terça-feira, 25 de setembro de 2012

Está na hora de orar ou louvar?

30/09/12 – 18º Domingo após Pentecostes
Sl 104. 27 - 35; Nm 11. 4 – 6, 10-16, 24 - 29; Tg 5. 13 – 20; Mc 9. 38 - 50

Tema mensal: Palavras de Independência e Dependência.

Tema: Está na hora de orar ou louvar?

        Uma tradição a respeito do apóstolo Tiago diz que seus joelhos eram calejados, como os de camelo, devido ao hábito constante de orar. Assim sendo, seu conselho aos que sofrem é que orem. Tiago expressa que da oração vem o auxílio e o conforto.
        Na paróquia Concórdia de Querência do Norte as 06h45min da manhã, de segunda a sexta, realizamos o programa Oração pelo Trabalhador. E ao orar pelas pessoas que estão doentes, o testemunho das mesmas é que se sentem confortadas e auxiliadas. E assim como o apóstolo Tiago, queremos aconselhar aos que nas orações se confortam e se alegram, para que cantem louvores à Deus. Diante do conforto da oração é importante nosso louvor. Está na hora de orar ou louvar?




 
  



        


A palavra alegre, de acordo com o texto grego é o termo euthymeo. Uma junção de “eu” - “bem” e “thymos alma”. Significando assim, “uma alma que se sente bem” com um “forte sentimento” seja de emoção ou paixão.
        Sentindo-se bem - cante louvores. Sentindo-se bem - lembre-se de Deus e cante louvores. Oração e louvor são duas mãos que precisam estar unidas.
        Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados” (Tg 5.1-15).
        A orientação do apóstolo Tiago é importante. Se olharmos para o contexto da relação com a vida da Igreja Cristã, observaremos que entre os membros da igreja cristã deve haver amizade íntima e simpatia. Os presbíteros devem estar prontos para em todo o tempo servir a qualquer membro da igreja com oração, simpatia e conselho espiritual. Não deve ser apenas num determinado momento ou situação. Os presbíteros devem ser homens que atendam os chamados para visitas aos doentes e aflitos. Tiago estava atacando a soberba a qual muitos líderes estavam enfrentando naquele inicio de ação missionária da igreja.
        Quando o apostolo Tiago diz que na presença dos enfermos se deve “orar sobre estes, ungindo-os com óleo em nome do Senhor quer deixar claro que é a oração da fé salvará o enfermo, e que é o Senhor quem o levantará.
        Quando disse que temos o programa na rádio local, Oração pelo Trabalhador, onde colocamos as pessoas e suas situações nas mãos de Deus, o fiz porque muitas são as pessoas que nos agradecem. Querem e até nos engrandecem além da conta. Há testemunho de pessoas curadas de câncer. Mas, o poder não está em nós. E como reagir nessa situação? Nossa reação tem sido dizer a pessoa que a oração foi feita e ouvida por Deus. E Deus em sua graça e misericórdia assim o quis. E agora o desejo de Deus é que a pessoa o louve. Deus merece toda a honra e toda a glória.
        Quando se lê as palavras: “orar sobre estes, ungindo-os com óleo em nome do Senhor” começamos a dar ênfase nos meios empregados. No poder da pessoa que ora.
        Não se pode afirmar, ou dar poder aos meios para que tal ação aconteça. O texto de Tiago que acompanha o texto do evangelho de Marcos é um dos únicos, pouquíssimos, exemplos no Novo Testamento do emprego desse método. O meio e o método não são importantes nem essenciais, pois a oração não é um meio da graça. O ato de orar é que é importante. Na oração falamos com Deus. Entregamos a ele todos os problemas e dificuldades. Reconhecemos que o azeite em si tem qualidades terapêuticas. E também sabemos que Deus abençoa os meios empregados com relação aos enfermos, sendo que um desses meios pelos quais Deus abençoa e cura é a medicina.
        Mesmo que a medicina seja um meio empregado por Deus para curar. Usamos a medicina sem oração. O cristão pode usar a oração com a medicina e a medicina com a oração, pois ambos dependem de Deus.
        Quando sofremos não entendemos o porque e para que da situação. Muitas perguntas são feitas e poucas respostas são dadas. Deus em seu amor e misericórdia sabe o porque e para que daquela situação e na situação, seja qual for, ele está conosco. No entanto, nosso inimigo, se aproveita da mesma situação para colocar dúvidas e nos afastar da presença daquele que está conosco, Jesus.
        A causa fundamental das enfermidades e sofrimentos é o pecado. E quem venceu o pecado por nós foi Jesus. E no sofrimento e na doença precisamos estar firmes em Jesus.
        Está na hora de orar ou louvar? Qual é o teu momento? Não deixe de orar e nem de louvar. Como diz Paulo aos romanos: “E também nos alegramos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus, e essa aprovação cria a esperança. E essa esperança não nos deixa decepcionados, pois Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo, que ele nos deu” (Rm 5.3).
        Está na hora de orar ou louvar?
        Diz o salmista: “Cantarei louvores ao Senhor enquanto eu viver; cantarei ao meu Deus a vida inteira. Que o Senhor fique contente com a minha canção, pois é dele que vem a minha alegria!” (Sl 104. 33 - 34).
        É verdade que a oração tranqüiliza corações atribulados. Mas, isso se deve ao fato de Deus ter prometido nos ouvir. E é justamente por isso que Tiago diz que “muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.Não é o homem que por sua justiça própria faz com que Deus ouça as orações. Deus ouve por ter prometido nos ouvir.
        

