segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Espiritualmente pobre

Comunicando sempre (Jesus - a fonte da água viva)
Eu os guiarei e os levarei até as fontes de água (Is 49.10)
Tema anual: IELB - 110 anos alimentada na fonte de água viva
 FEVEREIRO 2014
4º Domingo após Epifania – 02/02/2014

Sl 15; Mq 6. 1 – 8; 1Co 1.18 – 31; Mt 5. 1 - 12

Tema: Espiritualmente pobre

           Os vv. 1 e 2 de Mateus capítulo 5 assinala que o ministério da pregação não deve ser exercido na clandestinidade, mas deve ser no alto do monte e abertamente, ou seja, em público.  
               Abertamente, Jesus iniciou seu ministério da Pregação subindo num monte e corajosamente abriu sua boca e ensinou a verdade e condenou a falsa doutrina e a vida falsa. 
         O ministério da pregação está sendo confundido em nossos dias. Pessoas buscam aqueles que lhes fale aquilo que desejam ouvir. Há também os pregadores que fazem suas pesquisas para dizerem o que as pessoas querem ouvir. Mas, ministério da pregação consiste em dizer abertamente sem temer a ninguém, quer doa ou não, a verdade que condena o erro doutrinário e a vida falsa.
         Se por pregar a verdade, Jesus advertiu que os seus seriam perseguidos, imaginem na atualidade, onde o “politicamente correto” diz que tal coisa não pode ser dito?
         Não importa o “politicamente correto,” não importa o que o mundo pensa e quer ouvir. Nós pregadores, chamados e ordenados, podendo publicamente pregar em nome de nossas congregações, falemos a verdade condenando a vida e a doutrina falsa.
         Durante o mês de fevereiro nesse ano de 2014 usaremos o sermão proferido por Jesus.
         Jesus inicia seu ministério da Pregação com belas palavras. Não se apresenta como doutor da lei, mas como um amigo que incentiva e atrai seus ouvintes com lindas promessas.
         Infelizmente, muitos por estarem correndo atrás de algo que lhes atrai os ouvidos, pois os acomoda em suas vidas e doutrinas falsas, não valorizam nem tem como preciosa a própria Palavra de Deus pregada por pregadores que conhecem e sabem de sua responsabilidade como tal.
         O sermão proferido por Jesus é doce e amável para os seus discípulos e outros cristãos, mas aborrecedor e insuportável para muitos daqueles que se julgavam santos.
         Uma das frases dita por Jesus em seu sermão foi: “Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do céu é delas” (v.3). Essas palavras, além de doces, são ao mesmo tempo um duro golpe para aqueles que estão no ringue de luta e se acham invencíveis devido a sua piedade.
          Essas palavras são doce e suave para os ouvidos daqueles que se sentem horríveis diante de seus pecados. Ao mesmo tempo palavras que condenam o ensino e pregação de muitos que distorcem a Palavra de Deus. Muitos pregadores anunciavam que se uma pessoa era bem sucedida aqui na terra, essa era feliz e estava em boa situação diante de Deus. Diziam que se fossem piedosos e servissem a Deus, Deus lhes daria tudo aqui na terra e não lhes deixaria faltar nada. Esse ensino provinha de uma falsa interpretação do Salmo 144. 8,13,14.
         Ao dizer “Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do céu é delas” (v.3), Jesus anuncia que é preciso mais do que ter todas as coisas aqui na terra. Jesus instrui aos seus discípulos para não inverterem o verdadeiro ensino, mas anunciem aos pobres e miseráveis que os mesmos são amados por Deus, e esses não estão rejeitados nem abandonados por Ele devido a sua situação financeira. Não são as riquezas que mostram a nossa aceitação da parte de Deus.
         Os judeus acreditavam que quando “uma pessoa era bem sucedida” era sinal de que a mesma era agraciada por Deus.
        Pastor, eu pensava que esse tipo de pregação fosse consequência do nosso tempo!? Na verdade querido irmão e irmã no Senhor, essa horrível distorção da Palavra e do ensino de Deus já vem desde a queda em pecado. O diabo lança essa terrível semente entre nós. Está conduzindo milhares de pessoas ao  Dinheiro Endeusado, Idolatrado, Amado e Servido.  Com suas primeiras palavras em seu sermão, “Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do céu é delas” (v.3), Jesus quer arrancar dos corações à falsa ilusão de que são amados por Deus por aquilo que possuem. Jesus deseja tirar o obstáculo à pregação da Palavra que gera a fé, que alimenta.
