terça-feira, 27 de março de 2012

Uma questão de Amor!

01/04/12 –Domingo de Ramos
Sl 118. 19 - 29; Zc 9. 9 - 12; Fp 2. 5 - 11; Mc 14. 1 – 15.47
Tema: Uma questão de Amor!

Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis ai vem o teu rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta” (Zc 9.9)



Dia 01 de abril de 2012 é Domingo de Ramos. Nesse dia Jesus entra em sua própria cidade, Jerusalém.    Jerusalém significa "cidade da paz," e conforme Isaias 9.6 o “Príncipe da Paz;” agora entra na Cidade da Paz. Mesmo o príncipe da paz entrando na cidade da paz não encontrará paz, mas sim, a morte. E é justamente com sua morte, por não ter encontrado paz, é que nós recebemos a única paz.

Alegra-te muito, ó filha de Sião”.

Jesus estava indo ao encontro com a morte.  Esse é o plano de Deus, iniciado no jardim do Éden, e agora está para ser executado. Jesus não um suicida. Sempre falou desse plano, antes e depois de ter entrado em Jerusalém: “Sabeis que, daqui a dois dias, celebrar-se-á a Páscoa; e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado” (Mt 26:2).
Jesus entra em Jerusalém, onde haviam matado profetas e apedrejado aqueles que foram enviados. Ele entra porque sabe que deve morrer. E o que leva Jesus a entrar em Jerusalém é o amor, amor por você e por mim pecador.
Estamos a partir de hoje, dia 01 de abril de 2012 iniciando a semana da Paixão de Jesus, a semana santa. Mas o que significa semana santa, ou semana da paixão? A palavra paixão perdeu o seu significado nesse mundo contemporâneo. Jesus não tinha uma paixão para ser crucificado como eu tenho uma paixão pela caça, por viagens, estudos ou doces. A palavra paixão significa, as emoções que podem ser sentidas.  Com esse imenso amor, que Jesus obcecado por você, o levou para cruz.
Quando nós cristãos usamos a palavra "Paixão" não estamos simplesmente nos referindo ao sofrimento e morte de Jesus, mas verdadeiramente, estamos nos referindo ao seu amor. Amor tão profundo que nada iria impedi-lo de ir até a cruz, assim como disse Paulo aos Filipenses 2.8, “a si mesmo se humilhou, tornado-se obediente até a morte de cruz”.
Jesus cavalga não em um cavalo ornamentado, mas sim em um jumentinho. Humildemente, em sua própria cidade, para pagar o preço que você não pode pagar.
O Antigo Testamento descreve que na páscoa um cordeiro era sacrificado para libertar o povo de seus pecados. E agora, no Novo Testamento, vemos que Jesus vem para a Páscoa. Não para oferecer o sacrifício, mas para ser o sacrifício de sangue. E esse sacrifício de sangue é para salvar aqueles que não puderam e nem podem ficar acordado com ele mesmo que uma hora, por aqueles que o traem, por aqueles que o negam, etc.

Jesus entra em Jerusalém. E nessa semana santa, ele te dá à oportunidade de meditar nesse amor não porque você merece, mas unicamente porque ele te ama. Jesus entra em Jerusalém para mudar o seu nome. E mudando nosso nome, assim como meditamos no inicio do mês de março, baseados em Gn 17, Deus muda a nossa situação. Deus muda o nosso nome para Barrabás, que significa “Filho do Pai”. Jesus entra em Jerusalém para que, mesmo sem merecer você seja libertado como Barrabás e se torne filho de Deus.
            Dia 01 de abril é domingo de Ramos, e lembramos Jesus entrando em Jerusalém por amor. E por esse amor, ainda hoje Jesus quer entrar na sua casa. Em apocalipse está registrado: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo” (Ap 3.20). Por amor ainda hoje, ele entra na sua vida, pelo batismo, santa ceia, palavra. Pois, por meio desses, Jesus te dá o dom da vida. E com esses dons, ele nos sustenta a vida.
            Lembrar da paixão de Jesus é lembrar-se do seu amor por nós e tudo o que estava disposto a suportar para nós. Ninguém tirou a vida de Jesus, ele a deu por nós. Então, “Alegra-te muito, ó filha de Sião!
            Que durante toda essa semana da paixão, você viva na alegria de saber que por amor Jesus se entregou por você. Amém!