         A nós só nos cabe orar. Nossas orações não são apenas calmantes, pois, de fato e de verdade chamamos o Deus vivo que pode e quer nos ajudar.
   É hora de louvar ou orar?
        Deus atende nossas orações há seu tempo. Muitos não louvam a Deus por concluir que ele não ouviu ainda as suas preces. Vale lembrar que ainda não é chegado o tempo de Deus. Deus retrai sua resposta aos nossos clamores para nos fazer compreender quão desamparados estamos. Ou até mesmo para nos ensinar a orar com mais fervor.
        É hora de louvar ou orar?
        A oração e o louvor são duas mãos que não podem se separar. Ao orarmos temos a certeza de que Deus assim como prometeu vai ouvir. E por essa promessa o louvamos e esperamos na sua misericórdia e bondade. Amém!
Rev. Edson Ronaldo Tressmann
44 – 3462 - 2796


terça-feira, 18 de setembro de 2012

SUPERANDO OS SENTIMENTOS QUE SEPARAM UMA CONGREGAÇÃO

23/09/12 – 17º Domingo após Pentecostes
Sl 54; Jr 11. 18 - 20; Tg 3. 13 – 4.10; Mc 9. 30 - 37
Tema: SUPERANDO OS SENTIMENTOS QUE SEPARAM UMA CONGREGAÇÃO.