         A correta pregação da Palavra de  Deus é a água viva que nos alimenta e fortalece. E é justamente para essa verdadeira Palavra que Jesus quer trazer seus ouvintes de volta, pois estavam sendo iludidos por falsos mestres e supostos piedosos.
         Pessoas estavam se tornando avarentas, desejavam ter dias bons sem carência e adversidade e assim viviam uma vida hipócrita e mentirosa. Pessoas buscavam a vida piedosa para não ficar para trás na prosperidade. Lembro que, qualquer semelhança com nossos dias é mera coincidência.
         Infelizmente queridos amigos e amigas, essa é a maior e mais difundida religião na terra. Por essa razão, mesmo proferido a mais de dois mil anos, o sermão de Jesus é completamente atual aos meus ouvidos: “Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do céu é delas” (v.3).
         O sermão de Jesus não quer ensinar que não podemos julgar as riquezas como aceitação de Deus, e ao mesmo tempo, que não precisamos ser pobres, miseráveis, e abrir mão de tudo que temos para que Deus nos aceite. Se todos fossemos pobres o mundo em si não iria subsistir. Não poderíamos ter famílias, pois não poderíamos sustenta-las.
         O diabo tem muitas armadilhas, uma dessas é justamente a “teologia da prosperidade” encarada como bênção de Deus. Muitos se julgam amados por Deus por causa de sua vida cheia de alegrias e vitórias. E outra artimanha do nosso inimigo é a “teologia da pobreza” como requisito de salvação.
         Relembremos que a riqueza é uma dádiva de Deus. Há muitos ricos “pobres de espirito” assim como há muitos mendigos arrogantes e perversos.
         Jesus não entra na discussão Riqueza versus Pobreza. Ele está falando sobre os “...que são espiritualmente pobres,...” (v.3). O que significa ser espiritualmente pobre? É não saber nada da Bíblia? É não ter nenhuma igreja?
         ... espiritualmente pobres,...” (v.3) significa não colocar a confiança, consolo e segurança nos bens materiais nem prender neles o nosso coração, ou seja, amá-lo, servi-lo e querer-lhes bem. Muitos se julgam agradáveis a Deus por estarem bem financeiramente, mas Jesus chama os “pobres” de felizes. Jesus diz que não é a riqueza nesse mundo que mostra o amor de Deus por nós.
         Davi era Rei em Israel, seu reino foi rico e próspero, mas confessou que era “...um hóspede e peregrino” (Sl 39.12). Davi não olhou para sua situação de riqueza e se vangloriou como sendo agraciado por Deus. Reconheceu-se, assim como cada um de nós precisa reconhecer, “um hóspede,” alguém que está na estrada, não tendo lugar para ficar, pois a nossa pátria está no céu (Fp 3.20). Não podemos ficar presos aos bens materiais. Ouçamos o convite do apóstolo Pedro: “Queridos amigos, lembrem que vocês são estrangeiros de passagem por este mundo....” (1Pe 2.11). Vamos fazer uso de nossos bens materiais assim como quando estamos numa viagem. Numa viagem precisamos apenas de duas coisas: comida e cama. Numa viagem nunca dizemos, “isso aqui é meu.” Tudo pertence a outro, como viajantes estamos apenas usufruindo daquilo que está a nossa disposição.
         Muitos vivem suas vidas imaginando que viverão eternamente nesse mundo e com seus bens. Mas sabemos e precisamos estar certos de que não será assim. Não prenda sua vida, seu coração, seu servir, sua adoração àquilo que possui. Seja um pobre de espírito. Mesmo que você tenha muito, viva como se não tivesse nada.
         A fé cristã nunca pode ser medida pela riqueza ou pobreza. A fé olha apenas para o coração, onde o mesmo é depositado. A fé julga entre o “espiritualmente rico,” aquele que é avarento e o “espiritualmente pobre” aquele que não prende sua confiança e adoração aos seus bens materiais, mas apenas em Cristo Jesus. A fé cristã deseja que o coração esteja livre da avareza e consolado e apegado em Jesus Cristo.
         Aos “espiritualmente pobres” Jesus acrescenta uma promessa maravilhosa e excelente: “deles é o Reino dos céus.” A pobreza espiritual só pode ser produzida pelo Espírito Santo, a água viva.
         Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do céu é delas” (v.3) são as primeiras palavras no ministério da Pregação de Jesus. Com essas palavras Cristo nos deixa seguir nosso caminho. Não quer nos forçar nem nos arrastar pelos cabelos, mas está nos dando seu conselho e quem quiser aceita-lo saiba que será feliz eternamente.
         Querido amigo(a) quer você seja rico ou pobre, se você deseja ter o suficiente nessa vida e depois dessa vida, não seja avarento a ponto de se esquecer de Jesus Cristo. Amém!
 

