segunda-feira, 31 de março de 2025

Só Cristo e ponto final! Fp 3.8

 Quinto Domingo na Quaresma

Dia 06 de abril de 2025

Salmo 126; Isaías 43.16 – 21; Filipenses 3.8 – 14; Lucas 20.9 – 20

Texto: Fp 3.8

Tema: Só Cristo e ponto final!

 

E não somente essas coisas, mas considero tudo uma completa perda, comparado com aquilo que tem muito mais valor, isto é, conhecer completamente Cristo Jesus, o meu Senhor. Eu joguei tudo fora como se fosse lixo, a fim de poder ganhar a Cristo” (Fp 3.8)

 

O pastor e escritor Tim Keller num artigo em 2018 escreveu que “a humildade é tão tímida, que se você começar a falar sobre, ela vai embora”.

As pessoas falam tanto sobre caminhada cristã. Há tantas regras na suposta caminhada cristã que para muitos é mais viável abandonar a caminhada do que prosseguir caminhando.

Paulo era alguém que perseguia os cristãos por julgar que matar os supostos hereges era sua função dentro da caminhada cristã. Sua caminhada cristã havia se tornado um beco sem saída, a ponto de escrever: “É verdade que eu também poderia pôr a minha confiança nessas coisas. Se alguém pensa que pode confiar nelas, eu tenho ainda mais motivos para pensar assim. Fui circuncidado quando tinha oito dias de vida. Sou israelita de nascimento, da tribo de Benjamim, de sangue hebreu. Quanto à prática da lei, eu era fariseu. E era tão fanático, que persegui a Igreja. Quanto ao cumprimento da vontade de Deus por meio da obediência à lei, ninguém podia me acusar de nada. No passado, todas essas coisas valiam muito para mim; mas agora, por causa de Cristo, considero que não têm nenhum valor” (Fp 3.4-7).

A caminhada cristã envolve estar em Cristo, seguir olhando somente para aquilo que Jesus Cristo realizou na cruz e abandonar todas as supostas realizações como algo meritório diante de Deus.

Todavia, para que isso aconteça, é preciso abandonar o orgulho humano que tenta de todas as maneiras obter algo de Deus por si mesmo.

Jogar tudo fora como se fosse lixo e crer tão somente em Jesus Cristo e na sua obra envolve abandonar nossos supostos méritos.

A sociedade evangélica e católica atual é muito incentivada a buscar realizar para obter. Tudo se torna algo meramente humano: “eu aceitei”; “eu mudei”. É preciso cuidado, pois, entre os muitos “eu aceitei” houve o “eu abandonei” e entre os “eu mudei” há os “eu não suportei”. E daí, se acontecer o abandono do suposto “aceitei” e se houver a queda diante do “eu mudei”?

Caminhada cristã é olhar para Jesus Cristo. Ele me aceitou. Ele me redimiu. Ele por seu amor e graça está fazendo boas coisas por meu intermédio. Ele modificou e modifica a minha vida. Ele me perdoa quando eu caio em pecado. Ele me restaura quando eu ao cair acabo me quebrando.

Jogar tudo fora não é fácil!

Há pessoas que são ajuntadores de lixo. Acumulam tantas coisas que nunca irão usar, mas, alegam que um dia podem usar. Dessa mesma maneira muitos acumulam para si mesmas supostos méritos que podem ser usados e cobrados de Deus em situações adversas.

O apostolo Paulo chegou numa profundidade tão grande em sua vida cristã a ponto de dizer: sim, eu poderia colocar minha confiança na circuncisão, na descendência hebreia, na prática da lei da qual ninguém podia me acusar de nada. Todavia, por causa de Cristo, tudo isso não têm nenhum valor.

Olhe para você miserável pecador e responda: o que te torna agradável diante de Deus?

Eu nunca matei e nem roubei. A Bíblia diz, que todo aquele que odeia seu irmão é um assassino (1Jo 3.15). Quem não faz algo útil e nem trabalha é ladrão (Ef 4.28).

Sem Cristo e sua obra redentora, o lixo sou eu, e o lixão é o inferno.

... considero tudo uma completa perda, comparado com aquilo que tem muito mais valor, isto é, conhecer completamente Cristo Jesus, o meu Senhor. Eu joguei tudo fora como se fosse lixo, a fim de poder ganhar a Cristo” (Fp 3.8).

Eu preciso conhecer a Jesus Cristo. Por essa razão, o apostolo Paulo na carta aos cristãos da Ásia Menor (Efésios) ora para que Deus abra a mente das pessoas para que conheçam a verdadeira esperança e conheçam o amor de Cristo em toda sua profundidade, largura e comprimento.