         Quem acompanha as novelas sabe que todas apresentam, mesmo que fictícios, personagens que reproduzem acontecimentos do dia-a-dia. Entre os muitos personagens, as novelas sempre apresentam o pior tipo de ser humano: egoísta e implacável. Sempre há aquele personagem na novela que causa discórdia, alimenta a intriga e as rivalidades. As novelas apresentam personagens que fazem qualquer tipo de coisa para arruinar a vida das pessoas que elas odeiam e invejam e assim sentem-se felizes e realizados.
         O apóstolo Paulo quando escreveu a Tito disse: “Pois antigamente nós mesmos não tínhamos juízo e éramos rebeldes e maus. Éramos escravos das paixões e dos prazeres de todo o tipo e passávamos a nossa vida no meio da malicia e da inveja. Os outros tinham ódio de nós, e nós tínhamos ódio deles” (Tt 3.3). Paulo ao dizer isso, falava de si mesmo e dos outros.
         Muitas pessoas eram assim antes da conversão, muitos ainda não convertidos são assim. Muitas vezes vivemos nossas vidas pensando que as coisas acontecem somente em filmes ou novelas, ou até, pensamos que acontecem apenas fora da igreja. E hoje, ao lermos Tiago, observamos que inveja, rivalidade, contenda, também acontecem dentro da congregação. Infelizmente entre os cristãos os sentimentos que separam também estão presentes.
         Tiago 3.16 diz: “Pois, onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins e em Tiago 4.1 é dito: “De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne?”. Isso indica que havia brigas e lutas entre os cristãos. E diante desse triste fato dentro da congregação, Tiago aconselha: “Existe alguém entre vocês que seja sábio e inteligente? Pois então que prove isso pelo seu bom comportamento e pelas suas ações, praticadas com humildade e sabedoria” (Tg 3.13). Sendo concebidos em pecado, permanece em nós a velha natureza. E por causa dessa velha natureza sempre ouvimos a razão e o mundo e a carne. E tendo esses dois aliados, o mundo e a nossa carne, o Diabo fez um grande estrago nas congregações espalhadas pelo império. Estrago esse que continua fazendo entre nós.
         O pastor Tiago diagnosticou o problema. E com o diagnostico em mãos, assim como um médico faz com seu paciente, receitou o medicamento correto. Tiago anuncia que Jesus Cristo oferece três coisas que ajudariam as congregações a superarem seu grave problema. Jesus oferece: Graça ou Perdão; seu amor; sua sabedoria.
         SUPERANDO OS SENTIMENTOS QUE SEPARAM UMA CONGREGAÇÃO.
         Tiago diz: “Porém a bondade que Deus mostra...” (4.6). A palavra bondade significa “perdão que Deus dá a toda pessoa humildemente arrependida”. O capítulo 4 de Tiago é um convite ao arrependimento.
         No mundo, as rivalidades e as discórdias criam inimizades que na maioria das vezes duram gerações. Exemplo disso é a discórdia entre judeus e palestinos. A Bíblia também apresenta situações de rivalidades entre os edomitas e os israelitas, entre judeus e samaritanos.
         As discórdias são verdadeiros círculos viciosos, a não ser que alguém se arrependa e reconheça que está agindo de uma maneira contrária a vontade de Deus, não há solução. As partes envolvidas precisam reconhecer seus erros, se arrepender e viver o perdão de Cristo, perdoando-se mutuamente.
         E o perdão parecia algo difícil de ser praticado pelos cristãos a quem Tiago escreve sua epístola. E a dificuldade existia por causa do orgulho e do individualismo. Pedir perdão era o mesmo que se humilhar. E diante dessa barreira, cada cristão estava sendo convidado a olhar para Cristo, que assumiu a forma de homem para salvar a humanidade pecadora.
         Tiago diz: “Gente infiel! Será que vocês não sabem que ser amigo do mundo é ser inimigo de Deus? Quem quiser ser amigo do mundo se torna inimigo de Deus” (Tg 4.4). Os cristãos haviam se tornado “amigos do mundo”. Pois, se a separação e a exclusão estavam entre eles, coisas que a fé não tolera, foram declarados por Tiago como “inimigos de Deus”.
         A bondade de Deus ainda é oferecida aos homens, mulheres e crianças para que possam superar os sentimentos que separam uma congregação. Deus derrama essa bondade sobre todos, pois “faz nascer sol sobre justos e injustos” e nessa bondade Deus leva o pecador a perdoar 70x7. A bondade de Deus é tão imensa que o apóstolo Paulo diz: “...Cristo morreu por nós quando ainda vivíamos no pecado” (Rm 5.8).
         Por amor ao povo, a sua igreja, Cristo oferece sua bondade para que os cristãos superem os sentimentos que separam uma congregação. Através do apóstolo Tiago, Deus deixou a sua igreja conselhos práticos para superarem sentimentos que separam as pessoas. E seus conselhos são: “não falem mal uns dos outros” (Tg 4.11); “sermos pacientes” (Tg 5.7); “não se queixem uns dos outros” (Tg 5.9); “ore” (Tg 5.13); “confessem seus pecados uns aos outros” (Tg 5.16).
         Esses conselhos práticos valem para nós, igreja do século XXI.
         Recebemos pela graça de Deus a oportunidade de ver e reconhecer onde estamos errando. E é importante saber que mesmo pecadores, a Bondade de Deus não é anulada, mas nos capacita a superar nossas falhas. E essa bondade de Deus oferecida a cada um de nós nos dá forças para superar os sentimentos que separam uma congregação.
         SUPERANDO OS SENTIMENTOS QUE SEPARAM UMA CONGREGAÇÃO.
         Para superar os sentimentos que separam uma congregação Jesus nos oferece: Graça ou Perdão; seu amor; sua sabedoria.