Pr. Edson Ronaldo Tressmann

cristo_para_todos@hotmail.com

Bibliografia: Martinho Lutero. Obras Selecionadas. Vol. 9. Ed. Sinodal, Concórdia e ULBRA; São Leopoldo, Porto Alegre e Canoas, RS. 2005. pp. 25 - 35

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Luz no fim do túnel


3º Domingo após Epifania
26/01/2014
Sl 27. 1 – 9; Is 9. 1 – 4; 1Co 1. 10 – 18; Mt 4. 12 - 25
Luz no fim do túnel.
 

Ilustração: No dia 05 de agosto de 2010, o mundo acompanhou com atenção a situação caótica de 33 mineiros na Mina San José no Chile. Foi feito todo um planejamento de resgate. Oito dias após o soterramento, o primeiro mineiro foi socorrido. Pessoas vibraram com a retirada desse mineiro e torcia para que todos fossem resgatados com vida.
         Não ficamos soterrados assim como aqueles mineiros. Mas, o profeta anuncia que estávamos andando nas trevas, ou seja, na escuridão. Sem rumo certo para seguir. Na escuridão estávamos perdidos, pois qualquer caminho era bom. 
         Milhares de pessoas estão andando na escuridão do pecado. Milhares não conseguem ver a luz do evangelho. Assim, não podem seguir na direção correta. O inimigo do ser humano, o Diabo, não quer e faz tudo para impedir que a luz brilhe sobre as pessoas, conforme 2Co 4.4.
         O povo de Israel na época do profeta Isaias não conseguia ver a luz que estava a disposição deles. A luz era a noticia do socorro que viria pelo Senhor. Da mesma maneira, milhares ainda hoje, não conseguem ver a luz que é o próprio Senhor Jesus que a luz de Deus colocado a nossa disposição.
         Muitos não se agarram pela fé em Jesus e deixam de lado a salvação. Caminham nas trevas, por não quererem olhar para a luz. Jesus é a luz no fim do túnel. Em Jesus recebemos a vitória sobre o pecado, o diabo e a morte eterna. Jesus é a luz de Deus. É a luz que ilumina a tua vida, que direciona seu caminhar e agir.
         A estrela que numa noite escura anunciou aos reis magos o nascimento do salvador é a luz a qual o diabo quer impedir que brilhe sobre a vida das pessoas. A luz continua brilhando, afinal, Jesus é o sol da justiça. Mas, muitos não a vêem.
         Por natureza somos pecadores. Por essa natureza pecaminosa muitas pessoas buscam refugio no exército, nas forças humanas, assim como fez o povo de Israel. Deixou de confiar na promessa de libertação de Deus e confiou nos soldados armados. Nosso refugio e fortaleza está em Deus, no menino nascido na manjedoura de Belém. Ele é a paz que precisamos. Ele é a alegria eterna. Ele é a luz no fim do túnel.
         A alegria desse nascimento foi expressa por Simeão em Lc 2.29 – 32, “Agora, Senhor, cumpriste a promessa que fizeste e já podes deixar este teu servo partir em paz. Pois eu já vi com os meus próprios olhos a tua salvação, que preparaste na presença de todos os povos: uma luz para mostrar o teu caminho a todos os que não são judeus e para dar glória ao teu povo de Israel” (Lc 2. 29 – 32). Alegria expressada pelo louvor da profetisa Ana que com 84 anos louvava a Deus e falava de Jesus a todos que esperavam pela salvação, Lc 2. 37 – 38.
         Disse o profeta Isaias: “O povo que andava na escuridão viu uma forte luz; a luz brilhou sobre os que viviam nas trevas” (Is 9.2). O ver a luz significa que a luz sempre existiu. A luz ter brilhado sobre nós significa que estávamos nas trevas. É a linguagem da salvação de Deus oferecida a nós em Jesus.
          Ver a luz é ser guiado pela luz que brilha a nossa frente. A luz ter brilhado sobre nós significa que não estamos mais nas trevas. Vivemos na luz não porque aceitamos Jesus, mas por que Deus fez com que a sua luz brilhasse sobre nós. Deus tomou a iniciativa em nos tirar da escuridão.
         Na luz, somos animados a continuar vivendo na luz. O cântico de Zacarias apresenta essa verdade com as seguintes palavras: “e do céu iluminará todos os que vivem na escuridão da sombra da morte, para guiar os nossos passos no caminho da paz” (Lc 1.79). Sim! Deus nos tirou das trevas e fez sua luz brilhar sobre nós. Essa luz não tem fim. Fomos colocados na luz e somos guiados pela luz. A luz, Jesus, está a nossa disposição na Pregação da Palavra e no Sacramento, então porque insistir em querer andar na escuridão?
         A luz de Deus brilhou sobre nós no dia do nosso batismo. Essa luz continua nos guiando pela Pregação da Palavra. Viver na luz não depende de nós, é graça de Deus dispensada a todos. Vivamos na luz, a luz que em Jesus já brilha sobre nós. Amém!
 
