terça-feira, 29 de outubro de 2019
segunda-feira, 28 de outubro de 2019
Quando a salvação encontra o homem! (Lc 19.10)
Vigésimo Primeiro Domingo após Pentecostes
Salmo 130; Isaías 1.10-18;
2Tessalonicenses 1.1-5; Lucas19.1-10
Texto para prédica: Lc 19.1-10
Tema: Quando a salvação encontra o homem!
(Lc 19.1-10)
Jesus está passando por Jericó. Era uma belíssima e rica
cidade próxima do rio Jordão e do mar Morto. Jericó era conhecida como a cidade
das palmeiras e havia ali muitas fontes de águas quentes. Durante o inverno, os
reis e os sacerdotes fixavam ali residência. Jericó significa “lugar de fragrância”. Jesus estava
passando por essa cidade. A cidade do lazer, do luxo, do comércio e da riqueza.
É preciso observar que essa seria a última visita de Jesus a
Jericó. Ele já estava de caminho rumo à Jerusalém onde seria crucificado. Na
verdade, seria nessa semana que ele seria morto. Sem saber, mas era a grande
oportunidade para o população de Jericó. Enquanto que uma multidão se
acotovelava para ver Jesus, só dois homens foram salvos: um rico e outro pobre
(Lc 18.35). Um à beira do caminho e o outro que havia subido numa árvore.
Desses dois homens, pode-se destacar que um era esquecido e o outro odiado. Um
mendigo e outro rico. Não importa quem você é, Jesus quer salvá-lo (Lc 19.10).
Zaqueu era publicano (Lc 19.2). Publicano era um empregado da
Receita Federal de Roma, e assim os judeus os consideravam inimigos e os
odiavam. Os publicanos não só cobravam impostos, mas também extorquia o povo,
por isso eram riquíssimos. A grande preocupação do publicano era com o lucro.
Lucas destaca que Zaqueu era o maioral dos publicanos. Mesmo
que seu nome signifique “puro”, para
as pessoas era repugnante. Assim como muitos em nossos dias, Zaqueu enriqueceu
por meios fraudulentos. Era o chefe dos publicanos na cidade de Jericó. Coordenava
o esquema de corrupção naquela cidade.
Esse homem tinha uma curiosidade enorme. Queria saber como
era Jesus (Lc 19.3). Mas, a sua estatura o impedia. Zaqueu era um daqueles
homens que sempre precisava olhar para cima para falar com alguém. E agora,
sabia que no meio da multidão não tinha chance nenhuma de ver Jesus. Era
preciso sair do meio da multidão para ter uma chance de ver o salvador.
Chama atenção o fato desse homem rico ter subido numa árvore.
Já pensou chegar alguém importante em nossa cidade e uma pessoa rica subir numa
árvore para ver essa pessoa. Com certeza será motivo de chacota. Ou mostrará
que mesmo sendo rica não tem prestígio. Zaqueu era desprestigiado e subiu na
árvore, pois tinha um objetivo: ver Jesus. Queria saber como era aquele homem
do qual tanto falavam nos últimos anos.
Merece destaque o fato de, Zaqueu queria ver Jesus e, foi Cristo
que viu Zaqueu. Jesus o convidou dizendo: “Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua
casa” (Lc 19.5). Zaqueu “desceu a toda a pressa e o recebeu com alegria”
(Lc 19.6).
Qual será
o conteúdo da conversa entre Jesus e Zaqueu? Não é possível dizer, mas, foram palavras de vida, pois
Zaqueu arrependeu-se a ponto de dizer: “Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e,
se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais”
(Lc 19.8). Zaqueu abandonou o esquema de corrupção e devolveu voluntariamente
tudo o que havia roubado. Não sabemos o que Zaqueu e Jesus conversaram, mas,
Jesus ressalta que “houve salvação naquela casa...” (Lc 19.9).
A multidão, composto por religiosos da época criticava Jesus
dizendo que era inadmissível que Jesus se hospedasse na casa daquele pecador odiado
pelo povo. Os religiosos da época não entendiam o que disse Jesus: “Porque o Filho
do homem veio buscar e salvar o perdido” (Lc 19.10).
É sempre assim, o religioso, o frequentador de igreja, àquele
que atua fielmente na congregação, sempre julga-se merecedor da atenção de
Deus. Ou você nunca se perguntou: Por que comigo?
Os líderes religiosos eram obstáculos para que as pessoas
conhecessem a Cristo assim como ele queria ser conhecido, ou seja, como àquele
que veio buscar e salvar o perdido. Essa multidão que critica Jesus é a mesma que
quis calar o cego Bartimeu que clamava por Jesus (Lc 18.39).
Quando uma pessoa está vivendo em pecado, e esse pecado é
conhecido pelas pessoas, a maior dificuldade dela é aproximar-se da igreja. Sabe por que?
Por saber que os religiosos irão murmurar (Lc 19.7).
Em muitas situações, temos sido obstáculos para que os
pecadores vejam e conheçam a Cristo, aquele que veio buscar e salvar o perdido,
entre os quais eu estou.
Querido irmão e irmã em Jesus, uma das palavras mais belas da
Bíblia são essas ditas por Cristo: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido”
(Lc 19.10). Quem
era esse perdido? O apostolo Paulo responde: “Porque noutro tempo éreis
trevas, mas agora sois luz no Senhor: andai como filhos da luz” (Ef 5.8).
Ser cristão não me torna
melhor que ninguém a ponto de me colocar numa posição de destaque. Se não fosse
a misericórdia de Deus em Cristo, eu estaria perdido como muitos, infelizmente ainda
estão. Como filho de Deus pela fé em Cristo, caminho na luz e não posso ser um
obstáculo para que outros recebam essa luz e nova vida em Cristo.
Tenho observado e preciso alertá-los para o grande risco que corremos:
nos tornar condenadores
dos que andam perdidos. Você já parou para pensar que esses podem estar sendo
sufocados pela multidão e ainda não tiveram forças para subir numa árvore? E que
o maior desejo deles é ver a Cristo?
Pessoas querem ver a Cristo. O apostolo Paulo alertou na
carta aos Romanos: “Portanto, a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem vem
por meio da pregação a respeito de Cristo”
(Rm10.17).
