terça-feira, 15 de setembro de 2020

Um servir necessário que honra a Deus!

 20 de setembro de 2020

Sl 27.1-9; Is 55.6-9; Fp 1.12-14,19-30; Mt 20.1-16

Texto: Mateus 20.1-16

Tema: Um servir necessário que honra a Deus!

 

As pessoas gostam de ganhar presentes. E acredito que a maioria espera ganhar um presente melhor daquele pessoa que sempre ajudou e que socorreu em alguma situação.

Observem esses presentes diante do altar: qual deles deveria ser seu? Por qual motivo?

Quando o jovem rico recusou abandonar suas riquezas e seguir a Cristo, ao ouvirem o alerta sobre o perigo das riquezas tirar alguém do reino de Deus, Pedro exclamou: “Nós deixamos tudo e seguimos o senhor. O que é que nós vamos ganhar?” (Mt 19.27).

O apostolo Paulo na carta aos Romanos questionou sobre alguns fatos que em si podem afastar as pessoas de Cristo. “Então quem pode nos separar do amor de Cristo? Serão os sofrimentos, as dificuldades, a perseguição, a fome, a pobreza, o perigo ou a morte?” (Rm 8.35).

Se essas e outras coisas podem nos afastar do Reino de Deus, o que nós, que seguimos a Cristo apesar de tudo, iremos ganhar?

Em tudo o ser humano busca vantagem. Muitas pessoas estão buscando a Deus, no entanto, essa busca é motivada por algum benefício próprio. Alguns buscam prosperidade, riqueza, livramento de algum mal ...

Qual têm sido a sua motivação em servir a Deus? Por que oferta para o Reino de Deus? Qual motivo em sempre estar ativo no trabalho congregacional?

Parece que muitas vezes exclamamos como Pedro: Nós deixamos tudo e seguimos o senhor. O que é que nós vamos ganhar?” (Mt 19.27).

O que nós ganhamos ou vamos ganhar pelo nosso servir?

Num mundo competitivo, onde nada é gratuito, o servir no Reino de Deus parece ser motivado tão somente pela recompensa.

A parábola dos trabalhadores na vinha, é exclusiva de Mateus. E a mesma quer nos levar ao auto exame sobre o motivo para o serviço cristão nesse mundo. O salmista escreveu: “Somente a ti, ó Senhor Deus, a ti somente, e não a nós, seja dada a glória por causa do teu amor e da tua fidelidade” (Sl 115.1), assim, o apostolo Paulo escreveu aos coríntios: “Portanto, quando vocês comem, ou bebem, ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus” (1Co 10.31).

Se o servir, ofertar, atuar têm como motivação o ser aplaudido, elogiado, acaba-se por desonrar a Deus, chegando ao ponto da soberba e eu - latria.

Jesus conta que trabalhadores foram contratados logo ao amanhecer o dia (v.1), com a diária combinada em uma moeda de prata (v.2). Às 09:00 horas outros trabalhadores foram contratados e o patrão pagaria um valor justo na diária (v.4). Ao meio dia e as 15:oo horas outros trabalhadores foram chamados com promessa de pagamento justo. E por fim, já quase no final do dia, tendo passado o sol ardente, eis que outros trabalhadores foram chamados, mas, sem nenhum valor estipulado e nem sequer promessa de pagamento (v.7).

Era costume que o pagamento fosse realizado antes das 18:00 horas. E assim, o patrão ordenou que as diárias fossem pagas começando pelos últimos. Esses receberam uma prata por menos de uma hora de trabalho. O valor deveria ser dividido em 12, e esse seria o valor justo. Mas, o patrão resolveu pagar o valor de uma diária. Os que foram contratados pela manhã logo pensaram que iriam receber muito mais de uma moeda de prata. Mas, chegando o momento do pagamento receberam o que foi estipulado pela manhã ao serem contratados (v.1). Revoltaram-se e criticaram a postura do patrão. Segundo eles, o patrão estava sendo injusto (v.12).

O público de Jesus não eram apenas os discípulos, que gostariam de saber o que ganhariam por ter largado tudo e estavam servindo o mestre. Jesus tinha fariseus (Mt 19.3) na plateia e esses se julgavam servidores de Deus e merecedores de ricas bênçãos por isso. Haviam outros mestres, como o jovem rico (Mt 19.20), que observavam a lei e se diziam bons e merecedores de elogios e precisavam ser os primeiros.

Ante a tudo isso, Jesus fala sobre os últimos (desprezados da época e de hoje por serem seguidores de Cristo) serão os primeiros. E os primeiros (que na época e hoje, buscam apenas elogios e aplausos ou que servem por interesse) serão os últimos.

Muitos estavam e muitos continuam servindo com a motivação errada.

É verdade que Deus recompensará cada qual por suas obras e serviços no Reino de Deus (Is 40.10; Cl 3.23-24; Ap 22.12 ...), no entanto, não é essa a motivação no servir. A motivação está no fato de sermos chamados e permitidos servir no Reino. Nesse sentido, nossa oração é semelhante a de Davi (Sl 27.4) e do apostolo Paulo (Fp 1.21-26), onde pedimos a Deus por vida para poder servir. O mundo precisa do nosso serviço! Um servir necessário que honra a Deus! Os não cristãos conhecem a Deus pelo nosso trabalho, nosso culto, nossa oferta, nosso louvor. Nosso servir honra a Deus que é a nossa luz e nossa salvação. Amém!

ERT

Edson Ronaldo TREssmann

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