terça-feira, 29 de novembro de 2011

Advento: noticias de boas novas

04/12/11 – 2º Domingo no Advento
Sl 85; Is 40.1-11; 2Pe 3. 8 - 14; Mc1. 1-8
Tema: Advento: noticias de boas novas
Introdução
            Quais são as noticias mais freqüentes nos telejornais?


    




Há uma enorme carência de boas noticias.



           Por isso, nesse periodo de Advento queremos transmitir a você uma boa noticia. Saiba qual, lendo o texto abaixo: 

  Advento: noticias de boas novas.
1 – Tudo tem seu tempo determinado, v.2;
            Deus enviou o profeta Isaias para consolar o povo, ou seja, falar ao coração do povo. Deus havia pedido que Isaias anunciasse aquilo que ouviu. E o que ouviu, era que o povo seria exilado para Babilônia, e que retornaria depois de um determinado tempo, conforme registrado pelo Profeta Daniel: “no primeiro ano de seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que o número de anos, que falara o Senhor ao profeta Jeremias, que haviam de durar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos” (Dn 9.2). A boa noticia ao povo era: “já é findo o tempo da sua milícia” (RA) ou “que terminou o tempo da sua escravidão” (NTLH). Deus falava ao coração de Isaias e pediu que ele transmitisse essa boa noticia ao povo. O exílio não era o fim, mas pelo exílio e consequentemente libertação do exílio da Babilônia, o povo receberia a prova de que Deus não os havia abandonado, ao contrário do povo que havia abandonado a Deus.
A mensagem era que tudo está nas mãos de Deus: “Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas” (Is 45.7). Tudo está no controle de Deus, não foge ao seu domínio, o exílio era da vontade de Deus, o retorno também era da vontade de Deus, pois havia uma promessa a ser cumprida, o envio do seu Filho Jesus para a nossa salvação.

            Salomão deixa muito claro que “tudo tem seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu” (Ec 3.1).  E Deus está no controle de tudo. Aliás, nesse tempo, tempo
em que vivemos, é chamado de tempo da graça. Ou seja, é oportunidade que cada pecador tem para analisar sua vida, preparar e endireitar o caminho para o Senhor. Tempo precioso e maravilhoso que Deus nos dá, pois o maior desejo de Deus é: “o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2.4). Por isso, há Palavra de Deus, há sacramentos e há pessoas que pregam, anunciam e oficiam os sacramentos de acordo com a Palavra de Deus.
         
         Isaias não se calou, Jeremias anunciou, João Batista foi firme em sua mensagem e nós também precisamos continuar falando. Anunciando a cada pecador que ele é amado por Deus em Jesus. E que Jesus veio para dar a vida por cada homem, mulher e criança. 

            Muitos vivem suas vidas afastadas de Deus, longe de Jesus. Outros se afastam da santa ceia, do convívio com os irmãos na fé, e assim pensam estar agindo bem. Mas o homem não é nada, como diz a voz no nosso texto: “toda a carne é erva, e toda a sua glória como a flor da erva;” (Is 40.6b). Por vivermos na incerteza de quanto tempo estaremos aqui é necessário estar vigilantes, atentos a voz que suplica: “Preparai o caminho do Senhor; endireitai no deserto a vereda a nosso Deus” (Is 40.3). Arrependa-se dos seus pecados, se agarre em Cristo e terás certeza de que está vida também não é o fim de tudo, depois dela haverá a vida eterna, que me é dada por causa da obra de Jesus na cruz.
Advento: noticias de boas novas.  
2 – A Palavra de Deus permanece para sempre – v.8;
            Ao contrário do homem que dura pouco tempo, mas que durante todo o tempo tem a companhia de Jesus, pois Ele prometeu estar conosco até o fim,  a Palavra de Deus  permanece para sempre. Deus com essas palavras confirma que sua promessa não falha, assim Ele disse, assim Ele fará, como diz o autor a carta aos Hebreus: “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e sempre”.
            A Palavra de Deus permanece para sempre. Os nossos planos, a nossa vida, tudo isso é passageiro, mas aquilo que Deus deixou registrado é para sempre, “passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” (Mt 24.35), e a palavra de Deus tem um só objetivo: “...fez Jesus diante de seus discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.30-31). E essa vida é a vida eterna. E a certeza da salvação é a boa nova da Palavra que permanece para sempre, “porque pela graça sois salvo, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;” (Ef 2.8).
            Esta palavra de Deus, palavra de consolo, esperança, que renova a força, ilumina os olhos, é a palavra que nós somos convidados a  falar, anunciar para todas as pessoas: “Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: o teu Deus reina! Eis o grito dos teus atalaias! Eles erguem a voz, juntamente exultam; porque com seus próprios olhos distintamente vêem o retorno do Senhor a Sião” (Is 52.7-8).
           Nós somos os atalaias convidados a falar. E o verbo falar, clamar, usado no livro de Isaias 40, é um falar urgente, é dirigir-se a uma pessoa assim que encontrá-la. As boas novas não eram para ficar somente com o profeta, ele ouviu e agora falaria ao povo sobre a promessa da futura libertação do exílio.
            Advento – noticias de boas novas. Se advento é tempo de preparação, tempo de luz, precisamos alertar nossos(as) amigos(as), vizinhos(as), parentes, que Jesus Cristo nasceu para nos salvar. Ele veio em humildade para resgatar a cada pecador. E voltará em poder e glória para buscar a todos aqueles que morreram crendo e vivem crendo nEle.
          Se as pessoas carecem de boas noticias, saibamos que nós, temos uma maravilhosa noticia a ser compartilhada. Falemos, anunciemos a boa noticia do advento. Amém!
Pr Edson Ronaldo Tressmann