         Cristo nos oferece seu amor. Tiago 4.5 diz: “Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós?” Nessas palavras vemos que há um dom oferecido por Cristo para que a congregação supere sentimentos que a separam. Tiago revela: “os desejos violentos de Deus” ou “amor ciumento de Deus”.
         Deus nos ama a ponto de enviar seu filho Jesus Cristo para morrer por nós. E diante desse amor somos chamados a ser submissos a Ele. Se Ele deu a vida por nós, não quer que dividamos a glória que pertence só a Ele com outros deuses. Relembremos o primeiro mandamento, “Eu sou o Senhor teu Deus não terás outros deuses diante de mim.” Deus faz muita questão se o estamos abandonando e voltando ao mundo. Em amor veio ao nosso encontro em Jesus. E se Ele veio para nos resgatar das trevas, como podemos voltar às trevas? Deus não deseja a perdição do pecador. Por isso, ele não quer nos perder. Ele sente ciúme de nós. Deseja-nos junto dele. E por isso faz de tudo para nos ter junto à Ele. Fez todo o necessário para que a salvação fosse e seja possível, morreu na cruz e oferece esse perdão e amor a todos. Por isso, “...O Espírito que Deus pôs em nós está cheio de desejos violentos”. Deus deseja que tenhamos uma profunda relação com Ele. E o grande Dom dado por Deus a nós é o seu Espírito Santo. Por tudo isso, o amor de Deus por nós é ciumento, não dividido com mais nada e Ele não aceita aquilo que possa atrapalhar esse amor. Paulo diz aos cristãos da Ásia: “E não façam que o Espírito Santo de Deus fique triste. Pois o Espírito é a marca de propriedade de Deus colocada em vocês, a qual é a garantia de que chegará o dia em que Deus os libertará. Abandonem toda a amargura, todo o ódio e toda a raiva. Nada de gritarias, insultos e maldades” (Ef 4.30-31). O Espírito Santo que gera comunhão, não aceita, fica triste, fica enciumado, quando deixamos seus frutos de lado e damos espaço à carne e assim nos separamos, e estragamos a comunhão que o Espírito dá.
         Tiago convida a cada cristão e cristã a deixar de viver para si mesmo e viver por aquele que morreu e ressuscitou. Todos são amados e valorizados por Deus.
         SUPERANDO OS SENTIMENTOS QUE SEPARAM UMA CONGREGAÇÃO.
         Para superar os sentimentos que separam uma congregação Jesus nos oferece: Graça ou Perdão; seu amor; sua sabedoria.
         A terceira ajuda que Jesus oferece é a sua “sabedoria que desce lá do alto”. Em Tiago 3.15 lemos: “Esta não é a sabedoria que desce lá do alto; antes, é terrena, animal e demoníaca.
         Com essas palavras Tiago diz que a sabedoria do mundo é diferente da sabedoria de Deus. A sabedoria humana produz contendas e divisões. A sabedoria de Deus é diferente: “A sabedoria que vem do céu é antes de tudo pura; e é também pacifica, bondosa e amigável. Ela é cheia de misericórdia, produz uma colheita de boas ações, não trata os outros pela sua aparência e é livre de fingimento” (Tg 3.17). E essa sabedoria de Deus é uma grande ajuda contra os sentimentos que separam a congregação.
         Tiago falava de muitas situações entristecedoras que estavam acontecendo nas comunidades. Chama a atenção dos líderes que apesar de muita experiência e conhecimento não estavam agindo sabiamente nessas situações. Por isso já havia alertado quanto ao poder da língua, Tiago 3. 1 – 12, e também: “Mas, se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus, e ele a dará porque é generoso e dá com bondade a todos” (Tg 1.5).
         Cada dia que passa novos são os conhecimentos. A tecnologia demonstra isso. E em meio a isso, novos são os desafios em questão de relacionamentos e convivência. Mas a dica de Tiago é importante. Busquemos sabedoria que vem do alto, e não nos fiemos na sabedoria humana, que gera confusão, atrito e separação. Precisamos olhar com fé para Cristo, o qual é a sabedoria de Deus.
         Tiago estava enfrentando uma situação de inveja e separação dentro da sua congregação. Ele aconselhou os cristãos da sua época como superar os sentimentos que separam uma congregação. E seus conselhos é justamente aquilo que Deus em Jesus nos oferece: Sua Bondade (Graça ou Perdão); seu amor; sua sabedoria.
         O que esse texto tem haver comigo?
         Tiago escreveu para cristãos da diáspora, ou seja, cristãos espalhados pelo império. E nessa carta alertou o grande perigo que estavam correndo. O perigo de separarem, pois as brigas, as rivalidades, as discórdias não podiam ser mais fortes que aquilo que Cristo oferecia a eles, a bondade, amor e sabedoria.
         Precisamos reconhecer que somos pecadores, e sendo assim, esse texto vem ao nosso encontro e soa como um alerta. Alerta de cuidado para que os sentimentos de inveja e rivalidades não nos separem, mas que sejam, através da Bondade, amor e sabedoria de Deus, superados.
         O diabo usa o mundo e a nossa carne para dividir e nunca para somar ou multiplicar. Cuidemos para não nos tornarmos rivais uns dos outros. Cristo nos oferece sua bondade, amor e sabedoria para nos mantermos unidos.
         Que o Espírito Santo, o maior dom que recebemos, e que têm por nós um desejo violento, possa nos ajudar a não termos inveja, não guardarmos mágoa, nem nos tornar rivais uns dos outros. Que Cristo com tudo aquilo que nos oferece e dá: amor, bondade e sabedoria, nos ajudem a vencer todos os sentimentos ruins para nos unirmos cada vez mais, em prol do mesmo objetivo: Comunicar a vida eu há em Jesus.
Amém!
Edson Ronaldo Tressmann

