terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Deus muda nosso nome

04/03/12 – 2º Domingo na Quaresma
Sl 22. 23 - 31; Gn 17. 1 – 7, 15 - 16; Rm 5. 1 - 11; Mc 8. 27 - 38
Tema: Deus muda o nosso nome
Destaque: Gn 17.16. Depois de Abraão e Sara terem cometido um grave erro, duvidar da promessa e ter dado um arranjo humano aos planos de Deus. Em seu amor, Deus renova a certeza da sua promessa realizando uma mudança radical, Deus muda o nome de Abrão e Sarai. Em Jesus, Deus muda o nosso nome, mudando a nossa situação eterna.

Tema do mês: No verdadeiro Jesus, o verdadeiro perdão, a verdadeira vida.
Deus muda o nosso nome
           
            No verdadeiro Jesus, o verdadeiro perdão, a verdadeira vida. Essa é a nossa ênfase nesse mês de março na paróquia Concórdia de Querência do Norte. E de acordo com o texto de Gn 17. 1 – 7, 15 – 17, meditaremos no tema: Deus muda o nosso nome.
            Olhando para o texto de Gn 16 veremos que Sarai se apressou ao cumprimento da promessa e tentou dar uma mãozinha à Deus, fazendo com que Abrão tivesse seu descendente através da escrava Agar. Esta concebeu e deu a luz um filho, cujo nome foi Ismael. Agora sim, a promessa de Deus seria cumprida, afinal o descendente estava ali.
            Tendo relembrado esse aspecto do cap. 16 veremos um detalhe curioso ante o texto de Gn 17. Mesmo que a dúvida de Sarai e Abrão os tenha levado a antecipar-se ao cumprimento da promessa de Deus, devido a dúvida, o capitulo 17 de Gênesis,  apresenta um Deus que se aproxima do homem e da mulher, pois seu desejo profundoé fazer uma grande mudança em suas vidas.
            Tendo Deus se aproximado de Abrão e Sarai e renovado a certeza de que ele fez e cumprirá sua promessa, lhes proporciona uma mudança radical. Conforme Gn 17, a transformação é representada pela mudança de nome, Abrão, Abraão, Sarai, Sara.
            A mudança de nome significa o começo de uma nova época. É uma nova situação em que Abraão e Sara agora se encontrariam. Mesmo que a dúvida os tenha levado a agir com desconfiança, Deus em seu amor lhes proporciona uma nova situação, mudando o nome de ambos, e renovando a certeza de que cumprirá a promessa.
            No verdadeiro Jesus, o verdadeiro perdão, a verdadeira vida - Deus muda o nosso nome. 
            A verdadeira vida que Abraão e Sara passariam a viver agora era a vida da certeza. Assim, o nome Abrão significa “o pai é exaltado” foi alterado para Abraão, cujo significado é “pai de multidões”, bem como Sara que ao ter um filho se tornaria “mãe de nações”, era a reafirmação da promessa que havia feito e que a mesma seria cumprida. A mudança de nome era a certeza de que Deus em seu amor os havia concedido o verdadeiro perdão, mesmo diante do pecado da dúvida e da ação contrária a vontade de Deus.  
            A nova vida, a nova situação, seria marcada pela circuncisão, a marca da aliança de Deus com o seu povo. A marca era o reconhecimento de que os descendentes de Abraão pertenciam ao Deus verdadeiro. A marca era a apresentação  do cumprimento das promessas de Deus: descendentes de Abraão e uma terra.
            No verdadeiro Jesus, o verdadeiro perdão, a verdadeira vida - Deus muda nosso nome.
            Pelo batismo recebemos uma nova vida, pelo batismo recebemos o verdadeiro perdão, pelo batismo fomos ingressados na verdadeira família, “Pois todos vós sois filhos de Deus, mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes” (Gl 3.26-27). Pelo batismo fomos marcados e a marca que há em nós, a fé, é justamente para apresentar, amando o próximo, o Deus verdadeiro a muitos que ainda não o conhecem. Pelo batismo nosso nome foi mudado, sendo a nossa situação transformada, assim como diz Paulo aos Romanos: “Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida” (Rm 6.4). E a mudança de vida efetuada pelo batismo marca o inicio de uma nova época.
