terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Despenseiros responsáveis

05/02/12 – 5º Domingo após Epifania
Sl 147.1 - 11; Is 40. 21- 31; 1Co 9.16 - 27; Mc 1. 29 - 39
Tema: Despenseiros responsáveis

            Alguém sabe o que significa despenseiro? Aquele que administra o lar, gerente. Ou numa linguagem mais corrente, mordomo. Somos mordomos, administradores da casa. Cuidamos da casa. Como estou desempenhando minha mordomia, ou seja, minha administração, na casa que é mundo? Nós fomos colocados como administradores dos bens, da vida, da mente, etc. Mas hoje, com base em 1Co 9.16-21, quero convidá-los a pensarmos na mordomia, administração do evangelho.
            No texto a palavra evangelho aparece 4x, e a palavra lei 7x.  O que é evangelho? Boa noticia. O que é lei? Aquilo que nos obriga a fazer algo, ou que nos acusa de algo.
            Podemos tirar do nosso texto algumas conclusões. Principalmente que o objetivo principal é ganhar nosso irmão. Aliás, a palavra ganhar aparece 5x. Nessa reflexão, vamos analisar como nós despenseiros responsáveis vamos agir para ganhar nosso(a) irmão(ã) afastado(a) ou que pensa em se afastar do evangelho e como atrair tantos que ainda não conhecem o evangelho.
Despenseiros responsáveis
1 – Preservam e Guardam o evangelho
            Nós fomos enviados ao mundo para continuarmos a missão de Deus. A primeira providência quem tomou foi Deus ao enviar Jesus para salvar a humanidade perdida em seus pecados. E quando veio,  o apóstolo João anuncia que: “veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1.11). Jesus também foi rejeitado, humilhado, mas como diz Paulo: “a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2.8). Para que isso? Para que eu e você fossemos salvos.
            Essa é a boa noticia do evangelho. Aliás, uma noticia contrária a lei. A lei nos acusa, mostra que somos pecadores, que estamos perdidos e que merecemos a condenação eterna. O evangelho nos aponta a saída, Cristo.
            Todos nós partilhamos das mesmas bênçãos do evangelho. Como explica Lutero no terceiro artigo do Credo apostólico: “Creio que por minha própria razão ou força não posso crer em Jesus Cristo, meu Senhor, nem vir a ele. Mas o Espírito Santo me chamou pelo evangelho, iluminou com seus dons, santificou e conservou na verdadeira fé....” Pelo evangelho somos redimidos, recebemos dons, talentos, nos tornamos filhos de Deus, herdeiros do céu e a vida eterna. Pelo evangelho nossos corações são transformados.
            E Deus, que em Jesus, veio ao nosso encontro, nos confiou um sagrado privilégio - Preservar o evangelho. Sermos despenseiros, mordomos, administradores da boa noticia aqui no mundo. Pois, o evangelho é o meio pelo qual Deus salva as pessoas perdidas em seus pecados. E essa é a importância de sermos FUNDAMENTADOS PELA PREGAÇÃO, pois pela pregação se anuncia a lei e o evangelho, onde a lei nos acusa de nossos erros e o evangelho nos aponta para Jesus, a nossa rocha poderosa e nosso abrigo.
            No livro de Judas v.3 esta escrito: “Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” (Jd 3). Aqui em Judas como também em alguns outros textos da Bíblia (At 6.7; Gl 1.23; Jd 20, etc) a palavra designa doutrina cristã, sendo a salvação que deve ser crida. O apóstolo Paulo afirma aos Coríntios: “Irmãos, venho lembrar-vos e evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão” (1Co 15.1-2). No evangelho, somos convidados a perseverar no evangelho até o fim de nossas vidas. Precisamos também como despenseiros responsáveis preservar o evangelho daqueles que o destroem fazendo distorções da boa noticia. É urgente a preservação do evangelho, é importante que estejamos FUNDAMENTADOS PELA PREGAÇÃO, do verdadeiro evangelho.
            Nossa responsabilidade como mordomo cristão é: Preservar o evangelho do erro e guardar o evangelho das falsas distorções.
            Voltando ao livro de Judas observaremos que naquele tempo havia uma necessidade urgente de preservar e de guardar o evangelho. Diz Judas: “Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça do nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo” (Jd 4). Será que hoje há necessidade de preservar e guardar, ou seja, defender o evangelho?
            Voltemos a 1Co 9.16-21, assim como no período do Apóstolo Paulo, Jesus o salvador da humanidade não foi recebido por todos, assim como é em nossos dias, há os que se negam a crer na boa nova do evangelho. Muitos preferiam continuar em seus rituais, em suas vidas carregadas pelo cumprimento da lei, e deixavam aquilo que Cristo realizou na cruz de lado.
            Paulo em 1Corintios faz um esclarecimento e podemos classificar até como um pedido: “Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns” (v. 22). Ao escrever aos Filipenses, Paulo diz: “Bem que eu poderia confiar também na carne. se qualquer outro pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus, quanto a lei, fariseu, quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto a justiça que há na lei, irrepreensível” (Fp 3.4-6). Mesmo assim para poder ganhar alguns para Cristo Paulo se fazia fraco, não judeu. Na verdade, ele Paulo foi ganho para Cristo. E agora a única coisa que faz é anunciar, viver Cristo. Ele fundamentava suas comunidades pela pregação do puro evangelho, pois na pregação havia o Cristo salvador.
