sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Deus não está Distante!

 Salmo 67; Isaías 56.1,6-8; Romanos 11.1-2, 13-15, 28-32; Mateus 15.21-28

Texto Base: Mateus 15.21-28

Tema: Deus não está distante!

 

Aqui no Brasil estamos no quinto mês dessa Pandemia. Coisas que antes eram corriqueiras tornaram-se distantes nesse tempo. Escolas Públicas, rapidamente migraram para o ensino a distância. Supermercados passaram a vender a distância, via wathsap.

Você sabia que Jesus realizou durante o seu ministério duas curas a distância? Mateus 8.5-13; 15.21-18. O servo do centurião e a filha dessa mulher sírio fenícia.

Essas curas a distância não mostra apenas o poder de Deus, mas, a fé, a grande fé de duas pessoas que não eram judias e mesmo assim criam.

Merece destaque o fato de Mateus, que escrevendo para judeus, relata esses dois episódios em que o próprio Jesus Cristo elogio a fé.

Antes da Pandemia, a sociedade já vivia um certo distanciamento decorrente do individualismo. Eis que agora o distanciamento se dá pelo medo.

Dias atrás passei pelo COVID-19. É digo que o pior dessa doença é o isolamento, o distanciamento de quem amamos. O isolamento de uma pessoa doente é forçado, você não quer, gostaria de ter amigos e parentes por perto, mas não pode tê-los.

A mulher sírio fenícia vivia um certo isolamento por parte dos judeus. Por ser mulher, jamais receberia a atenção de um rabino judeu. Os discípulos estavam incomodados com sua gritaria e queriam que Jesus a atendesse logo. Ela jamais poderia ter se aproximado chamando Jesus de “Senhor, filho de Davi” (Mt 15.22).

Havia muitos empecilhos que isolavam os judeus dos gentios. E a fama de Jesus se espalhou e aquela mulher só tinha uma alternativa, ir ao encontro de Jesus para buscar socorro para sua filha. Barreiras e obstáculos humanos poderiam impedi-la de achar graça diante de Deus, mas, nada supera a fé, a certeza de coisas que não se veem (Hb 11.1).

A fé cegou seus olhos para as barreiras e os obstáculos e abriu seus olhos e sua boca persistente.

Jesus conhecia a fé dessa mulher. O seu suposto silêncio, as supostas palavras duras, foram justamente para leva-la a confissão e ouso dizer que é uma das mais belas confissões de fé registrada na Bíblia.

Uma mulher gentia, parecia distante de Deus e não merecedora da atenção e misericórdia de Deus, afinal, não observava a lei e não fazia parte do povo de Deus. Mas, havia nela algo que a aproximava de Deus: Fé em Jesus! Tanto que ela se aproximou exclamando o que muitos judeus estavam ignorando: “Senhor, filho de Davi” (Mt 15.22). Em outras palavras, você é o prometido de Deus.

Nessa fé, a mulher suplicou, suplicou e confessou!

Enquanto que os judeus tratavam os gentios como “cães,” ou, os consideravam impuros, Jesus deu lhe a oportunidade de confessar com sua boca o que tinha em seu coração. Assim, ao citar o exemplo do “cachorrinho,” Jesus Cristo não está falando de um animal imundo, de rua, assim como os judeus, mas de um cachorrinho de estimação. Dessa forma, a mulher compreendendo pela fé o recado de Jesus, diz: Senhor, filho de Davi, prometido de Deus. É verdade que como gentia eu não posso me assentar a mesa para comer o pão, mas, como um cachorrinho de estimação me alimento das migalhas que me satisfazem.

Quão grande é a sua fé!

Essa frase contraste ao episódio ocorrido anteriormente, onde Jesus caminha sobre as águas e Pedro vacila e é repreendido por Jesus como sendo “homem de pequena fé” (Mt 14.31).

Muitas pessoas sentem-se isoladas e distantes de Deus por dizerem que tem uma fé pequena. Não importa, o tamanho da fé, se podemos dizer assim. Toda fé, mesmo que seja uma fagulha, me aproxima de Deus e me dará a salvação.

Deus tomou e toma a iniciativa para me aproximar dele. Por isso, deixou-nos a Pregação e o Batismo. Pelo poder do Espírito Santo, Deus nos presenteia com a fé (Ef 2.8). Essa fé vai sendo alimentada, para que possamos enfrentar as armadilhas do nosso inimigo e sobressair-se diante das provações. E aqui a fé precisa estar firme. Afinal, se estivermos fracos na fé, qualquer outra alternativa que nos for dada, será uma âncora que nos conduzirá para mais fundo ainda.

Jesus alertou sobre o perigo que corremos. Ele nos convidou a confiar nEle acima de todas as coisas (Primeiro Mandamento), afinal, muitas são as situações diárias que podem nos afastar da fé e nos fazer tomar o nome de Deus em vão (Segundo Mandamento).

Pelo batismo fui tornado filho e filha de Deus. O Espírito Santo me presenteou com a fé. Aproximou-me de Deus. No entanto, é preciso relembrar a rodovia de mão dupla que Jesus nos disse para seguir: “batizando-os e ensinando-os” (Mt 28.19-20).

Ambos, batismo e Pregação, ensino, nos dão a fé. Mas, o ensino, a pregação, nos faz permanecer na fé e firmar nossa fé. a pregação, o ensino, é alimento para a fé que enfrenta os mais variados ataques durante a semana. Deus disse: “Vocês têm seis dias para trabalhar, porém não trabalhem no sétimo dia, nem mesmo no tempo de arar ou de fazer a colheita” (Ex 34.21; Lv 23.3; Dt 5.13-14).

Esses dias dando uma olhada em algumas anotações, eis que encontrei uma oração escrita por minha esposa que registrou a data da oração (27/11/2016). Como havíamos perdido o primeiro filho, muito abalada ainda e confiante, escreveu: Uma carta para Jesus.

Peço meu Deus, esteja me ouvindo. O Senhor sabe o meu maior desejo. Realiza meu sonho e me dê o maior de todos os presentes. Deixe eu colocar mais um nome em minha família. Eu e meu esposo agradecemos. Mostre-me o sinal que tanto preciso. Obrigado Pai por tudo. Amém!

Veio outra gravidez e mais um aborto retido. Outra gravidez, outro aborto retido.

Querido irmão e irmã em Jesus! Aquele aparente silêncio de Deus. Quando Deus parece demorar a nos atender e antes de atender, fala coisas que incomodam. Então! Tudo isso é para nos levar a suplica e a confissão. Jesus não está distante. Ele prometeu estar conosco todos os dias, até o fim dos tempos! (Mt 28.20). Amém!

ERT

Edson Ronaldo TREssmann

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