Deixe-me te perguntar: Você conhece a Cristo?

Conhece a Cristo quem confia apenas nEle como meio de salvação. Àquele que olha para suas realizações e boas obras não conhece a Jesus Cristo.

A Quaresma é um período muito importante. Pois é um tempo de preparação para celebrar toda a obra de Jesus na cruz e sua ressurreição. No entanto, a quaresma tem se tornado uma pedra de tropeço para muitos. Afinal, muitos confiam em seus supostos atos meritórios de não fazerem isso ou aquilo. É como se chegassem ao final da quaresma dizendo: eu consegui. Todavia, o final da quaresma deve nos levar a exclamar, obrigado Senhor, por teres realizado em Jesus o que eu não consigo realizar. Amém.

Edson Ronaldo Tressmann

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segunda-feira, 24 de março de 2025

Você é filho, não servo! (Lc 15.22)

 Quarto Domingo na Quaresma

Dia 30 de março de 2025

Salmo 32; Isaías 12.1-6; 2Coríntios 5.16-21; Lucas 15.1-3,11-32

Texto: Lc 15.22

Tema: Você é filho, não servo!

 

Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Ponham um anel no dedo dele e sandálias nos seus pés” (Lc 15.22).

 

Essas palavras mostram a situação na qual se encontrava aquele filho. Coloquem o melhor que tiver e restituem a situação desse meu filho. A melhor roupa não era usada por servos.

O anel no dedo significava que a dignidade estava sendo devolvida àquele filho.

Colocar o anel no dedo era sinal de favor. Era como oferecer um cargo (Gn 41.42; Es 8.2). O ato de pedir para que o anel fosse colocado no dedo do filho que havia jogado fora boa parte dos bens da família, mostrava o favor e o carinho do pai.

O pedido do filho foi para poder servir ao seu pai. Todavia, a atitude do pai foi completamente diferente. O ato de ordenar que lhe fosse colocado sandálias nos pés significa que ele não seria servo, mas o filho como sempre foi. Os servos não usavam sapatos. E ordem para que fosse colocado sandálias nos seus pés, o pai estava anunciando a todos que àquele rapaz deveria ser tratado como filho e não como servo.

Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Ponham um anel no dedo dele e sandálias nos seus pés” (Lc 15.22).

Essas simples palavras possuem um ensino profundo. Deus trata com bondade e carinho todos que voltam para Ele.

É assim que Deus age! Ele trata com amor e bondade os pecadores penitentes. Aos arrependidos, Deus oferece sua marca de confiança e perdão, restituindo a qualidade de filho.

Somos filhos de Deus. E não importa a situação na qual nos aproximamos de Deus, ele nos restituiu a qualidade de filho. Ele é um pai que está todo dia olhando para fora para ver quais dos seus filhos estão voltando e àqueles que voltam, Ele trata com amor e bondade.

Essa é uma lição muito urgente e necessária para a igreja.

Não sabemos mais como lidar com o pecador. O nosso lidar é semelhante ao do filho mais velho: “ficar zangados” (Lc 15.28) e julgar a postura de Deus “esse teu filho” (Lc 15.30).

Sim, o filho mais velho tinha qualidades que todos nós gostamos e queremos que haja na igreja. Ele era trabalhar, casto, decente, dedicado ao pai e zeloso no cuidado para com aquilo que o outro filho havia rejeitado. Apesar de ser filho era um servo dedicado. Todavia, seu servir o levou a julgar-se melhor que o outro filho que apenas retornou desejando ser servo. Para o filho mais velho só faltava amor. E a Palavra de Deus ensina que: “Quem ama os outros não faz mal a eles. Portanto, amar é obedecer a toda a lei” (Rm 13.10).

O pai ama os dois filhos. Tanto àquele que se afasta dEle, quanto àquele que está perto dele e revoltado com àquele que se afastou e os dois filhos, o pai convida para se alegrar na alegria de Deus em conceder seu perdão (Lc 15.32).

Deus ama perdoar! Jesus ao dizer “era preciso fazer esta festa para mostrar a nossa alegria” (Lc 15.32), está nos convidando para celebrar e se alegrar junto aos anjos do céu (Lc 15.10) diante de um pecador arrependido.