            Muitos judaizantes estavam confundindo os novos convertidos à fé. As regras pareciam mais importantes que a própria doutrina, ou ensinamento de Jesus sobre determinado assunto. Paulo então exorta a batalhar pela fé. O objetivo é ganhar. Ganhar alguns para Cristo, conquistar para o reino de Deus. O que nós podemos fazer hoje para ganhar nosso irmão? Quem sabe nos fazer fraco, ou seja, colocar a sandália do outro em nosso pé para vermos onde aperta. Talvez esteja na hora de interpretar tudo da melhor maneira. Parar com nossos julgamentos. Etc.
            Vejamos o que Jesus disse e o apóstolo João deixou registrado: “Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo” (Jo 17.18). Fomos enviados ao mundo, estamos em missão – e nossa missão é preservar o evangelho, batalhar pelo evangelho, o qual trás as pessoas a fé e salva as pessoas. Preservar o evangelho é pensar em nossos filhos e netos. Anuncia o apóstolo João “Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3.11), e segue o apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” (2Tm 4.7) “Combate o bom combate da fé. toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado e de que fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas” (1Tm 6.12).
Despenseiros responsáveis
2 – Compartilham o Evangelho
            O compartilhar o evangelho é muito importante, pois já deixou registrado o apóstolo Pedro: “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2Pe 3.9), e segue 2 paginas depois, o apóstolo João em sua primeira carta: “e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro” (1Jo 2.2). Temos aí motivos especiais para compartilharmos o evangelho com o nosso próximo, como o próprio apóstolo Paulo diz; “Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rm 10.14). FUNDAMENTADOS PELA PREGAÇÃO.
            Primeiramente precisamos testemunhar para os que fazem parte da nossa casa, da nossa família, assim como André, “Era André, o irmão de Simão Pedro, um dos dois que tinham ouvido o testemunho de João e seguiu Jesus. Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias e o levou a Jesus” (Jo 1.40-41-42ª). Precisamos fazer assim como Pedro e João que diante do Sinédrio responderam: “pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (At 4.20). E como aconselha o próprio Paulo em nosso texto: “Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns” (v. 22).
Como despenseiros responsáveis
3 - Cumprimos com nossas obrigações da mordomia através da nossa congregação.
            Paulo diz no v. 16 “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho”.
            Toda a igreja – reunida em paróquia, distrito, sínodo é uma agência missionária, e se não estiver fazendo missão, ela perdeu a sua razão de existir. Como a igreja primitiva fazia: “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo” (At 5.42), pois a igreja está FUNDAMENTADA PELA PREGAÇÃO e prega o evangelho, preserva o evangelho, guarda o evangelho e não deixa de anunciar com clareza o evangelho.
            A congregação é o local onde eu realizo boa parte da minha mordomia, dons, oferta, mas eu não posso esquecer que como fiel despenseiro minha mordomia não acaba aqui, ela é realizada também na minha casa, mente, bens, dons, vida, etc. Por isso, não posso ser cristão apenas dentro da igreja, pois fora dela sou testemunha do evangelho. Muitas pessoas no mundo e até muitos que foram batizados na igreja estão vivendo suas vidas em pecados grosseiros, manifestos. E para esses vale lembrar que a Palavra de Deus, a doutrina, a fé que precisa ser crida liberta esses escravos do pecado. Ninguém pode se dizer cristão e continuar sua vida como um não cristão. E quando Paulo diz que se faz fraco, ela não está querendo ensinar que nós podemos fazer qualquer coisa que quisermos, mas que precisamos nos aproximar das pessoas para tirá-las das trevas, isso pelo evangelho, o qual nós somos convidados a manifestar em palavras e ações e também preservar e cuidar.
            Ouçam mordomos, despenseiros de Deus, do evangelho de Deus, Jesus disse: “Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. ...” (Mt 5.13-14ª).
            E como luz do mundo – somos convidados a viver de livre vontade a nossa fé para mostrar ao mundo que cremos e vivemos aquilo que cremos, como disse Jesus: “Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons” (Mt 7.18), e segue o apóstolo Paulo: “vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens” (2Co 2.2) e o mesmo Paulo anuncia: “para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo, preservando a palavra da vida, para que no dia de Cristo, eu me glorie de que não corri em vão, nem me esforcei inutilmente” (Fp 2.15-16).
            Despenseiros fiéis do evangelho – nós fomos e somos alvos do evangelho. E como filho de Deus, herdeiros do céu somos convidados a compartilhar o evangelho com todos, pois todos são alvos do evangelho, para isso preciso também cumprir com meus deveres dentro da congregação local, distrital e sinodal.
            Vamos Compartilhar o evangelho – existe o programa Aquecendo corações, onde nossa meta é atingir 100 milhões de pessoas até os 500 anos de reforma, ou seja, até 2017. Faça parte desse gigante desafio. Vamos também cumprir com nossos deveres na congregação local, principalmente ofertando para que o evangelho possa continuar sendo pregado a todos os cantos. Sejamos firmes e inabaláveis na nossa fé, tanto no crer como no viver nossa fé.
Pr. Edson Ronaldo Tressmann
44 - 3462 2796

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Um profeta manifesta o verdadeiro profeta e a verdadeira profecia.

