28 de março 2021
Domingo
de Ramos
Salmo
118.19-29; Zacarias 9.9-12; Filipenses 2.5-11; Marcos 15.1-47
Texto:
Superado sentimentos de divisão e rivalidade!
Tema:
Fp 2.8
Está escrito: “a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e
morte de cruz” (Fp 2.8).
Jesus é igual a Deus. Jesus é Deus. Essa
qualidade é sua. Jesus é um com o Pai desde a eternidade. Porém, esvaziou-se a si
mesmo, tomando forma de servo; fazendo-se semelhante a homens.
Jesus - sendo Deus, tendo a forma de Deus -
esvaziou-se a si mesmo. Como Deus, tem tudo para si. Mas, por causa do seu amor
por nós, se esvaziou a si mesmo. Jesus, esvaziou-se a si mesmo de toda glória,
honra e majestade que o envolvia como Deus.
Ele
negou-se a si mesmo.
Deus precisa negar-se a si mesmo? Pode Deus negar-se a si mesmo? Por um lado não.
Ouça o que Paulo escreveu: “Se formos infiéis, Ele permanece fiel; não pode negar-se
a si mesmo” (2Tm 2.13). Assim, por um lado, Deus não pode negar-se a
si mesmo. Mas, por outro lado sim. Por causa do seu amor por nós, Jesus
dispôs-se a colocar isto de lado e abrir mão dos direitos que corretamente são
seus como Deus. Ele estava disposto a deixar todas estas coisas, e isto
significa negar-se a si mesmo.
Ele
tomou a forma de servo.
Deus tem todos os direitos. Jesus, por amor a
nós desistiu de todo o direito que lhe pertencia e tomou a forma de servo. Muitas
vezes, em nossa humildade, ao perder algum direito, rapidamente nos levantamos
em defesa deles. Jesus, abriu mão dos seus direitos por amor a nós.
A palavra servo,
refere-se a um escravo. Um escravo era uma pessoa que não tinha absolutamente
nenhum direito, nem sequer à vida. O Filho de Deus, que tem todo o direito,
abriu mão do seu direito como Deus e se tomou um servo verdadeiro, sem
quaisquer direitos, nem mesmo à própria vida, pois ele a entregou por nós. Que
esvaziar-se!!
Esvaziar-se
para que o outro fique cheio.
Epafrodito, junto aos donativos que trouxe para
Paulo na prisão, trouxe também algumas inquietações e problemas que àqueles
cristãos estavam enfrentando. Por mais amorosos que estivessem sendo, a
congregação entre os filipenses, corria o perigo da divisão interna.
Essa desunião poderia dar-se devido a fatores
externos (Fp 3.1-3, falsos mestres) e, por fatores internos (Fp 4.1-3, membros
que não se entendiam).
Assim, o apostolo escreve essa carta da alegria
para estimular, a fim de que todos se mantivessem unidos e eliminassem a
divisão e rivalidade.
Como superar sentimentos de divisão e rivalidade? Esvaziando-se.
Jesus é Deus e esvaziou-se para nos encher. E nós, nos colocamos no pedestal para sermos
aplaudidos e vangloriados.
Se colocar acima do outro gera tristeza,
desunião, desavença, rancor e ódio. Esses problemas precisam ser evitados. E
não pode ser através de regras ou imposições, mas, tão somente dando ouvidos e
atenção a palavra de Deus a qual anuncia “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade,
considerando cada um os outros superiores a si mesmo”
(Fp 2.3). Jesus, não tomou partido para si mesmo. Ele esvaziou-se a ponto de
entregar sua própria vida (Fp 2.8).
Como superar sentimentos de divisão e rivalidade? Mantendo a humildade.
Andrew Murray escreveu certa vez que a pessoa
humilde não é aquela que faz pouco caso de si mesma, mas simplesmente pensa na
outra pessoa primeiro.
Outros é a
palavra-chave desse capítulo 2 da carta de Paulo aos Filipenses (Fp 2.3-4). Os
olhos dos cristãos não estão voltados para o seu próprio umbigo, mas para as
necessidades dos outros. Foi a
nossa necessidade que levou Cristo a esvaziar-se.
Como superar sentimentos de divisão e rivalidade? Sendo submisso.
Jesus esvaziou-se e isso o fez ser submisso. O
apostolo, querendo estimular aquela congregação a vencer o espírito
separatista, escreveu sobre quatro exemplos de submissão. Jesus Cristo (Fp
2.1-11); ele próprio, Paulo (Fp 2.12-18); Timóteo (Fp 2.19-24) e Epafrodito (Fp
2.25-30).
Ser submisso a alguém é servir com amor (2Co
4.5).
Em Jesus, fundamento da vida cristã, o apostolo
Paulo escreve a carta da alegria para que os cristãos vençam o desejo de
separação e exclusividade que apenas gera conflito. A partir de Cristo,
aconselha os cristãos a vencerem os sentimentos separatistas pensando uns nos
outros (Fp 2.5-6); servindo aos outros (Fp 2.7); se esvaziando em prol do outro
(Fp 2.8); e glorificando a Deus (Fp 2.9-11).
Está escrito: “a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e
morte de cruz” (Fp 2.8). Amém!
ERT
Edson Ronaldo TREssmann
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