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Palavras! Destroem e dão vida. Como usamos as nossas?

16/09/12 – 16º Domingo após Pentecostes
Sl 116. 1 - 9; Is 50. 4 - 10; Tg 3. 1 - 12; Mc 9. 14 - 29

Tema: Palavras! Destroem e dão vida. Como usamos as nossas?

William Shakespeare comentou: "Quando palavras são raras, não são gastas em vão." Há uma propaganda na Globo News que diz: “Todo mundo tem algo a dizer. Um ditado popular filipino diz: "Na boca fechada, não entra mosca." Os árabes oferecem esta jóia de sabedoria: "Tome cuidado que sua língua não corte seu pescoço." Salomão em Provérbios adverte: “No muito falar não falta transgressão,mas o que modera os seus lábios é prudente (Pv. 10:19)
Quantas feridas são causadas pela língua?
Palavras! Destroem e dão vida. Como usamos as nossas?
Tiago nos coloca contra a parede e nos desafia a viver uma fé genuína pelo falar. O apostolo Tiago é considerado o apostolo do ensino das boas obras. A fé, e é isso que ensina Tiago, produz boas obras. Não há boas obras sem fé. No capitulo 3 Tiago está dizendo que nossa fé se apresenta pelo falar. Se Jesus, com as palavras de Mateus 6 e Marcos 7. 14 – 23, no sermão proferido no dia 02/09/12, no tema Escutem todos o que eu vou dizer e entendam! nos ensinou que a boca fala do que está cheio o coração. Agora ouvimos o apostolo Tiago dizendo que a fala está relacionada às boas obras, que são expressão da nossa fé.
         A língua é um músculo com sua origem no coração. A língua revela o verdadeiro estado do coração. Como dito por Jesus, “a boca fala do que está cheio o coração...”. A minha língua sou eu revelado as pessoas. Eu sou o que a língua fala! A língua é o dreno do coração! A língua serve como escapamento daquilo que está queimando no coração. Palavras! Destroem e dão vida. Como usamos as nossas?
O poder da língua pode ser para o bem ou para o mal. Por ser uma arma letal, a língua está presa atrás de duas fileiras de dentes e dentro de uma caverna fechada. A língua tem um enorme potencial para direcionar vidas.
Palavras! Destroem e dão vida. Como usamos as nossas?
         É preciso observar o contexto destas palavras. Naquele período a Igreja primitiva estava lidando com a valorização e o poder de quem ensinava e direcionava os novos grupos de cristãos. Esse poder e valorização estavam começando a representar um perigo. A nova vida, a liberdade em Cristo, que incluía liberdade para falar em culto público, precisava ser bem manejada (1 Co 14:26-34).
         No capitulo 1 o apóstolo Tiago lembra: “Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar . . . (Tg 1.19). Os comunicadores da vida precisavam ficar cientes da seriedade dessa comunicação.
         Comunicar o evangelho não é tarefa fácil. Falar não é fácil. Pois, uma palavra dita não volta para trás. Palavras! Destroem e dão vida. Como usamos as nossas?
         Já que estamos num tempo de eleições municipais, observamos que uma palavra dita pode ser usada contra o candidato. A mesma coisa vale para o comunicador do evangelho. O mesmo vale para um congregado na igreja. Precisamos medir toda palavra quando ensinamos, testemunhamos ou pregamos. Comunicar a vida pelo ensino, pela pregação é uma tarefa árdua.
         Palavras! Destroem e dão vida. Como usamos as nossas?
         O “freio na boca do cavalo” o “leme no navio” são partes pequenas, mas, estratégicas. Mesmo que pequenos são capazes de direcionar. O freio na boca do cavalo, apesar de pequeno e fraco, direciona o cavalo sem muito esforço. O leme é pequeno diante do tamanho do navio, mas assim mesmo, por ficar num ponto estratégico, é capaz de direcionar um transatlântico conforme a vontade de um timoneiro.
         Nossa língua, pequena, porém estratégica. O v. 2b diz que se conseguirmos refrear a língua, seremos capazes de controlar o corpo inteiro. É difícil. Observamos essa dificuldade no dia-a-dia: “tarde demais!”; “escapou”; “foi sem querer”.
Palavras! Destroem e dão vida. Como usamos as nossas?
         É desesperador soltar palavras e depois ficar impotente assistindo o estrago que elas causaram. Depois do carro batido, não adianta frear, já é tarde demais.
Palavras! Destroem e dão vida. Como usamos as nossas?
         Bem disse Salomão: “A morte a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto” (Pv. 18:21) e ainda: “A língua serena é árvore de vida, mas a perversa quebranta o espírito” (Pv 15:4).
         O poder destrutivo das palavras é visto no livro em que Hitler declarou sua filosofia nazista, Mein Kampf. Na II Guerra Mundial as filosofias expressas naquele livro levaram à morte 125 pessoas para cada palavra do livro. Uma palavra mal-colocada, na hora errada, pode destruir uma vida. Uma palavra de crítica destrutiva; uma fofoca; uma colocação verídica, mas cruel, sem tato, pode desmontar uma pessoa, uma família, uma igreja. Comunicar a vida não é fácil. E essa é a proposta da IELB até 2014. Como igreja, reconhecemos que temos um inimigo que faz tudo para atrapalhar essa comunicação da vida.
         Palavras! Destroem e dão vida. Como usamos as nossas?
         A natureza da nossa língua é venenosa, mortífera e indomável, pois a mesma é pecadora, assim como todo corpo é. E por sermos pecadores Deus providenciou um meio pelo qual nos aproximaria dele. Em Jesus somos colocados diante de Deus. E agora diante de Deus em Jesus nossas palavras são transformadas em palavras de beleza, pois testemunham aquele que veio e aquele que virá. Como disse Paulo aos Filipenses: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2. 9 – 11)
         Em Jesus nossa boca é um instrumento. Instrumento de vida, através do testemunho do amor de Deus. Como filhos de Deus nossas palavras são para edificar vidas e não para destruir.
Palavras! Destroem e dão vida. Como usamos as nossas?
         É engraçado, mas da mesma língua que jorra falsidade é a mesma que canta louvores na igreja. A mesma língua que declara “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo” também é reprovada por Jesus “Arreda! Satanás” (Mt 16:17, 23).
         Tiago, meio irmão de Jesus, na sua juventude foi incrédulo, zombador. Mas, essa mesma língua se tornou líder da igreja em Jerusalém e autor dessa epístola maravilhosa. A fé sem obras é morta. A fé implica em mudanças na língua, na vida. A mudança precisa acontecer na raiz, ou seja, no coração. O coração controla a língua. E para mudar essa raiz Deus em seu amor e graça nos oferece e dá a sua Palavra, como disse o salmista Davi: “A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices” (Sl 19.7).
         Por natureza, somos pecadores. E como tal, a tendência natural é de fofocar, resmungar, criticar, xingar, blasfemar. E foi por isso que Jesus veio para este mundo, para nos resgatar. A morte e a ressurreição de Jesus tiveram e tem como alvo transformar o coração daqueles que depositam sua confiança nele para a vida eterna.
         Palavras! Destroem e dão vida. Como usamos as nossas?
         O profeta Isaias anunciou a vinda do servo sofredor. E esse servo sofredor a quem o profeta se refere é Jesus. No entanto, suas palavras também são palavras que se referem a missão do proprio profeta. E sua missão consiste em anunciar as palavras que recebeu do Senhor. E suas palavras são ânimo aos cansados. A dificuldade da proclamação não é apenas sua lingua, como o proprio profeta anunciou: “...ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo  de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is 6.5). A dificuldade está também na dúvida do êxito de seus esforços e na hostilidade aberta que chega a se transformar em agressão fisica.
         Palavras! Destroem e dão vida. Como usamos as nossas?
         Palavras da vida nos dão vida. E essa vida, a boa noticia do evangelho transforma a raiz que é o coração. E o evangelho é que mesmo nós pecadores que se revela no mau uso da nossa língua através das mentiras, falsidade, calunia, somos amados por Deus. E seu amor é manifestado pelas palavras do salmista: “Amo o Senhor, porque ele ouve a minha voz e as minhas súplicas. Porque inclinou para mim os seus ouvidos, invocá-lo-ei enquanto eu viver” (Sl 116.1 - 2).
         Mesmo nossa lingua pecadora, que tantas vezes produz morte, Deus em seu amor e misericórdia inclina seus ouvidos para escutá-la. Que noticia maravilhosa! Mas, como pode? O salmista diz; “Compassivo e justo é o Senhor; o nosso Deus é misericordioso” (Sl 116.5).
         Nosso Deus é misericordioso. Misericórdia revelada em Jesus. Misericórdia e amor revelado ao podermos nos aproximar dele, mesmo como pecadores. E ele promete nos ouvir.
         Deus nos abençoe. Amém!
Edson Ronaldo Tressmann
cristo_para_todos@hotmail.com

