segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Máscara de Deus! Amós 5.18-24

 12 de novembro de 2023

Salmo 70; Amós 5.18-24; 1Tessalonicenses 4.13-18; Mateus 25.1-13

Texto:  Amós 5.18-24 

Tema:  Máscara de Deus!


Dizem que as máscaras vieram para ficar. Muitas pessoas não querem e não usam máscaras. Há alegações favoráveis para o uso e o não uso das máscaras. Não sei a sua opinião sobre o tema, mas, o fato é que cada vocação é máscara de Deus para esse mundo.

O profeta Amós foi enviado para pregar nos dias em que Uzias (Judá) e Jeroboão (Israel) governavam. Era um tempo de prosperidade material. Além da riqueza, os sacerdotes tinham agendas lotadas, o Templo estava sempre cheio de pessoas, as ofertas eram abundantes. Mas, o ponto é que o louvor visava o favorecimento de Deus ou, adoravam por julgarem ser favorecidos por Deus.

Tempos de prosperidade material, mas os pobres eram oprimidos (Am 2.6); famintos morriam à míngua (Am 6.3-6); a justiça favorecia quem pagasse mais (Am 2.6; 8.6); os agiotas exploravam as pessoas cobrando juros sobre juros (Am 5.11; 8.4-6); a religiosidade foi pervertida (Am 3.4; 4.4; 7.9).

Amós foi o profeta de Deus para denunciar uma religiosidade sem procedência da fé, por isso, Deus anunciou pelo profeta: “Parem com o barulho das suas canções religiosas; não quero mais ouvir a música de harpas” (Am 5.23).

A prosperidade não é pecado e Deus não a condena em sua Palavra, mas, Deus alerta a respeito do perigo que as riquezas trazem embutidas em si. E esse é o alerta do profeta Amós. Palavras que parecem ter sido entendidas pelo apostolo Paulo que escreveu: “Pois o amor ao dinheiro é uma fonte de todos os tipos de males. E algumas pessoas, por quererem tanto ter dinheiro, se desviaram da fé e encheram a sua vida de sofrimentos” (1Tm 6.10).

A prosperidade têm em si uma fascinação a ponto de fazer com que pessoas se afastem de Deus. E quando não afastam do culto, acaba afastando do próximo a quem Deus deseja que seja amparado. Quem não ama o seu próximo é por que já não ama a Deus (1Jo 4.20).

Na atualidade muitos cristãos estão encarando a vida como se o único desejo de Deus é de prosperidade e a riqueza é um sinal da aprovação de Deus. Assim, julgando-se abençoados por Deus, exploram as pessoas. Buscam seus próprios interesses. E para esses o profeta Amós anuncia: “...quero que haja tanta justiça como as águas de uma enchente e que a honestidade seja como um rio que não para de correr ...” (Am 5.24). Estevão, conforme Lucas no livro de Atos, foi morto por causa desse denúncia ao Sinédrio.

Amós é o apostolo Tiago do AT, pois diz claramente que a fé sem obras é morta e que as obras sem fé também é morta. Ninguém agrada a Deus sem a fé, por melhor que seja a sua ação. E por mais insignificante que seja a realização em favor de alguém, sendo proveniente da fé, agrada a Deus.

Estamos vivendo tempos em que o mundo está usando máscaras devido a pandemia. As mais variadas vocações nesse mundo são as máscaras de Deus em favor do próximo a quem somos enviados para amar, lutar pela justiça.

Kant escreveu em sua obra: Princípios éticos diz que o próximo precisa ser tratado como uma finalidade e não um meio. O próximo precisa ser tratado como é, amado por Deus, a quem eu com minha vocação sou máscara de Deus.

Deus continua anunciado e denunciando seu povo por boca do profeta Amós: “...quero que haja tanta justiça como as águas de uma enchente e que a honestidade seja como um rio que não para de correr ...” (Am 5.24). Somos uma máscara de Deus em favor do próximo! Amém!

ERT

Edson Ronaldo Tressmann

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