29/01/12 – 4º Domingo após Epifania
Sl 111; Dt 18. 15 – 20; 1Co 8. 1 – 13; Mc 1. 21 - 28
Tema: Um profeta manifesta o verdadeiro profeta e a verdadeira profecia.
Introdução
            Tempo de Epifania que inicia-se no dia 6 de janeiro, dia de reis no Brasil, comemorado com muita música em vários lugares. Epifania, no entanto, iniciado num dia de festa significa manifestação, aparecimento. Segundo o N.T. designa a manifestação de Jesus em glória por ocasião da primeira vinda, e posteriormente a segunda vinda.
            Nesse quarto final de semana após a epifania, conforme as leituras acima, levando em consideração Deuteronômio 18, os convido a meditar no tema: Um Profeta manifesta o verdadeiro profeta e a verdadeira profecia.
Desenvolvimento
            Um profeta manifesta o verdadeiro profeta e a verdadeira profecia. Qual?
            1 – um profeta parecido comigo v.15 - Jesus Cristo
            Moisés liderou o povo de Israel desde o Egito até as proximidades da terra prometida. O povo está quase lá, mas antes de tomar posse daquilo que Deus lhes daria, precisavam ser vacinados, ou seja, preparados para poderem permanecer fiéis, perseverantes na vontade e na palavra de Deus.
            No capítulo 18 de Deuteronômio vemos o profeta Moisés aconselhando o povo sobre como será a nova morada e como deveriam se comportar na terra prometida. Primeiramente anuncia o direito dos sacerdotes e dos levitas, e sua verdadeira função. Os sacerdotes deviam oferecer os sacrifícios a Deus, não deviam seguir os costumes nojentos do povo que já moravam na terra prometida. E assim eram convidados “em todas as coisas sejam fiéis ao Senhor, nosso Deus” (v.13).
            O chamado a confiança em Deus era muito importante, pois, entre os problemas se encontrava o perigo moral. O povo numa terra rica, fértil, seria tentado a abandonar aquele que os guiou até ali.
            Moisés então aponta para o verdadeiro profeta, o Filho de Deus, Jesus Cristo. Quando no v. 15 Moisés diz: “...um profeta parecido comigo...” ele está apontando para outro que é maior que ele, assim como João Batista fez no deserto quando o povo pensava que ele fosse o Messias: “eu batizo vocês com água, mas está chegando alguém que é mais importante do que eu, e não mereço a honra de desamarrar as correias das sandálias dele,...” (Lc 3.15b). Também quando diz o que está registrado no v. 15, está se colocando como tipo de Jesus, antítipo. Isso é claro confirmado pelo autor a carta aos hebreus: “Pois ele foi fiel a Deus, que o escolheu para esse serviço, assim como Moisés foi fiel no seu trabalho em toda a casa de Deus”.
            Mas acima de tudo quando Moisés diz: “um profeta parecido comigo” está acalmando o povo, que a fidelidade deles a vontade de Deus é por causa da constante fidelidade e companhia de Deus. Mesmo recomendando sobre os cuidados que deveriam tomar, Moisés aponta por intermédio de Deus a certeza do amparo, cuidado e companhia de Jesus, do salvador, pois é dito na carta aos hebreus: “E por isso ele pode, hoje e sempre, salvar as pessoas que vão a Deus por meio dele, porque Jesus vive para sempre a fim de pedir a Deus em favor delas. Por isso Jesus é o grande Sacerdote de que necessitamos. Ele é perfeito e não tem nenhum pecado ou falha. ...” (Hb 7.25-26a). E seguindo, a mensagem que o apóstolo Pedro fez no templo em Atos 3 anuncia o seguinte: “Pois Moisés disse: “Do meio de vocês o Senhor Deus escolherá e enviará para vocês um profeta, assim como ele me enviou. Obedeçam a tudo o que ele lhes disser. Aquele que não obedecer será separado do povo de Deus e destruído.” Samuel e todos os profetas que vieram depois dele falaram a respeito destes dias. As promessas que Deus fez por meio dos seus profetas são para vocês. E vocês fazem parte da aliança que Deus fez com seus antepassados, quando disse para Abraão: “Por meio dos seus descendentes, eu abençoarei todas as nações do mundo.” Assim Deus escolheu o seu Servo e o mandou primeiro a vocês, para abençoá-los, e para que cada um de vocês abandone o seus pecados.” (At 3.22-26).
            Um profeta manifesta o verdadeiro profeta e a verdadeira profecia. Isso Moisés e tantos outros fizeram. E esse profeta, Jesus, o povo era convidado a manifestar no seu viver, no seu agir, pensar na nova terra.
            Nós cristãos do século XXI também somos desafiados a manifestar o verdadeiro profeta e a verdadeira profecia. Pois, em cada situação, boa ou ruim, Deus nos acompanha, e com a força que Cristo nos dá, podemos passar pelas mais variadas situações. E na nossa peregrinação nesse mundo somos convidados a testemunhar, a manifestar aquilo que Deus fez e faz com cada um de nós constantemente.
            Um profeta manifesta o verdadeiro profeta e a verdadeira profeciaMoisés quando estava preparando o povo já próximo a terra prometida apontou para aquele que é o verdadeiro salvador, Jesus. E nesse salvador, o povo era convidado a permanecer. Pois numa nova terra, muitas eram as mensagens, a confusão moral, muitos os costumes adversos a Palavra de Deus. Mas com o verdadeiro profeta e a verdadeira profecia em mente, o povo iria superar essa situação. Com o verdadeiro profeta e com a verdadeira profecia em nós, também somos amparados a superar as muitas mensagens que querem nos afastar do verdadeiro profeta e da verdadeira profecia.
