quarta-feira, 14 de junho de 2023

"... um reino de sacerdotes...” (Ex 19.6)

 

Salmo 100; Êxodo 19.2-8; Romanos 5.6-15; Mates 9.35-10.8

 

... somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio... um reino de sacerdotes...” (Sl 100.3; Ex 19.6).

 

A figura da ovelha e do pastor de ovelhas são símbolos muito conhecidos do povo de Deus. Tanto no Antigo, quanto no Novo Testamento, aparecem várias vezes.

No episódio narrada por Mateus (Mt 10) notamos uma mudança de nomenclatura. Os discípulos são chamados de apóstolos. Esta troca é ilustrativa.

Discípulo é aquele “segue” Jesus.

Apóstolo é aquele que foi “enviado” para testemunhar e ensinar as verdades do Reino de Deus.

Ser um discípulo apóstolo é viver a fé numa via de mão dupla: estar em comunhão com o Senhor e em serviço no mundo!

Ao ler o texto de Mateus (Mt 9) fica a impressão de que era muita gente. E, enormes eram as suas carências. Jesus se compadeceu delas, pois eram ovelhas sem pastor (Mt 9.36). Ou seja, era um povo desamparado e desorientado.

Como vive uma ovelha sem pastor? Ovelhas são animais dóceis e sociáveis e também são animais frágeis e sensíveis. A sobrevivência de um rebanho depende basicamente dos cuidados do seu pastor.

Jesus afirma que a multidão está como ovelhas sem pastor. Ovelhas sem pastor enfrentam sérios problemas:

a) ficam expostas a perigos – pragas, ataques de moscas ou animais ferozes;

b) ficam famintas e sedentas – não encontram pastagem;

c) vivem inseguras porque perdem o rumo a seguir.

Uma ovelha precisa ter supridas três necessidades para que possa descansar e procriar: - precisa sentir-se segura; - ser alimentada e - estar livre do atrito com as demais ovelhas do rebanho. Sem estas necessidades supridas às ovelhas ficam aflitas, angustiadas, cansadas, exaustas.

Jesus mostra-se sensível às necessidades do povo. Ele sente compaixão da multidão. Por isso enumera duas coisas: orem por mais cuidadores do rebanho e dá autoridade aos seus.

Como cristãos, vivemos a nossa fé nesta via de mão dupla. Por um lado, nos reunimos em culto e participamos nas demais atividades da Igreja. Nestes encontros aprofundamos nossa comunhão com o Senhor, nos fortalecemos na fé e nos auxiliamos uns aos outros. Por outro lado, é importante e necessário voltarmos nosso olhar para fora dos muros da Igreja. Ainda há muita gente que vive abandonada e desorientada. Há muitas ovelhas desgarradas e rebanhos sem pastor.

No monte Sinai, assim como relatado por Moisés, Deus disse: “... toda a terra é minha, e vocês serão para mim um reino de sacerdotes” (Ex 19.5-6).

Ser um sacerdote é permitir que o outro tenha uma experiência com Deus. É agir com misericórdia.

O mundo precisa de discípulos sacerdotes que anunciam a misericórdia de Deus para com aqueles que sofrem.

Ainda há muita ovelha sedenta e faminta que precisa ouvir o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Como discípulos de Jesus, sou convidado a ver e ouvir as ovelhas desgarradas, desviadas, perdidas, aflitas, desorientadas e desesperadas do nosso tempo.

Olhemos para estas ovelhas com os olhos da compaixão e anunciemos a elas que o Reino de Deus está próximo, que o próprio Deus está perto de nós através de seu Filho Jesus Cristo.

... somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio... um reino de sacerdotes...” (Sl 100.3; Ex 19.6). Amém!

ERT

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