segunda-feira, 14 de abril de 2025

No sofrimento de Jesus, o doce evangelho! (Is 53)

 Sexta-Feira Santa

Dia 18 de abril de 2025

Salmo 22; Isaías 52.13 – 53.12; Hebreus 4.14 – 16 (5.7-9); João 18. 1 – 19.42

Texto: Isaías 53

Tema: No sofrimento de Jesus, o doce evangelho!

 

O profeta Isaias profetizou por cerca de 64 anos entre os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias. Pode ver a ascensão do império assírio sobre o babilônico e a queda do Norte de Israel (Samaria).

Esse profeta, não diferente de muitos outros, ao pregar a justiça e a salvação de Deus, sofreu resistência e conquistou inimigos. Esse profeta foi serrado ao meio após denunciar injustiças do Rei Manassés.

O profeta Isaías inicia o capítulo 53 destacando a frustração em falar para uma audiência incrédula (Is 28.9-15; 29.10-15; 30.9-11; 42.23). E, essa rejeição só aumentaria e aumenta quando se faz a descrição da redenção oferecida por meio do sofrimento de Jesus.

Nossa pregação é uma referência a mensagem dos profetas (Is 28.9,19; Jr 49.14). Infelizmente as pessoas não consideram a ação divina, indicado pela frase “revelado o braço do Senhor” (Is 53.1).

O próprio povo de Judá não estava considerando que a ascensão de Ciro foi para restaurar o povo e assim continuar na execução da promessa de envio do Salvador Jesus.

O Messias virá de uma “plantinha que brota e vai crescendo em terra seca” (Is 53.2), ou seja, é fruto de uma árvore derrubada, simbolizando ser descendente de Davi. Profecia essa já anunciada pelo profeta Isaías (Is 11.1), o ramo que brota da raiz de Jessé.

Além desse significado, a frase: “plantinha que brota e vai crescendo em terra seca” significa que Jesus cresceria num ambiente espiritualmente estéril e corrupto, onde poucos esperavam que algo bom surgisse. E essa profecia se realiza, pois, ao nascer o templo estava corrompido, chegando a ter dois sumos sacerdotes. E o povo nem sequer aguardava o nascimento de Jesus (Jo 1.11).

Jesus não atraia atenção e nem algo que o destacava das pessoas (não era bonito nem simpático, nem tinha nenhuma beleza que chamasse a nossa atenção ou que nos agradasse). Os olhos humanos não eram capazes de destacá-lo como Messias.

Jesus não veio para se destacar por sua aparência. Seu destaque era espiritual e só podia ser discernível pelos olhos da fé. Por essa razão, muitos não o reconheceram, pois não os agradavam.

O profeta Isaías enfatiza que as expectativas do povo estavam apenas na aparência e nos sinais visíveis, tanto por isso, que Jesus era cobrado para fazer algum sinal para as pessoas crerem nEle (Jo 6.30). Por tudo isso, Jesus foi rejeitado e desprezado cumprindo as palavras do profeta Isaías “Ele foi rejeitado e desprezado por todos;” (Is 53.3; Mt 26.67-68; Mc 14.65).

Vemos no relato da crucificação de que Jesus foi abandonado pelos homens, ou seja, as pessoas, seus discípulos se afastaram dEle, mantendo distância de Jesus. O apostolo João escreveu que “...muitos seguidores de Jesus o abandonaram e não o acompanhavam mais” (Jo 6.66). Nicodemos e José de Arimatéia eram seguidores de Jesus em segredo (Jo 19.38-40).

Jesus foi um homem de dores (Is 53.3) físicas e emocionais. A palavra dores é uma palavra que faz referência as mais variadas formas de sofrimento.

O profeta Isaías descreve Jesus como alguém que teve lutas constantes e sua vida e sofrimento confirmam as profecias do Antigo Testamento, em especial Isaías 53.

A descrição “Era como alguém que não queremos ver; nós nem mesmo olhávamos para ele e o desprezávamos” (Is 53.3) reflete a atitude daqueles que rejeitam o Messias. Pessoas que ignoram a sua presença. Nesse sentido retornamos ao verso 1: “Quem poderia crer naquilo que acabamos de ouvir?” (Is 53.1).

A palavra desprezo aparece duas vezes no verso 3, destacando que Jesus Cristo foi subestimado e tratado com indiferença.

Qual foi a razão de tanto sofrimento por parte de Jesus Cristo?

era a nossa dor que ele estava suportando” (Is 53.4; Mt 20.28; Jo 11.51; Rm 3.25; 1Pe 2.24).

Todavia, diante da cruz, as pessoas nem sequer perceberam que todo aquele sofrimento era o pagamento de Jesus Cristo junto a Deus pelo pecador. Era o sacrifício do cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Aliás, um homem, o centurião romano percebeu e declarou “De fato, este homem era inocente!” (Lc 23.47).

O profeta Isaías declara duas verdades centrais: “...era o nosso sofrimento que ele estava carregando, era a nossa dor que ele estava suportando. E nós pensávamos que era por causa das suas próprias culpas que Deus o estava castigando, que Deus o estava maltratando e ferindo. Porém ele estava sofrendo por causa dos nossos pecados, estava sendo castigado por causa das nossas maldades. Nós somos curados pelo castigo que ele sofreu, somos sarados pelos ferimentos que ele recebeu” (Is 53.4-5).

                                       1 – Jesus sofreu em nosso lugar;

                                       2 – Jesus pagou pelos nossos pecados;

Jesus foi ferido em nosso lugar. A palavra ferido é uma palavra hebraica que denota sofrimento extremo, até a morte (Sl 72.4; Is 57.15).

“...somos sarados pelos ferimentos que ele recebeu” (Is 53.5) é uma frase que denota que recebemos cura espiritual no sofrimento de Jesus Cristo. Essa é a afirmação do apostolo Pedro: “Por meio dos ferimentos dele vocês foram curados” (1Pe 2.24). Ou seja, em Jesus somos redimidos com Deus.

Se o evangelho de Deus fosse uma capsula para ser ingerida, esse versículo seria a capsula. Tanto que esse evangelho está na Bíblia e nos é colocado pelos ouvidos na pregação e colocado em nossa boca pela santa ceia.

Qual motivo em ainda hoje Deus nos oferecer seu evangelho?

Todos nós éramos como ovelhas que se haviam perdido; cada um de nós seguia o seu próprio caminho” (Is 53.6). Temos uma necessidade urgente de salvação.

Jesus, o cordeiro pascal “Ficou calado como um cordeiro que vai ser morto” (Is 53.7). Jesus, “como uma ovelha quando cortam a sua lã” (Is 53.7) realizou a obra redentora. Como Delitzsch comenta “Cristo continuamente toma sobre si nossas transgressões, apresentando de forma constante sua expiação, oferecida de uma vez por todas”. Amém!

Edson Ronaldo Tressmann

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