            Um profeta manifesta o verdadeiro profeta e a verdadeira profecia. Como?
            2 – A ele ouvirás v. 15 – Ouvindo Jesus Cristo
            Um profeta manifesta o verdadeiro profeta e a verdadeira profecia – tema atual, pois estamos rodeados de inúmeras mensagens, propagandas, cartazes. E no desespero da calada da noite, não sabemos mais a quem dar ouvido, e assim qualquer profeta e profecia parecem ser agradáveis e aceitáveis.
            Moisés, reunido com o povo, os estava preparando para tomarem posse da terra prometida, e assim dizia que os profetas eram encarregados de continuar na obra de Moisés, anunciar o verdadeiro profeta e a verdadeira profecia, Jesus. O povo, de posse da terra prometida, iria enfrentar situações difíceis. Os adivinhos, os feiticeiros, os que tiram sortes iriam colocar em cheque a fé de cada um deles. E esse povo, nessa situação deveria procurar o profeta, e o profeta apontaria para o verdadeiro profeta e para a verdadeira profecia, Jesus.
            Infelizmente, se lemos o resto do A.T., vemos que não foi isso que aconteceu. O povo vacilou, se tornou incrédulo, virou as costas para Deus. Mas o Pai em seu amor e misericórdia, mesmo assim enviou o maior de todos os profetas, aquele de quem Moisés falou, Jesus. Deus cumpriu sua promessa. Aliás, ele continua cumprindo com tudo o que prometeu. Jesus quando subiu aos céus prometeu: “...eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28.20b).
            E tendo essa certeza, por que será que tantas vezes numa crise financeira, moral, existencial, recorremos a outros meios, profecias e profetas? Vem cá, cá entre nós, o momento está difícil, está acontecendo uma crise na sua vida pessoal, Deus está te velando, como diz o salmista: “Ele, o seu protetor, está sempre alerta e não deixará que você caia” (Sl 121), e ainda “O Senhor renova as minhas forças e me guia por caminhos certos, como ele mesmo prometeu” (Sl 23.3), e se Deus está nos acompanhando, por que, tantas vezes queremos nós fugir dessa situação, usando aquilo que Deus proíbe? Não fuja, mas venha, pois em Cristo e com Cristo, com a força que Ele lhe dá você poderá suportar essa situação. Alimente-se de Cristo, na Palavra, alimente-se de Cristo na Santa Ceia.
            Um profeta manifesta o verdadeiro profeta e a verdadeira profecia – A ele ouvirás. Vamos relembrar que João Batista, o mesmo que apontou para Jesus e disse: “Aí está o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1.29b), também teve dúvidas, e enviou seus discípulos para perguntar a Jesus: “És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” Milhares mundo a fora estão esperando outro, pois para esses, Cristo ainda não veio. Sabemos que Jesus era o filho de Deus, pois por ocasião da transfiguração de Jesus, o Pai disse: “...Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi” (Mt 17.5b). Sim! Ouçamos aquilo que o Filho, Jesus Cristo nos diz. E Ele nos diz: Sobre o Pecado, “porque é do coração que vêm os maus pensamentos, os crimes de morte, os adultérios, as imoralidades sexuais, os roubos, as mentiras, as calúnias,” (Mt 15.19). Sobre o Perdão...coragem, meu filho! Os seus pecados estão perdoados” (Mt 9.2). Sobre Sua Companhia, “...eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28.20). Sobre a Vida eternaEu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (Jo 10.28). E ainda nos convida a Ouvi-loAs minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem” (Jo 10.27).
            Peregrinos – é isso que somos. Estamos nesse mundo, como que em um deserto aguardando a nossa vez de tomar posse da terra prometida a vida eterna. E nessa peregrinação somos convidados para que “Conservemos os nossos olhos fixos em Jesus, pois é por meio dele que a nossa fé começa, e é ele quem a aperfeiçoa. Ele não deixou que a cruz fizesse com que ele desistisse. Pelo contrário, por causa da alegria que lhe foi prometida, ele não se importou com a humilhação de morrer na cruz e agora está sentado do lado direito do trono de Deus” (Hb 12.2).
            Jesus é o verdadeiro profeta e a verdadeira profecia. E é Jesus que nos dá forças para suportarmos toda e qualquer situação, pois tudo está nas mãos dEle.
Conclusão
            Um profeta manifesta o verdadeiro profeta e a verdadeira profecianesse tempo de epifania, somos desafiados a manifestar Jesus Cristo, pois Jesus é a nossa rocha poderosa e nosso abrigo, nele estamos fundamentados. Sim, suportando toda e qualquer situação com perseverança, esperança e fé. Aliás, não estamos sozinhos, aquele que ser manifestado se manifesta em nós, nos dando força e coragem.
            Deus nos abençoe!
            Amém!
Rev. Edson Ronaldo Tressmann
cristo_para_todos@hotmail.com