É preciso que a igreja proclame Cristo. E a necessidade de
proclamar a Cristo é tão urgente que poucos sabem dizer quem é Jesus? Quem é Jesus
Cristo para você?
- Para muitos, Jesus foi e é um bom exemplo a ser seguido; -
Para outros, Jesus ... Mas, o que muitos ainda
murmuram e não aceitam é que Jesus Cristo é “o Filho do Homem que veio buscar e salvar o
perdido” (Lc 19.10). Eu era um desses perdidos! Agora, sou o que
sou, ainda pecador, mas achado e encontrado em Cristo. Vivo como um encontrado
em Cristo.
Sempre que caminhava Jesus estava atento aos pecadores. Ele
viu e chamou Mateus, enquanto esse trabalhava na coletoria. Jesus viu e chamou
Natanael enquanto esse estava debaixo da figueira. Jesus viu e chamou Zaqueu em
cima de uma árvore e pede para hospedar-se em sua casa.
Jesus veio e vêm em
busca do pecador! (Lc
19.10). O próprio Jesus Cristo disse: “...Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto...” (Jo 15.16). Não fui eu que
escolhi seguir a Cristo, ele me chamou para que eu fosse agraciado em andar nos
seus caminhos. Jesus continua chamando, por isso, o apostolo Paulo escreveu: “...Hoje é o dia de ser salvo...” (2Co 6.2).
Jesus nos amou primeiro e por causa desse amor, eu o amo, o
sirvo, oferto para o seu reino. E isso não me torna melhor que ninguém, apenas revela
que era um perdido que já foi encontrado.
Jesus sabe quem é você. Conhece os seus pecados, inclusive
os ocultos. No entanto, olha para você e diz: “Porque o Filho do homem, veio buscar e
salvar o perdido” (Lc 19.10).
A passagem de Jesus por Jericó foi uma grande oportunidade e dois
homens foram salvos. Hoje, também é uma oportunidade para você. Jesus quer
salvá-lo, por isso, o vê e o chama ao arrependimento.
A expressão desce depressa mostra a urgência daquele
momento. Naquela semana Jesus seria morto e era preciso que Zaqueu reconhecesse
Jesus como salvador e visse o grande amor de Deus para com ele.
Jesus exclama: “Eis que estou à
porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua
casa, e com ele cearei, e ele comigo” (Ap 3.20). Jesus disse para Zaqueu e diz a nós:
“me convém
ficar em sua casa” (Lc 19.5). Jesus precisa fazer parte da sua vida.
A agenda de Cristo é buscar e salvar o perdido. O prazer de Deus é perdoar seus
pecados. Não importa como está a sua casa, se o que você tem lá é fruto de
roubo, se está havendo muitas brigas, se está havendo confusão, vícios, ...
Jesus quer urgentemente entrar na sua casa, fazer parte da sua vida para que “haja salvação em
sua casa”, pois, “...o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido”
(Lc 19.10).
Jericó era a cidade dos sacerdotes. E Jesus, olha para
Zaqueu, hospeda-se na sua casa e o salva. Não é a religiosidade que salva, mas
a fé somente. E a fé é um presente dado por Deus (Rm10.17; Tt 3.5).
As pessoas presente num velório dizem: - que Deus o tenha,
que Deus lhe dê um bom lugar, pois era uma pessoa tão boa. Não adianta ser bom
caráter. Bom caráter, honestidade, ... não dão a salvação. A salvação é somente
pela fé (Rm1.16-17).
Quando se é salvo - a vida é transformada. Zaqueu optou ajustar
a sua conduta, por isso, disse à Cristo: “resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma
coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais” (Lc
19.8). Com certeza a conversão de Zaqueu mudou muita coisa. Possivelmente a
coletoria de impostos deixou de ser um lugar de corrupção.
A fé me dá a salvação e transforma a minha vida! Não é o meu viver
que me dá as salvação, mas, a salvação mostra-se no meu viver (Tg 2.17).
Os dias que estamos vivendo estão sendo muito perigosos. Observe
que o outro não presta, o outro é vagabundo, o outro não merece. E assim lhes
pergunto: Quem
é você? Sim, você que já foi encontrado em Cristo? Muitas vezes,
fazemos parte da multidão que apenas murmura criticando Jesus por amor os
outros pecadores e nos esquecemos de que nós já somos esses pecadores amados
por Cristo.
É verdade que Zaqueu ganhou muita propina, adulterou muitas
notas fiscais, aceitou notas frias. Essas atitudes aumentaram a sua riqueza. No
entanto, esse homem, foi visto e salvo por Jesus. O que eu seria sem Jesus ter me encontrado?
Não espere que um perdido seja como é você que já foi encontrado em Cristo!
Jesus viu Zaqueu, o chamou pelo nome, foi à sua casa. Jesus
vê você, o chama pelo nome, e quer entrar na sua casa, afinal, o maior desejo
de Deus em Cristo é buscar e salvar o perdido. Amém!
Edson Ronaldo Tressmann
terça-feira, 22 de outubro de 2019
A melhor oferta!
Salmo 5; Gênesis 4.1-15; 2Timóteo 4.6-8,16-18; Lucas 18.9-17
Texto: Gênesis
4.1-16
Tema: A melhor
oferta!
Por que Caim matou Abel?
A resposta é dada quando se considera
o ponto central de todo o capítulo 4. Esse capítulo está centrado em duas
conversas entre Caim e o Senhor (Gn 4.6; Gn 4.9).
Caim,
sendo irmão mais velho julga Abel inferior na hierarquia familiar, social e
eclesiástica. Caim quer que a sua presença e sua oferta sejam o centro das
atenções, afinal, ele é o mais velho, já fazia suas ofertas bem antes de Abel.
E ao perceber que Deus aceitou a oferta de Abel, sentiu-se desprezado.
Como, a oferta de Abel é melhor que a
minha? É uma dedução
dizer que Deus aceitou a oferta de Abel por meio de fogo enviado do céu (Lv
9.24; 1Rs 18.38; 1Cr 28.26).
Caim não
era “do mal” e Abel “do bem”. Ambos eram pecadores e maus.
Ambos faziam parte da igreja de Deus. Ambos estavam no altar servindo a Deus.