Que desafio fantástico para a igreja. Alegrar-se com o perdão concedido por Deus. Parar de apontar os dedos para os defeitos, mas, se alegrar por que o pecador semelhante a mim, arrependeu-se e recuperou o status de filho de Deus. Amém

Edson Ronaldo Tressmann

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segunda-feira, 17 de março de 2025

Tempo de graça! (Lc 13.1,3)

 Terceiro Domingo na Quaresma

Dia 23 de março de 2025

Salmo 85; Ezequiel 33.7-20; 1Coríntios 10.1-13; Lucas 13.1-9

Texto: Lc 13.1,3

Tema: Tempo de graça!

 

Naquela mesma ocasião algumas pessoas chegaram e começaram a comentar com Jesus como Pilatos havia mandado matar vários galileus, no momento em que eles ofereciam sacrifícios a Deus. ... se não se arrependerem dos seus pecados, todos vocês vão morrer como eles morreram...” (Lc 13.1,3).

Parece ser prazeroso as pessoas comentarem sobre os pecados dos outros. Muitos até comentam os eventos ruins decorrente de determinada situação e indica como sendo castigo de Deus.

Muitos comentaram que a pandemia foi um juízo de Deus para com o evento da escola de samba que colocou o diabo derrotando Jesus na avenida.

No texto narrado por Lucas (Lc 13.1-9) há o comentário de duas calamidades nacionais.

A primeira foi o massacre de alguns galileus que vieram a Jerusalém para adorar. Pilatos, governador da Judéia, ordenou que fossem mortos enquanto ofereciam sacrifícios. Esses judeus viviam na Galileia e os judeus em Jerusalém compreendiam que esses galileus haviam cometido um pecado terrível e por isso, Deus lhes foi desfavorável.

Diante desse sentimento e pensamento, Jesus os convida ao arrependimento para não perecerem da forma como estavam julgando que os malvados haviam perecido.

A segunda tragédia foi queda de uma torre em Siloé, que ocasionou a morte de 18 pessoas.

Jesus diz que essa catástrofe não foi um julgamento especial de Deus. Era preciso olhar para a tragédia como sendo um aviso para que aproveitasse o tempo para se arrepender.

As calamidades trágicas que ocorrem no nosso viver não podem ser vistas como um julgamento antecipado de Deus. Cada tragédia precisa ser vista como uma lição de arrependimento.

A partir dessas duas tragédias nacionais e o entendimento de que Deus havia feito justiça punindo essas pessoas pecadoras, Jesus conta a parábola da figueira estéril.

A figueira é Israel. Plantada num local propício para produzir. Mas, o dono da figueira (Deus), buscou frutos e não encontrou. E foi assim por três anos. Era inútil continuar esperando, pois se em três anos não havia produzido, não produziria mais.

Por três anos uma figueira se desenvolvia. Os outros três anos, o fruto era considerado proibido (Lv 19.23), e o fruto do quarto ano era dedicado a Deus (Lv 19.24). Ou seja, estando ela plantada a seis anos e sem nenhum fruto, se é que houvesse frutos nos próximos 3 anos, não eram frutos para serem consagrados ao Senhor. O fruto para o Senhor estava muitos distante ainda.

Jesus já estava entre o povo de Deus, três anos e nada. Milhares ainda não o havia reconhecido como Messias enviado da parte de Deus.

Por estar ocupando a terra inutilmente, sugando nutrientes e não produzindo, o mais sábio era cortar e plantar outra em seu lugar. Mas, o agricultor intercedeu pela figueira por mais um tempo.

Todavia, é preciso prestar atenção num detalhe especial. Além da intercessão, o agricultor se comprometeu a afofar a terra em volta da figueira e pôr bastante adubo (Lc 13.8).

A intercessão e se colocar à disposição para afofar ao redor e adubar era uma oferta da graça de Deus.

Em Isaías capítulo 5 também há uma parábola sobre a vinha de Deus. Todavia, lá não há nenhum oferecimento da graça. A resposta de Deus é o julgamento divino. Aqui, a resposta de Jesus é a possibilidade de reparo. Por isso, ao invés de cortá-la, o agricultor pede por perdão, para que não seja arrancada.

A ênfase está na misericórdia de Deus e não no juízo de Deus. Eis o tempo de misericórdia de Deus, tempo em que está afofando e adubando.

Esta parábola, sem conclusão, mantém seu suspense. O dono da terra consentiu com o tempo da graça. A figueira reagiu de forma positiva? Produziu os frutos esperados?

O fato é que nós estamos usufruindo desse tempo da graça. As tragédias não podem nos levar a conclusão de que Deus odiou tanto os referidos pecadores da tragédia que não lhes deu uma segunda chance. Sim, Deus lhes deu a chance, assim como está dando a nós. Amém!