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Conscientização sobre a dependência de Jesus

27/11/11 – 1º Domingo no Advento
Sl 80.1-7; Is 64.1-9; 1Co 1.3 – 9; Mt 11. 1 – 10 ou Mc 13.24-37
Tema: Conscientização sobre a dependência de Jesus.
                                                                          
            Feliz ano novo! Essa é uma saudação que as pessoas já começam a ouvir, pois estamos próximos a um novo e abençoado ano.
            Advento – é o inicio de um novo ano dentro do calendário da igreja. É um período de preparação. A idéia predominante nesses 4 finais de semana de advento é a vinda do Senhor Jesus. E Jesus vem a nós de três maneiras: na Carne (natal), em Glória e na Graça (Palavra).
            Abordamos o texto de Isaias nesse primeiro domingo de Advento. E observando bem de perto, transparece um pedido, uma súplica. O povo está sofrendo, e isso se deve ao silêncio de Deus. O que indica é que aqueles que abandonaram a Deus agora enfrentam uma vida sem Deus. O povo que caiu na tentação e aceitou a viver conforme o espírito de auto-suficiência e orgulho sente-se agora desamparado e isso os levou ao sentimento de desamparo.
            O povo lembra do seu passado, Is 64. 2 – 4: “Elas seriam como a água que ferve em cima de um fogo forte. Os teus inimigos reconheceriam a tua fama e tremeriam de medo diante de ti. Quando fizeste coisas maravilhosas, que nós nem esperávamos, tu desceste do céu, e as montanhas tremeram diante de ti. Nunca ninguém viu ou ouviu falar de outro deus além de ti, de um deus que faz coisas assim em favor dos que confiam nele”. E olhando para esse passado, o povo lembra da intervenção gloriosa de Deus no meio do povo.
            Temos diante de nós um texto que reflete conscientização do povo sobre sua atual situação. Já que haviam iniciado uma jornada que os afastou de Deus e os levou a tentarem buscar independência de Deus, e isso não os levou a lugar nenhum, houve arrependimento e confissão dos pecados: “...Tu estavas irado conosco, mas nós continuamos a pecar; ...todos nós nos tornamos impuros, todas as nossas boas ações são como trapos sujos. Somos como folhas secas; e os nossos pecados, como uma ventania, nos carregam para longe” (Is 64.5b – 6). Assim o povo declarou sua dependência de Deus: “Mas tu, ó Senhor Deus, és o nosso Pai;  nós somos o barro, tu és o oleiro, todos nós fomos feitos por ti” (Is 64.8).
            Querer tornar-se independente de Deus é desejar viver o caos. Deus nos leva pela sua Palavra a termos consciência de nossa total dependência dEle. E justamente para a dependência de Deus que o apóstolo Paulo aponta aos coríntios. Ele diz: “Por estarem unidos com Cristo Jesus, vocês foram enriquecidos em tudo, ...” (1Co 1.5a).
            O mesmo motivo pelo qual o profeta Isaias precisou conscientizar o povo de Deus para sua total dependência de Deus, levou o apóstolo Paulo a conscientizar os cristãos de Corinto.
            A igreja de Corinto precisa de orientação, principalmente quanto aos dons que os estava levando a se separarem em grupos. A desunião os estava afastando de Deus. Os dons estava levando o povo a se distanciar de Deus. Muitos estavam cheios de soberba pelo dom do conhecimento e do falar em línguas.
            Um povo dependente de Deus é um povo edificado, funadmentado em Jesus, que é a Rocha firme, como diz a nova temática da IELB para 2012, Fundamentando: Jesus a Rocha Firme! “O Senhor é a minha rocha poderosa e o meu abrigo” (Sl 62.7).
            Paulo diz aos coríntios sobre a importância de se estar fundamentados em Jesus: “Cristo vai conservá-los firmes até o fim para que no dia da volta do nosso Senhor Jesus Cristo vocês não tenham culpa de nada” (1Co 1.8), também aos filipneses: “Pois eu estou certo de que Deus, que começou esse bom trabalho na vida de vocês, vai continuá-lo até que ele esteja completo no Dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6), e ainda ao cristãos da Ásia Menor: “Ele fez isso para dedicar a Igreja a Deus, lavando-a com água e purificando-a com a sua palavra. E fez isso para também poder trazer para perto de si a Igreja em toda a sua beleza, pura e perfeita, sem manchas, ou rugas, ou qualquer outro defeito” (Ef 5.26-27).
            O povo ao qual o profeta Isaias anunciou a Palavra de Deus, reconheceu seu pecado e clamou por perdão de Deus. Deus em seu amor através do profeta Isaias anunciou a mensagem de esperança, a mensagem da salvação no descendente de Davi que viria daquele povo exilado na Babilônia. E com a certeza da salvação o povo era convidado a permanecer em Deus.
            O povo ao qual Paulo escreve sua carta está sendo convidado a permanecer na graça. Pois é a graça de Deus, manifestada em Jesus Cristo e apresentada pelo evangelho, que nos mantêm edificados e fundamentados na rocha poderosa.
            Precisamos ser concientizados da nossa total dependência de Jesus Cristo. Pois facilmente, assim como o povo de Deus no antigo testamento, podemos nos deixar levar pelo espírito da auto-suficiência e do orgulho de querer viver longe do nosso salvador. Conscientes de que o melhor lugar, é estar edificado em Jesus, nele seremos enriquecidos, e enriquecidos nEle, nada nos separará de Jesus. Em Jesus, Deus não esquecerá jamais que somos o povo dele. Amém!
            Feliz ano novo! Essa é a saudação que edificados em Jesus podemos nos saudar uns aos outros. Pois edificados em Jesus, estamos enriquecidos e enriquecidos saibamos que o nosso novo ano, tanto eclesiástico como o de 2012, será abençoado. Amém!
Pr Edson Ronaldo Tressmann

