Sexta-Feira Santa
Dia
18 de abril de 2025
Salmo
22; Isaías 52.13 – 53.12; Hebreus 4.14 – 16 (5.7-9); João 18. 1 – 19.42
Texto: Isaías
53
Tema: No
sofrimento de Jesus, o doce evangelho!
O profeta Isaias
profetizou por cerca de 64 anos entre os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e
Ezequias. Pode ver a ascensão do império assírio sobre o babilônico e a queda
do Norte de Israel (Samaria).
Esse profeta, não
diferente de muitos outros, ao pregar a justiça e a salvação de Deus, sofreu
resistência e conquistou inimigos. Esse profeta foi serrado ao meio após
denunciar injustiças do Rei Manassés.
O profeta Isaías
inicia o capítulo 53 destacando a frustração em falar para uma audiência
incrédula (Is 28.9-15; 29.10-15; 30.9-11; 42.23). E, essa rejeição só
aumentaria e aumenta quando se faz a descrição da redenção oferecida por meio
do sofrimento de Jesus.
Nossa
pregação é uma referência a mensagem dos profetas
(Is 28.9,19; Jr 49.14). Infelizmente as pessoas não consideram a ação divina,
indicado pela frase “revelado o braço do Senhor” (Is 53.1).
O próprio povo de
Judá não estava considerando que a ascensão de Ciro foi para restaurar o povo e
assim continuar na execução da promessa de envio do Salvador Jesus.
O Messias virá de
uma “plantinha que brota e vai crescendo em
terra seca” (Is 53.2), ou seja, é fruto de uma árvore derrubada,
simbolizando ser descendente de Davi. Profecia essa já anunciada pelo profeta
Isaías (Is 11.1), o ramo que brota da raiz de Jessé.
Além desse
significado, a frase: “plantinha que brota e vai
crescendo em terra seca” significa que Jesus cresceria num ambiente
espiritualmente estéril e corrupto, onde poucos esperavam que algo bom
surgisse. E essa profecia se realiza, pois, ao nascer o templo estava
corrompido, chegando a ter dois sumos sacerdotes. E o povo nem sequer aguardava
o nascimento de Jesus (Jo 1.11).
Jesus não atraia
atenção e nem algo que o destacava das pessoas (não
era bonito nem simpático, nem tinha nenhuma beleza que chamasse a nossa atenção
ou que nos agradasse). Os olhos humanos não eram capazes de
destacá-lo como Messias.
Jesus não veio
para se destacar por sua aparência. Seu destaque era espiritual e só podia ser
discernível pelos olhos da fé. Por essa razão, muitos não o reconheceram, pois
não os agradavam.
O profeta Isaías
enfatiza que as expectativas do povo estavam apenas na aparência e nos sinais
visíveis, tanto por isso, que Jesus era cobrado para fazer algum sinal para as
pessoas crerem nEle (Jo 6.30). Por tudo isso, Jesus foi rejeitado e desprezado
cumprindo as palavras do profeta Isaías “Ele foi
rejeitado e desprezado por todos;” (Is 53.3; Mt 26.67-68; Mc 14.65).
Vemos no relato da
crucificação de que Jesus foi abandonado pelos homens, ou seja, as pessoas,
seus discípulos se afastaram dEle, mantendo distância de Jesus. O apostolo João
escreveu que “...muitos seguidores de Jesus o
abandonaram e não o acompanhavam mais” (Jo 6.66). Nicodemos e José
de Arimatéia eram seguidores de Jesus em segredo (Jo 19.38-40).
Jesus foi um homem
de dores (Is 53.3) físicas e emocionais. A palavra dores é uma palavra que faz referência as
mais variadas formas de sofrimento.
O profeta Isaías
descreve Jesus como alguém que teve lutas constantes e sua vida e sofrimento
confirmam as profecias do Antigo Testamento, em especial Isaías 53.
A descrição “Era como alguém que não queremos ver; nós nem mesmo
olhávamos para ele e o desprezávamos” (Is 53.3) reflete a atitude
daqueles que rejeitam o Messias. Pessoas que ignoram a sua presença. Nesse
sentido retornamos ao verso 1: “Quem poderia
crer naquilo que acabamos de ouvir?” (Is 53.1).
A palavra desprezo
aparece duas vezes no verso 3, destacando que Jesus Cristo foi subestimado e
tratado com indiferença.
Qual foi a razão
de tanto sofrimento por parte de Jesus Cristo?
“era a nossa dor que ele estava suportando” (Is
53.4; Mt 20.28; Jo 11.51; Rm 3.25; 1Pe 2.24).
Todavia, diante da
cruz, as pessoas nem sequer perceberam que todo aquele sofrimento era o
pagamento de Jesus Cristo junto a Deus pelo pecador. Era o sacrifício do
cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Aliás, um homem, o centurião
romano percebeu e declarou “De fato, este homem
era inocente!” (Lc 23.47).
O profeta Isaías
declara duas verdades centrais: “...era o nosso
sofrimento que ele estava carregando, era a nossa dor que ele estava
suportando. E nós pensávamos que era por causa das suas próprias culpas que
Deus o estava castigando, que Deus o estava maltratando e ferindo. Porém ele
estava sofrendo por causa dos nossos pecados, estava sendo castigado por causa
das nossas maldades. Nós somos curados pelo castigo que ele sofreu, somos
sarados pelos ferimentos que ele recebeu” (Is 53.4-5).
1 – Jesus
sofreu em nosso lugar;
2 – Jesus
pagou pelos nossos pecados;
Jesus foi ferido
em nosso lugar. A palavra ferido é uma palavra hebraica que denota
sofrimento extremo, até a morte (Sl 72.4; Is 57.15).
“...somos sarados pelos ferimentos que ele recebeu”
(Is 53.5) é uma frase que denota que recebemos cura espiritual no sofrimento de
Jesus Cristo. Essa é a afirmação do apostolo Pedro: “Por meio dos ferimentos dele vocês foram curados” (1Pe
2.24). Ou seja, em Jesus somos redimidos com Deus.
Se o evangelho de
Deus fosse uma capsula para ser ingerida, esse versículo seria a capsula. Tanto
que esse evangelho está na Bíblia e nos é colocado pelos ouvidos na pregação e
colocado em nossa boca pela santa ceia.
Qual motivo em
ainda hoje Deus nos oferecer seu evangelho?
“Todos nós éramos como ovelhas que se haviam perdido; cada
um de nós seguia o seu próprio caminho” (Is 53.6). Temos uma
necessidade urgente de salvação.
Jesus, o cordeiro
pascal “Ficou calado como um cordeiro que vai
ser morto” (Is 53.7). Jesus, “como
uma ovelha quando cortam a sua lã” (Is 53.7) realizou a obra
redentora. Como Delitzsch comenta “Cristo continuamente
toma sobre si nossas transgressões, apresentando de forma constante sua
expiação, oferecida de uma vez por todas”. Amém!
Edson
Ronaldo Tressmann
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