por ele. Amém

Edson Ronaldo Tressmann

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segunda-feira, 16 de setembro de 2024

“...coloquei a minha causa nas tuas mãos” (Jr 11.20)

 22 de setembro de 2024

Décimo oitavo Domingo após Pentecostes

Salmo 54; Jeremias 11.18-20; Tiago 3.13-4.10; Marcos 9.30-37

Texto: Sl 54 e Jr 11.20

Tema: ...coloquei a minha causa nas tuas mãos” (Jr 11.20)

 

É comum passarmos por situações, tais como: atraso na entrega de uma compra; cobrança duplicada de boleto; ... Nem sempre a solução é amigável e simplista. Por não saber lidar com isso, a busca para uma solução, ou, fazer valer os nossos direitos, o advogado se torna indispensável.

Nós, leigos na área jurídica, não conseguimos compreender o sistema jurídico com suas complexidades e nuanças.

É natural alguém que enfrentou uma situação delicada, tal como, cobrança indevida, calúnia, difamação, ... dizer: a minha causa está nas mãos do advogado.

 

Davi enfrentou uma situação muito delicada. Os Zifeus delataram seu esconderijo entre as montanhas de Judá.

Zife era um local estratégico para a defesa militar. E por ser perseguido por Saul, era estratégico Davi se refugiar em meio as montanhas de Zife. Estar naquela localidade transmitia segurança para Davi. Todavia, os Zifeus traíram Davi, revelando para Saul onde Davi estava.

Para escapar da morte, Davi teve que fugir novamente.

Da maneira como muitos têm sua causa nas mãos do advogado. Davi, orou: “Que Deus faça com que a maldade dos meus inimigos se vire contra eles mesmos! Ele é fiel e por isso os destruirá” (Sl 54.5) e o eco dessa oração dita por Jeremias: “...coloquei a minha causa nas tuas mãos” (Jr 11.20).

No Salmo 54 temos uma oração por libertação.

Você tem colocado a sua causa diante de Deus?

Tanto Davi, quanto Jeremias apelaram para o poder de Deus.

Davi, no Salmo 54, em sua oração descreve o que o incomoda e qual é a sua necessidade (Sl 54.3).

O profeta Jeremias disse: “...coloquei a minha causa nas tuas mãos” (Jr 11.20), Davi orou: “Eu sei que é o Senhor Deus quem me ajuda...” (Sl 54.4).

O apostolo João em sua carta (1Jo 2.1) descreve que Jesus é o nosso advogado.

Advogado” conforme a origem da palavra grega é paráclito (Παράκλητον) e significa “chamado em socorro de alguém”.

Jesus é àquele no qual a nossa causa está em suas mãos. Ele é quem nos socorre todos os dias.

A causa da salvação foi deixada nas mãos de Jesus e Ele realizou sua obra redenção. E por ser nosso redentor, também as coisas diárias podemos, como o profeta Jeremias: “...coloquei a minha causa nas tuas mãos” (Jr 11.20) e orar como Davi: “Eu sei que é o Senhor Deus quem me ajuda...” (Sl 54.4). Amém

Edson Ronaldo Tressmann


segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Te amo Senhor Deus!

 15 de setembro de 2024

Décimo sétimo Domingo após Pentecostes

Salmo 116.1-9; Isaías 50.4-10; Tiago 3.1-12; Marcos 9.14-29

Texto: Salmo 116

Tema: Te amo Senhor Deus!

 

Quando foi a última vez que você disse para outra pessoa: eu te amo?

Não adianta um olhar para o outro como que querendo lembrar!

Quando foi a última vez que você disse para Deus: eu te amo Senhor?

Eu amo a Deus

- porque ele me ouve;

- ele escuta as minhas orações.

- Ele me ouve sempre que eu clamo pedindo socorro.

Você possui o hábito de orar?

Você crê no poder da oração?

Você já obteve resposta de Deus ante as suas orações?

A resposta de Deus a uma oração pode vir de mil maneiras e de forma inesperada!

A pessoa fez o exame por causa de uma suspeita médica, e o resultado da biópsia indica que não era àquilo que o médico temia. Será que o médico errou? Possivelmente tenha sido Deus.

Situações difíceis nos ensina o quanto dependemos da graça de Cristo. Deus aperfeiçoa a pessoa na fraqueza. Minha vida cristã têm sido uma luta constante contra a minha fraqueza e quão terrível é essa minha fraqueza. O apostolo Paulo escreveu que os sofrimentos produzem a paciência (Rm 5.3).