Com futuro certo vivamos intensamente o presente

24/11/11 – Ação de Graças
Sl 67; Dt 8.1-10; Fp 4. 6-20; Lc 17.11-19
Tema: Com futuro certo vivamos intensamente o presente.
Introdução
            O que você gostaria de saber sobre o futuro?
Há uma preocupação exagerada pelo futuro. E é assim, pois muitos se esqueceram do que as aguarda verdadeiramente no futuro. E esse esquecimento se deve ao fato de estarem demasiadamente envolvidas pelo presente que as faz sentir seguras em si mesmas. Vejamos essa constatação pelas palavras de Deuteronômio 8. 1 – 10.
Desenvolvimento
Quando lemos Deuteronômio 8. 1 – 10, a primeira impressão é que ele não tem nada a nos dizer. Pois, não somos o povo de Israel e nem fomos libertados da escravidão do Egito, não fomos guiados pelo deserto durante 40 anos e ainda, não fomos alimentados com o maná e com as codornizes.
No entanto, muitas foram e continuarão sendo as situações em que Deus esteve e estará presente. Nós, não somos o povo de Israel. Vivemos a milhares de anos após esse relato. Mas, mesmo assim, este texto tem muito a nos dizer. O Deus que adoramos nesse dia é o mesmo Deus que esteve com o povo de Israel no deserto. O Deus que conduziu o povo de Israel rumo a terra prometida, é o Deus que deseja conduzir a minha vida.
O vv. 11 e o 18 dizem: “Guarda-te, que não te esqueças do Senhor teu Deus, deixando de observar os seus mandamentos, os seus preceitos e os seus estatutos, que eu hoje te ordeno; Antes te lembrarás do Senhor teu Deus, porque ele é o que te dá força para adquirires riquezas; a fim de confirmar o  seu  pacto, que jurou a teus pais, como hoje se vê” (Dt 8. 11, 18)
Dia de ação de graças é um dia reservado para que, de forma especial, demos graças a Deus. Não que os outros dias não o sejam para fazermos a mesma coisa, no entanto, há um dia especial no ano para que todos nos lembremos das muitas bênçãos dadas por Deus. Nos lembremos das boas dádivas derramadas sobre nós.
Conforme o texto bíblico, quais são essas dádivas? Uma boa terra e vertentes de água. Observemos que alem da terra, Deus concede a terra algo especial, o poder de fazer com que ela faça germinar a semente, e assim a terra lavrada não nega o alimento. Assim, devido a fertilidade dada por Deus a terra, cada família, seja no campo ou na cidade, tiram da terra o sustento.
O texto de Deuteronômio 8. 1 – 10 nos alerta para um perigo, “Para não suceder que, depois de teres comido e estares farto, depois de teres edificado boas casas e estares morando nelas, depois de se multiplicarem  as tuas manadas e os teus rebanhos, a  tua prata e o teu ouro, sim,  depois  de se multiplicar tudo quanto tens, se exalte e teu coração e te esqueças do Senhor  teu  Deus”. (Dt 8.12-14).
            Com futuro certo vivamos intensamente o presente. Com a posse da terra prometida, que segundo a Bíblia era riquíssima, muitas pessoas enriqueceram. E a riqueza, ou seja, a terra que o tornou ricos pela fertilidade que Deus havia dado a ela, sendo motivo de gratidão a Deus, levou muitos israelistas a se esquecerem de Deus, e esquecendo-se de Deus, esqueceram também da criatura de Deus, o homem a quem foram enviados para amar.
Deuteronômio 8 é uma pregação. Um sermão para um povo que assim como em mossos dias estava preso ao consumo, um povo esquecido de Deus. Por esse motivo é necessário pregar Deuteronômio 8, pois, a semelhança daquele povo, corremos o mesmo perigo. O perigo que estarmo sendo consumidos pelo consumismo egoísta. Deus nos concede bênçãos para sermos uma bênção a outros.
Gratidão e Perigo. Essas são as duas coisas importantes para pensarmos nesse dia de ação de graças. Ter muito ou pouco são situações perigosas. O perigo é esquecer-se de agradecer a Deus, no muito ou no pouco. No muito nós nos achamos auto suficientes. No pouco nos tornamos queixosos.
            As servas cantam um hino que resume uma grande verdade: “Com tudo que somos e temos ...”. Que essa verdade possa ser vivida por todos nós. Com futuro certo vivamos intensamente o presente. Afinal, tudo o que possuímos vem das misericordiosas mãos de Deus. Ninguém pode dizer que não possui nada. Todos nós possuímos algo. Como disse o próprio apóstolo Paulo: “Portanto, se temos comida e roupas, fiquemos contentes com isso” (2Tm 6.8). Talvez eu precise mudar minha oração para: “Amado Pai, ajuda-me a estar contente com aquilo que tens me dado”.
            Se dessa vida não levamos nada, Deus já nos ofereceu e oferece aquilo que é necessário: Jesus Cristo. Pois em Jesus, deixaremos essa vida para gozar da vida eterna. Tanto que o apostolo Paulo disse: “...Aprendi o segredo de me sentir contente em todo o lugar e em qualquer situação, quer esteja alimentado ou com fome, quer tenha muito ou tenha pouco. Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação” (Fp 4. 12 – 13).
Conclusão
            Você está preocupado com o futuro?
            Só há um futuro. O futuro eterno. Que em Jesus que é o necessário para nós saibamos que o amanhã é de felicidade eterna. Em Jesus tudo está muito bem.
            E o meu Deus, de acordo com as gloriosas riquezas que ele tem para oferecer por meio de Cristo Jesus, lhes dará tudo o que vocês precisam” (Fp 4.19). Com futuro certo vivamos intensamente o presente. Amém
Edson Ronaldo Tressmann