            A cada novo dia, através da Palavra de Deus, precisamos relembrar o cumprimento da promessa de Deus em Jesus. Jesus mudou a nossa vida. Em Jesus, nossa situação que era de desespero foi transformada para uma situação de alegria eterna. Amém!

Pr. Edson Ronaldo Tressmann
Querência do Norte – PR
44 – 3642 – 2796
cristo_para_todos@hotmail.com      

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Reagindo diante da provação e da tentação

26/02/12 – 1º Domingo na Quaresma
Sl 25. 1 - 10; Gn 22. 1 - 18; Tg 1. 12 - 18; Mc 1. 9 - 15
Tema: REAGINDO DIANTE DA PROVAÇÃO E DA TENTAÇÃO
         Já ouvimos as seguintes noticias:
         1 – pai rouba uma lata de leite em pó, pois estava desempregado e seu filho tinha fome....
         2 – família desesperada em meio à dor, sofrimento, recorre à suprema coorte para autorizar eutanásia....
         O do A.T., Gn 22. 1 – 18,  nos fala sobre a provação pela qual Abraão passou. No evangelho de Marcos 1. 9 – 15, vemos o resumo da Tentação de Jesus.
         Provações e tentações – podemos dizer que é assim o dia-a-dia do cristão. Por isso meditemos no tema:
REAGINDO DIANTE DA PROVAÇÃO E TENTAÇÃO
1 - Gn 22.8 – não esquecendo que Deus proverá; - Confiante na promessa.
         Certa vez uma pessoa me abordou com o seguinte comentário: “Pastor, eu até creio na Bíblia, mas essa história de Abraão ter ido matar seu filho é demais. Eu não posso acreditar”.
         Muitas pessoas duvidam desse relato. Talvez por acharem que jamais um pai mataria seu filho, mesmo que fosse um pedido de Deus. O sentimento de pai é tão profundo que não dá pra imaginar tanta serenidade no pai Abraão. No entanto, esse relato, Gn 22, bem como toda a Bíblia é verdadeiro, e ele nos transmite uma bela lição. Lição de como reagir diante da provação. Confiante na promessa.
         Abrão era descendente de Sem que era filho de Noé. Abrão vivia na região da Caldéia, uma região fértil, localizada a sul da Babilônia. Abrão foi chamado por Deus e, dEle recebeu uma promessa, “...de ti farei uma grande nação...”, no entanto, Abrão e Sara não tinham filhos, e como cumprimento da promessa, com a idade avançada, 100 anos, Deus deu ao casal um filho, chamado de filho da promessa, Isaque.
         Quando Isaque era ainda jovem, provavelmente uns 17 anos, Deus põe Abraão a prova: “...Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te a terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei” (22.2). Que provação! E daí o que fazer? Qual seria a reação? Você entregaria aquilo que tem de mais precioso a pedido de Deus? Pai, mãe, filho, esposa?
REAGINDO DIANTE DA PROVAÇÃO E TENTAÇÃO
         Abraão reagiu fazendo o que Deus queria que ele fizesse. Abraão devia estar louco, seu único filho, o filho da promessa, entregar a Deus? Mas, Abraão já havia sentido na pratica que Deus cumpria com suas promessas e confiante nesse Deus estava preparado para oferecer seu único filho como sacrifício.
         Depois de uma caminhada de 80 km, Abraão, seu filho e seus servos chegam ao monte Moriá – monte onde Deus se faz ver, aliás, onde Salomão construiu o Templo, 2Cr 3.1, e também a 300 metros de onde Jesus foi crucificado. Podemos dizer que esse relato é a sombra da cruz
         Abraão e Isaque sobem no monte para oferecer o sacrifício. Os sacrifícios no A.T. eram de 5 tipos: 1 – oferta de cereais; 2 – oferta de paz; 3 – pelo pecado; 4 – tirar a culpa; 5 – Holocausto. E o sacrifício solicitado por Deus à Abraão foi o holocausto. Nesse sacrifício, a oferta era toda queimada, sinal de que o ofertante estava sendo totalmente dedicado a Deus. 
