segunda-feira, 18 de abril de 2016

Apocalipse - o Recheio do bolo! Parte 4. Novo Céu e Nova Terra.

24/04/16
5° Domingo de páscoa
S 148; At 11.1-18; Ap 21.1-7; Jo 16.12-22
Tema: Apocalipse - o recheio do bolo! Parte 4
Novo céu e Nova terra.


Então vi um novo céu e uma nova terra. O primeiro céu e a primeira terra desapareceram, e o mar sumiu. E vi a cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia do céu. Ela vinha de Deus, enfeitada e preparada, vestida como uma noiva que vai encontrar com o noivo. Ouvi uma voz forte que vinha do trono, a qual disse: - Agora a morada de Deus está entre os seres humanos! Deus vai morar com eles, e eles serão os povos dele. O próprio Deus estará com eles e será o Deus deles. Ele enxugará dos olhos deles todas as lágrimas. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. As coisas velhas já passaram. Aquele que estava sentado no trono disse: - Agora faço novas todas as coisas! E também me disse: - Escreva isto, pois estas palavras são verdadeiras e merecem confiança” (Ap 21.1-5)

       Uma breve introdução àquelas visões que seguem. Novo céu e nova terra aparecem diante dos olhos do apóstolo João, assim como profetizado pelo profeta Isaías (Is 65.17).
           Não significa que a terra em que vivemos e o céu serão aniquilados. Ele recriará novo céu e nova terra. Ap 21.5 ensina que Deus faz novas todas as coisas. Será assim também com os corpos colocados na sepultura. Eles serão renovados (2Pe 3.13).
         A voz que o apóstolo João ouve, mesmo vinda do trono de Deus, não é a voz do próprio Deus. É uma voz que fala com a autoridade de Deus. Essa grande voz fala: “Eis o tabernáculo de Deus com os homens.” Para os judeus, o tabernáculo era a moradia de Deus, simbolizava a presença de Deus no meio do povo.
         “Deus habitará com eles” – por 3 vezes é dito que Deus realmente habita com os seus. A presença de Deus com os seus no céu e na nova terra será direta, olho no olho. Novo céu e a nova terra é a eterna, íntima e bem-aventurada comunhão com Deus.
         Todos os medos que afligem o ser humano aqui na terra não existirão mais.
         Um dos apóstolos que não sabia quanta tribulação ainda iria enfrentar por ser seguidor de Jesus, ouve a boa notícia de que todas as coisas que assustam, terão um fim. Para João, preso em Patmos, era um conforto a visão do Novo céu e Nova terra.
         A felicidade no céu é inexplicável em palavras humanas, por isso, o apóstolo João a descreve com negativos, “não existirá mais...”.
         “E continuou: - Tudo está feito! Eu sou o Alfa e o Ômega, o Principio e o Fim. A quem tem sede darei água para beber, de graça, da fonte da água da vida. Aqueles que conseguirem a vitória receberão de mim este presente: eu serei o Deus deles, e eles serão meus filhos” (Ap 21.6-7)
         O apóstolo João escreveu o livro de Apocalipse no momento em que teve as visões. Somente em Ap 10.4 João recebeu a ordem de não escrever no exato momento em que viu. Apocalipse é uma reprodução fiel do que João viu e ouviu.
         Deus atesta a verdade contida em Apocalipse, “...porque estas palavras são fiéis e verdadeiras”. Todas as profecias se cumpriram, “Tudo está feito”. Foi uma longa caminhada desde a promessa no jardim do Éden até esta afirmação em Apocalipse 21.
         Nada existe sem Cristo. Ele assinou toda a história da salvação com seu sangue.
         Quando o texto diz: “Eu lhe serei Deus e ele me será filho” não indica que aqui nesse mundo não somos os filhos de Deus. Na verdade, a afirmação quer dizer que no céu entraremos em pleno uso da gloriosa herança, prometida aos que creem em Jesus (Rm 8.16 – 17). No céu, não haverá possibilidade de queda, eis a promessa: “...eu lhe serei Deus e ele me será filho”.
         Mas os covardes, os traidores, os que cometem pecados nojentos, os assassinos, os imorais, os que praticam a feitiçaria, os que adoram ídolos e todos os mentirosos, o lugar dessas pessoas é o lago onde queima o fogo e o enxofre, que é a segunda morte” (Ap 21.8).
         Para que não haja dúvida a respeito desse assunto, o versículo diz que “os que não crerem serão condenados”. Liga-se muito a salvação e a condenação pelos seus atos. A condenação não é desejo de Deus. Os covardes são aqueles que abandonaram a luta pela fé devido a perseguição, etc. Os incrédulos são os que não possuem a fé salvadora. Os abomináveis são os que aderiram o culto ao imperador, com todas suas orgias. Os assassinatos, a impureza, a feitiçaria são pecados dos pagãos, (Rm 1.29; Ef 5.5; Gl 5.19 – 20), pessoas que não acreditavam em Deus. A questão da salvação e da condenação está atrelada a fé na obra de Jesus. Os condenados segundo o livro de Apocalipse são os que pertencem aos seguidores da “grande meretriz.” Pela meretriz os mártires foram mortos (Ap 17.6). A meretriz é a mãe dos impuros (Ap 17.5). Pela meretriz, nações foram seduzidas (Ap 18.23) e desviadas.
         A visão do novo céu e da nova terra, bem como todo o livro de Apocalipse é um convite a permanecermos fiéis na fé em Jesus como nosso Salvador. As constantes promessas de vitória final é o incentivo a permanência na fé.
         Jesus é vencedor! Em Jesus nós também somos vencedores. Sempre houve a sedução da meretriz, mas “Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10).

Rev. Edson Ronaldo Tressmann
cristo_para_todos@hotmail.com

Bibliografia: Vem, Senhor Jesus. Apocalipse de João. Johannes H. Rottmann. Ed. Concórdia, 1993. pp. 295 – 301.

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