O
problema de Caim, como nos indica Hb 11.4, é que sua oferta não era proveniente
da fé. Tanto Paulo, quanto João, destacam a fé de Abel (Hb 11.4; 1Jo 3.12). O
coração de Caim não estava em Deus, tanto que assassinou seu irmão Abel.
Faltava-lhe amor para com seu irmão.
O
texto diz que Abel trouxe das primícias (Gn 4.4), ou seja, Deus estava em
primeiro plano. Abel, pela sua ofertava confessava que Deus o havia dado o que
tinha. Nesse sentido, o autor a carta aos hebreus ressalta que “Por meio dela, também mesmo depois de morto,
ainda fala” (Hb 11.4).
Caim,
não parou para analisar diante do alerta de Deus (Gn 4.6). Ele já estava certo
de que Abel era um estorvo na sua relação com Deus. Afinal, Abel agora era parâmetro
para julgar se sua relação com Deus estava correta ou não.
Ao invés
de resolver o problema pessoal, a fé, Caim, resolveu resolver o que o
atrapalhava, seu irmão.
É a
triste realidade ainda hoje. O pastor coloca o dedo na ferida, as pessoas se
revoltam, se afastam, deixam de participar da igreja, de ofertar, ...
Ainda
há muita luta dos Caim contra os Abel.
É
necessário lembrar que Jesus estava atrapalhando a adoração dos fariseus, por
isso, todo o levante para que Jesus fosse crucificado. Mataram o filho de Deus,
para que sua suposta adoração continuasse. E sem entender os planos de Deus, a
morte de Jesus é que permitiu a eles e permite a nós a verdadeira adoração. Afinal,
o véu se rasgou de baixo para cima (Mt 27.51).
Sem a
fé é impossível agradar a Deus! Caim é o maior exemplo. Outra coisa, Caim
exemplifica que Deus não se agrada do formalismo das ofertas. Eu não oferto
para manter-me em dia com a igreja, ou ter meus direitos garantidos. Oferto por causa da fé. Assim como a fé sem obras é morta, a
fé sem oferta também é morta. A fé me leva as boas obras diante de Deus. A fé é
a certeza de que a minha oferta, não importa o valor, é aceita por Deus (Lc
21.2-4). As ofertas são um bom termômetro para nossa fé!
Há
uma pesquisa realizada pelo (IDIS – Instituto para Desenvolvimento do
Investimento Social) que indica que apenas 55% das pessoas doam para
instituições religiosas. E que a média das doações é de R$ 250,00 (duzentos e
cinquenta reais) por ano.
Talvez,
alguém logo pense: nossa, estou ofertando
por 15 por ano. Lembre-se: isso
não o torna melhor que os outros. Judas em sua carta em que visa convocar os cristãos
para batalharem pela fé salvadora, alerta para que cuidemos para não cairmos na
ganância de Caim (Jd 11). O problema de Caim era o próprio Caim. Julgou-se
superior a Abel e resolveu dar fim ao que supostamente o estava atrapalhando.
Se há
falta de doações e ofertas, a carência não é dinheiro ou as posses, mas, a fé.
E a fé vem por meio da pregação que trata a respeito de Cristo (Rm 10.17). Pedir para alguém fraco na fé
oferte é o mesmo que pedir para uma pessoa acamada correr uma maratona.
É preciso
recuperar-se, para daí correr. É preciso participar, ouvir atentamente a
Palavra de Deus e por ela ser alimentado na fé e a resposta da fé são as boas
obras, as ofertas, o voluntariado ...
Mas,
o problema é sempre o mesmo. Tem aquela
pessoa que ficou muito tempo sem vir à igreja e veio justamente hoje. A
primeira impressão dessa pessoa será: esse pastor só fala em dinheiro. Mas,
quem participa ativamente sabe que não. Fala-se de acordo com o texto do dia. Mas,
se a sua impressão é essa, lembre-se:
Deus demonstrou amor para Caim quando falo com ele e demonstra amor por você falando
contigo, mesmo que seja esse assunto.
Deus
disse: “Por que você está com raiva? Por
que anda carrancudo?” (Gn 4.5). De acordo com a palavra hebraica, Caim
estava se consumindo de cólera ou se incendiando e Deus amorosamente desejava
trazê-lo de volta. Deus sabe da situação do ser humano após a queda em pecado.
Porque você não participa mais da igreja? Alimentando a sua fé pela Palavra de
Deus, você conseguirá ver claramente como é gratificante ofertar.
Você não é obrigado a ofertar. Por ser filho de Deus pela fé, você é um privilegiado em
poder ofertar, isso mostra que é um filho de Deus.
Deus
alertou Caim e alerta os Caim dos nossos dias: “...o pecado está na porta, à sua espera. Ele quer dominá-lo, mas você
precisa vencê-lo” (Gn 4.7).
A
expressão raiva, carrancudo mostra
que Caim estava desapontado e irado, mas não envergonhado do seu ato referente
a sua motivada ação diante da oferta. O pecado é como um animal agachado que
espera uma oportunidade para atacar (Gn 4.7). Deus já estava alertando para
Caim que algo ruim já estava por acontecer e o mesmo podia ser evitado.
A
palavra de Deus, a voz de Deus, precisou despertar a consciência de Caim para
seu pecado e também para convida-lo ao arrependimento.
Diante
desse texto, temos algumas aplicações:
1 - Não seja como Caim, o fariseu no Templo, visando
tão somente julgar-se superior ao seu próximo.
2 – Abel não confiava em si mesmo, mas em
Deus, o qual pelas suas ofertas o colocou em primeiro plano.
3 – Assim como a oferta de Abel, Deus aceita
nossas ofertas por causa da fé e não por causa da oferta ou da natureza da
oferta, nem da qualidade do ofertante.
4 – Toda vez
que for avisado pela palavra de Deus, arrependa-se! Não endureça o coração como
fez Caim.
5 – Deus quer
nosso arrependimento, por isso fala conosco antes e após o pecado (Gn 4.6,9).
6 – Deus não
abandona seus filhos. Mesmo os errantes. Por isso os convida a se arrependerem
e confiarem no seu amor e misericórdia ofertados em seu filho Jesus. Amém!