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Em Jesus eu vivo sem medo do fim

20/11/11 - Ultimo Domingo do ano da Igreja
Sl 95.1 – 7a; Ez 34.11-16,20-24 ou Is 65.17-25; 1Co 15. 20-28 ou 2Pe 3.3-13; Mt 25.31-46
Tema: Em Jesus eu vivo sem medo do fim
Um estudo de Mateus 25. 31 - 46

            Hoje se fala muito em milênio. E diante desse assunto há alguns posicionamnetos teólgicos. Há o Pré-milenarismo, Pré-milenarismo dispensacional (dispensacionalismo), Pós-milenarismo.
            Tenho certeza que já ouviram falar sobre essas correntes teológicas. Talvez não tenham tentado te explicar isso num culto, durante um estudo o que elas realmente significam. Queremos aproveitar nosso espaço para conversarmos um pouco sobre uma dessas correntes, o dispensacionalismo. E o texto base para essa conversa é o de Mateus 25. 31 – 46, leitura para esse que é o ultimo domingo no calendário da Igreja cristã.
            O dispensacionalismo entrou em cena por assim dizer em 1850. O filme: “Left behind, deixados para trás”,  é a transmissão do ensino do dispensacionalismo. O personagem que representa o anti cristo é o político. Assim se vence o anti cristo derrubando-o politicamente. Vejam que o filme, ou o dispensacionalismo anuncia que não é pregando o evangelho que se derruba o anti cristo. Outro ensino é que haverá sete anos para que haja conversão.
           A palavra dispensacionalismo foi tirada do apóstolo Paulo na sua carta aos Efésios. Segundo o ensino dispensacionalista há sete dispensações, ou seja, “um período da história em que Deus se manifesta para ver se as pessoas são obedientes”. Nessa corrente de ensino Cristo voltará secretamente, e isso se dará pelo arrebatamento, ou seja, os sete anos de tribulação e após isso virá os mil anos, e somente depois disso que Jesus voltará definitivamente.
            No texto de Mateus 25. 31 – 46  destacaremos palavras importantes para um conclusão sadia, pura e cristã.
            O capitulo 25 é particular de Mateus, não há nada comparado a esse relato em outro texto bíblico. Temos diante de nós uma seção altamente cristológica. Jesus se apresenta como filho do Homem, Rei, Senhor e Juiz, todos esses são tidos como títulos messiânicos.
Análise:
            O v. 34 – “benditos” (ARA), “abençoados” (NTLH). Do termo ευλογεω. Ainda, “entrai na posse” (ARA), ou “venham e recebam” (NTLH), do termo κληρονομεω.
Os vv. 35 – 36 nos mencionam algumas obras. Por quê? No v. 32 foi dito que todos serão separados. O termo é αφοριζωseparar de outros pelo estabelecimento de limites ou uso de critérios. O critério para o julgamento é a fé, disse Jesus: “mas quem ficar firme até o fim será salvo” (Mt 24.13 NTLH). Esse discurso escatológico é anunciado aos discípulos. Ouviram tudo o que iria acontecer e foram convidados a permanecer firmes. Aqui há separação por causa da fé, veja o que é dito em Tg 2.17, "Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta".
Em Mateus 25. 31 - 46, temos a confirmação dos condenados e dos salvos, pois o julgamento já aconteceu. Os que creram para a vida eterna, os que não creram para a morte eterna.
O novo testamento fala sobre três juízos: na Vida (João 3. 18); na Morte (Hebreus 9.27), sendo que o mesmo já aconteceu na vida. No Juízo final (Mateus 25) é a confirmação pública do julgamento acontecido já na morte.
            A frase do v 40 “τουτων των αδελφων μου των ελαχιστων” – “destes meus pequeninos irmãos” (ARA), “mais humilde dos meus irmãos” (NTLH). Os pequeninos aos quais Jesus se refere são os cristãos, os discípulos, aqueles que se permaneceriam firmes na fé apesar da desmoralização do mundo. E na fé participariam dos eventos trágicos e testemunharam a sua fé através de ações em prol da humanidade, Tg 2.17; 1Jo 3.18.
            Jesus foi um grande pregador, ensinou sobre diversos assuntos. E conforme Mateus 25 está fazendo um discurso escatológico, discurso esse que vem sendo abordado desde Mateus 24. É uma resposta a pergunta dos seus discípulos, “...Conte para nós quando é que isso vai acontcer. Que sinal haverá para mostrar que chegou o tempo de o senhor voltar e de tudo acabar?” (24.3NTLH). E assim numa tarde de terça feira, no monte das Oliveiras, três dias antes da crucificação, os discípulos escutam atentamente a apresentação de alguns sinais que irão caracterizar a segunda vinda de Jesus.
            Observações importantes:
            Quem será julgado? Todos, Rm 14.10; 2Co 5.10 e ainda Jo 3.18.
            Esses textos nos mantem sobreavisos contra uma falsa segurança carnal e nos deixa apercebidos dia após dia do nosso pecado. E assim dia após dia em arrependimento precisamos reconhecer nossa pecaminosidade e em fé ir à Jesus Cristo como nosso Redentor, e assim seremos tratados conforme diz a Palavra de Deus: “Aquele que nele crê não é condenado” (Jo 3.18; Rm 10.4) e ainda “Cristo é o fim da lei”.
            Por tudo isso querido e querida não espere os anos de tribulação, nem mesmo o arrebatamento, pois isso não acontecerá. Jesus virá para confirmar o julgamento dos que estiverem vivos e dos que já estiverem mortos. Pois o anuncio público no dia do juizo acontece já em vida e é definitivo na morte. Quem está em Cristo ressuscitará para a vida eterna. Viva sua vida na fé em Jesus, “pois todo aquele que nele crê, ainda que morra viverá”. E em Jesus saiba que você já governa o mundo com justiça, 1Co 6.2-4; Ap 3.21; Mt 19.28; Lc 22.29-30.
            Em Jesus você já é herdeiro da vida eterna. Desfrute essa vida na certeza de que nada poderá te separar do amor de Cristo, conforme Romanos 8.32 - 39. Continue a falar de Jesus Cristo, e quem ouve a pregação, continue a receber Cristo. Deus anos abençoe. Amém!
Pr Edson Ronaldo Tressmann

Você encontra propostas de tema para o texto de Mateus 25. 31 – 46 em


Preciso Falar Vol. 21, p.176, Editora Concórdia, ano 2010/2011.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O Dia do Senhor está próximo!

13/11/11 – Penultimo Domingo do ano da Igreja
Sl 90.1-12; Sf 1.7-16; 1Ts 5.1-11; Mt 25.14-30
Tema: O dia do Senhor está próximo!