Rev. Edson Ronaldo Tressmann

 

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Superando obstáculos

2º Domingos após Epifania
 19/01/2014
Sl 40. 1 – 11; Is 49. 1 – 7; 1Co 1. 1 – 9; Jo 1. 29 – 42a
Superando obstáculos.


         A mega sena da virada de 2013 para 2014 pagou um prêmio de milhões. Milhares de pessoas fizeram suas apostas na esperança de ficarem milionários. Um verdadeiro corre-corre às casas lotéricas do Brasil no final do ano e será assim a cada final de ano ou quando a mega sena acumular.
         Para muitos a riqueza traz amigos, traz alegria, facilita muitas coisas, abre inúmeras portas. Olhando para a Bíblia observamos que a riqueza em si é uma bênção de Deus, (Ec 5.10 – 20). Mas por outro lado, o “amor ao dinheiro é a raiz de todos os males....” (1Tm 6.10). Esse texto se refere à cobiça desenfreada.
         Na mensagem de hoje queremos anunciar que Deus nos enriquece. Assim como a riqueza terrena, o enriquecimento que Deus nos dá também traz novos amigos, gera alegria e abre uma porta que somente a riqueza de Deus pode abrir: a porta do céu.
         A igreja de Corinto é aquela com a qual temos muito em comum. Alguns problemas afetaram aquela congregação. Esses se tornaram obstáculos à epifania, a revelação de Cristo ao mundo. A boa noticia é que apesar dos problemas que impediam a epifania em Corinto, aquela gente era “a igreja de Deus que está em Corinto” (1Co 1.2).
         A igreja de Corinto, recebe de Deus a boa noticia de que “...em tudo, fostes enriquecidos nele, ...” (v. 5). Essa noticia é para cada um de nós ainda hoje. Pois, infelizmente alguns obstáculos também impedem a revelação de Jesus ao mundo. Mas, graças a Deus somos a igreja de Deus que está em Querência, ou em qualquer outro lugar.
         Enriquecidos em Jesus não podemos e nem queremos olhar para nossas ações e atitudes. Afinal, infelizmente muitas dessas ações e atiudes têm causado estragos terríveis entre nós. Estragos esses que se tornaram verdadeiros obstáculos para a epifania de Jesus Cristo entre nós. 
         Os obstáculos na congregação de Corinto eram cismas, intrigas, falsas doutrinas, unionismo, superstição e abuso quanto aos dons de Deus. Mas, aquela gente era “a igreja de Deus que está em Corinto” (1Co 1.2) e em tudo, fostes enriquecidos nele” (v. 5).
         Enfrentando dificuldades, Paulo busca mostrar aos coríntios que eles eram verdadeiramente milionários em Jesus Cristo. Haviam sido “enriquecidos” (v.5), “confirmados” (v.6), “chamados” (v.9) e haviam “recebido” (v.4) a graça de Deus.
         Qual é o motivo pelo qual Deus nos enriquece? Deseja que tenhamos uma vida em união enquanto estivermos nesse mundo. Em Jesus, Deus já nos reuniu a Ele.
         Enquanto estamos nesse mundo, estamos “...aguardando ... a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo,...” (v.7). Nesse tempo de espera Deus nos enriquece para que nessa riqueza continuemos perseverantes na fé.