Edson Ronaldo Tressmann
segunda-feira, 21 de outubro de 2019
Terríveis consequências do pecado que não impedem Deus agir para salvação!
Salmo 5; Gênesis 4.1-15; 2Timóteo 4.6-8,16-18; Lucas 18.9-17
Texto: Gênesis
4.1-16
Tema: Terríveis consequências do pecado que não impedem Deus agir para salvação!
Ao dizer “com a ajuda do Senhor” (Gn 4.1), Eva indica que em Caim, Deus já
estava cumprindo a sua promessa de salvação (Gn 3.15).
No entanto, fazendo um paralelo, digo
que enquanto Eva supunha que Caim fosse o salvador, o mesmo mostrou-se um
assassino, e matou aquele que oferecia um sacrifício agradável a Deus. Jesus,
era o sacrifício perfeito de Deus e foi morto sendo inocente, como se fosse
culpado.
Outro fato que merece destaque é que
sendo Caim seu primeiro filho e a mesma já imaginava ser o salvador, o retorno
a condição original, o quão terrível tornou-se a vida após a queda. E uma das
situações terríveis após a queda se deve ao fato de um irmão matar o outro. Por que Caim matou Abel? A resposta a esta
questão nos conduz a reflexão sobre o por que Deus não ter aceito sua oferta.
A resposta nos é dada quando
consideramos o ponto central de todo o capítulo 4. Esse capítulo está centrado
em duas conversas entre Caim e o Senhor (antes e depois do ato fratricida - Gn
4.6; Gn 4.9).
Caim,
sendo irmão mais velho julga Abel inferior na hierarquia familiar, social e
eclesiástica. Caim quer que a sua presença e sua oferta sejam o centro das
atenções, afinal, ele é o mais velho, já fazia suas ofertas bem antes de Abel.
E ao perceber que Deus aceitou a oferta de Abel, sentiu-se desprezado. Como, a oferta de Abel é melhor que a
minha? Apenas deduzimos que se sabe o como Deus aceitou a oferta de Abel
por meio de fogo enviado do céu (Lv 9.24; 1Rs 18.38; 1Cr 28.26).
Não
pense que Caim era “do mal” e Abel “do bem”. Ambos eram pecadores e assim
maus. Ambos foram o que a igreja de Deus é como a vemos nesse mundo. Ambos
estavam ali no altar servindo a Deus. Onde
era o altar? Alguns se baseiam em Gn 3.24 para dizer que possivelmente Adão
fez um altar ali, mostrando o lugar de onde saíram e viam a presença de Deus.
Adão e Eva já adoravam a Deus no paraíso.
Martinho
Lutero identificou em Caim, um crente. No entanto, mesmo tendo ofertado para
Deus, pode-se deduzir pela leitura em Hebreus 11.4, que sua oferta não foi
proveniente da fé. O apostolo João em sua carta escreveu que Abel era justo, ou
seja, vivia e agia pela fé. O coração de
Caim não estava em Deus, tanto que assassinou seu irmão Abel. Faltava-lhe amor
para com seu irmão.
O
texto diz que Abel trouxe das primícias (Gn 4.4), ou seja, Deus estava em
primeiro plano. Abel, pela sua ofertava confessava que Deus o havia dado o que
tinha. Nesse sentido, o autor a carta aos hebreus ressalta que “Por meio dela, também mesmo depois de morto,
ainda fala” (Hb 11.4).
Para
Caim, Abel tornou-se um estorvo na sua relação com Deus. Assim como era estorvo
muitos outros que foram exaltados por Jesus. O publicano (Lc 18.9-14); a viúva
pobre (Mc 12.41 - 44); os pecadores, as prostitutas (Lc 5.29-32; Mt 9.11).
Caim
enfureceu também pelo fato de que Abel, sendo um pastor de ovelhas (Gn 4.2),
exercia, até por ser mais novo, um trabalho não tão nobre. Perante os pais, e a
sociedade, Caim tinha um certo status e no mesmo estava apegado. Ofertou como
um mero ritual e não por colocar Deus acima de todas as coisas. Pode-se citar
as palavras do profeta Isaías: “O Senhor
diz: “Esse povo ora a mim com a boca e me louva com os lábios, mas o seu
coração está longe de mim. A religião que eles praticam não passa de doutrinas
e ensinamentos humanos que eles só sabem repetir de cor” (Is 29.13).
Judas
em sua carta em que visa convocar os cristãos para batalharem pela fé
salvadora, alerta para que cuidemos para não cairmos na ganância de Caim (Jd
11).
O
problema de Caim era o próprio Caim. Julgou-se superior a Abel e assim, por,
ter sua oferta rejeitada por Deus, motivou-se a dar fim daquele que o estava
atrapalhando. E assim, numa demonstração de amor para com Caim, Deus pergunta,
tentando trazê-lo de volta a si: “Por que
você está com raiva? Por que anda carrancudo?” (Gn 4.5).
A
palavra hebraica deixa implícito que Caim estava consumindo-se de cólera ou
incendiou-se. E Deus desejava trazê-lo de volta. Deus sabe como é o ser humano
após a queda, por isso diz que “...o
pecado está na porta, à sua espera. Ele quer dominá-lo, mas você precisa
vencê-lo” (Gn 4.7). O apostolo Paulo escreveu na carta aos cristãos da Ásia
Menor: “Irai vos e não pequeis; não se
ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo” (Ef 4.26-27).
Infelizmente,
momentos de ira terminam em grandes tragédias. As pessoas, ao invés de se
arrependerem, acabam colocando culpa na traição de outro alguém, ou que o mesmo
é vítima indefesa.
A
expressão raiva, carrancudo mostra
que Caim estava desapontado e irado, mas não envergonhado do seu ato referente
a sua motivada ação diante da oferta.
O
pecado é como um animal agachado que espera uma oportunidade para atacar (Gn
4.7). Deus já estava alertando para Caim que algo ruim já estava por acontecer
e o mesmo podia ser evitado.
Gn 4.8 – O homicídio já estava em seu
coração. O encontro foi só uma oportunidade para executar seu plano. Homicídio
premeditado. Daria para ter evitado (Gn 4.7). O ódio invadiu uma família, e
pode-se dizer, uma família de Deus(igreja). O ato de adoração, por ter
percebido que a verdade de Deus era superior para Abel, Caim o matou.