            Sofonias é o último profeta antes do cativeiro babilônico do reino do sul – Judá. O nome Sofonias quer dizer “O Senhor protege, ou esconde”. Não se pode fazer confusão com os outros Sofonias do A.T. 1Cr 6.36; Jr 21.1; Zc 6.10.
Contexto econômico
Mudanças internacionais de grande importância estavam ocorrendo. O império Assírio, que havia estendido seu domínio até 800 km ao sul do rio Nilo, na África, desintegrou-se com a queda de Nínive em 612 a.C. Assim a Babilônia começava a se estabelecer como a grande potência militar e conquistou Judá com a destruição de Jerusalém em 586 a.C. Um pouco antes disso o profeta Sofonias fez as suas pregações.
É conhecido como o profeta do Dia do Senhor. Fala especificamente de juízo sobre uma nação. Os outros profetas fazem um anuncio de juízo universal. Sofonias denuncia que outros convenceram Israel, e Israel o povo de Deus, não convenceu ninguém. Suas mensagens contribuíram para o desenvolvimento do Novo Testamente com respeito ao dia do Senhor. Além disto, contém um ensinamento bastante desenvolvido acerca do remanescente fiel que seria restaurado no dia da visitação do Senhor (3.9-20). Sofonias profetizou durante os anos iniciais do reino de Josias. Josias havia repentinamente assumido ao trono de Davi com a idade de oito anos, 640aC.
Contexto geográfico
Israel, reino do norte, já havia sido conquistado pela Assíria. E a conquista efetivou no convite para que o povo de Judá voltasse a Deus. Com o reinado de Manassés e Amon, reis antes de Josias, o povo de Judá havia cometido pecados sem limites. E agora, Josias ao assumir o trono, encontrou em Judá um triste estado de degeneração moral e espiritual. No entanto, a pregação de Sofonias se deu antes das reformas do rei Josias. Com certeza sua pregação surtiu efeito.
Para quem era dirigida a mensagem?
A mensagem de Sofonias se destinava a Judá e Jerusalém, sua capital, e a todos os povos, com um paralelo do profeta Joel. O propósito desta mensagem era o de sacudir o povo de Judá para sair do estado de acomodação, exortando-o a voltar ao Senhor. O tema da profecia é: “Deus vinga o abuso de privilégios” com ênfase em: “O Dia do Senhor está próximo! mostrando a importância deste último clamor e aviso de Deus ao seu povo para que se arrependa antes que seja tarde demais.
Olhando para todo o livro
A primeira parte - 1.1 a 2.3: fala para “Olharmos para dentro”. O profeta aponta para a ira vindoura sobre Judá! O juízo que virá sobre Judá, será pelo cativeiro babilônico. As palavras do versículo após o nosso texto de meditação, o v.17: “...pecaram contra o Senhor!...” é um apelo ao arrependimento do povo.
A segunda parte - 2.4 a 3.8: fala para “Olharmos ao redor”. O profeta aponta para a Ira divina sobre as nações por causa da indiferença quanto a Deus.
A terceira parte - 3.9 a 3.20: fala para “Olharmos para além do horizonte”. O profeta indica que após a ira vem a salvação. Se houve anuncio de castigo, houve também anuncio de libertação do cativeiro. E a libertação se deve ao fato de Deus ter uma promessa para cumprir, enviar o remanescente que iria salvar a humanidade, essa promessa está registrada no v.20 do capitulo 3.