Pr. Edson Ronaldo Tressmann
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terça-feira, 20 de março de 2012

Esquecimento


25/03/12 – 5º Domingo na Quaresma
Sl 119. 9 - 16; Jr 31.31 - 34; Hb 5. 1 - 10; Mc 10. 35 - 45
Enfoque mensal: No verdadeiro Jesus, o verdadeiro perdão, a verdadeira vida.
Tema: Esquecimento 
Introdução
            Que pecado você gostaria de esquecer? Ou que os outros esquecessem? 
            Temos uma multidão de pessoas cristãs que equivocadamente dizem fazer algo para saldar sua dívida, pagar seus pecados. Desejam a todo custo pagar pelo pecado ao qual elas não esquecem e desejam que Deus os esqueça.
            Há os que acham ser necessário jejuar, ser dizimista fiel, abster-se de certos alimentos, não cortar cabelo, não visitar outras igrejas, realizar boas ações, etc. E o tempo ideal para esses cumprimentos está acabando. Muitos não tendo aproveitado a quaresma, terão que esperar mais um ano para quem sabe ano que vem poderem realizar muitas dessas obras para assim terem seus pecados pagos. Muitos viveram a quaresma com o peso da lei. Como uma oportunidade de saldarem suas dividas com Deus. Mas, isso foi e é possivel?  
            O que dizer das palavras: “Perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei(Jr 31. 34b). Em que circunstância Deus perdoará nossos pecados? O que faremos para que Deus esqueça nossos pecados?
            Se fosse anunciado 10 maneiras de agradar a Deus, tenho certeza de que muitos iriam tentar cumprir esses requisitos.
            A questão é que:
            Eis ai vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá” (Jr 31.31)
            Deus já havia feito uma aliança com o seu povo. Aliança escrita em duas pedras, os dez mandamentos. Eram 10 regras. O que fazer e o que deixar de fazer. E o povo? Bom, o mesmo não conseguiu cumprir a lei. A antiga aliança rompeu-se com a desobediência, pecados e infidelidade do povo. O povo que gostava e o povo que gosta de regras, não as cumpre. Afinal, regras são boas para os outros. Muitos observam se os outros cumprem as regras, e se não as cumprem são acusados.
            O povo foi e continua sendo infiel. E Deus? Usando palavras de Paulo digo: “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, pois pela graça sois salvos, ...      (Ef 2. 4 – 5).
            Deus olhou e olha para o pecador com amor, com misericórdia e faz uma nova aliança. Será que terei que cumprir apenas cinco daquelas 10 regras? Não. Nada disso. A nova aliança consiste no esquecimento de Deus. Ele se esquece dos nossos pecados. Mas como isso é possível? Em Jesus. Pois, como bem dito pelo profeta Miquéias: “Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia” (Mq 7. 18).
            Deus tem prazer em apresentar a sua misericórdia e o seu amor por nós. Ele é diferente de nós. O perdão de Deus é gratuito e sem cobrança: “Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniqüidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar” (Mq 7. 19).