Vivemos numa correria tão louco que muitas vezes não encontramos momento ou até mesmo palavras para orar. O apostolo Paulo escreveu aos Romanos: “em nossa fraqueza, pois não sabemos orar segundo a vontade de Deus, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos que não podem ser expressos em palavras” (Rm 8.26).

Deus ouve as orações e possui mil e uma maneira de responder as orações. O apostolo Tiago escreveu: “A oração de um justo tem grande poder e produz grandes resultados” (Tg 5.16).

O Salmo 116 é um Salmo sobre o poder da oração.

Não se sabe quem foi o autor desse Salmo, mas, quer seja quem tenha sido, o mesmo, passou por uma experiência na qual sua vida esteve em jogo.

Parece ter sido algo relacionado a sua saúde, quer seja física ou mental: “Os laços da morte estavam me apertando, os horrores da sepultura tomaram conta de mim, e eu fiquei aflito e apavorado” (Sl 116.3).

A enfermidade foi tão avassaladora a ponto de o salmista destacar que os “laços da morte o estavam apertando” (Sl 116.3) e “estou completamente esmagado” (Sl 116.10).

Uma pessoa doente fisicamente ou psicologicamente é uma pessoa difícil de lidar.

Temos o exemplo bíblico de Jó. Quando esse homem foi abalado por uma enfermidade, além de já ter perdido seus filhos, empregados e bens, seus amigos buscaram a causa de tal infortúnio nas ações de Jó e o viam como sendo uma amaldiçoado por Deus. Mesmo na doença, Jó teve que lidar com a desilusão da acusação dos seus amigos íntimos.

Interessante que Jesus também foi visto como o amaldiçoado de Deus quando foi pendurado na cruz.

Querido irmão e irmã em Jesus.

Tudo muda do nada!

- Amigos se tornam acusadores;

- Relacionamento conjugal passa a ficar complicado; - - Um problema sério de saúde;

- Finanças;

Quando se está afogando, parece que só aparece àqueles que querem pisar e afogar mais! Te amo Deus, pois me ouve; escuta as minhas orações. Ele me ouve sempre que eu clamo pedindo socorro” (Sl 116.1-2). Ainda temos a Deus à quem podemos estender as mãos!

No Salmo 116 o salmista enfatiza que Deus respondeu sua oração de forma surpreendente.

A oração muda cenários.

Observe a mudança de cenário nos versos 3 - 4 para o 8 do Salmo 116. “Os laços da morte estavam me apertando, os horrores da sepultura tomaram conta de mim, e eu fiquei aflito e apavorado. Então clamei ao Senhor, pedindo: “Ó Senhor Deus, eu te peço: Salva-me da morte!” ... Deus me livrou da morte, fez parar as minhas lágrimas e não deixou que eu caísse na desgraça” (Sl 116.3-4,8).

Te Amo SENHOR!

- ouve a minha voz e as minhas orações;

- se inclina para ouvir,

- orarei enquanto viver.

(Sl 116.1-2)

O apostolo João na sua primeira carta escreveu que “Nós amamos porque Deus nos amou primeiro” (1Jo 4.19). Ao ler o salmista escrever: “Eu amo a Deus” descobrimos que esse amor do salmista deve-se a três coisas provenientes de Deus: 1 – amor de Deus (nos ouve); 2 – o sustento da fé (se inclina para ouvir); 3 – conforto da graça (orarei enquanto viver).

O Salmo 116 descreve um pecador que foi salvo num momento de desespero.

O Salmo 116 era lido em momentos em que se celebrava a salvação do pecado. Era lido e cantado durante a celebração da Páscoa. Alguns dizem que o Salmo 116 foi cantado por Jesus e seus discípulos por ocasião da última ceia, remetendo o leitor ao evento da libertação em Jesus.

O Salmo 116 é uma poesia que descreve a salvação e o Deus Salvador.

Deus ama seu povo! Esse amor é tão profundo que pagou o preço máximo na cruz.

Entre todas as orações ouvidas e atendidas por Deus, a maior de todas é a oração da cruz: “Jesus, lembre de mim quando o senhor vier como Rei!” (Lc 23.42).

Te Amo SENHOR!

- ouve a minha voz e as minhas orações;

- se inclina para ouvir,

- orarei enquanto viver.

(Sl 116.1-2)

Amém!

 

Edson Ronaldo Tressmann

Retrato de Jesus Cristo vivido pela Igreja!

 

15 de setembro de 2024

Décimo sétimo Domingo após Pentecostes

Salmo 116.1-9; Isaías 50.4-10; Tiago 3.1-12; Marcos 9.14-29

Texto: Is 50.4-10

Tema: Retrato de Jesus Cristo vivido pela Igreja!