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Anime-se, pois o nosso Deus está aqui

09/09/12 – 15º Domingo após Pentecostes
Sl 146; Is 35. 4 - 7; Tg 2. 1 – 10, 14 - 18; Mc 7. (24 – 30) 31 - 37
Tema: Não tenham medo; animem-se, pois o nosso Deus está aqui.
Digam aos desanimados: “Não tenham medo; animem-se, pois o nosso Deus está aqui. Ele vem para nos salvar, ele vem para castigar os nossos inimigos.” Então os cegos verão, e os surdos ouvirão; os aleijados pularão e dançarão, e os mudos cantarão de alegria. Pois fontes brotarão no deserto, e rios correrão pelas terras secas. A areia quente do deserto virará um lago, e haverá muitas fontes nas terras secas. Os lugares onde agora vivem os animais do deserto virarão brejos onde crescerão taboas e juncos. (Is 35. 4 – 7)

Jesus saiu da região que fica perto da cidade de Tiro, passou por Sidom e pela região das Dez Cidades e chegou ao lago da Galiléia. Algumas pessoas trouxeram um homem que era surdo e quase não podia falar e pediram a Jesus que pusesse a mão sobre ele. Jesus o tirou do meio da multidão e pôs os dedos nos ouvidos dele. Em seguida cuspiu e colocou um pouco da saliva na língua do homem. Depois olhou para o céu, deu um suspiro profundo e disse ao homem: — “Efatá!” (Isto quer dizer: “Abra-se!”) E naquele momento os ouvidos do homem se abriram, a sua língua se soltou, e ele começou a falar sem dificuldade. Jesus ordenou a todos que não contassem para ninguém o que tinha acontecido; porém, quanto mais ele ordenava, mais eles falavam do que havia acontecido. E todas as pessoas que o ouviam ficavam muito admiradas e diziam: — Tudo o que faz ele faz bem; ele até mesmo faz com que os surdos ouçam e os mudos falem! (Mc 7. 31 – 37)