Ainda
nesse mundo, milhares de anos após esse ocorrido, vê-se o quão terrível é, o
ódio religioso.
Por que Caim o levou para o campo? Para não ser observado. Era um local
afastado. E ali o enterrou. Muitos dizem que aqui começou o costume do
sepultamento.
Gn 4.9 – Deus novamente se aproxima de
Caim. Assim como havia feito em Gn 3.9-13,23. Gn 4.10 - O que você fez?
(Gn 3.13; 4.10).
Mas,
a queda em pecado, além de nos conduzir a pecar, nos faz negar nosso pecado.
Mas, não há nada oculto para Deus (Mt 10.26; Mc4.22; Lc 8.17).
Já
que o pecado contaminou o mundo, e Deus sabe do seu poder destruidor, a lei do
amor é que permeia as nossas relações. A expressão amai-vos uns aos outros aparece 21 vezes no NT.
Deus
ao questionar Caim (Gn 4.10), não deseja uma resposta. Ele sabe do ocorrido. A
palavra de Deus, a voz de Deus, precisou despertar a consciência de Caim para
seu pecado e também para convida-lo ao arrependimento.
Gn 4.11 – a sentença divina. Amaldiçoado e não poderá mais cultivar a
terra. Deus fez justiça pelo seu filho Abel (Lv 19.18; Rm 12.19-21; Pv
20.22; 1Sm 24.12-13; Dt 32.35; Hb 10.30-31).
Por que não cultivaria mais a terra? Caim era agricultor. A terra não
havia sido criada para que seres humanos fossem enterrados nela devido ao
pecado. E como Caim, usou a terra onde semeava para produzir, a não produção o
faria lembrar-se de seu pecado.
Quando
vemos muitas coisas ruins acontecendo na natureza, lembramos da queda em pecado
(Gn 3.18-19).
O pecado sempre fere duas pessoas – a si mesmo e depois a outro.
Caim iria andar pela terra sempre
fugindo –
atemorizado, culpado, inquieto pelo seu delito.
Observe
que Deus puniu Caim com uma sentença perpétua e não com a pena de morte. Esse
castigo é tão ruim que Caim se expressou Gn
4.13.
Quem
está preso por algum crime é testemunha dessas palavras. Muitos prisioneiros
dizem que é como um inferno em vida.
A
septuaginta traduz como interpretação que Caim ficaria tremendo e gemendo.
Agora,
com Caim, temos um homem pagão que preferiu assassinar do que viver em paz com
Deus. Esse homem pagão se espalhava pela civilização (Gn 4.19-23).
Gn 4.15 – Deus está dizendo que Caim não será
morto subitamente, pois tem uma sentença perpétua a cumprir. E quem se
interferisse no plano de justiça de Deus seria punido sete vezes pior que Caim,
que já havia exclamado que não suportaria (Gn 4.13).
O
sinal colocado em Caim visava sua proteção bem como a punição de Deus. Deus o
puniu, pois o havia alertado (Gn 4.6).
A
humanidade começa a sofrer as consequências terríveis da queda. O diabo ao
tentar Eva disse: “Vocês não morrerão
coisa nenhuma” (Gn 3.4).
Gn 4.16 – uma das descrições mais tristes da
Bíblia.
Node
significa perambulação, vagueação, exilio,
vagabundagem.
Ao
mesmo tempo, esse versículo mostra uma verdade universal. Quem abandona a
presença do Senhor automaticamente passa a vaguear, mesmo que resida em belas
residências e tenham famílias.
Assim
como Adão, Caim afastou-se ainda mais para o Oriente (alguns pensam na Índia ou
China).
Aplicação
1 - Gn 4.7 – em toda a sua vida, procure estar na
atitude correta diante de Deus, estando numa atitude correta diante do seu
próximo.
2 - Não seja como Caim, o fariseu no
Templo, visando tão somente julgar-se superior ao seu próximo.
3 - Ser como Caim, ou seja, ter e exercer uma posição
destaque não deve colocar num pedestal. Afinal, ter essa posição nos foi dado
por graça e amor. Ninguém aqui é irmão mais velho por ter escolhido.
4 - Como Caim, somos pecadores e corremos
o perigo de deixar o ódio nos dominar e perturbar nossas relações.
5 – Abel não confiava em si mesmo, mas em
Deus, o qual pelas suas ofertas o colocou em primeiro plano.
6 – Assim como a oferta de Abel, Deus as
aceita por causa da fé e não por causa da oferta ou da natureza da oferta, nem
da qualidade do ofertante.
7 – Toda vez
que for avisado pela palavra de Deus, arrependa-se! Não endureça o coração como
fez Caim.
8 – Deus quer
nosso arrependimento, por isso fala conosco antes e após o pecado (Gn 4.6,9).
9 – Odiar
outra pessoa é o mesmo que cometer assassinato, e é o passo em direção a
efetivar o crime.
10 – Os filhos
de Deus estão em luta (1Jo 3.10-13) e dentro da mesma casa.
11 – Deus não
abandona seus filhos. Mesmo os errantes.
Edson Ronaldo Tressmann
segunda-feira, 14 de outubro de 2019
Sopro de Deus!
Salmo121; Gênesis 32.22-30; 2Timóteo 3.14-4.5; Lucas 18.18
Texto para prédica:2Tm 3.14 – 4.5
Tema: Sopro de
Deus!
Já tenho manifestado a minha
preocupação com o número de pedido de demissões de pastores na IELB, só nesse
ano de 2019, até o dia 13 de outubro, cerca de 19 pastores. Essas demissões
decorrem dos mais variados motivos e não os questiono. Outras denominações
cristãs, enfrentam a triste situação de verem algum de seus pastores terem
cometido suicídio. Numa conversa sobre esse assunto com um Bispo da ICAR, ele
comentou que muitos padres, aptos a serem declarados bispos, não estão
aceitando o cargo.
Vou repetir a mesma questão que fiz
dias atrás em outra mensagem sobre o assunto. Não sei o quanto você se preocupa com isso?
Aliás, quanto valor tem o ministério entre nós? É realmente necessário um
pastor?