            Se Deus é assim, porque muitos o abandonam? Somos de naturezaecaminosa e como tal temos apenas a vontade e disposição de abandonar a Deus. Deus é que age para que sejamos trazidos a fé e nos faz permanecer na fé. Enquanto Deus faz tudo para nos dar e manter na fé, nosso inimigo, como diz o apostolo Pedro: “... O diabo, vosso adversário, anda em derredor como leão que ruge procurando alguém para devorar;  ...” (1Pe 5.8 ). E se o nosso inimigo age para nos afastar de Deus que esquece nossos pecados, Deus em seua mor, através da sua palavra nos aconselha a sermos sóbrios e vigilantes. Por que ter sobriedade? Somos tentados a abandonar esse Deus misericordioso e tentar nos agarrar em nossas obras, nossos supostos feitos cristãos. A sobriedade e a vigilância se deve ao fato de que: “nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (2Co 4.4). O desejo do nosso inimigo é que abandonemos o verdadeiro fundamento e abrigo que é Jesus.
            Nosso inimigo não quer que a luz do evangelho brilhe sobre nós. Ele nos mantêm presos aos requisitos da lei. Muitos por não jejuarem, não se acharem preparados para a santa ceia, deixam de receber e alimentar a fé dada por Deus no batismo, na pregação e no sacramento do altar. Ainda há uma necessidade egoísta e contraria a palavra de Deus de preparo, como jejum, roupa, obras, bom comportamento. Esquecemos que Deus providenciou a nova aliança: “este é o sangue da nova aliança”. Deus, em Jesus esqueceu e esquece nossos pecados.
            Que pecado você gostaria de esquecer? O que fazer para esquecê-los? Nada. Nem tente esquecê-los. Isso também é graça de Deus. Pois lembrando-se dos seus pecados, você também reconhecerá a necessidade que tem da graça de Deus em Jesus. Reconhecer que necessita de um salvador é recorrer a sua cruz, é viver a verdadeira quaresma, ou seja, olhando para aquele que sofreu em seu lugar para fazer o que você por suas forças não consegue, pagar pelos pecados. Agora, se teu pecado está pesando em seu coração e acusando a sua consciência, tranqüiliza-te, pois Deus fez uma nova aliança, e em Jesus esquece todos os teus pecados. Aproveite e delicie-se e viva na nova aliança, ou seja, viva o que Deus te dá de melhor, no perdão, na nova vida em Jesus. No verdadeiro Jesus, o verdadeiro perdão, a verdadeira vida.
            Deus em Jesus esquece seus pecados. O seu inimigo deseja, faz e fará tudo para que você esqueça de Deus, esqueça da nova aliança e assim continue escravo da lei e das regras que te impõe aquilo que Jesus já pagou na cruz em nosso lugar.
            Querido e querida irmã, nesse ultimo culto de quaresma, sabendo do verdadeiro Jesus, recebendo o verdadeiro perdão, desejo que você viva a nova vida, reconheça o que Paulo reconheceu: Já não procuro mais ser aceito por Deus por causa da minha obediência à lei. Pois agora, é por meio da minha fé em Cristo que eu sou aceito; essa aceitação vem de Deus e se baseia na fé (Fp 3.9), não tente viver por seus esforços, mas viva na misericórdia e na  graça de Deus em Jesus. Amém!
Pr. Edson Ronaldo Tressmann
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terça-feira, 13 de março de 2012