         Subindo o monte para oferecer o sacrifício, Isaque pergunta: “Meu pai!...Eis o fogo e lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” (22.7). E aqui encontramos o ensino de Abraão em como reagir adequadamente diante da provação, ou seja, confiar na promessa. Eis a resposta: “Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto;” (22.8).
         Um pai diante da provação – a maior provação. Ele reagiu confiante na promessa, por isso foi aprovado, por isso, sua fé é exemplo para todos nós até nos dias de hoje.
         Deus proverá – essa foi a confissão de fé de um homem que estava para sacrificar seu próprio filho. Essa é uma confissão de inteira dependência de Deus. Deus Proverá é a certeza de Abraão no Deus que faz e cumpre todas as suas promessas.
REAGINDO DIANTE DA PROVAÇÃO E TENTAÇÃO
         Como nós hoje somos provados na fé? E como estamos reagindo?
É necessário voltarmos nossos olhos ao versículo tema da IELB em 2012 – “Jesus, a rocha firme”. Diante da provação saibamos que estamos fundamentados em Jesus, aquele que prometeu que “as portas do inferno não iriam prevalecer sobre a igreja”. Lembrar também: “...E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século” (Mt 28.20b). Também nos vale a certeza que Paulo nos dá, uma palavra animadora na provação: “Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação” (Fp 4.13). E claro, o próprio Abraão que é um verdadeiro exemplo a ser seguido diante da provação. Confiemos nas promessas de Deus cumpridas em Jesus, no qual estamos fundamentados.
         Nesse mês de fevereiro estamos enfocando o tema paroquial: FUNDAMENTADOS NA PREGAÇÃO. A pregação correta da palavra de Deus sempre aponta para o verdadeiro fundamento, Jesus, aquele que fez e cumpre com todas as suas promessas.
         Josué foi líder entre o povo de Israel, e sem suas pregações, fundamentadas corretamente na própria palavra de Deus, disse: “Nenhuma promessa falhou de todas as boas palavras que o Senhor falara à casa de Israel; tudo se cumpriu” (Js 21.45). A própria palavra de Deus nos transmite a certeza de que “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hb 13.8). E esse Jesus prometeu que diante das guerras, revoluções, terremotos, epidemias, fome, quando nação se levantar contra nação, quando nos odiarem, nos perseguirem, nós podemos contar com uma certeza: o cuidado de Deus, pois ... não se perderá um só fio de cabelo de vossa cabeça” (Lc 21.18), e como diz o apóstolo João em sua 1º carta: “E esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna” (1Jo 2.25), e diz o apóstolo Pedro: “Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça” (2Pe 3.13).
         Que nossa reação diante das provações do dia-a-dia seja confiante na promessa de Deus.
REAGINDO DIANTE DA PROVAÇÃO E TENTAÇÃO
2 - Sabendo que Jesus batalhou com o diabo por nós;
         Jesus aceitou a missão de Deus Pai em salvar a humanidade. Ele iria libertar a humanidade perdida dos seus pecados, do poder da morte e do diabo. Jesus venceu as tentações do diabo. Jesus foi impelido pelo Espírito Santo, ou seja, ele foi batalhar com o tentador. E Jesus venceu o tentador. Tudo o que o diabo queria era desviar Jesus da cruz, fazer com que ele desistisse de realizar a missão de Deus, ocupar nosso lugar.  Mas Jesus venceu, e em Jesus nós também podemos resistir aos ataques do diabo.
         Adão e Eva no jardim do Éden cederam ao tentador e assim se lançaram nas trevas da perdição, mas como disse Paulo aos coríntios: “...Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo” (2Co 4.6), e o apostolo Paulo ainda afirma: “nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (2Co 4.4).