Deus age por meio da sua Palavra e
Sacramentos, e para que a
fé seja alcançada às pessoas, foi instituído o ministério que ensina o
evangelho e administra os sacramentos. Dessa forma, destaco que quando o
inimigo de Cristo e da igreja, o diabo, atinge um pastor, está visando
interromper a pregação e a administração dos sacramentos para que as pessoas
não tenham fé e não sejam salvas.
O ministério é de suma importância,
por esse motivo, nessa, que é a sua última carta, o apostolo Paulo desejoso em
passar o bastão para Timóteo, escreve-lhe dando dois conselhos em especial:
1
– Continue firme nas verdades que aprendeu...;
2
– pregue a mensagem e insista em anuncia-la ...;
Qual é a verdade que Timóteo aprendeu? E qual mensagem ser
insistente em anunciar?
A verdade que Timóteo aprendeu são as
sagradas letras (2Tm 3.15). E a mensagem que deve ser anunciada insistentemente
é a Palavra de Deus, as sagradas letras.
A expressão Escritura Sagrada (2Tm3.16), é
um termo técnico para referir-se a coleção de livros. Sendo assim, a qual coleção de livros,
Paulo estava falando para Timóteo? Possivelmente ao AT. Mas, é
preciso lembrar que muitos outros livros do NT já estavam escritos e, Pedro
reconhece as cartas de Paulo como sendo Escritura Sagrada. Em sua segunda
carta, Pedro escreveu: “...Pois o nosso querido irmão Paulo,
com a sabedoria que Deus lhe deu, escreveu a vocês sobre esse assunto. E foi isso mesmo que ele disse em todas
as suas cartas quando escreveu a respeito disso. Nas cartas dele há algumas
coisas difíceis de entender, que os ignorantes e os fracos na fé explicam de
maneira errada, como fazem também com outras partes das Escrituras Sagradas. E
assim eles causam a sua própria destruição” (2Pe 3.16).
Se o ministério está atravessando
dias difíceis, é preciso ouvir atentamente os dois conselhos do apostolo Paulo,
que nos sobrevêm por essa última carta: continue firme nas verdades que
aprendeu... e pregue a mensagem e insista em
anuncia-la ...
As verdades que Timóteo aprendeu, ele
aprendeu das sagradas letras e os seus mestres foram pessoas que o ensinaram na
Palavra de Deus. Paulo aconselha a continuar firme na verdade que são as
sagradas letras (Escritura Sagrada), pois essa tem origem em Deus.
Interessante notar que o termo usado
por Paulo para referir-se a inspiração indica que Deus soprou as palavras que
estão escritas.
Em Gênesis 2.7, Moisés escreveu que “Então,
do pó da terra, o Senhor formou o
ser humano. O Senhor soprou no
nariz dele uma respiração de vida, e assim ele se tornou um ser vivo”
(Gn 2.7). Agora, o apostolo Paulo ressalta que Deus soprou a sua Palavra. Assim
como Deus soprou uma respiração de vida e o homem se tornou alma vivente, Deus
ainda hoje, através da pregação da Palavra (seu sopro), pessoas passam a viver
para Deus.
Pastores são como àqueles garotos de
escola que sopram as respostas para os colegas que não sabem a resposta, para
que esses não sejam reprovados. Pastores, sopram uma palavra que não é sua, mas
de Deus.
Haviam muitos deuses na época. Alguns
se diziam comunicar através do fígado de um animal, por oráculos dado por
pessoas especiais, psicografia, etc. Nesse aspecto, Paulo destaca para Timóteo,
continue
firme nas verdades que aprendeu ... e destaca que “...vai chegar o tempo em que as pessoas não vão dar atenção ao verdadeiro
ensinamento, mas seguirão os seus próprios desejos. E arranjarão para si mesmas
uma porção de mestres, que vão dizer a elas o que elas querem ouvir. Essas
pessoas deixarão de ouvir a verdade para dar atenção às lendas” (2Tm 4.3-4).
Deus soprou suas palavras, pois por
elas pode nos
dar a sabedoria que leva à salvação, por meio da fé em Cristo Jesus
(2Tm 3.15). Observe que o oposto dos deuses daquela época, Deus não quer nos
dar informação sobre alguma coisa, assim como os deuses da época que diziam
oferecer informação sobreo futuro. Deus, pelo seu sopro quer levar à salvação,
por meio da fé em Cristo Jesus.
A fé é o presente dado por Deus
através do seu sopro(Bíblia). O sopro de Deus, a Bíblia, diz que o justo viverá
pela fé” (Rm 1.17) e que essa fé é um presente dado por Deus (Ef 2.8), e, portanto, a fé
vem por ouvir a mensagem, e a mensagem vem por meio da pregação a respeito de
Cristo (Rm10.17).
Paulo está preso em Roma. Está
escrevendo a carta da despedida. Ouso dizer que está escrevendo seu testamento
para Timóteo, seu substituto. E nesse o aconselha a continuar firme nas
verdades que aprendeu e pregar a mensagem e ser insistente em anuncia-la.
Tanto a Bíblia (2Tm3.16), quanto o
ministério (Ap 1.20), são bênçãos de Deus para salvar a humanidade.
Pela Palavra e Sacramentos, Deus age para que a fé seja dada
às pessoas. E para que as pessoas recebam esse presente de Deus, o mesmo
instituiu o ministério que ensina o evangelho e administra os sacramentos.
Muitos problemas na igreja
contemporânea se deve ao fato de que Deus deixou de soprar, ou seja, não é a
Palavra de Deus que comunica. Jesus tornou-se curandeiro, um sábio, guia
religioso, livro de auto ajuda, e deixou de ser o salvador das pessoas.
Precisamos recordar o que escreveu Paulo: “Eu não me
envergonho do evangelho, pois ele é o poder de Deus para salvar todos os que
creem, primeiro os judeus e também os não judeus. Pois o evangelho mostra como
é que Deus nos aceita: é por meio da fé, do começo ao fim. Como dizem as Escrituras
Sagradas: “Viverá aquele que, por meio da fé, é aceito por Deus” (Rm
1.16-17).
A Palavra de Deus foi escrita (Escrituras), tornou-se
carne (Cristo) e precisa ser proclamada (Pregação).