         Não tenham medo; animem-se, pois o nosso Deus está aqui. Ele vem para nos salvar, ele vem para castigar os nossos inimigos.” (Isaias 35. 4)

         Só Deus pode intervir para solucionar a maior desgraça humana. Só Deus em Jesus pode nos fazer comunicar com ele novamente.
         Na época do profeta Isaias o povo estava recebendo a noticia de que seriam exilados e acabaram sendo exilados para a babilônia. No exílio não havia ânimo, certeza e esperança. Estavam todos muito tristes, pensavam que Deus os havia abandonado. E nessa situação, ouvimos pela boca do profeta a notícia maravilhosa: “Não tenham medo; animem-se, pois o nosso Deus está aqui. Ele vem para nos salvar, ele vem para castigar os nossos inimigos.


         Nosso Deus está aqui.
         Como?
         Pela palavra da promessa da libertação.
         No atual contexto religioso brasileiro que vivemos é importante que descubramos qual é a libertação a qual a Bíblia verdadeiramente se refere. Pois, infelizmente a libertação, a qual, muitos pregadores se referem, está causando uma verdadeira paralisação nas pessoas. É como se tivéssemos um exercito cristão em greve. E a greve é para reivindicar aquilo que supostamente lhes pertence. Meditar nas palavras do profeta Isaias, juntamente com o acontecimento na vida de Jesus é fundamental para esses dias conturbados, onde se busca ânimo em coisas as quais Jesus já havia alertado, “não vos preocupeis com o dia de amanhã.
         Nosso Deus está aqui.
         Em Jesus Deus veio ao nosso encontro e nos libertou dos nossos maiores inimigos: do poder do diabo e da morte eterna.
         Nosso Deus está aqui. Então anime-se!
         A certeza da presença de Deus é uma noticia que nos leva a ação. Pois, viver sem esperança, ou presos a essa vida, neutraliza as ações.
         Na época de muitos dos profetas do antigo testamento, encontramos o povo exilado. E um povo vivendo seu exílio, estava sem esperanças. E sem esperança e perspectiva, facilmente cediam à tentação de que Deus os havia abandonado.
         Nosso Deus está aqui.
         É a mensagem para nós que estamos vivendo dias em que Deus parece estar longe. Passamos pelas mais variadas situações. São dificuldades econômicas, doenças, sofrimentos, perseguição. E Deus parece que está longe. Parece que se esqueceu do seu povo.
         Nosso Deus está aqui.
         Onde Deus está presente?
         Na pregação da palavra de Deus de forma clara e bíblica; Deus está presente no Batismo; está presente na Santa Ceia.
         Quando viemos à igreja, viemos para nos encontrar com nosso Deus. E esse encontro não é para cobrança de alguma bênção. Ou para libertação de um suposto encosto, ou coisa semelhante.
         Nosso encontro com Deus é justamente um encontro de amor. Onde Deus nos ama. E seu amor é manifestado através das bênçãos às quais ele derrama sobre nós, sem o nosso merecimento. Deus se encontra conosco por seus meios da graça. E pelos meios da graça nos oferece e dá, perdão, vida e salvação.
         Muitas vezes, por querermos tanto adquirir coisas neste mundo, queremos que nosso encontro com Deus seja manifestado por ferraris e mansões. E assim, vivemos nossa vida sem ânimo, pois parece que Deus se esqueceu de nós.
         Nosso Deus está aqui.
         A presença de Deus é ignorada não só pelas pessoas, mas por muitas igrejas e seitas. A presença de Deus deixou de ser vista nos meios da graça e passou a ser conquistada pelo desgraçado pecador que não pode se aproximar de Deus.
         Deus se encontra conosco pelo Batismo, pela Pregação da Palavra e Santa Ceia. Viver sem esse verdadeiro encontro, e viver sem esperança e fundamento. E quando se vive sem esperança e sem fundamento, se vive como um ser vegetativo, sem ânimo.
         Deus se encontra conosco e pela sua palavra nos diz palavras de independência. E hoje pela boca do profeta ouvimos a palavra de independência: Não tenham medo; animem-se, pois o nosso Deus está aqui. Ele vem para nos salvar, ele vem para castigar os nossos inimigos.
        Nosso Deus está aqui.
        Em Jesus, Deus se encontra conosco. O segundo artigo do Credo na explicação de Lutero diz: “Creio que Jesus Cristo, verdadeiro Deus, gerado do Pai desde a eternidade, e também verdadeiro homem, nascido da virgem Maria, é meu Senhor. Pois me remiu a mim, homem perdido e condenado, me resgatou e salvou de todos os pecados, da morte e do poder do diabo; não com ouro ou prata, mas com seu santo e precioso sangue e sua inocente paixão e morte, para que eu lhe pertença e viva submisso a ele, em seu reino, e o sirva em eterna justiça, inocência e bem aventurança, assim como ele ressuscitou dos mortos, vive e reina eternamente. Isto é certamente verdade