         As tentações provêm do diabo, e essas são para nos devorar, tirar da fé, assim como lemos “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1Pe 5.8). Deus também permite tentações, no entanto, as tentações são para nos provar na fé, como o apóstolo Pedro anuncia: “para que, uma vez confirmado (dokimon – provação) o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” (1Pe 1.7).
         Jesus venceu o tentador em nosso lugar. Nós somos de natureza humana e não resistimos aos muitos ataques que o inimigo lança sobre nós. E fundamentado em Jesus que venceu a tentação, sabemos que dEle vem o nosso auxilio diante dos ataques do inimigo: “Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb 4.14-16) e além de Jesus ter passado pela tentação e nos auxiliar diante dos ataques do inimigo, Paulo ainda afirma: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que possais suportar” (1Co 1013).
REAGINDO DIANTE DA PROVAÇÃO E TENTAÇÃO
         Estamos expostos às tentações a cada novo dia, mas temos um Deus que nos ajuda e encoraja a permanecermos fiéis, para isso lançou e nos põe sobre o fundamento que é Jesus.
         As tentações são muitas, mas quero citar aquela que o apóstolo Paulo nos transmite na sua carta a Timóteo: “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (1Tm 6.9-10). A tentação do TER. Também há a tentação da incredulidade, como diz o autor a carta aos hebreus: “...Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração como foi na provocação, no dia da tentação no deserto, onde os vossos pais me tentaram, pondo-me a prova, e viram as minhas obras por quarenta anos” (Hb 3.8-9).
REAGINDO DIANTE DA PROVAÇÃO E TENTAÇÃO
         Confiantes na promessa do cuidado de Deus, ele sempre nos proverá de forças, ânimo para resistir ao tentador e ainda não deixará que a tentação seja maior que nós não possamos suportar.
         Quando Abraão foi sacrificar seu único filho, Deus o impediu, pois reconheceu sua fé. Mas quando o seu filho Jesus veio para ser sacrificado por nós ele o foi até o fim, e na cruz anunciou a nossa vitória: “Está consumado” e anunciou essa vitória aos capetinhas e ao diabo lá no inferno. Jesus venceu o tentador por nós e nos auxilia a vencermos as tentações diárias.
REAGINDO DIANTE DA PROVAÇÃO E TENTAÇÃO
         Confiantes na promessa e na certeza de que Jesus venceu e nos ajuda a vencer as tentações. Amém!
Rev. Edson Ronaldo Tressmann
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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Fundamentada em Jesus, a Igreja Comunica a Vida pela Pregação correta da Palavra.

22/02/12 – Quarta feira de Cinzas
Sl 51.1 - 13; Jl 2. 12 – 19; 2Co 5. 20b – 6.10; Mt 6. 1 – 6, 16 - 21
Tema: Fundamentada em Jesus, a Igreja Comunica a Vida pela Pregação correta da Palavra.


Introdução
            Com a quarta-feira de cinzas inicia-se a quaresma. A quarta-feira de cinzas é observada desde a igreja antiga. O costume é colocar cinzas sobre a cabeça das pessoas em sinal de penitência. A terça-feira que antecedia a quarta de cinzas era um dia de preparação para a penitência observada por 40 dias. Alguns aproveitam esses 40 dias para cumprirem seu ritual de penitência, através da abstinência, etc. É importante que nesse período, quaresma a igreja esteja corretamente fundamentada em Jesus para comunicar a vida através da pregação correta da Palavra de Deus.
Desenvolvimento
Tema: Fundamentada em Jesus, a Igreja Comunica a Vida pela Pregação correta da Palavra.