          Não podemos esquecer o ponto fundamental. Enquanto esperamos nós esperamos passivamente. Ou seja, a capacidade, a preparação o aguardar é ação de Deus em nossas vidas.
         Como IELB adotamos o versículo tema para 2014 as palavras do profeta Isaías:Eu os guiarei e os levarei até as fontes de água (Is 49.10). Ser guiado à fonte de água é estar sob a condução de Jesus e alimentado pelo Espírito Santo.
         Como paróquia Concórdia de Querência do Norte, adotamos como tema anual: IELB - 110 anos alimentada na fonte de água viva. Isso para nos lembrar que no Espírito Santo somos enriquecidos pela Palavra. Na Palavra recebemos todo conhecimento que nos é necessário durante todos esses anos. Fomos e Somos uma igreja passiva diante da ação de Deus pela Palavra e Sacramentos. Fomos e Somos enriquecidos pelo próprio Deus que se fez pobre em Jesus para nos enriquecer (2Co 8.9).
         Enriquecidos em Cristo a congregação de Corinto estava sendo convidada a superar os obstáculos existentes entre os irmãos na fé e revelar Jesus ao mundo.
         Para superar os obstáculos que impedem a revelação da mensagem de Cristo ao mundo não são importantes e necessárias apenas as nossas ações e atitudes. Não somos uma empresa que busca lucros e dividendos humanos. Deus é quem efetua em nós o querer e o realizar toda boa obra cristã. Para que os obstáculos sejam todos removidos, Deus age nos dando sua graça, nos enriquecendo com sua Palavra e conhecimento, nos confirmando e a cada novo dia nos chamando ao arrependimento.
         Quando digo que não importam as nossas ações e atitudes, o faço para reforçar que não somos o “nós” ou “eu.” Pois, por “nós” ou pelo “eu” os obstáculos sempre se farão presentes. Para que os mesmo sejam removidos, ou melhor, superados, importa sermos dependentes da ação de Deus. Deus vem ao nosso encontro com seu Evangelho, sua Palavra, sua Graça e os Sacramentos.
         Quando somos enriquecidos. Quando recebemos a graça de Deus em Jesus, oferecidos na Palavra e nos Sacramentos, passamos a ter união com Deus. Dessa união com Deus os obstáculos que nos impedem de revelar Jesus ao mundo são superados. Passamos a viver nossas vidas sabendo que sem a riqueza que Deus nos dá somos pobres e infelizes.
         O Espírito Santo conforme diz o apóstolo João é a fonte da água viva. Essa água viva quer nos enriquecer, confirmar, chamar e dar a graça de Deus e assim nos capacitar para superar os obstáculos que o diabo nos impõe para que a mensagem do evangelho não brilhe sobre as pessoas (2Co 4.4).
         Continuemos sendo enriquecidos pela água viva, pois, somente assim iremos superar os obstáculos existentes entre nós e a epifania de Jesus será efetivada com vigor. Amém!
 