Sofonias do século XXI
            Impressionante, como nesse mês de novembro, tanto Amós como Sofonias, apontam para circunstâncias sociais, morais e espirituais daquela época e que são semelhantes as nossas.
            O versículo 7 introduz um importante tema. O profeta está em silêncio. O dia do Senhor não está longe, está próximo. É necessário preparar-se para recebê-lo. Esse é o supra sumo de sua mensagem. Os v. 8,10,12,13 descrevem os traços desse dia.
            Deus anuncia um banquete que ele pensa em oferecer. Os convidados foram escolhidos e purificados para o banquete sagrado. A expressão hebraica no v.8, “banquete” significa matança para o sacrifício. Mas, quem são os convidados e as vitimas? O profeta ainda não os identifica. O dia do banquete, ou da matança, será um momento de exigir contas com vistas a punição. Vejamos que os v. 8,10,12,13 descrevem os culpados: príncipes, os superticiosos, os sacerdotes que enriqueceram o templo a custa de exploração ou extorção, leigos que enriquecem o templo com bens injustamente adiquiridos. O profeta ataca a violência e a fraude.
            Os v. 10 e 11 apontam para um lamento do povo. Mas, um lamento não pelos seus pecados que seria o correto, mas sim, para o fim de seus negócios, o fim do comércio envolvido em injustiças.
            O v 12, Deus faz uso da Palavra. Onde entra outro grupo de culpados, aqules que não querem compreender. Esses não negam a Deus, mas negam a ação de Deus na história. Dizem que Deus não se importa com o comportamento humano, não premia e nem pune. Sl 94.7
            O v. 13 é demonstrado aos que não entendem como Deus age na realidade do dia a dia. Mq 6.1.
            O v 14 é o desenvolvimento do v.7, ou seja, do dia do Senhor
            Os v. 15 – 16. Em todo o texto a palavra “dia” aparece 14 vezes. Nesses dois versículos, aparece 7 vezes. É o desenvolvimento daquilo que conhecemos como “dies irae”. É um dia de atuação judicial, ou seja, dia de sentença condenatória. Pv 11.4; Jó 21.30. Nesse dia a ira irá se impor. A vara da ira é instrumento de execusão de sentença, Lm 3.1. Ezequiel 7.19 emprega a mesma expressão que Sofonias. Quando chegar o dia do julgamento condenatório não haverá tempo para clamar por misericórdia.
            Uma pregação de lei essa primeira parte. Uma lei que convida o povo ao arrependimento. Para que olhem para dentro. Dentro da vida, da igreja, da sociedade. Esse convite eu faço a você. Olhe para a sua vida. Como você está? Como está a sociedade na qual você vive? Como está a sua igreja?
            Eis que o dia do Senhor está próximo. Então ouça as palavras de Paulo: “Hoje é o dia de ser salvo”( 2Co 6.2). Ouça Jesus: “Quem crê já está salvo, quem, porém não crê já está condenado” (Jo 3.18). Deus anunciou o terrivel dia para chamar o povo ao arrependimento, pois seu desejo é que todos sejam salvos. Infelizmente muitos não querem ouvir, não querem prestar atenção. Deus em seu amor continua enviando profetas Sofonias que falam com ousadia e coragem sobre o dia que vem. E que nesse dia eu e você estejamos com Jesus, pois ele é o nosso advogado junto a Deus (1Jo 2.1).