Apresentando o tesouro do perdão
            A igreja cristã aliada do império romano ditava as regras. E uma das regras passou a ser a obrigatoriedade do jejum e da penitência durante o período denominado de quaresma. Exigia-se a penitência, o arrependimento, mesmo sem levar em conta se as pessoas eram ou não convertidas. Diante da regra da igreja, as pessoas resolveram aproveitar ao máximo o período que antecedia esse tempo de penitência que durariam quarenta dias. Assim, o carnaval, a festa da carne, a festa onde se pode passar dos limites, foi se desenvolvendo e se tornou o que nós vemos hoje. Carnaval é uma festa inventada para se aproveitar ao máximo, pois depois, seriam quarenta dias de reclusão, de abstinência, de confinamento. Carnaval, uma festa onde as pessoas exploravam o máximo possível de todas as orgias, bebidas, etc. Só havia uma regra “Não há tempo para perder, é preciso aproveitar”.
            Nesse contexto, nessa mensagem no culto de quarta de cinzas, observemos as palavras muito importantes de Jesus: Mt 6.16-21.
            O capítulo 6 nos apresenta toda a religiosidade hipócrita do homem, onde se cumpre à lei e as tradições por aparência, para esconder onde realmente está o seu coração. A palavra: “coração” denota o centro de toda a vida física e espiritual. E tesouro ao qual Jesus se refere é o lugar onde se guarda coisas boas e preciosas. É um depósito. Então quer dizer, que precisamos colocar nosso coração dentro do porta-jóias, ou no depósito. Onde está nosso depósito? Ou onde estamos depositando nosso coração?
            Quando o diabo tentou Eva no Jardim, ele a enganou fazendo-a acreditar que podia ser igual a Deus. A mulher era a imagem e semelhança de Deus, mas cedeu à tentação e assim foi lançada nas trevas. Todos nós em decorrência desse pecado também nascemos nas trevas. Como diz Paulo aos Romanos: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.” (Rm 5.12). O diabo, o pai da mentira, está conseguindo arrastar muitos para o lugar que pertence só a ele, como disse Jesus: “...Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25.41).
            Ainda somos tentados de igual maneira. E entre tantas tentações, há a tentação de se viver de aparências, uma vida hipócrita. Muitos estão vivendo supostas vidas cristãs, vidas de aparências, uma falsa religiosidade, a esses Jesus diz: “Vocês já receberam a sua recompensa”. O termo “receberam” no grego quer transmitir a idéia de “segurar com firmeza”, como se fosse uma propriedade, um móvel, utensílio. Então os que vivem uma religiosidade aparente já estão com a “bola cheia”, já estão que não se agüentam mais, fazem de tudo aparentemente para manter seguro os elogios.
            Jesus diz para uma enorme multidão, que o exercício religioso não é uma coisa para aparecer, ou para engrandecimento pessoal. Não se pode fazer uso da religiosidade para se mostrar diferente do que verdadeiramente é. Muitos usam o jargão, “pode confiar, eu sou “evangélico””, e assim se escondem atrás de uma máscara. Jesus está falando que entre os cristãos verdadeiros, os que praticam verdadeiramente o jejum, estão os que querem aparecer e apenas se mostrar.
            O arrepender-se de muitos é só de aparência. E esse arrependimento aparente, conduzirá a muitos para o lugar que não lhes pertence.
            Há uma enorme tendência em nós – julgarmos os outros por aquilo que vemos. Esquecemos por muitas vezes o que diz o 8º mandamento: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não mentir com falsidade, trair, caluniar ou difamar o nosso próximo; mas devemos desculpá-lo, falar bem dele e interpretar tudo da melhor maneira”. Julgamentos são destrutivos, o interpretar da melhor maneira e defender nosso próximo seria a melhor atitude para cada um de nós. Aliás, quando vejo Jesus dizendo essas palavras, penso que ele está convidando a cada um ao arrependimento e a compreensão de seus próprios pecados. Pois só o pecador que reconhece seus erros pode entender outro pecador errante. Mas, infelizmente reina em muitos cristãos, a falta de misericórdia. Errou, é o fim. Julga-se. Massacra-se. Muitas vezes olhamos simplesmente para Eva e dizemos: “Puxa vida, se Eva não tivesse pisado na Bola, não estaríamos nessa situação”, mas nos esquecemos de olhar um pouco adiante e ler no mesmo texto de Paulo aos Romanos: “Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornaram justos” (Rm 5.19). E é em Jesus Cristo que nós somos convidados a depositar a nossa confiança, em Jesus precisa estar o centro da nossa vida física e espiritual, ou seja, nosso coração, estar firmes no perdão que a Igreja anuncia em Cristo.
