terça-feira, 23 de abril de 2013

Não inventa. Afinal, tudo está feito!

28/04/13 – 5º Domingo de Páscoa
Sl 148; At 11. 1 - 18; Ap 21. 1 - 7; Jo 16. 12 – 22 ou 13. 31 - 35
Tema: Não inventa. Afinal, tudo está feito!
         
 
              Da leitura de Apocalipse 7. 9 – 17 no culto do dia 21 de abril de 2013, aprendemos que a Igreja na pós-modernidade está sendo tentada a não comunicar mais a vida oferecendo aos seus consumidores apenas o que eles desejam. O culto do dia 21 de abril, por ser 4º Domingo de Páscoa, foi o culto do Bom Pastor Jesus. E esse Bom Pastor Jesus envia pregadores para que assim como Ele, preguem a Palavra com clareza e fidelidade. As Palavras de Pedro transmitidas por Lucas no livro de Atos anunciam que a nossa missão é “... anunciar a boa noticia da graça de Deus” (At 20. 24c).
         E o anuncio da boa noticia da graça de Deus passa pela dúvida das pessoas. Dúvida essa com respeito à própria Palavra de Deus. Muitos não consideram a Bíblia como Palavra infalível de Deus.
         Relembremos que, uma das tendências da pós-modernidade, é a não aceitação de uma autoridade suprema. Sem verdade absoluta, principio da pós-modernidade, não há autoridade absoluta.
         Nesse século ao qual somos chamados a não nos conformar, ou seja, não entrar nessa forma, é preciso que se continue a comunicar a Vida assim como a própria Palavra de Deus a faz.
         COMUNICAR A VIDA não é tarefa fácil! E justamente por não ser tarefa fácil, é que Deus, nos autoriza a usarmos a sua Palavra como única e infalível comunicação e revelação do seu amor. Deus ainda se revela através da sua Santa Palavra.

          E o que é Palavra de Deus? É tudo aquilo que Ele nos diz e está registrado na Bíblia Sagrada. A Bíblia Sagrada contém tudo o que Deus quer nos comunicar, é a sua revelação total e final.
         E sendo assim, como autoridade que somos, sendo pregadores da mensagem que não é nossa, temos uma enorme responsabilidade. Comunicar de maneira fiel e verdadeira aquilo que Deus de maneira fiel e verdadeira capacitou, inspirou para que profetas, evangelistas e apóstolos escrevessem.

         É urgente que em tempos pós-modernos o pregador esteja preparado para comunicar a Palavra de Deus. Afinal, somos tentados a dizer o que queremos. Muitas vezes usamos o púlpito para “puxar a orelha dos congregados,” e assim a comunicação da mensagem da graça de Deus é comprometida.

         Como pregadores, recebemos autoridade para anunciar a Palavra daquele que é autoridade absoluta, Deus. E nessa responsabilidade concedida por Deus, Ele deseja que sejamos de fato e de verdade comunicadores da sua graça e do seu amor. Para isso, é necessário preparação, com transpiração, oração e meditação. Não basta sermos radicais e dizer, “bom, deixe-me abrir a Bíblia e ver o que Deus tem a nos falar hoje.” A verdade é que Deus nos fala hoje o que sempre disse, em todas as épocas, para todas as raças. Ele já revelou seu amor, e quer que continuemos a comunicar com fidelidade esse amor que está expresso nas páginas das Sagradas Escrituras.

         A Igreja, mesmo na pós-modernidade, precisa continuar agindo com a mesma fidelidade do apóstolo João, que diante da ordem dada pelo próprio Jesus: “...Escreva isto...” (Ap 21.5b), escreveu somente o que viu e ouviu, sem acréscimos ou fantasias.

         Apocalipse é uma reprodução fiel daquilo que Deus disse e mostrou para João. Ele não escreveu por iniciativa própria e nem mesmo aquilo que gostaria de desabafar com aqueles aos quais conhecia nas sete Igrejas. João e Apocalipse são exemplos de fidelidade à comunicação da Palavra de Deus.

         A Bíblia precisa continuar sendo comunicada com fidelidade assim como ela verdadeiramente é. Afinal, a razão de existirem muitas “igrejas” é que cada uma faz a sua interpretação daquilo que Deus comunica. Uns buscam mostrar uma nova revelação. Outros por sua vez tentam adaptar a Bíblia a sua vida e ações.

         A distorção da Bíblia não é assunto novo. Vemos essa tendência estre os servos de Jesus que haviam permanecido na Judéia. Eles receberam com preocupação a atitude de Pedro em comunicar a Palavra de Deus aos não judeus sem primeiro circuncidá-los.

         O relato apresentado com fidelidade por Lucas em Atos apresenta a visão de Pedro, a qual ensina que Deus quebra as barreiras entre judeus e não judeus. E isso nada mais é, que o passo dado por Deus para cumprir com suas promessas anunciadas por Deus ao profeta Isaias: “...Eu farei também com que você seja uma luz para os outros povos a fim de levar a minha salvação ao mundo inteiro” (Is 49.6b).

         A Igreja é luz para o mundo, assim como foi o povo de Israel. E essa luz só continuará a brilhar se seus servos agirem com a mesma fidelidade que João e tantos outros evangelistas e apóstolos agiram. A Igreja precisa com urgência continuar anunciando apenas aquilo que Deus deseja que seja comunicado: “Tudo está feito!

         A comunicação é a caminhada de Deus ao “Tudo está feito!” Na caminhada Deus teve que lidar com um povo teimoso, idólatra, frágil e que facilmente se deixava levar por outros caminhos. Mas, não foi esse povo e as artimanhas do diabo que fizeram que Deus deixasse de cumprir sua missão de enviar seu Filho Jesus ao mundo pecador.

         Tudo está feito!” Nada e ninguém, seja autoridade desse mundo ou mesmo o inimigo da Igreja, conseguiram através dos séculos silenciar a mensagem da VIDA. Não será a pós-modernidade que irá calar a única verdade: “...A quem tem sede darei água para beber, de graça, da fonte da água da vida. Aqueles que conseguirem a vitória receberão de mim este presente: eu serei o Deus deles, e eles serão meus filhos.” (Ap 21. 6b – 7). Amém!

Pr Edson Ronaldo Tressmann

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