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Sujeitando-se a mensagem divina

22/01/12 
 3º Domingo após Epifania
Sl 62; Jn 3. 1 – 5,10; 1Co 7. 29 – 31; Mc 1. 14 - 20
Tema: Sujeitando-se a mensagem divina

            O que você pensa sobre o assunto crescimento da igreja?

            O que é preciso para a igreja crescer mais?

            Disso surgem às inúmeras alternativas. Culto dinâmico, banda show, etc. É como se dependesse de nós o crescimento da igreja.
            O assunto crescimento da igreja é um assunto sempre discutível. Muitas vezes se faz reunião e reunião para se discutir o que fazer para que a igreja cresça. Outras vezes se procura métodos, e com o tempo se vê que os métodos também são falhos. O que fazer? Como agir? Onde está a falha? Numa possível varredura, ocorre uma verdadeira caça as bruxas.
            O nosso texto, Jonas 3, é o relato de uma Missão na cidade de Nínive. Vejam que o texto diz que é a segunda vez que a palavra de Deus veio a Jonas. O que aconteceu na primeira vez? Jonas fugiu. Ele não queria ir até a cidade de Nínive. Qual é o motivo de Jonas ter fugido da missão de Deus, e não querer ir a Nínive? Nínive era a capital do grande Império Assírio. Esses tiraram territórios do povo de Israel, cobravam altos impostos, (esse é o período do profeta Jonas). Além do mais o reino do norte, Israel, foi levado cativo pelos assírios. Isso tudo gerou mágoas. E devido ao seu patriotismo, era incompreensível que Deus quisesse salvar aquelas pessoas tão má. Israel estava sendo oprimida e pedia por libertação e extermínio da Assíria. E ao contrário disso, Deus resolve enviar Jonas, seu servo, para chamar o povo de Nínive ao arrependimento e oferecer a eles o perdão.
            Na primeira vez Deus disse: “Dispõe-te, vai á grande cidade de Nínive e clama contra ela, por que a sua malicia subiu até mim” e Jonas se dispôs, mas para fugir do Senhor. Talvez por não entender os planos de Deus. Talvez Jonas tenha pensado, “você até pode me mandar, mas eu não vou, não concordo”. Depois de um grande peixe ter engolido Jonas, e por ordem de Deus ter vomitado o profeta, veio à palavra de Deus pela segunda vez: “Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e proclama contra ela a mensagem que eu te digo”. Jonas se levantou e foi a Nínive.
            Qual é a diferença entre a primeira e a segunda vez? A DIFERENÇA ESTÁ no fato de que Jonas se sujeitou a mensagem divina.
            Sujeitando-se a mensagem divina. Eu não sou contra métodos, mas infelizmente muitas vezes tendemos a valorizar excessivamente nossos métodos, nossas alternativas, nossa simpatia, e nos esquecemos daquilo que Paulo nos transmite: “Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus” (1Co 3.6). Deus dá o crescimento, por qual meio? Palavra. Eis o maior e melhor instrumento que nós podemos usar. Infelizmente essa Palavra muitas vezes está sendo esquecida, desvalorizada. Nós reunidos no culto, até ouvimos a Palavra de Deus, mas por inúmeras vezes não lhe damos a devida atenção. Não nos sujeitamos a mensagem divina. Deus até me diz, mas a exemplo de Jonas, eu procuro fugir, pois não concordo.
            Nós, cristãos luteranos temos a receita certa para a igreja crescer, PALAVRA. Mas, acredito que por muitas vezes estamos nos desviando do foco. Vejam que Deus é claro com Jonas: “Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e proclama contra ela a mensagem que eu te digo”. Anunciar aquilo que Deus diz. Essa é a tarefa da igreja. Falar somente aquilo que Deus diz na sua Palavra. Não podemos cair na tentação de anunciar aquilo que queremos, ou aquilo que irá agradar o ciclano ou beltrano. A função do pastor é anunciar a verdade, cuidar da verdade. Pois essa verdade é para que você se sujeite a ela.
            Sujeitando-se a mensagem divina. Anunciando aquilo que Deus diz, pois diz o apóstolo João em Apocalipse 22. 18-19: “...Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro”. Essas palavras, não podem nos causar medo, pois nos tranqüilizam. Elas simplesmente enfatizam o que deve ser feito: FALAR AQUILO QUE DEUS PEDIU, sem invenção, sem acréscimo e decréscimo, doa a quem doer. Nossa mensagem é a mensagem de Deus, e precisa ser anunciada. Não importa a reação dos ouvintes.