Rev. Edson Ronaldo Tressmann

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Deus reafirma a sua missão

O Batismo de Jesus 
12/01/2014
Sl 29; Is 42. 1 – 9; Rm 6. 1 – 11; Mt 3. 13 - 17
Deus reafirma sua missão


         Ao meditar sobre o batismo de Jesus precisamos responder uma questão fundamental: Se o batismo de João Batista era um batismo “para arrependimento” (Mt 3.11), qual a razão do batismo de Jesus?
         Antes da resposta, convém relembrar a mensagem da semana passada. De acordo com as palavras de Jesus a José e Maria, Ele veio para se ocupar dos negócios do seu Pai, (Lc 2.49), ou seja, ocupar nosso lugar, pois o desejo de Deus é salvar os pecadores. No texto bíblico de hoje, Mt 3. 17, o próprio Deus Pai diz que Jesus é o sacrifício perfeito do qual Ele se agradará.
         Assim podemos retornar a questão: Se o batismo de João Batista era um batismo “para arrependimento” (Mt 3.11), qual a razão do batismo de Jesus? A resposta pode ser dada de duas maneiras bem simples.
         Primeiro: com seu batismo Jesus quis se identificar com os pecadores que veio salvar;
         Segundo: veio se identificar com as pessoas que estavam debaixo da ira de Deus;
 
         Quando o Pai afirma: “...Este é o meu Filho querido, que me dá muita alegria” (Mt 3.17), está dizendo que Jesus é o sacrifício perfeito do qual Ele se agradará, está dizendo que em Jesus, os céus que estavam fechados, agora são como uma porta e uma janela aberta. Não há mais distância entre Deus e nós. Deus está presente, Jesus é o Emanuel que veio e nos leva ao Pai.
         Jesus é o sacrifício perfeito em nosso lugar. Ele veio justamente por estarmos debaixo da ira de Deus. Somente seu sacrifício pode aplacar a ira de Deus. O autor a carta aos Hebreus disse: Cada Grande Sacerdote é escolhido entre os homens e nomeado para servir a Deus em favor do povo, apresentando a Deus ofertas e sacrifícios pelos pecados. Como ele próprio tem as suas fraquezas, pode ter paciência com os ignorantes e com os que cometem erros. E, porque ele mesmo é fraco, precisa oferecer sacrifícios não somente pelos pecados do povo, mas também pelos seus próprios pecados. Ninguém escolhe para si mesmo a honra de ser Grande Sacerdote. É somente pela vontade de Deus que um homem é chamado para ser Grande Sacerdote, como aconteceu com Arão. Assim também Cristo não tomou para si mesmo a honra de ser Grande Sacerdote; foi Deus quem lhe deu essa honra, pois lhe disse: “Você é o meu Filho; hoje eu me tornei o seu Pai” (Hb 5. 1 – 5). Por essa razão disse o autor a carta aos Hebreus: “Por isso Jesus é o Grande Sacerdote de que necessitamos. Ele é perfeito e não tem nenhum pecado ou falha. Ele foi separado dos pecadores e elevado acima dos céus. Ele não é como os outros Grandes Sacerdotes; não precisa oferecer sacrifícios todos os dias, primeiro pelos seus próprios pecados e depois pelos pecados do povo. Ele ofereceu um sacrifício, uma vez por todas, quando se ofereceu a si mesmo” (Hb 7. 26 – 27). Diferentemente dos sacrifícios do Antigo Testamento é dito que “Porém Jesus Cristo ofereceu só um sacrifício para tirar pecados, uma oferta que vale para sempre, e depois sentou-se do lado direito de Deus” (Hb 10.12).
 
         Jesus esteve ocupado dos negócios do seu Pai por e para nós pecadores. Ele é a alegria de Deus. Em Jesus cada pecador se torna a alegria de Deus. Alegria oferecida e dada pelo Sacramento do santo batismo. Batismo do qual cada pecador necessita, tanto para receber o perdão dos pecados quanto para ter seus olhos abertos e enxergar as janelas e as portas abertas dos céus.
         Deus disse a respeito de Jesus reafirmando sua missão, “...Este é o meu Filho querido, que me dá muita alegria” (Mt 3.17). Ou seja, Jesus é o sacrifício aceito por Deus em nosso lugar. Creia em Jesus Cristo! O sacrifício de Jesus abriu as portas do céu. Amém!
 

Rev. Edson Ronaldo Tressmann

(44) 3462 2796 ou 9856 - 8020 (TIM); (44) 9165 – 4351

cristo_para_todos@hotmail.com

Não creia em todo espírito (1Jo 4.1)

  27 de abril de 2024 Salmo 150; Atos 8.26-40; 1João 4.1-21; João 15.1-8 Texto: 1João 4.1-21 Tema: Não creia em todo espírito (v.1) ...