 

Edson Ronaldo Tressmann

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Não nos deixe cair em tentação! (1Co 10.13)

 Terceiro Domingo na Quaresma

Dia 23 de março de 2025

Salmo 85; Ezequiel 33.7-20; 1Coríntios 10.1-13; Lucas 13.1-9

Texto: 1Co 10.1-13

Tema: Não nos deixe cair em tentação!

 

Ouça a leitura de 1Coríntios 10.1-13 com atenção

1Co 10.1a Irmãos, eu quero que vocês lembrem do que aconteceu com os nossos antepassados que seguiram Moisés.

Já se imaginou naquela multidão. Mas, observe:

1Co 10.1b Todos foram protegidos pela nuvem e passaram pelo mar Vermelho.

A travessia no Mar vermelho era a grande confissão de fé do povo de Deus no Antigo Testamento. Cerca de 2,5 milhões de hebreus tiveram essa bênção de atravessar o Mar vermelho (Ex 14.21-31). A travessia no Mar Vermelho é a transição da libertação da escravidão no Egito para a caminhada rumo a terra prometida.

1Co 10.2-5 Como seguidores de Moisés, eles foram batizados na nuvem e no mar. Todos comeram da mesma comida espiritual e beberam da mesma bebida espiritual. Pois bebiam daquela rocha espiritual que ia com eles; e a rocha era Cristo. Mas Deus não ficou contente com a maioria deles, e por isso eles morreram, e os seus corpos ficaram espalhados no deserto.

Como foi possível essas pessoas que viveram essas experiências tão maravilhosas se perderem? O apostolo Paulo usa esse fato como um exemplo para mim e para você.

1Co 10.6 - 7 Tudo isso aconteceu a fim de nos servir de exemplo, para nós não querermos coisas más como eles quiseram, nem adorarmos ídolos, como alguns deles adoraram. Como dizem as Escrituras Sagradas: “O povo sentou-se para comer e beber e se levantou para se divertir.”

É fácil se perder! Na semana passada, meditamos nas palavras de Paulo (Fp 3.17), onde convida a seguirmos seu exemplo. Ou seja, o desejo do apóstolo é indicar que não deixemos de seguir a caminhada cristã. Todavia, assim como Paulo na carta aos Filipenses indicou o deus estomago (Fp 3.18) - a ocupação de si mesmo e o cuidado quanto ao inferno - o cuidado para não se ocupar tanto com as coisas desse mundo e esquecer-se da eternidade, o apostolo Paulo no capítulo 10 de sua primeira carta no versículo 6 exorta quanto ao cuidado em não se desejar as coisas más que o povo de Deus quis durante a caminhada no deserto. Quais eram essas coisas más? A idolatria. O que é idolatria? Tudo àquilo que me afasta da fé na obra em Jesus Cristo. Todavia, essa não era a única coisa má. O apostolo destaca também a imoralidade sexual.

1Co 10.8 Não devemos cometer imoralidade sexual, como alguns deles fizeram. E, porque eles fizeram isso, vinte e três mil deles caíram mortos num dia só.

No livro de Números 25.1 ocorre esse relato que descreve o fim daquela geração que havia saído da escravidão do Egito, com exceção de Moisés, Calebe e Josué. E tal como naqueles dias, o apostolo Paulo continua escrevendo:

1Co 10.9 Não devemos pôr à prova a paciência de Cristo, como alguns deles fizeram, e por isso foram mortos pelas cobras.

Mas, além da idolatria e imoralidade sexual, outro fato que destruiu aquele povo foi que eles passaram a se queixar.

1Co 10.10 Vocês não devem se queixar, como fizeram alguns deles, e por isso foram destruídos pelo Anjo da Morte.

Recordemos que esses fatos, por mais atuais que sejam, visam nos despertar. Corremos o risco de substituir o Deus invisível pelo ídolo visível. Sujeitos a murmurar nas dificuldades e colocar Deus a prova.

1Co 10.11 Tudo isso aconteceu com os nossos antepassados a fim de servir de exemplo para os outros, e aquelas coisas foram escritas a fim de servirem de aviso para nós. Pois estamos vivendo no fim dos tempos.

Estamos no tempo do fim. Apesar de não sabermos o dia nem a hora em que Jesus virá, é conclusivo entre nós que o fim está próximo. Por isso, ouça o conselho:

1Co 10.12 Portanto, aquele que pensa que está de pé é melhor ter cuidado para não cair.