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Dia do Senhor!

06/11/11 – Antepenultimo Domingo do ano da Igreja
Sl 70; Am 5.18-24; 1Ts 4. 13-18; Mt 25.1-13
Tema: Dia do Senhor!

A pessoa do Profeta
            O profeta Amós é um daqueles profetas que no mínimo nos deixa bastante curioso. Pelas palavras “entre os pastores de Tecoa” (Am1.1) e “boieiro e colhedor de sicômoros” (Am7.14; 2Rs 3.4), observa-se que essas atividades profissionais o colocavam bem perto do povo simples e, por outro, era considerado como um membro da classe média em Judá. Assim, ele tinha oportunidades de ter estado não somente em Jerusalém, mas também nos mercados de Israel em transações comerciais. Amós pode testemunhar o que se passava com o povo em termos de religião, economia e sociedade.
Contexto no tempo
            A mensagem de Amós visava levar o povo a procurar a Deus e viver. O período era do século VIII. Amós é considerado o primeiro profeta escritor, pois a mensagem não é a sua própria vida, assim como o foram outros profetas. Suas palavras são a mensagem.
Contexto Econômico
Estamos no período mais rico de Israel. A Assíria que era um poderio, agora havia perdido a sua impiedosa agresividade. Damasco não incomodava mais. Os reis Jeroboão II e Uzias reconquistaram territórios perdidos anteriormente, e agora desde Salomão, esse era o maior território pertencente ao povo de Deus. Havia muita riqueza. A terra que Deus havia concedido aos seus gozava de segurança interna e prosperidade econômica. Palacetes eram construídos, os ricos viviam em festas e luxo.
Voltando aos nossos dias
            Observando esse cenário do profeta Amós, podemos olhar para o nosso contexto atual. Somos um país rico, próspero. Muitos daqueles que anteriormente tinham que deixar sua pátria para ganhar dinheiro, agora está voltando, pois a propseridade e a riqueza chegou ao nosso país.
Voltando a Isreal no tempo de Amós
            Por trás da real situação de Israel e Judá, em que pela prosperidade e segurança, era imaginado como bênçãos sem fim de Deus, o profeta Amós percebeu e apontou para a podridão nos bastidores. Havia um enorme abismo entre ricos e pobres. Os ricos cada vez mais ricos à custa dos pobres que ficavam cada vez mais pobres. O profeta podendo estar na esfera religiosa, econômica e social, observou a injustiça social, o suborno as autoridades e a opressão.
Contexto do texto
            Parece até ironia, mas o culto florescia. Os sacerdotes tinham suas agendas lotadas de compromissos. Os festivais eram celebrados, as ofertas eram trazidas ao templo. As igrejas viviam cheias.
            O que estava acontecendo? Amós vai à raiz do problema social. A prosperidade, assim como hoje, por muitos era entendida como manifestação da aprovação divina. E Deus era adorado simplesmente como forma de garantir o seu favorecimento.
Popularmente se acreditava que o esperado “dia do Senhor” do qual fala o nosso texto traria recompensa ao seu povo fiel. Porém, a vida diária não fazia jus a esse pensamento. O rico ia ao santuário no sábado, mas roubava dos oprimidos no domingo. A vida de fé estava dissociada da vida prática. Estavam esquecidos de que um relacionamento correto com Deus implica num relacionamento correto com o próximo. O culto a Deus se estende além da bênção faraônica, vai para dentro dos dias da semana, no relacionamento pessoal, social.
            O povo corria perigo. Um perigo que não viam. O dia da ira de Deus estava chegando. Conseqüências eternas estavam em jogo. Algo precisva ser feito, e o profeta a pedido de Deus fez, falou as pessoas sobre o que de fato ocorria. A missão era mostrar desde o mais humilde ao mais poderoso que a situação era grave.
            As heresias do passado e do presente estavam finalmente enchendo o cálice da ira de Deus ao ponto de se derramar. Esta situação foi colocada no livro do profeta de muitas maneiras. Primeiro: o profeta mostra qual é o Deus que os chama ao arrependimento. Esse não aceitava suborno de sacrifícios. Segundo: o povo de Israel rejeitou inúmeras vezes as advertências concretas de Deus pela natureza e o povo não se voltou a Deus (Am 4.6-11). Finalmente, Amós caracteriza o perigo extremo que Israel se encontrava ao apontar para o “Dia do Senhor” (Am 5.18-20).
