terça-feira, 13 de março de 2012

Que tipo de Jesus você conhece?

18/03/12 – 4º Domingo na Quaresma
Sl 107. 1 – 9; Nm 21. 4 - 9; Ef 2. 1 - 10; Jo 3. 14 - 21
Tema: Que tipo de Jesus você conhece?


Números 21. 4 – 9 é um texto que apresenta o povo de Israel caminhando pelo deserto rumo à terra prometida. Ao longo dos anos Deus demonstrou seu amor e cuidado pelo povo. Enquanto os dias iam passando, a promessa da terra prometida parecia ser irreal, e o povo começou a agir assim como é natural que ocorra, começou a reclamar. Com a reclamação veio à impaciência: "vocês nos tiraram do Egito para morrer de fome e sede neste deserto. Já estamos cansados, e não vemos quando isso vai terminar".

O texto diz que Deus ficou extremamente decepcionado com o seu povo e o abandonou à própria sorte. O deserto por si já é mortal, e agora, abandonado a própria sorte, a situação que era ruim, tende a piorar. O sofrimento se multiplicou, veio à dor e a morte. Tudo isso já existia, mas, o povo cegado devido à reclamação, havia esquecido as vezes que Deus os havia livrado. Entregues a própria sorte, caíram em extremo desespero, e vendo a morte mais perto que nunca, pois as serpentes estavam ali, o povo reconheceu em Deus o auxilio, e clamaram para que Moisés intercedesse em favor deles. Pelo texto, vemos que Deus ouviu a oração de Moisés. Não foi algo imediato, as conseqüências do pecado do povo continuavam. No entanto, Ele providenciou uma saída: “os mordidos pela serpente deveriam olhar para a serpente de bronze pendurada na haste e assim ficaria curado”.

Nossa vida pode ser comparada com a travessia de um imenso deserto.  Há momentos em que a caminhada é perigosa, outras, cheia de angústias e de medos. Para onde olhar e ficar curado? Como eliminar esse medo? Essa angustia? Assim, na caminhada, quando ela se torna insuportável, com permissão de Deus é claro, muitos procuram alivio, socorro. E nessa situação, os inúmeros Jesus, são apresentados.

Há pessoas que passam a conhecer e visualizar o Jesus juiz - aquele que observa nossas obras e segundo elas nos abençoa ou nos castiga.
Há os que olham para o Jesus hedonista - aquele que nos cobre apenas de felicidades, sem se importar como a temos.
Há os que olham para o Jesus que de acordo e o tamanho do agrado e do sacrifício recompensa os seus com prosperidade.

No entanto, felizmente, há os que conhecem e se agarram no Jesus salvador -  aquele que se fez igual a nós, veio para nos perdoar, mesmo em meio aos nossos muitos pecados, “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8), “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5.21). E o que é extraordinário nisso é que “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;” (Ef 2,8).  E se reconhecemos o verdadeiro Jesus, recebemos dele o verdadeiro perdão, e não há nada que pode nos impedir de viver a verdadeira vida, assim como diz o salmista: “Rendam graças ao Senhor por sua bondade e por suas maravilhas para com os filhos dos homens! Pois dessedentou a alma sequiosa e fartou de bens a alma faminta” (Sl 107,9).

No verdadeiro Jesus, o verdadeiro perdão, a verdadeira vida.
Para onde olhar e ficar curado? Para a cruz, a cruz de Jesus. Não que ela seja um símbolo mágico. A cruz é símbolo de derrota, de vergonha, de humilhação, de dor, de morte. No entanto, para nós é símbolo de cura, de alivio, de exaltação. Pois assim como um povo em meio ao deserto que deveria olhar para o alto da haste e ser curado, assim nós em nossa caminhada, precisamos olhar para a cruz da dor, do sofrimento, da morte de Jesus e sermos curado, como dito pelo apóstolo João: “E de modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna” (Jo 3.14-15).

Ao olhar para a cruz de Jesus recebemos a cura dos nossos pecados. Os pecados que nos conduziam a eterna condenação. Em Cristo, a nossa rocha eterna e o nosso abrigo, somos conduzidos a eterna salvação. Jesus sofreu a morte para que nós tivéssemos vida. A cruz é o símbolo, é o sinal, é a indicação de que Deus está bem perto de nós, junto na caminhada nesse deserto da vida. E nessa caminhada vem ao nosso encontro na pregação da palavra, no batismo e no sacramento do altar. No verdadeiro Jesus, o verdadeiro perdão, a verdadeira vida.

Na sua caminhada, qual Jesus você conhece? Qual Jesus está sendo apresentado?

Nesse deserto, nesse mundo, há os que estão cansados, e o cansaço se deve ao engano feito por companhias que os conduziram e conduzem a desertos secos de vida, secos de amor, secos de verdade. Assim, continuam sem olhar para àquele que é a VIDA, o AMOR, a VERDADE. É necessário que nesse deserto, continuemos apontando para a cruz, pois na cruz, em Jesus o salvador está à cura, o perdão dos pecados. Amém.

Pr Edson Ronaldo Tressmann
44 – 3462 – 2796
deixe abaixo seu comentário ou envie  para cristo_para_todos@hotmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por seguir esse blog. Com certeza será uma bênção em sua vida.

Vocês são meus amigos!

Sexto Domingo de Páscoa 05 de maio de 2024 Salmo 98; Atos 10.34-48; 1João 5.1-8; João 15.9-17 Texto : João 15.13-14 Tema : Vocês são m...