Fundamentada em Jesus, a Igreja Comunica a Vida pela Pregação correta da Palavra.
APRESENTANDO O TESOURO DO PERDÃO
            Há somente um lugar onde podemos depositar a nossa confiança. E esse depósito está disponível a todos – Jesus, como diz Paulo aos corintios: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5.21).
            Jesus é a nossa justiça, ele nos oferece e dá o perdão. Nele somos salvos de todos os nossos pecados. Nele somos convidados a depositar nosso coração. Em Jesus nós somos chamados a depositar nossa vida física e espiritual, como o próprio Jesus diz neste mesmo sermão “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33). Se o nosso tesouro, ou seja, se nós depositamos verdadeira confiança em Jesus, naquele que pagou nossos pecados, então podemos também colocar nosso viver nas mãos de Jesus.
Fundamentada em Jesus, a Igreja Comunica a Vida pela Pregação correta da Palavra.
APRESENTANDO O TESOURO DO PERDÃO
            Esse tesouro em quem nós podemos depositar nossa confiança está disponível para todos, como disse Jesus: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido” (Lc 19.10). Entre os quais, eu me encontro, “pois nasci na iniqüidade e em pecado me concebeu a minha mãe” (Sl 51.5), entre os quais estão os carnavalescos “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” e como diz João: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16) e ainda “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8).
Fundamentada em Jesus, a Igreja Comunica a Vida pela Pregação correta da Palavra.
APRESENTANDO O TESOURO DO PERDÃO
            Somos convidados ao arrependimento verdadeiro. Principalmente os cristãos de fachada, ou seja, aqueles que vivem suas vidas de aparência, e pensam que enganam a todos, inclusive a Deus. Somos convidados ao arrependimento: àqueles que querem acumular riquezas neste mundo, e para isso, vale tudo, vale se expor num BBB, vale se corromper, vale destruir o outro, explorar o próximo, cobrar altas taxas de juros ao emprestar um dinheiro, aumentar divisas de terra, explorar madeira ilegalmente, falsificar cds, dvds, bonés, roupas, etc, e ao mesmo tempo nós que acusamos e apontamos para esses erros.
            É difícil, muitas vezes para nós cristãos, reconhecer os nossos erros, apontar um dedo para alguém é apontar 3 para nós. Se nós estamos aqui reunidos nesta noite, não é por sermos melhores que os demais, apenas já temos uma grande coisa, que nos foi dada gratuitamente, o tesouro do evangelho, sabemos em quem depositar a nossa confiança. Temos aquele que nos recompensará, ou seja, aquele que abriu mão de algo que pertencia a ele, para dar a nós, temos Jesus. E Jesus não é só para nós é para todos.
            Outro engano do diabo - Quando vemos erros, nós nos colocamos no pedestal e apontamos o dedo e criticamos, mas, espera aí, você fez ou faz por merecer o ser igreja? Não. É obra do Espírito Santo. Pelo batismo, pela Palavra, pela Santa Ceia, meios que operam e nos fazem permanecer firmes na fé. Se mesmo nós, como cristãos erramos tanto, imaginem se não estivéssemos na dependência de Deus, como, aliás, muitos não estão. Imaginem se Deus não tivesse nos tirado das trevas e nos trazido e nos feito permanecer na luz. Eis o nosso tesouro – saber que somos filhos de Deus, e que temos por herança do nosso Pai, a vida eterna e que nele podemos depositar a nossa vida. Outros precisam saber dessa noticia! Por isso: Fundamentada em Jesus, a Igreja Comunica a Vida pela Pregação correta da Palavra. APRESENTANDO O TESOURO DO PERDÃO.