            No livro de Jonas, vemos que ele foi bem sucedido em sua pregação. Podemos colocá-lo como maior pregador da história. E tenho certeza que a fórmula do sucesso foi ter se sujeitado aquilo que o Senhor falou, e mesmo em território inimigo, não deixou de anunciar o que Deus queria. Imagine a situação, Jonas, um judeu, pregando a um povo que era inimigo, que explorava, maltratava os israelitas e agora recebe justamente um judeu e ouve que Deus os castigará se eles não se arrependerem (em dias de guerra é como se um israelita fosse pregar uma nova chance aos palestinos). É justamente nisso que eu quero que vocês fiquem focados, o PODER ESTÁ NA PALAVRA DE DEUS. Os meios para levar a palavra são válidos, mas não podemos colocar os meios humanos acima da Palavra. No evangelho de Marcos vemos Jesus chamando discípulos para que sejam pescadores de homens. Homens simples. Aos olhos do mundo não havia nada de especial em nenhum deles, mas Jesus os fez pescadores de homens. Na PALAVRA estaria o poder, assim como Jesus disse a Pedro: “...Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus” (Mt 16.17) e sobre a Palavra, Jesus Cristo, a igreja está fundamentada: “...sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18).
            Sujeitando-se a mensagem divinamas qual é a vontade de Deus? É a mesma anunciada ao profeta Ezequiel: “...Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva....” (Ez 33.11) e segue o apóstolo Paulo: “o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2.4). Sim! Sujeitemo-nos a mensagem de Deus. Anunciemos aquilo que Deus fez e faz para a humanidade. Que sejamos portas vozes dessa mensagem que como Paulo diz é loucura, mas é pela loucura da pregação que muitos estão sendo salvos, porque “nós pregamos a Cristo crucificado” (1Co 1.23ª). Sujeitemo-nos a continuar nessa loucura, os resultados, esperemos de e em Deus. Se ele nos escolheu, ele também nos capacita para realizarmos a missão eu não é nossa, é de Deus.
            Sujeitando-se a mensagem divina
            2 – O resultado é produzido por Deus;
            Quero compartilhar com todos uma frase dita pelos pais da igreja: “Non vi, sed verbum” ou seja, “não pela força, mas pela Palavra”. Cito essa frase, pois ela identifica-se muito conosco ainda hoje. Infelizmente quando os meios de levar a palavra se tornam mais importantes que a palavra, caímos no erro de querer produzir o resultado. Lembremos que Jonas, não quis ir, e depois de pregar ficou aguardando a destruição de Nínive. Mas, o resultado está em Deus, não nos nossos desejos e caprichos. Quantas vezes precisaremos ouvir a resposta de Deus a Paulo: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo” (2Co 12.9) e tudo isso para que possamos confessar: “Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação” (Fp 4.13).
            Deus ainda hoje continua atuando pela Palavra. E pela Palavra continua salvando pessoas. O poder está na Palavra presente na água do batismo que nos salva, está presente na Palavra “dado e derramado em favor de vós para perdão dos vossos pecados”, está presente na própria Bíblia, e aliás, toda ela foi escrita com um propósito, conforme narra o apóstolo João: “Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.30-31).
            Sujeitando-se a mensagem divina - eis um bom conselho para cada um de nós. Pois assim, re-valorizamos aquilo que nos faz crer e nos preserva na fé. Nesse tempo da graça, tempo em que estamos em missão, tempo de epifania, onde Deus se revela aos gentios, vamos nós confiar no amor e no poder da Palavra de Deus. Anunciemos sem medo, testemunhemos sem receio. Não vamos nos preocupar com números, o importante é que as pessoas ouçam a Palavra, os resultados, esperemos de e em Deus. Não depende de nós. Aliás, graças a Deus que não depende de nós, senão, aqueles que eu não gosto, a exemplo dos ninivitas em Jonas, ficariam sem ouvir, sem receber aquilo que Deus quer lhes dar, perdão, vida e salvação.
            Sujeitando-se a mensagem divina. Mantenhamos a PALAVRA de Deus no centro. Falemos somente aquilo que Deus quer que falemos, assim como advertiu o apóstolo Paulo: “Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema” (Gl 1.9).
            Permaneçamos, pois, naquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Estejamos sujeitos à mensagem de Deus, uma mensagem que na noite de natal nos disse: “é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11). E que digamos como Simeão: “Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos já viram a tua salvação, a qual preparaste perante a face de todos os povos:..” (Lc 2.29-31).
            Deus nos abençoe!
            Sujeitando-se a mensagem divina
1 – anunciando aquilo que Deus diz;
2 – o resultado é produzido por Deus;
            Então façamos como Jonas na segunda vez em que o Senhor lhe falou; sujeitemo-nos a mensagem divina e continuemos a realizar a missão de Deus.
E sobre o crescimento da igreja: esperemos em Deus. Para a igreja crescer não falta nada, nós temos tudo, e esse tudo é a PALAVRA, então a anunciemos. Deus nos abençoe. Amém!
Rev. Edson Ronaldo Tressmann

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Fala, pois o teu servo ouve.