Cuidado! Há muitas pessoas orgulhosas da graça. Isso é muito perigoso. Muitos crentes se orgulham da sua fé dizendo que tem tanta fé a ponto de nunca caírem. Dessa forma, no momento da queda (do afastamento), a pressão do inimigo se torna pior ainda. Não se julgue um cristão forte a ponto de achar que nunca cairá. Estar de pé é uma graça. É uma bênção! Ninguém é melhor que o outro por estar envolvido no servir, por participar dos cultos, ser da igreja. Muitos coríntios estavam se julgando melhores e maiores, quer seja por sua sabedoria, quer seja pelo seu dom. Nessa situação, muitos estavam esquecendo de que estando em pé, corriam o risco e poderiam cair. Continue firme na caminhada cristã, afinal,

1Co 10.13 As tentações que vocês têm de enfrentar são as mesmas que os outros enfrentam; mas Deus cumpre a sua promessa e não deixará que vocês sofram tentações que vocês não têm forças para suportar. Quando uma tentação vier, Deus dará forças a vocês para suportá-la, e assim vocês poderão sair dela.

A história do Antigo Testamento serve como instrução (v. 5-6). E essa advertência é para que não se caia, mas permaneça em pé.

Assim como Corinto estava correndo perigo em cair, nós também estamos. A idolatria ronda nossos lares. O perigo da imoralidade sexual é outro fator perigoso e há a murmuração contra as coisas de Deus.

Nenhuma tentação é maior do que podemos suportar. Seja qual for a tentação, Deus oferece uma forma de escape. Mesmo diante das mais difíceis adversidades, devemos confiar em Deus e buscar por sua ajuda, ao invés de ceder à tentação.

Aplicação

Cair na tentação é pecado, por isso Jesus nos ensinou a orar: “não nos deixe cair em tentação”.

Com o exemplo do povo de Deus no caminho pelo deserto rumo a terra prometida, somos encorajados a permanecer fiéis a Deus, mesmo em face as adversidades.

O capítulo 10 de 1Coríntios faz referência aos pecados cometidos por Israel no Antigo Testamento e adverte os cristãos sobre os perigos de seguir o mesmo caminho.

Saber que alguém seguiu determinado caminho e se perdeu, a não ser que queira, é evitar tal caminho.

O apostolo Paulo enumera a ira experimentada pelo povo de Deus durante a caminhada. Todavia, Deus foi misericordioso e providenciou uma saída para o seu povo.

As tentações que vocês têm de enfrentar são as mesmas que os outros enfrentam; mas Deus cumpre a sua promessa e não deixará que vocês sofram tentações que vocês não têm forças para suportar. Quando uma tentação vier, Deus dará forças a vocês para suportá-la, e assim vocês poderão sair dela.

Este versículo traz uma mensagem de esperança para os cristãos em momentos de tentação. Deus é fiel e, mesmo quando as tentações parecem insuportáveis, ele oferece um caminho para superá-las. Sua força é maior que a tentação.

Antes de concluir nos convém lembrar que nesse capítulo 10, nos versículos 16 a 22, encontramos referências à Ceia do Senhor (Santa Ceia).

Esse sacramento é uma das práticas mais significativas dentro da vida cristã. A ceia representa a morte e ressurreição de Jesus Cristo, bem como a comunhão entre os membros da igreja. Paulo fala sobre a importância de participar da Ceia do Senhor e adverte contra o pecado da participação indevida no sacramento. O objetivo da Ceia do Senhor é lembrar o sacrifício de Jesus e renovar o compromisso com ele. E por ele ser fortalecido para lutar contra as tentações.

A Ceia do Senhor é uma oportunidade para os cristãos se unirem em amor e gratidão, recordando a obra de Cristo e proclamando sua morte até que ele venha novamente. É um momento de reflexão e adoração, de reconhecimento da misericórdia e da graça de Deus. Amém!

Edson Ronaldo Tressmann

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terça-feira, 11 de março de 2025

Imitadores! (Fp 3.17)

                                                 Dia 16 de março de 2025

Salmo 4; Jeremias 26.8-15; Filipenses 3.17 - 4.1; Lucas 13.31-35

Texto: Fp 3.17

Tema: Imitadores!

 

As crianças imitam as outras pessoas, de maneira especial seus pais.

É comum ouvir afirmações diante da réplica de uma atitude da criança: “nossa, como se parece com seu pai; sua mãe”. E não gostando da afirmação, pois a atitude parece não condizer com a conduta do pai ou da mãe, logo se responde: Não sei por quem puxou? Deve ter puxado para àquele tio(a) ou algum outro parente que envergonha.