         Em Jesus, como sua morte ele nos tirou das trevas, ele nos libertou eternamente.
         Nosso Deus está aqui.
         O evangelista João Marcos, em seu evangelho narra o episódio de um encontro. Jesus se encontrou com um homem cego e que quase não podia falar. Nesse encontro observamos que mesmo em meio a uma multidão é curioso o fato de Jesus tê-lo tirado do meio da multidão.
         Jesus o tirou do meio da multidão.
         Jesus com sua morte e ressurreição nos tirou do meio de enorme multidão. De uma multidão que vive sua vida acomodada. Sem ânimo, sem esperança. Tendo nos tirado da multidão, Jesus nos mostra, a verdadeira alegria. Ele com sua libertação eterna nos dá uma verdadeira injeção de ânimo.
         O encontro de Deus conosco em Jesus não se deve ao fato de possuirmos as coisas, mas justamente por necessitarmos de algo muito maior, a salvação. Não que Deus nos deixa sem suprimentos nesse mundo. Afinal, Jesus nos ensinou a orar: o pão nosso de cada dia nos dá hoje. A questão é que precisamos estar agradecidos a Deus pelo que temos recebido dia após dia. Nossa alegria, nosso ânimo não se deve aos bens materiais.
         Quando Jesus nos leva “à parte”, “nos retira da multidão” quer focar nossa mente na certeza de que ele nos oferece e dá algo realmente esplendoroso e que nos motiva e anima a de fato servirmos com e em alegria.
         Nosso Deus está aqui.
         Deus quer ter um momento a sós com a nossa alma. Ou seja, ele nos leva a reflexão sobre o que de fato temos e não temos. E aquilo que não temos, não deve nos paralisar, pois, aquilo que verdadeiramente temos, a salvação nos leva a agir sem medo, com ânimo, alegria e dedicação.
         Não tenham medo; animem-se, pois o nosso Deus está aqui. Ele vem para nos salvar, ele vem para castigar os nossos inimigos.
         Vivemos dias de insegurança total. Vivemos cercados pelo medo. Medo de uma crise que assolou países ao redor do mundo, e quem sabe pode chegar ao Brasil. Vivemos com medo da violência, do tráfico de drogas, das injustiças, sejam elas sociais ou no caso de absolvição de pessoas corruptas, assassinos, etc. E nesse contexto, Deus nos transmite ainda hoje suas palavras: “Não tenham medo; animem-se, pois o nosso Deus está aqui.
         Como cristãos estamos no meio desse vendaval. Estamos vivendo dias de crise, pânico, terror. Mas, Deus em seu amor e misericórdia nos transmite a certeza de que ele está aqui. E se ele está aqui com e nos seus meios da graça, Palavra, Batismo e Santa Ceia a nós cabe usufruir e nos animar.
         Nosso Deus está aqui.
         Como?
        Pela palavra da promessa da libertação.
        No atual contexto religioso brasileiro que vivemos é importante que descubramos qual é a libertação a qual a Bíblia verdadeiramente se refere. Pois, se formos ouvir e dar crédito as muitas pregações distorcidas que existem por ai veremos que o ânimo está entrelaçado às coisas materiais. Dizem que ser cristão é ser próspero. A prosperidade é resultado de que Deus está contente com você. Mas, tudo isso, não passa de distorção da palavra de Deus. Os bens materiais, mesmo que necessários, são passageiros. Os bens materiais até nos animam, mas é um ânimo que dura até o próximo lançamento.
         Nosso Deus está aqui.
         A certeza de que Deus está aqui, pelo Batismo, pela Pregação da Palavra e pela Santa Ceia, nos anima. Deus continua vindo ao nosso encontro em meio aos nossos medos e tremores a nós pecadores. Vindo ao nosso encontro pela Pregação da Palavra anuncia a palavra de independência e dependência: “Não tenham medo; animem-se, pois o nosso Deus está aqui.
         Animem-se, mesmo em meio às fraquezas, injustiças e tentações, pois Nosso Deus está aqui. Está aqui de um jeito simples e concreto pelos meios da graça para oferecer e dar aquilo que você mais necessita: a salvação, através do perdão dos pecados. Oferecendo e dando a salvação, quer que você viva sua vida que já é eterna, animado e contente, sem medo das coisas desse mundo que apenas podem matar seu corpo.
         Não tenham medo; animem-se, pois o nosso Deus está aqui.” Amém!
Rev. Edson Ronaldo Tressmann
cristo_para_todos@hotmail.com


Em Jesus - uma nova aliança!

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