Que tipo de Jesus você conhece?

18/03/12 – 4º Domingo na Quaresma
Sl 107. 1 – 9; Nm 21. 4 - 9; Ef 2. 1 - 10; Jo 3. 14 - 21
Tema: Que tipo de Jesus você conhece?


Números 21. 4 – 9 é um texto que apresenta o povo de Israel caminhando pelo deserto rumo à terra prometida. Ao longo dos anos Deus demonstrou seu amor e cuidado pelo povo. Enquanto os dias iam passando, a promessa da terra prometida parecia ser irreal, e o povo começou a agir assim como é natural que ocorra, começou a reclamar. Com a reclamação veio à impaciência: "vocês nos tiraram do Egito para morrer de fome e sede neste deserto. Já estamos cansados, e não vemos quando isso vai terminar".

O texto diz que Deus ficou extremamente decepcionado com o seu povo e o abandonou à própria sorte. O deserto por si já é mortal, e agora, abandonado a própria sorte, a situação que era ruim, tende a piorar. O sofrimento se multiplicou, veio à dor e a morte. Tudo isso já existia, mas, o povo cegado devido à reclamação, havia esquecido as vezes que Deus os havia livrado. Entregues a própria sorte, caíram em extremo desespero, e vendo a morte mais perto que nunca, pois as serpentes estavam ali, o povo reconheceu em Deus o auxilio, e clamaram para que Moisés intercedesse em favor deles. Pelo texto, vemos que Deus ouviu a oração de Moisés. Não foi algo imediato, as conseqüências do pecado do povo continuavam. No entanto, Ele providenciou uma saída: “os mordidos pela serpente deveriam olhar para a serpente de bronze pendurada na haste e assim ficaria curado”.

Nossa vida pode ser comparada com a travessia de um imenso deserto.  Há momentos em que a caminhada é perigosa, outras, cheia de angústias e de medos. Para onde olhar e ficar curado? Como eliminar esse medo? Essa angustia? Assim, na caminhada, quando ela se torna insuportável, com permissão de Deus é claro, muitos procuram alivio, socorro. E nessa situação, os inúmeros Jesus, são apresentados.

Há pessoas que passam a conhecer e visualizar o Jesus juiz - aquele que observa nossas obras e segundo elas nos abençoa ou nos castiga.
Há os que olham para o Jesus hedonista - aquele que nos cobre apenas de felicidades, sem se importar como a temos.
Há os que olham para o Jesus que de acordo e o tamanho do agrado e do sacrifício recompensa os seus com prosperidade.

No entanto, felizmente, há os que conhecem e se agarram no Jesus salvador -  aquele que se fez igual a nós, veio para nos perdoar, mesmo em meio aos nossos muitos pecados, “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8), “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5.21). E o que é extraordinário nisso é que “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;” (Ef 2,8).  E se reconhecemos o verdadeiro Jesus, recebemos dele o verdadeiro perdão, e não há nada que pode nos impedir de viver a verdadeira vida, assim como diz o salmista: “Rendam graças ao Senhor por sua bondade e por suas maravilhas para com os filhos dos homens! Pois dessedentou a alma sequiosa e fartou de bens a alma faminta” (Sl 107,9).

No verdadeiro Jesus, o verdadeiro perdão, a verdadeira vida.
Para onde olhar e ficar curado? Para a cruz, a cruz de Jesus. Não que ela seja um símbolo mágico. A cruz é símbolo de derrota, de vergonha, de humilhação, de dor, de morte. No entanto, para nós é símbolo de cura, de alivio, de exaltação. Pois assim como um povo em meio ao deserto que deveria olhar para o alto da haste e ser curado, assim nós em nossa caminhada, precisamos olhar para a cruz da dor, do sofrimento, da morte de Jesus e sermos curado, como dito pelo apóstolo João: “E de modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna” (Jo 3.14-15).

Ao olhar para a cruz de Jesus recebemos a cura dos nossos pecados. Os pecados que nos conduziam a eterna condenação. Em Cristo, a nossa rocha eterna e o nosso abrigo, somos conduzidos a eterna salvação. Jesus sofreu a morte para que nós tivéssemos vida. A cruz é o símbolo, é o sinal, é a indicação de que Deus está bem perto de nós, junto na caminhada nesse deserto da vida. E nessa caminhada vem ao nosso encontro na pregação da palavra, no batismo e no sacramento do altar. No verdadeiro Jesus, o verdadeiro perdão, a verdadeira vida.

Na sua caminhada, qual Jesus você conhece? Qual Jesus está sendo apresentado?

Nesse deserto, nesse mundo, há os que estão cansados, e o cansaço se deve ao engano feito por companhias que os conduziram e conduzem a desertos secos de vida, secos de amor, secos de verdade. Assim, continuam sem olhar para àquele que é a VIDA, o AMOR, a VERDADE. É necessário que nesse deserto, continuemos apontando para a cruz, pois na cruz, em Jesus o salvador está à cura, o perdão dos pecados. Amém.