A pregação é vital
para a igreja e o mundo! Não existe igreja sem pregação! Por
isso, pregue a palavra e seja insistente na
pregação. Não perca tempo com outras coisas e atividades. Deixe
a administração com quem recebe a incumbência da administração e se ocupe em pregar
a Palavra de Deus, pois ela dá e mantêm a fé.
Não há tarefa
mais importante na igreja do que a pregação. Quanto tempo você tem usado para pregação?
Não a pregação no púlpito. Mas, o estudo, a reflexão, a meditação. Não seja
preguiçoso! É isso que Paulo enfatiza com as palavras que mostram o ser
oportuno ou não. Esteja pronto para todas as oportunidades. Outra coisa, será que a
igreja precisa só de 15 minutos de pregação? Tem se usado mais tempo
para avisos corriqueiros do que para a pregação da palavra de Deus.
Qual é a urgência em pregar a Palavra e
tão somente a Palavra? 2Tm 4.3-4. As pessoas irão se opor. Evangelho,
Bíblia, Doutrina, nunca foram e nunca serão populares (At 7.57).
Pastores estão
cansados e desanimados. Muitos pedindo demissão e outros até cometendo
suicídio.
Caro pastor, prega
a palavra (2Tm4.2), sopre o sopro de Deus. Não se deixe levar pelo atual
momento. Não se preocupe se não for popular ou atraente como os falsos mestres.
O que precisa transparecer não é você, mas a mensagem que você prega. Uma
mensagem que não é sua, mas foi respirada por àquele que nos envia. Os pastores têm diferentes dons. No entanto, todos possuem a mesma
mensagem para ser proclamada: o sopro de Deus. Amém!
Edson Ronaldo Tressmann
segunda-feira, 7 de outubro de 2019
Parábola do Wathasap
Parábola
do wathasap
Por Edson
Ronaldo Tressmann
Certa vez uma pessoa
criou um grupo de wathasap. As mensagens enviadas e compartilhadas animavam e
informavam o grupo. Toda e qualquer pergunta era respondida com clareza e sem
distorção.
Certo dia, o
administrador do grupo descuidou e deixou o celular desbloqueado. Outra pessoa,
sem responsabilidade nenhuma pela grupo e sem medir as consequências clicou no
grupo e enviou uma mensagem falsa em nome do administrador do grupo, e também
espalhou calúnias e mentiras.
Tendo feito isso,
sabendo a confusão que isso iria gerar, fechou a caixa de diálogo e rapidamente
soltou o celular. Após algumas horas do ocorrido, quando o administrador voltou
para verificar as mensagens, ficou muito preocupado pelo fato de muitos terem
saído do grupo e os que permaneceram estarem se ofendendo mutuamente.
No entanto, ao buscar
saber o porquê desse ocorrido, viu que tudo havia se iniciado por uma suposta
mensagem enviada da sua parte.
Enviou mensagens para
àqueles que se afastaram e disse que não era ele quem havia enviado as
mensagens. O que havia acontecido era que seu celular ficou desbloqueado e
outra pessoa enviou mensagens em seu nome e causou tumulto e desentendimento. E agora, acreditar no administrador do
grupo? Ou, recusar-se a crer e sair do grupo?
Paulo na sua segunda
carta aos Coríntios (2Co 11.14) ressalta que o anjo luz pode se disfarçar e se
disfarça através dos falsos mestres (2Co 11.13). E esses, em nome de Deus anunciam
mensagens falsas e distorcidas a respeito de Deus.
E
agora, acreditar na mensagem dos mensageiros enviados da parte de Deus? Ou, não
crer e deixar a igreja? Jesus disse que “as suas ovelhas escutam a sua voz...”
(Jo 10.26).
O inimigo de Deus e da
igreja de todas as maneiras distorce a Palavra de Deus. Foi assim por ocasião
da queda em pecado (Gn 3). E desde àquele dia, o diabo não quer a luz do
evangelho brilhe sobre as pessoas (2Co 4.4). Deus, ao contrário, continua
enviando mensagens no seu grupo (igreja), para que as pessoas creiam e sejam
salvas (Rm10.17). Leia a Bíblia. Busque pastores que preguem a Bíblia e seu
principal conteúdo: salvação em Cristo!
Edson Ronaldo
Tressmann
Na periferia da história!
Décimo oitavo Domingo após Pentecostes
Salmo 111; Rute 1.1-19ª; 2Timóteo 2.1-13; Lucas 17.11-19
Texto para prédica: Rute 1.1-19
Tema: Na
periferia da história!
A história de Rute aconteceu nos dias em que julgavam os juízes.
Os dias em que julgavam os juízes era um período de constante guerras,
invasões, retaliações, violência, agitação e fome. E em meio a esses eventos,
uma família muda-se de Belém-Efrata para Moabe.
Durante os dez anos em que lá viveu, essa família enfrentou o luto pela
perda do pai Elimeleque. Não bastasse a perda do marido, Noemi teve que lidar
com o casamento dos filhos com mulheres moabitas. A lei de Deus proibia esses
casamentos (Dt 23.3; Ed 9.1-2). Quando tudo parecia estar ajeitado, as noras
Rute e Orfa ficam viúvas. Mais perdas para essa família.
Há três mulheres desamparadas, sem INSS para socorrê-las e nenhuma
segurança quanto ao futuro.
Nesses momentos é bom poder contar com alguém da família. E Noemi
recordou que em Belém vivia um parente vivo e que poderia lhe abrigar e fornecer
comida.
Noemi resolve voltar para casa. Se despede das suas noras e argumenta com
elas que o melhor para elas, é que fiquem na sua terra natal e se casem
novamente.
Orfa aceita o conselho e fica na sua terra junto aos seus familiares.
Rute, no entanto, não aceita a argumentação de Noemi e resolve partir para o
desconhecido e deixar para trás sua família, seu passado, sua história.
Em meio as guerras, a violência, a agitação em Israel, na periferia da história, Deus está
agindo para que a promessa anunciada desde a queda em pecado seja cumprida.