O apostolo Paulo escreveu: “...continuem a ser meus imitadores. E olhem com atenção também os que vivem de acordo com o exemplo que temos dado a vocês” (Fp 3.17).

Todos nós temos uma referência na qual nos inspiramos. Que tipo de pessoa têm sido sua inspiração? Que pessoa têm sido um exemplo para você seguir?

O apostolo Paulo pede para que os Filipenses o imitem. Todavia, é preciso entender que tipo de imitação o apostolo Paulo deseja dos filipenses.

No capítulo 3, versículos 12 e 13, Paulo escreveu que ele não era tudo o que Deus esperava dele, todavia estava no processo. Ouça as palavras: “Não estou querendo dizer que já consegui tudo o que quero ou que já fiquei perfeito, mas continuo a correr para conquistar o prêmio, pois para isso já fui conquistado por Cristo Jesus” (Fp 3.12).

O desejo do apostolo Paulo era que os Filipenses o imitassem quanto a vida cristã que prossegue numa caminhada rumo ao prêmio que Cristo já conquistou.

As pessoas traçam objetivos para suas vidas pessoais e não deixam nada atrapalhar aquilo que querem realizar ou conquistar. Se surgir algo que pode atrapalhar o objetivo traçado, é ignorado. Um exemplo: Meu plano para esse final de semana é ir para uma festa. Se alguém enviar uma mensagem ou ligar dizendo que irá me visitar, dispenso a visita.

Seguir em direção ao alvo que é Cristo implica abandonar algumas coisas que atrapalham que esse alvo seja alcançado (Fp 3.18-19).

...continuem a ser meus imitadores. ...existem muitos que, pela sua maneira de viver, se tornam inimigos da mensagem da morte de Cristo na cruz. Eles vão para a destruição no inferno porque o deus deles são os desejos do corpo. Eles têm orgulho daquilo que devia ser uma vergonha para eles e pensam somente nas coisas que são deste mundo” (Fp 3.17-19).

O apostolo Paulo descreve o fato de que muitos, mesmo se dizendo cristãos não estão seguindo em direção ao alvo. E por qual motivo não estão seguindo no caminho em direção à Cristo? Estão se deixando guiar pelo deus estomago e pelas preocupações terrenas.

O deus estomago se ocupa apenas com as coisas que sustentam o físico. A palavra estomago pode ser transmitida como alguém que olha para o próprio umbigo, ocupado de si mesmo.

Paulo exorta sobre cuidar quanto a destruição no inferno (Fp 319).

A ideia da palavra grega é ter cuidado em não viver uma vida desperdiçada. O que significa viver uma vida desperdiçada?

Significa viver com tanta devoção no aqui e agora a ponto de se esquecer da vida que é eterna.

Na carta da alegria, o apostolo destaca suas lágrimas (Fp 3.18) devido o perigo que rondava os cristãos. Eles estavam deixando a caminhada rumo ao alvo, rumo ao prêmio para o qual Jesus conquistou para eles.

Quem está em Cristo está salvo. O prêmio é certo. Todavia, prossiga nesse caminho. Por isso, na carta aos Colossenses o apostolo Paulo aconselhou a buscar e procurar as coisas do alto, manter-se com o pensamento ocupado nas coisas de Deus (Cl 3.5).

O apostolo Paulo convida os Filipenses a serem seus imitadores. Não seguirem Paulo como pessoa, mas, o imitarem seguindo no caminho que Paulo seguia rumo ao alvo.

Na carta aos Coríntios, ao destacar o ensino da ressurreição, o apostolo enumera as más conversações (1Co 15.33) como algo que afasta as pessoas dessa verdade. A pessoa que por sua conversa afasta uma pessoa do caminho rumo ao alvo é considerado na carta aos Filipenses como sendo inimigos da mensagem da cruz de Cristo (Fp 3.18).

...continuem a ser meus imitadores. E olhem com atenção também os que vivem de acordo com o exemplo que temos dado a vocês” (Fp 3.17).

Infelizmente, muitos estão tão ocupados de si mesmo que a caminhada está voltada para si mesmos e não mais para o prêmio que foi conquistado por Jesus Cristo.

Pode até ser que você testemunhe sobre Deus para outras pessoas. Todavia, àquele amigo que você convida para vir ao culto não te vê “abrindo mão” de um jantar, uma festa, um evento qualquer para vir até a casa de Deus.

Estamos no mundo, mas desse mundo não somos. Vivemos em mundos paralelos.