 

Cada obra de arte é única. Há algumas características que apreciam ou depreciam o real valor de uma obra de arte. Para se determinar o valor real de uma obra, é necessária a análise de um profissional com conhecimento técnico e experiência.

Qual valor dessa tela de arte?



O artista responsável por essa tela de arte foi o profeta Isaías, do século VII antes de Cristo. Que com uso de letras hebraicas pintou essa excelente e magnifica pintura.

Esse belo quadro em letras escritas no couro pelo profeta Isaías, se observadas atentamente mostram a figura de Jesus Cristo e da situação real da igreja.

Vamos visualizar Jesus nessa tela pintada por Isaías.

O Senhor Deus me deu língua de eruditos, para que eu saiba dizer boa palavra ao cansado” (Is 50.4). “Ofereci as costas aos que me feriam e as faces, aos que me arrancavam os cabelos; não escondi o rosto aos que me afrontavam e me cuspiam” (Is 50.6).

Essa tela destaca com precisão um hino de lamentação. E como é em toda a Bíblia, uma lamentação é sempre lamentação na presença de Deus. Por essa razão, não é por acaso que esse hino contém fortes elementos de confiança.

O quadro do servo sofredor que não está presente só nesse texto, mas é um quadro pintado desde Isaías 42 até 53, observa-se que Jesus seria o enviado da parte do pai para sofrer.

A implicação do servo sofredor é que o sofreria por algo e alguém.

Como é salutar essa mensagem em nossos dias, afinal, muitos compreendem que a ausência de sofrimento é explicada como consequência da obediência à vontade de Deus e o sofrimento é um sinal de desobediência a Deus. Se esse entendimento fosse correto, o que dizer sobre Jesus? Ele é o Filho de Deus e sofreu (Fp 2).

O real valor dessa obra de arte do profeta Isaías está no entendimento de que é preciso ter cuidado, pois, o sofrimento e a cruz de Jesus é também o sofrimento e a cruz de sua igreja (o corpo de Cristo).

Não se esqueça que não há igreja cristã e cristãos sem sofrimento.

Descrever o servo sofredor e os servos desse servo sofredor é destacar que (Is 50.5b-7) tudo está centrado ao redor do sofrimento que envolve o preço pago pelo servo sofredor e quem serve a esse servo está sujeito aos mesmos sofrimentos.

A promoção da obra do servo sofredor está no seu sofrimento. E todo que está no caminho do servo sofredor, sofre (Fp 3.10ss).

Os dados confirmam que apesar de olharmos para o passado e relembrar o martírio de muitos cristãos, não houve maiores perseguições que no século XX e que estão se repetindo no século XXI. Todavia, a mensagem do quadro do profeta Isaías destaca que: “...se o caminho em que andam é escuro, sem nenhum raio de luz, confiem no Senhor, ponham a sua esperança no seu Deus” (Is 50.10).

Jesus, o servo sofredor, veio para sofrer para que os servos não sofram eternamente.

Recorde-se que ser cristão envolve carregar uma cruz. Não há igreja cristã e cristãos sem sofrimento.

Tempos atrás alguém comentou: há um casal que mora do outro lado da rua em que moro que nunca brigou, vivem bem, não discutem. E eles nem sequer seguem uma igreja. E eu e minha esposa que estamos constantemente na igreja, sofremos com discussões no casamento. Após ouvir a pessoa, comentei. Primeiro: só conhece as goteiras da casa quem mora nela. Segundo: a tentação é abandonar a igreja, pois não seguir o caminho de Jesus não traz sofrimentos. E eu não quero sofrer.

Estamos inseridos no espírito da época em que é preciso ser amado, reconhecido e aclamado. Dessa forma, ao seguir o caminho do servo sofredor e nos deparar por causa de Jesus com o sofrimento parece ser lógico e tentador abandonar o caminho cristão. Servir o mestre sofredor Jesus envolve não experimentar apenas honra, mas também incompreensão, desprezo e vergonha.

O sofrimento precisa ser olhado a partir da cruz de Cristo. Jesus Cristo sofreu, mas não foi um derrotado. Da mesma forma nós não somos derrotados.

A igreja é uma comunhão com Cristo, tanto no sofrimento, bem como na glória. Vivemos por Jesus Cristo, o qual “...embora tenha sido crucificado em estado de fraqueza, Cristo vive pelo poder de Deus. Assim nós também, unidos com ele, somos fracos; porém, em nossa convivência com vocês, estaremos ligados com o Cristo vivo e teremos o poder de Deus para agir” (2 Co 13.4). Amém

Edson Ronaldo Tressmann

“nenhum profeta é bem recebido na sua terra” (Lc 4.25)

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