Não foi fácil para Elimeleque tomar a decisão de sair de Belém-Efrata (8 Km
ao sul de Jerusalém) e ir para Moabe, mas a fome o levou a tomar essa decisão. Noemi
sofreu a perda do marido. Sofreu, ao ver seus filhos se casando com moabitas,
pois a lei de Deus os proibia de fazer isso (Dt 7.3-4; 23.3). Uma lei que
visava evitar que os filhos de Deus caíssem na idolatria. Noemi sofreu em ver
seus filhos morrerem. Mas, quando Noemi resolve voltar para Belém, pois a fome
havia terminado em Israel (Rt 2.2), vive uma das mais belas histórias
registradas na Bíblia. O amor de uma nora com sua sogra.
Tragédias – onde e quando elas acontecem? Eclesiastes 9.2,11. O que Deus está
fazendo, pois parece que não se preocupa comigo nas minhas tragédias?
Noemi, uma mulher sábia e atenta, preocupa-se com àquelas duas jovens
mulheres. Noemi não queria ser um fardo para elas. Ao mostrar sua preocupação
com elas, demonstra o amor e a bondade de Deus (Rt 1.9).
Noemi testemunha o amor de Deus, um Deus desconhecido em Moabe. Entre os
moabitas havia adoração a muitos deuses. O principal era Quemos (Nm21.29). Os
moabitas eram brutais e praticavam sacrifícios horríveis aos seus deuses,
inclusive de crianças. Em oposição a essa religiosidade, possivelmente, Rute e
Orfa, aprenderam na casa de Noemi a respeito do Deus de Israel. Um Deus que age
por amor e misericórdia (Dt 6.5). E esse Deus parece ter despertado a atenção
de Rute. E, no momento de luto e despedida, ouvir Noemi lhe desejando
felicidade num novo lar, fez com que Rute, impactada pelo testemunho de Noemi, afirmasse:
“...o teu
povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus” (Rt 1.16).
Acho fantástica essa simples informação de que “Nos dias em que julgavam os juízes...”
(Rt 1.1), aconteceu uma história na vida de uma família. Uma história comparada
as nossas histórias.
Os dias dos juízes é um curto período de 150 anos após a conquista da
terra prometida. É um período entre a morte de Josué e o início do reinado de Saul.
Período de lutas intensas para manter-se nas terras recém ocupadas pelo povo de
Israel. Em cada situação difícil, Deus levantava um libertador (juiz) para os
libertar (Jz 3.9).
Enquanto que, no período de Juízes, levantava libertadores para as tribos
de Israel, Deus conduzia a história da família de Elimeleque e Noemi
providenciando o libertador de toda a humanidade. Salmon que havia casado com
Raabe gerou Boaz (Mt 1.5), e Boaz casou-se com Rute, a moabita viúva de Malom e
nora da Noemi.
Tragédias – onde e quando elas acontecem? Acontecem o tempo todo. Com pessoas
boas e ruins. Com cristãos e não cristãos. O que Deus está fazendo, pois parece que não se preocupa
comigo nas minhas tragédias? A exemplo da história da história da
família de Rute, Deus está preocupado com a sua salvação. Ele sempre conduz a
história com o objetivo de salvar.
A família de Elimeleque em Israel estava enfrentando a tragédia da fome e
decidem ir à Moabe. Em Moabe, enfrentam as tragédias que envolvem a morte dos
três homens da família. Após essas tragédias. Noemi resolve voltar à Belém e
Rute resolve ir junto a sua sogra. Rute se casa com Boaz. Quem é Boaz? É filho de Salmon com
Raabe, a prostituta que salvou os espias do povo de Deus em Jericó.
Interessante! Boaz, filho de um casamento misto, proibido pela lei de
Deus, casa-se com Rute, moabita. E, ambos os casos, tanto Raabe, quanto Rute,
fazem parte da genealogia de Jesus. Boaz e Rute geraram Obede que se tornou pai
de Davi.
“Nos
dias em que julgavam os juízes...” (Rt 1.1) nos mostra como Deus de
maneira espetacular conduz a história, mesmo que de uma simples família com o
objetivo de salvar a humanidade.
O apostolo Paulo escreveu ao pastor Timóteo, dizendo que o mesmo ore por
todos, em especial pelas autoridades, para que haja liberdade de culto, para
que “todos sejam salvos e venham a
conhecer a verdade” (1Tm 2.4). Escreve também aos Romanos de que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles
que amam a Deus e ele chamou de acordo com seu plano” (Rm 8.28).
Deus está ocupado em nos salvar! Ele continua vindo ao encontro das
pessoas, mesmo que em situações estranhas e em lugares estranhos (Lc 17.1; Rt
1.1).
Estamos cercados por guerras, violência, agitação... Nossos olhos estão
voltados para essas situações e diante delas, estamos aflitos e inquietos. Mas, enquanto tudo isso
acontece, Deus, continua ocupado em salvar seu povo. Levanta juízes,
algozes, governos, e não deixa de nos evidenciar seu amor e cuidado. E esse amor
e cuidado nos será dispensado até aquele dia em que Jesus virá para julgar os
vivos e os mortos. Por isso, querido irmão e irmã em Jesus, quero repetir o
conselho do apostolo Paulo à Timóteo: “...fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus”
(2Tm 2.1), pois, “...Se já morremos com ele, também viveremos com ele; se perseverarmos,
também com ele reinaremos; se o negarmos, ele, por sua vez, nos negará; se
somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si
mesmo” (2Tm 2.11-13). Amém!
Edson Ronaldo Tressmann
Assinar:
Postagens (Atom)
Deus continua tentando ganhar os lavradores maus (Lc 20.9-20)
Quinto Domingo na Quaresma Dia 06 de abril de 2025 Salmo 126; Isaías 43.16 – 21; Filipenses 3.8 – 14; Lucas 20.9 – 20 Texto: Lucas 20.9 –...
-
31/05/2015 Domingo da Santíssima Trindade (1º após pentecostes) Sl 29; Is 6.1-8 ; At 2.14ª,22-36; Jo 3.1-17 Tema: eis-me aqui, envia-...
-
15 de julho de 2018 8º Domingo após Pentecostes Sl 85.8-13; Am 7.7-15; Ef 1.3-14; Mc 6.14-29 Tema: A mensagem dos sicômoros “ Amó...
-
Salmo 139 Tema: “ Senhor, tu me sondas e me conheces ” (Sl 139.1). Há pelo menos 20 sondas espaciais ativas no sistema solar. Em Mart...