15/01/12 – 2º Domingo após Epifania
Sl 139. 1 – 10; 1Sm 3. 1 – 10; 1Co 6. 12 – 20; Jo 1. 43 - 51
Tema: Fala, pois o teu servo ouve.
Introdução
            Ler o texto de 1Samuel 3. 1 - 10
            Qual é a primeira impressão desse texto?
Desenvolvimento
            Deus está chamando seu servo Samuel.
            Quem foi Samuel? Juiz, Líder militar e Profeta.
            A comunicação de Deus com seu povo que fora interrompida devido a indignidade do povo, agora é reaberta com Samuel.
            Visão: revelação de Deus de modo geral, Sl 89.19. A pouca freqüência das revelações era um sinal de desaprovação por parte do Senhor, Sl 74.9; Lm 2.9; Ez 7.26; AM 8. 11 – 12, assim como as suas manifestações eram consideradas um sinal de favor e aprovação, Os 12.10.
            Lâmpada: pode indicar duas coisas:  que ainda não havia amenhecido, Ex 27.20-21; Lv 24.1-4; a luz da lâmpada dá a entender que o Senhor está presente no meio do seu povo e que vai agir em favor dele.
            Samuel não conhecia: não tinha um conhecimento íntimo com Deus a ponto de reconhecer a sua voz.
Aplicação
1 – Destacar a Importância de OUVIR
 Como está o nosso ouvir? Em 2011, a temática da IELB destacou a importância das ovelhas em ouvir. Pois, o ponto característico de uma ovelha é o seu OUVIR.
Como está nosso ouvir num mundo de corre-corre?
 Alguns exemplos Bíblicos:
Lucas 1.29Qual foi a reação de Maria? Guardar o que ouviu.
Lucas 10. 16, 24 -  Ouvindo a quem, é o mesmo que ouvir Jesus? Pastores.
Lucas 10. 38 – 42Qual é a diferença entre as duas mulheres?
Lucas 16.31O que é melhor? Ouvir a Palavra de Deus ou ver um milagre? 2Co 5.7; Hb 11.1; Rm 1.17; 10. 16-17;
2 – JESUS destaca a Importância do OUVIR
            Quantas vezes Jesus disse: “quem tem ouvidos para ouvir, ouça”? MT 11.15; 13.9; 13.43; Mc 4.9; Lc 8.8; 14.35;
3 – Explicando o que é OUVIR
            O ter é no sentido de utilizar. Ouvidos significa o entender e conhecer, perceber com a mente. Ouvir é prestar atenção, considerar o que está sendo dito. Envolve o perceber aquilo que é dito.
            Quando Jesus disse: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” é como se estivesse falando: “utilize o entendimento e considere o que está sendo dito”. Ou seja, não deixe de aproveitar a Palavra de Deus.
4 – Apresentando a razão da Importância de OUVIR
            Primeiro: 2Co 4.4. Por natureza não queremos ouvir. Nosso inimigo não nos permitindo ouvir, cega nosso entendimento. O maior desejo do diabo é destruir a nossa relação com Deus, 1Pe 5.8; Is 59.2. Por isso vale o alerta, Ez 2.5,7; Mt 13.15; Ap 2.7,11,17; 13.9.
            Segundo: a Fórmula de Concórdia indica que os meios pelos quais o Espírito Santo opera a conversão ou regeneração no coração humano, a saber: “a pregação e audição externas da Palavra de Deus”.
            A lei nos aterroriza em virtude de nossos pecados, e o evangelho nos leva a Cristo, nos agarra em Jesus e nos faz crescer nas promessas, Rm 10.17; Tg 1.18; 1Ts 1.5; 2.13; 2Ts 2.13-14;
            Lutero ainda escreve sobre este ponto, “tal é o poder da Palavra, que, onde é sinceramente considerada, ouvida e praticada, jamais pode ficar sem fruto, mas desperta sempre nova compreensão, prazer e devoção, produz coração e pensamentos puros, pois que não são palavras indolentes e mortas, mas operosas e vivas” (Catecismo Maior, 3º mandamento). O evangelho é o meio eficaz pelo qual o Espírito Santo opera nas pessoas a fé e a conversão. Eis a razão da importância de sempre ouvir.
Conclusão
            Depois dessa reflexão que sempre possamos valorizar a pregação da palavra de Deus. Pois ela aponta nossos erros, nos convida ao arrependimento e nos oferece gratuitamente o perdão oferecido por Jesus. Que possamos seguir o conselho e pedir: “fala, pois o teu servo está escutando”. Deus nos abençoe. Amém!
Pr. Edson Ronaldo Tressmann
http://sermoescristoparatodos.blogspot.com
cristo_para_todos@hotmail.com

