28/04/13 – 5º Domingo de Páscoa
Sl 148; At
11. 1 - 18; Ap 21. 1 - 7; Jo 16. 12 – 22 ou 13. 31 - 35
Tema: Não inventa. Afinal, tudo está feito!
Da
leitura de Apocalipse 7. 9 – 17 no culto do dia 21 de abril de 2013, aprendemos
que a Igreja na pós-modernidade está sendo tentada a não comunicar mais a vida
oferecendo aos seus consumidores apenas o que eles desejam. O culto do dia 21
de abril, por ser 4º Domingo de Páscoa, foi o culto do Bom Pastor Jesus. E esse
Bom Pastor Jesus envia pregadores para que assim como Ele, preguem a Palavra
com clareza e fidelidade. As Palavras de Pedro transmitidas por Lucas no livro
de Atos anunciam que a nossa missão é “...
anunciar a boa noticia da graça de Deus” (At 20. 24c).

Relembremos
que, uma das tendências da pós-modernidade, é a não aceitação de uma autoridade
suprema. Sem verdade absoluta, principio da pós-modernidade, não há autoridade
absoluta.
Nesse
século ao qual somos chamados a não nos conformar, ou seja, não entrar nessa
forma, é preciso que se continue a comunicar a Vida assim como a própria
Palavra de Deus a faz.
COMUNICAR
A VIDA não é tarefa fácil! E justamente por não ser tarefa fácil, é que Deus,
nos autoriza a usarmos a sua Palavra como única e infalível comunicação e
revelação do seu amor. Deus ainda se revela através da sua Santa Palavra.

E
sendo assim, como autoridade que somos, sendo pregadores da mensagem que não é
nossa, temos uma enorme responsabilidade. Comunicar de maneira fiel e
verdadeira aquilo que Deus de maneira fiel e verdadeira capacitou, inspirou
para que profetas, evangelistas e apóstolos escrevessem.
É
urgente que em tempos pós-modernos o pregador esteja preparado para comunicar a
Palavra de Deus. Afinal, somos tentados a dizer o que queremos. Muitas vezes
usamos o púlpito para “puxar a orelha dos
congregados,” e assim a comunicação da mensagem da graça de Deus é
comprometida.
Como
pregadores, recebemos autoridade para anunciar a Palavra daquele que é
autoridade absoluta, Deus. E nessa responsabilidade concedida por Deus, Ele
deseja que sejamos de fato e de verdade comunicadores da sua graça e do seu
amor. Para isso, é necessário preparação, com transpiração, oração e meditação.
Não basta sermos radicais e dizer, “bom, deixe-me
abrir a Bíblia e ver o que Deus tem a nos falar hoje.” A verdade é
que Deus nos fala hoje o que sempre disse, em todas as épocas, para todas as
raças. Ele já revelou seu amor, e quer que continuemos a comunicar com
fidelidade esse amor que está expresso nas páginas das Sagradas Escrituras.
A
Igreja, mesmo na pós-modernidade, precisa continuar agindo com a mesma
fidelidade do apóstolo João, que diante da ordem dada pelo próprio Jesus: “...Escreva isto...” (Ap 21.5b),
escreveu somente o que viu e ouviu, sem acréscimos ou fantasias.
Apocalipse
é uma reprodução fiel daquilo que Deus disse e mostrou para João. Ele não
escreveu por iniciativa própria e nem mesmo aquilo que gostaria de desabafar
com aqueles aos quais conhecia nas sete Igrejas. João e Apocalipse são exemplos
de fidelidade à comunicação da Palavra de Deus.
A
Bíblia precisa continuar sendo comunicada com fidelidade assim como ela
verdadeiramente é. Afinal, a razão de existirem muitas “igrejas”
é que cada uma faz a sua interpretação daquilo que Deus comunica. Uns buscam
mostrar uma nova revelação. Outros por sua vez tentam adaptar a Bíblia a sua vida
e ações.
A
distorção da Bíblia não é assunto novo. Vemos essa tendência estre os servos de
Jesus que haviam permanecido na Judéia. Eles receberam com preocupação a
atitude de Pedro em comunicar a Palavra de Deus aos não judeus sem primeiro
circuncidá-los.
O
relato apresentado com fidelidade por Lucas em Atos apresenta a visão de Pedro,
a qual ensina que Deus quebra as barreiras entre judeus e não judeus. E isso
nada mais é, que o passo dado por Deus para cumprir com suas promessas
anunciadas por Deus ao profeta Isaias: “...Eu farei também
com que você seja uma luz para os outros povos a fim de levar a minha salvação
ao mundo inteiro” (Is 49.6b).
A
Igreja é luz para o mundo, assim como foi o povo de Israel. E essa luz só
continuará a brilhar se seus servos agirem com a mesma fidelidade que João e
tantos outros evangelistas e apóstolos agiram. A Igreja precisa com urgência
continuar anunciando apenas aquilo que Deus deseja que seja comunicado: “Tudo está feito!”
A
comunicação é a caminhada de Deus ao “Tudo está feito!”
Na caminhada Deus teve que lidar com um povo teimoso, idólatra, frágil e que
facilmente se deixava levar por outros caminhos. Mas, não foi esse povo e as
artimanhas do diabo que fizeram que Deus deixasse de cumprir sua missão de
enviar seu Filho Jesus ao mundo pecador.
“Tudo está feito!” Nada e ninguém, seja
autoridade desse mundo ou mesmo o inimigo da Igreja, conseguiram através dos
séculos silenciar a mensagem da VIDA. Não será a pós-modernidade que irá calar
a única verdade: “...A quem tem sede darei água para
beber, de graça, da fonte da água da vida. Aqueles que conseguirem a vitória
receberão de mim este presente: eu serei o Deus deles, e eles serão meus
filhos.” (Ap 21. 6b – 7). Amém!
Pr Edson Ronaldo Tressmann
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