segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Dia de Lembrança!

20 de novembro de 2016
Ultimo Domingo do Ano da Igreja
Salmo 46; Malaquias 3.13-18; Colossenses 1.13-20; Lucas 23.27-43
Tema: Dia de lembrança!

         A tecnologia avançou, mas a mesma através da rede social facebook constantemente faz relembrar fatos ocorridos a alguns anos atrás. Por mais que se tenha perdido o hábito de olhar álbuns fotográficos, a humanidade em seu avanço tecnológico precisa constantemente relembrar. Relembrar o passado é reviver com intensidade!  
         O próximo final de semana, o último domingo no calendário eclesiástico é considerado o domingo da lembrança. O último domingo da igreja é considerado o “Domingo do Cristo Rei”.
         Essa designação é uma viva expressão de fé. Uma fé confessante, ou seja, o ano “terminado” foi um ano abençoado pelo Cristo Rei. O Cristo vencedor da morte, do diabo e do mundo, aquele que ressuscitou, governou o ano e sua igreja.
         O último domingo da igreja é o domingo de lembrança – a lembrança de que é “o Cristo Rei” que os cristãos seguem e confessam.
         Quem e qual é o Cristo Rei que os cristãos seguem e confessam?
         Essa questão precisa ser refletida e respondida com muita calma. Para tal, é preciso relembrar as palavras anunciadas pela carta do apóstolo Paulo aos Colossenses (Cl 1.13-20), também as palavras do evangelista Lucas (Lc 23.27-43). As palavras anunciadas por esses dois homens inspirados pelo Espírito Santo, lembram e relembram o Cristo Rei.
         O apóstolo Paulo relembra aos Colossenses que “Ele (Jesus) nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Cl 1.13).
           Jesus é o rei libertador das trevas, do domínio do diabo, do pecado e da morte eterna. O Rei Jesus domina no e pelo seu amor. Por causa desse amor, o apóstolo Paulo relembra que Jesus “transportou (e transporta) para o Reino do Filho do seu amor”.
         O “Filho do seu amor” é uma referência direta a obra do Cristo Rei. Jesus é o enviado de Deus para oferecer e dar a redenção.
     Redenção é um dos termos fundamentais da Bíblia. O mesmo compreende toda a história da salvação desde a remissão dos pecados até à ressurreição dos mortos. Redenção provém do latim “redimere” que é tradução do termo grego “lutrosis” ou “apolutrosis” e significa libertação através do pagamento de um resgate; soltura de quem está em escravidão ou prisão por dívida não paga.
          Ao escrever que os colossenses são “...filhos da promessa” o apóstolo Paulo relaciona os mesmos como descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Dessa maneira relembra aos Colossenses que eles eram escravos e foram libertados à exemplo da libertação da escravidão egípcia.
        É necessário lembrar e relembrar constantemente que “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados” (Cl 1. 13 – 14), afinal, ter sido transportado significa que o cristão foi redimido.
       A lembrança da redenção era necessária e urgente. Muitos cristãos colossenses eram ex gentios que haviam sido transportados para uma nova vida pelo perdão. A lembrança da redenção recolocaria aqueles cristãos na certeza da salvação, haj visto que muitos estavam sendo ameaçados pela heresia colossense. Uma heresia que havia desviado muitos do padrão doutrinário cristão. O desvio ocorreu por causa das muitas correntes de pensamentos de fora da doutrina. Essas correntes se infiltraram na igreja por serem atrativas (2.16 – 17; 2.11; 3.11; 2.21; 2.23; 2.18; 1. 15 – 20; 2.2 – 3.9; 2.2; 2.4,8). Muitos cristãos passaram a compreender que o evangelho precisava ser complementado por algo.
        Ao saber que por causa da distorção do entendimento quanto ao evangelho, alguns cristãos de Colossos haviam se desviado da verdade, o apóstolo Paulo escreve uma carta onde exalta a superioridade de Jesus Cristo. O apóstolo mostra que Jesus é Senhor da criação e da reconciliação, Jesus é o mediador entre Deus e os homens.
         Jesus é o Rei!
     Quando Jesus foi enviado para realizar a missão da salvação, a expressão “Jesus é Rei” passou a ser escandalosa. Os judeus não suportavam a ideia de que o Cristo Rei fosse humilde, indefeso e aparentemente fraco. Pilatos não acreditou (Jo 18.37) que aquele homem diante dele no tribunal era o tão esperado Messias dos judeus.
       Assim como Pilatos, os líderes religiosos também duvidaram: se tu és o Messias...desça da cruz ... (Mc 15.32). Os soldados manifestaram: salve, rei dos judeus! ... (Mt 27.29). Um bandido exclamou: não és tu o Cristo ... (Lc 23.39). Acima da cabeça de Jesus, n alto da cruz registram: o Rei dos judeus (Jo 19.19). E em meio a toda essa zombaria e descrença do Cristo Rei, de onde não se esperava, surgiu uma bela confissão: quando vieres no teu reino... (Lc 23.42, um ladrão arrependido).
       O último Domingo da Igreja é o domingo da lembrança: Jesus é o Rei! É o domingo onde o cristão é relembrado sobre o Jesus da cruz. É na cruz que o cristão descobre qual e quem é o Rei Jesus que segue e confessa.
         Os cristãos de todas as épocas esperavam que Jesus viesse em glória e com seu exército de anjos em majestade e glória para julgar os vivos e os mortos. Mas, o que muitos haviam esquecido é que antes desse dia que está por vir, era necessário passar pela cruz. Na cruz o cristão lembra e relembra o Cristo Rei.
       Jesus é o Rei enviado para se manifestar na cruz. Todos aqueles que creem que “Ele (Jesus) ... libertou do império das trevas e ... transportou para o reino do Filho do seu amor, ...” tem o que o Rei oferece e dá ... a redenção, a remissão dos pecados” (Cl 1. 13 – 14). Amém!

Rev. M.S.T. Edson Ronaldo Tressmann

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