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O Deus criador

08/01/12 – Batismo do Senhor / 1º após Epifania
Sl 29; Gn 1. 1 – 5; Rm 6.1 – 11; Mc 1.4 - 11
Tema: O Deus criador

            Nas escolas aprendemos a respeito do evolucionismo. Falar e ensinar sobre a criação do mundo conforme a palavra de Deus, parece que ficou apenas para a Igreja, e assim, para muitos a igreja ficou ultrapassada. Segundo a teoria evolucionista toda forma de vida evolui e se transforma em alguma outra forma de vida, por exemplo, um macaco, ao longo de milhões de anos, evoluiu e se tornou um ser humano. A idéia do evolucionismo, infelizmente, também está presente dentro de algumas igrejas. A igreja Católica Romana, em seu catecismo, publicado em 1994, aceita o que conhecemos como “evolucionismo cristão”. Ou seja, é ensinado que Deus criou o mundo, mas que após a criação deixou a natureza assumir seu próprio curso independente, de forma que todas as coisas passam a existir por seu próprio poder.
            Diz Gênesis 1. 1: “No principio, criou Deus os céus e a terra”. Mas como Deus criou os céus e a terra? Sl 33.9 responde: “Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir”. Como isso é possível? O autor a carta aos Hebreus diz: “Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem”. Somente pela fé, confesso que entendo que Deus criou os céus e a terra por meio da sua Palavra. Deus disse: “Haja luz; e houve luz”.
            O mundo continua cheio de dúvidas, procurando ainda por mais provas, pois a teoria evolucionista não responde a questão por completo, mas gera mais dúvidas e discussões.
            Os cristãos que confessam: “Creio em Deus Pai, criador do céu e da terra”, encontra-se consolado nessa verdade e ensino. Os livros de Gênesis, Êxodo, Levitico, Números e Deuteronômio nos fala sobre Deus e sobre um perigo. Qual perigo? O perigo do pecado. Deus criou o mundo perfeito e ao terminar sua criação disse: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia” (Gn 1.31). Após toda a criação, o anjo luz que rebelou-se contra Deus, tentou a mulher e essa cedeu a tentação caindo em pecado. Com a queda em pecado: “Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora” (Rm 8.22). O pecado corrompeu e corrompe tudo o que Deus criou.
            Darwin acreditava que o homem fruto da evolução, evoluía para se tornar uma pessoa melhor. Karl Marx, considerado pai do “Comunismo”, acreditava que a sociedade formada por pessoas poderia evoluir até se tornar perfeita.
            Cremos, ensinamos e confessamos que Deus criou o mundo do nada com sua Palavra. E sendo assim, Deus criou o mundo com propósitos. Propósito esse que parece ter sido anulado com a queda em pecado. Mas, Deus ainda no jardim do Éden fez a promessa de enviar seu filho Jesus para resgatar a humanidade caída em pecado. E segundo as Palavras narradas por João Marcos em seu evangelho ouvimos da boca do próprio Deus: “Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo” (Mc 1.11). Ou seja, em Jesus, o Filho de Deus, verdadeiro homem e verdadeiro Deus, Deus resgatou a humanidade e a traz de volta para o propósito inicial, que viva eternamente.
            No texto em que nós estamos meditando hoje, vemos a criação das estruturas fundamentais do nosso mundo: tempo. Teorias apresentam bilhões de anos, assim é mais fácil aceitar a teoria evolucionista racionalmente.
            Deus com sua Palavra criou tudo em seis dias. E no seu tempo, pois Ele é o autor do tempo, enviou o seu filho Jesus para nos resgatar no tempo. E nesse tempo em que estamos vivendo estamos sendo tentados a deixar Deus de lado: “nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (2Co 4.4). A idéia da evolução tira não só o Deus criador da jogada, mas principalmente a obra de Jesus Cristo que veio para nos resgatar, perdoar e dar a salvação. O autor do tempo quer nesse tempo nos salvar: “E nós, na qualidade de cooperadores com ele, também vos exortamos a que não recebais em vão a graça de Deus (porque ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação” (2Co 6.1 – 2).
Conclusão
            Estamos certos de que o criador do mundo é Deus. E tudo o que Ele fez é bom. O pecado que corrompeu e corrompe essa criação foi é combatido pela Palavra criadora, tanto do mundo, como da fé. Assim, aproveitemos a palavra de Deus. Amém!
Pr Edson Ronaldo Tressmann

Em Jesus - uma nova aliança!

  17 de março de 2024 Salmo 119.9-16; Jeremias 31.31-34; Hebreus 5.1-10; Marcos 10.35-45 Texto: Jeremias 31.31-34 Tema: Em Jesus -  um...