Em 2006 a UNICEF realizou uma campanha intitulada “com certidão de nascimento, sou cidadão”. Para ser cidadão de um país, basta ter nascido naquele país e possuir uma certidão de nascimento. Isso garante direitos e deveres comuns àquela nação.

Pelo batismo nosso nome passou a constar no livro da vida, no cartório divino. Para isso, não foi nós que nascemos no céu, mas, o Pai celestial por meios celestiais nos fez nascer novamente e ocupar lugar em seu reino. Jesus disse que essa é a causa da nossa maior alegria (Lc 10.20).

Eu vivo o céu desde já, minha cidadania é dupla.  Por essa razão, continue a progredir para o alvo que é Jesus Cristo, “...continuem a ser meus imitadores. E olhem com atenção também os que vivem de acordo com o exemplo que temos dado a vocês” (Fp 3.17). Amém!

Edson Ronaldo Tressmann

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segunda-feira, 10 de março de 2025

Estão matando os profetas!

 Segundo Domingo na Quaresma

Dia 16 de março de 2025

Salmo 4; Jeremias 26.8-15; Filipenses 3.17 - 4.1; Lucas 13.31-35

Texto: Lc 13.34

Tema: Estão matando os profetas!

 

Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedreja os mensageiros que Deus lhes manda! Quantas vezes eu quis abraçar todo o seu povo, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram” (Lc 13.34)

Estão matando os profetas!

50 países onde há mais pressão e violência contra os cristãos. A hostilidade aos cristãos está aumentando e muito. O aumento da perseguição é impulsionado por dois fatores principais: caos e controle.

Só em 2024 foram mortos 8 sacerdotes e outros 5 missionários.

O pastor Iván Darío García González, líder da Igreja Cristã Nuevo Renacer, foi baleado e morto na noite de 8 de janeiro após sair de um culto noturno na vila de Río Frío, em Magdalena, Colômbia. Foi o terceiro assassinato de líder religioso em menos de um mês na Colômbia.

Estão matando os profetas!

Não é apenas uma referência aos países perseguidos.

O número de sacerdotes diminuiu em 2745 na Europa e 164 na América.

O Instituto Schaeffer, dos Estados Unidos, realizou uma pesquisa sobre a saúde mental e física dos líderes religiosos. A pesquisa revelou que 70% dos pastores lutam constantemente contra a depressão. 71% estão esgotados fisicamente e mentalmente. 80% acreditam que o ministério afeta negativamente sua vida familiar. 70% dizem não ter um amigo para quem podem compartilhar suas tristezas.

O número de suicídio tem aumentado e muito entre os líderes religiosos. E as causas são traição, trairagem entre os colegas de ministério, doença, falta de reconhecimento, isolamento, falta de amizades verdadeiras, problemas familiares.

Os pesquisadores dizem que ser pastor é um trabalho de alto risco.

Estão matando os profetas!

O tema é para destacar a preocupação de Jesus, aliás, uma preocupação bem atualíssima.

Dizer que estão matando os profetas é uma referência para as pessoas que não valorizam a pregação da Palavra de Deus.

Na verdade, isso não é novidade e nem se quer deveria nos assustar, afinal, o profeta Isaias anunciou: “Procurem a ajuda de Deus enquanto podem achá-lo; orem ao Senhor enquanto ele está perto” (Is 55.6).

Com a ideia de que tudo acaba com a morte e que Deus não existe e nem sequer um plano divino, o ateísmo está crescendo.

O professor de sociologia Phil Zuckerman destaca que “há ateus no mundo como nunca houve”. E de acordo com Phil, o crescimento do ateísmo deve-se ao capitalismo, acesso a tecnologia e o declínio da religiosidade.

A situação é preocupante. Se não houver reavivamento, nos próximos quarenta anos, nações como Canadá, Austrália, Áustria, Finlândia, Irlanda, Holanda, Nova Zelândia, Suíça e República Checa terão a maioria da sua população longe de Deus. Esses são os dados da American Physical Society.

Além do ateísmo, um outro grupo que está em ascensão é dos indivíduos sem filiação religiosa. Esse grupo é constituído por 1,1 bilhão de pessoas, atrás do cristianismo e islamismo.

Estão matando os profetas!

Entre as lágrimas que Jesus derramou, Ele chorou por Jerusalém e disse: “Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedreja os mensageiros que Deus lhes manda! Quantas vezes eu quis abraçar todo o seu povo, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram” (Lc 13.34).

Essas palavras servem como exortação. Uma exortação sobre o lugar que Deus e sua Palavra ocupa em nossa vida.

Querido irmão e irmã em Jesus!