Pr Edson Ronaldo Tressmann
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terça-feira, 6 de março de 2012

A prática diária de um povo livre

11/03/12 – 3º Domingo na Quaresma
Sl 19; Ex 20. 1 - 17; 1Co 1. 18 - 31; Jo 2. 13 - 22
Tema: A prática diária de um povo livre


Disciplina gera indisciplina, afinal de contas: Quem gosta de ser disciplinado? Diante da disciplina a reação é revolta, rebeldia, indisciplina. No entanto, necessitamos da disciplina. E para sermos disciplinados precisamos da lei. A lei, ao contrário do que muitos pensam e dizem, visa nosso bem. Ela nos diz o que fazer e deixar de fazer, assim como aquele que nos criou bem disse.
Cada pessoa, seja cristão ou não cristão, tem o conhecimento da lei. Nascemos com a lei  inscrita no coração. Todos sabem que existe um Deus, no entanto, inúmeras pessoas não sabem quem é este Deus e como ele age. O conhecimento natural da lei leva as pessoas a dizerem: “eu nuca matei, roubei, etc”. Dizem assim, pois sabem que isso é pecado, no entanto, desconhecem a profundidade da lei de Deus. E por desconhecerem a profundidade e a principal conseqüência do pecado, que é o afastamento de Deus, são iludidos e enganados a ponto de aceitarem viver sua breve vida com o peso do suposto cumprimento da lei. O maior exemplo de uma pessoa que vivia cumprindo a lei era o apóstolo Paulo. Ele, como fariseu, enganosamente até os seus 28 anos de idade pensava estar cumprindo a lei, e agradando a Deus. Mas, encontrando-se com o verdadeiro Jesus, recebendo o verdadeiro perdão, passou a viver a verdadeira vida: “Bem que eu poderia confiar na carne. Se qualquer outro pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei fariseu, quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede da lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé; ... ” (Fp 3. 5 – 9).
Diante da lei todos nós reagimos com desculpas. Diante da lei acusamos os outros e para nos defender fazemos a nossa interpretação da lei. Adequamos ao nosso viver aquilo que nos é propicio. Admitir nossa culpa, ou erro, isso jamais. No entanto, a lei de Deus, os dez mandamentos, em sua profundidade quer nos levar a reconhecer que somos miseráveis pecadores, e como tal, merecedores do castigo eterno.
Nesse mês de março do ano de 2012, o enfoque paroquial é: No verdadeiro Jesus, o verdadeiro perdão, a verdadeira vida. Para que encontremos o Jesus verdadeiro, o verdadeiro perdão e a verdadeira vida, é imprescindível que, conheçamos a profundidade da lei de Deus. É necessário que reconheçamos nossos pecados e a gravidade dos mesmos para que nos aconcheguemos no verdadeiro Jesus, nos consolemos no verdadeiro perdão e vivamos a verdadeira vida – a prática diária de um povo livre, amar a Deus e ao próximo.
O texto de Êxodo 20. 1 – 17 nos fala sobre os Dez Mandamentos.
Qual é a importância dos 10 mandamentos hoje?
Vivemos num período denominado como pós-moderno. Ou seja, não há verdade absoluta. Assim, muitos dizem que os dez mandamentos era uma verdade daquele período. Hoje é diferente. A palavra de Deus pelo profeta Jeremias é clara: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá” (Jr 17.9).  E conhecendo a nossa situação, Deus em sua palavra deixou aparente nossa fotografia: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço... Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?" (Rm 7.18,19,24)
            No verdadeiro Jesus, o verdadeiro perdão, a verdadeira vida. É necessário que despertemos do sono e acordemos para a realidade da acusação da lei que nos conduz ao tormento dos nossos pecados. Não cheguemos à triste situação a que chegou o filósofo François Marie Arouet, conhecido como “Voltaire”, que passou seus 83 anos de vida zombando de Deus, mas que em seu leito de morte, sua consciência, pela lei de Deus, o acusou a ponto de levá-lo ao desespero. Diz que o seu criado não suportando os gritos de desespero do filosófo fugiu da casa.