Indo ao texto
            O povo de Israel por estar vivendo dias de prosperidade econômica e o culto oficial estar florescendo, estava certo de que o dia do Senhor estava se aproximando. E segundo eles, tendo cumprido com tudo o Deus havia ordenado, principalmente em suas festas religiosas com todo o tipo de sacrifício, este dia seria o dia da vitória final de Deus sobre o restante de seus inimigos e a inauguração de um tempo de prosperidade maior. Esse pensamento coletivo levou Deus por meio do profeta anunciar: “Ai de vós que desejais o dia do Senhor! Para que desejais vós o dia do Senhor? É dia de trevas e não de luz” (Am 5.18).
            Eram palavras para um povo que estava fazendo tudo contrário daquilo que Deus verdadeiramente esperava deles. O culto foi transformado em formalismo exterior, estando separado da vida diária, havia as mais grosseiras transgressões contra a lei de Deus. O Dia do Senhor seria uma catástrofe ao povo de Israel, sem qualquer chance de escaparem da sua ira. A figura de linguagem usada para ilustrar essa triste situação eram as palavras do versículo 19 e 20: “Como se um homem fugisse de diante do leão, e se encontrasse com ele o urso; ou como se, entrando em casa, encostando a mão à parede, fosse mordido de uma cobra. Não será, pois, o Dia do Senhor trevas e não luz? Não será completa escuridão, sem nenhuma claridade?” (Am 5.19-20).
            De um dia aguardado, o Dia do Senhor, passou a ser temido. O povo foi levado ao temor para arrepender-se e voltar-se a Deus.
            Essa visão apresentada por Amós descreve a irrealidade do escape religioso. Não se podia brincar com aquele dia e nem desejá-lo, se os homens não estivessem andando na verdade.
            O que esse texto tem haver comigo hoje?
            Pensemos no ex opere operato. Essa é uma doutrina da igreja católica. No entanto, é uma prática religiosa de muitos cristãos espalhados nas muitas denominações religiosas. Vai-se ao culto para realizar uma obra. É como um mero formalismo. É viver uma vida de fé sem atitude cristã diária. Muitas vezes se julga um cristão pela quantidade de vezes que se vai à igreja, mas se esquece de anunciar que muitos o vão apenas para manter uma aparência social. Outros vão para barganhar com Deus, aqui estou e agora quero a bênção. E a vida continua uma podridão. E o próximo à quem somos enviados para amar, continua na miséria. Não se pode julgar um cristão apenas pelo exterior. Precisamos aprender a maneira correta de buscar ao Senhor e viver.
            Deus enviou e envia profetas para dizer ao povo para que evitem desilusões, principalmente no dia do Senhor. E para evitar essa desilusão, é dito: “Buscai ao Senhor e vivei...”. E como se dá essa verdadeira busca, volta? É dito pelo autor aos Hebreus: “nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo” (Hb 1.2). Sabemos porém, que em Jesus a busca é completa, assim como foi dito por Paulo: “a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação” (2Co 5.19). Se eu estou reconciliado com Deus em Jesus posso afirmar: “Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede da lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé;” (Fp 3.8-9).
            Pela fé eu aceito os méritos de Cristo. Cristo é o Filho de Deus, obediente a Deus em meu lugar. E Jesus Cristo me oferece tudo o que ele conquistou por e para mim. E Jesus me oferece tudo isso no Evangelho, na pregação da Palavra, na Santa Ceia, no seu verdadeiro corpo e sangue, dados com e sob o pão e o vinho. Esse é o verdadeiro culto. Vir para receber as bênçãos que Deus em Jesus me oferece e dá. E com essas bênçãos amar o próximo. O culto que inicia no templo é contínuo na vida diária. Nós viemos aqui para estender as mãos para Cristo, e ele em amor nos estende a sua mão e oferece a graça da qual nos tanto necessitamos. Amém!
Pr Edson Ronaldo Tressmann
cristo_para_todos@hotmail.com

Em Jesus - uma nova aliança!

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