Jesus ainda hoje quer salvar, quer recolher para baixo de suas asas. Mas, ainda hoje, muitas pessoas, infelizmente, não querem. E mensagem de Jesus, sob lágrimas continua: “Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedreja os mensageiros que Deus lhes manda! Quantas vezes eu quis abraçar todo o seu povo, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram” (Lc 13.34). Amém.

 

Edson Ronaldo Tressmann

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quarta-feira, 5 de março de 2025

Sob a sombra e a asa de Jesus!

 Primeiro Domingo na Quaresma

Dia 09 de março de 2025

Salmo 91.1-13; Deuteronômio 26.1-11; Romanos 10.8b-13; Lucas 4.1-13

Texto: Salmo 91.3

Tema: Sob a sombra e a asa de Jesus!

 

Pois ele te livrará do laço do passarinheiro...” (Sl 91.3).

O laço do passarinheiro é uma armadilha para pegar um pássaro. Por se tratar de uma armadilha, já é possível concluir que não é fácil escapar.

Devido a queda em pecado, muitas são as armadilhas, as quais estamos sujeitos a cair. São armadilhas de uma palavra dita ou ouvida, de um pensamento, de algo feito ou de algo que não foi feito.

Armadilhas visam capturar e destruir. E todos estamos sujeitos a cair em alguma armadilha. E a grande armadilha é nos afastar da fé em Jesus Cristo.

Quais são as armadilhas que me afastam de Jesus Cristo?

Em tempos de cuidado e incertezas, o salmista sob orientação divina (2Tm 3.16) transmite ao povo de Deus a certeza do seu cuidado.

Ao citar algum exemplo de ave na Bíblia, o objetivo é destacar a dependência de Deus.

Quando o Salmista destaca a sombra do onipotente, onde o passarinho pode fazer seu ninho e não se preocupar com nenhuma armadilha, o objetivo é mostrar que Deus está cuidando para que o passarinho (povo de Deus) não seja consumido.

O povo de Deus é o grande inimigo desse mundo!

O mundo é uma armadilha na qual muitos são pegos e destruídos por sua carne e cobiça. Ouça o alerta: “Pois ele te livrará do laço do passarinheiro...” (Sl 91.3).

A Igreja de Jesus Cristo, composta por todos os que creem, está exposta as mais variadas armadilhas. Como escreveu o apostolo Pedro: “Estejam alertas e fiquem vigiando porque o inimigo de vocês, o diabo, anda por aí como um leão que ruge, procurando alguém para devorar. Fiquem firmes na fé e enfrentem o Diabo porque vocês sabem que no mundo inteiro os seus irmãos na fé estão passando pelos mesmos sofrimentos” (1Pe 5.8-9).

Num tempo de incertezas, o povo de Deus, precisa novamente se lembrar do cuidado de Deus. Deus deseja preservar seu povo. Na época da composição do Salmo o objetivo era dizer ao povo que eles estavam sob os cuidados de Deus, pois Deus iria enviar o Salvador, por essa razão o salmista escreveu: “Você fez do Senhor Deus o seu protetor e, do Altíssimo, o seu defensor;” (Sl 91.9).

Com as palavras: “Você fez do Senhor Deus o seu protetor e, do Altíssimo, o seu defensor;” (Sl 91.9),” o salmista trouxe a memória do povo a promessa por boca de Moisés logo após o povo de Deus ter atravessado o mar vermelho: “O Senhor é o meu defensor; foi ele quem me salvou” (Ex 15.2).

Enquanto o laço do passarinheiro (a armadilha do Diabo) visa destruir o povo de Deus. Tanto é que, as palavras do Salmo 91 foram usadas pelo diabo para tentar Jesus. O Deus Onipotente visa abrigar seu povo sob sua sombra e suas asas para protegê-lo e fazê-lo vencer eternamente.

A proteção está na sombra do onipotente (Sl 91.1). Só na sombra do onipotente e sob suas penas é que estamos protegidos de sermos devorados pelas armadilhas do inimigo que visam destruir. Jesus disse que o diabo só quer matar e destruir (Jo 10.10).

Entre as vezes que Jesus chorou, as lágrimas de Jesus ao ver Jerusalém são significativas: “Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedreja os mensageiros que Deus lhes manda! Quantas vezes eu quis abraçar todo o seu povo, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram” (Lc 13.34).

A sombra e as asas do Onipotente estão disponíveis para que a Igreja se abrigue e fique protegida diante das armadilhas do inimigo. Amém.

 

Edson Ronaldo Tressmann

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Só Cristo e ponto final! Fp 3.8

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