            No verdadeiro Jesus, o verdadeiro perdão, a verdadeira vida. Esquecer a nossa situação de pecador e esquecer a lei de Deus é esquecer e perder de vista a prática diária de um povo livre. O apostolo Paulo fez o alerta: “Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus” (1Co 1.18). Se a mensagem simples da Palavra de Deus, que é a cruz de Jesus Cristo for deixada de lado, passamos a viver um doce engano e caminhamos para a perdição eterna. Sem a cruz de Jesus, deixamos de viver nossa vida diária, vida de povo livre.
            Deus quer nos conduzir numa caminhada feliz, por isso, para um povo livre, deixou a sua lei, os dez mandamentos para que vivamos nossa vida exercendo nossa verdadeira liberdade, amando a Deus e ao próximo. Vivemos de acordo com aquilo que Deus nos diz sobre o que fazer e o que deixar de fazer. No verdadeiro Jesus, o verdadeiro perdão, a verdadeira vida, vivemos na prática diária de um povo livre em Jesus.
Na semana passada, quando meditamos no texto de Gn 17, lembramos que Deus muda o nosso nome. Em Jesus vivemos numa outra situação. Bem diferente daquela em que os pagãos vivem. Em Jesus, Deus mudou a nossa sorte, mas, mesmo assim, é importante que lembremos a lei de Deus. Pois a lei tem um importante papel, nos acordar do sono de acharmos que tudo está bem e que estamos bem. Nós não podemos impedir que os passarinhos sobrevoem sobre nossas cabeças, mas não podemos permitir que eles façam ninhos entre nossos cabelos. Inúmeras pessoas estão se perdendo, pois deixam de lado a prática diária de um povo livre. Muitos estão deixando de lado a lei de Deus e assim não estão apenas permitindo que os passarinhos façam ninhos, mas também que choquem os ovos.
O Salmo 19 foi escrito para alertar os cristãos que estavam vivendo num grave pecado, o da soberba. Estavam roubando a glória de Deus. Se a lei de Deus nos acusa, não tentemos em vão aliviar essa acusação com boas ações, ou uma suposta vida de aparência, assim como muitos faziam com base na liturgia. Os mandamentos dados por Deus nos apresentam a sua verdadeira vontade. A lei de Deus apresenta a todos a impossibilidade de ser salvo pela lei. É necessário conhecer o verdadeiro Jesus, o verdadeiro perdão e a verdadeira vida para que assim vivamos na prática diária de um povo livre.
Os dez mandamentos são distribuídos em duas tábuas. Na primeira tábua, aparecem os três primeiros mandamentos, que falam sobre Eu e Deus. A segunda tábua, do quarto ao décimo trata sobre Eu e o Próximo. Os mesmos se resumem conforme Jesus em Mateus 22. 37, 39: “...Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. ... Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Olhando nessa direção, quais são nossos pecados em relação a Deus e ao próximo? Confiamos em nossos planos, não na ultima palavra que vem de Deus. Exige-se as bênçãos de Deus e não se concorda com a vontade de Deus quando ela é feita entre nós.  Oramos, mas confiamos naquilo que fazemos e não na direção dada por Deus. Em relação ao próximo, estamos sendo preconceituosos. As tentações da mídia entram em nossa casa, e assim somos atraídos  pelas mais variadas tentações.
            Diante da lei de Deus os israelitas disseram a Moisés: “...Fala-nos tu, e te ouviremos; porém não fale Deus conosco, para que não morramos” (Ex 20.19).
            No verdadeiro Jesus, o verdadeiro perdão, a verdadeira vida.
            O verdadeiro Jesus deu a lei, e ao mesmo tempo se tornou o devedor da lei, e tendo cumprido a lei em nosso lugar, nos oferece o verdadeiro perdão, e nos indica a viver a verdadeira vida. Deus nos abençoe, amém!
Pr Edson Ronaldo Tressmann
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Em Jesus - uma nova aliança!

  17 de março de 2024 Salmo 119.9-16; Jeremias 31.31-34; Hebreus 5.1-10; Marcos 10.35-45 Texto: Jeremias 31.31-34 Tema: Em Jesus -  um...