            Há um grande tesouro. E nós sabemos e temos esse grande tesouro. E ele é tão imenso que somos convidados a reparti-lo, inclusive pelo nosso viver. Nós sabemos onde depositar nossa confiança. Vamos continuar realizando a missão de Deus, falando de Cristo, anunciando Cristo, inclusive e principalmente para aqueles que nós julgamos pecadores, pois pecador por pecador, não somos tão diferentes assim, apenas já sabemos que nossos pecados estão perdoados e que em Jesus somos amados.
Fundamentada em Jesus, a Igreja Comunica a Vida pela Pregação correta da Palavra.
APRESENTANDO O TESOURO DO PERDÃO
            Onde está o teu tesouro ai está o teu coração. Dizem por aí que precisamos ouvir a voz do coração. Mas creio que para sabermos se podemos ouvir nosso coração primeiro precisamos saber onde ele está e como ele está.
            O coração do cristão foi transformado pelo Espírito Santo no batismo e é transformado na Palavra, esse coração é alimentado na Palavra, no Corpo e no Sangue. A transformação é obra de Deus em nós, através dos seus meios da graça.
            E cada novo dia eu de todo o coração, de toda a alma e entendimento sou convidado ao arrependimento. Não adiante eu ter uma igreja bonita, uma liturgia bem definida, ser tradicional, ser luterano de berço, se no íntimo não tenho me arrependido verdadeiramente. A quaresma, que inicia com a quarta feira de cinzas, me faz lembrar o grande sofrimento de Cristo em meu lugar. A quaresma termina com a entrada de Jesus em Jerusalém para sofrer em nosso lugar. E na sexta feira santa encontro quem pagou pelos meus pecados na cruz. E no domingo de páscoa reencontro o motivo para me alegrar, a ressurreição de Jesus.
            Muitos não conhecem o amor de Deus, não sabem que seus pecados são perdoados quando estes verdadeiramente se arrependem. Há aqueles que não dão ouvidos a grande notícia: “é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o salvador, que é Cristo o Senhor” (Lc 1.11), muitos ainda não sabem que “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16) e ainda que “... o filho do homem veio buscar e salvar o perdido” (Lc 19.10). Por isso, hoje ainda muitos estão penitenciando seus pecados – como é dito com muita freqüência: “Acho que estou pagando pelos meus pecados”.
            Muitos daqueles que estão aí fora, buscam somente a carne e nós os criticamos por isso, mas é necessário aprendermos que eles só conhecem a carne, o pior é nós que conhecemos o amor de Jesus e muitas vezes vivemos só de aparência.
            Nós os conhecedores desse amor, precisamos mostrar esse amor, sendo compreensivos, amorosos, perdoadores, sermos e fazermos a diferença entre o carnaval, a quarta de cinzas e a quaresma. Questionemos sobre nosso coração. Um coração habitado por Deus, um coração que ouve e se alimenta na Palavra e na santa ceia: será que muitas vezes não queremos manter apenas a aparência? Eu sou a diferença entre o carnaval, a quarta de cinzas e a quaresma, pois eu recebi e recebo o perdão. Eu conheço o amor de Deus em Jesus, sou cristão, tenho a vida eterna e eu preciso ser o meio pelo qual os outros, os de fora, conheçam e também façam a diferença.
            Quarta feira de cinzas – não é apenas um dia para acordarmos com ressaca, é um dia para questionar sobre a nossa vida. Quaresma é tempo de meditação, de análise de nossas atitudes diante da obra de Deus em seu Filho Jesus por nós. Será que nosso coração não está enferrujando e estamos sendo comido pelas traças? Não somos melhores que ninguém, somos amados por Deus em Jesus, e que bom conhecermos esse amor. Outros também precisam ouvir, vamos falar de Jesus, sem nos colocar melhores do que somos. O nosso coração precisa estar naquele que pagou pelos nossos pecados, naquele que veio justamente por eu ser pecador.
Conclusão
Fundamentada em Jesus, a Igreja Comunica a Vida pela Pregação correta da Palavra.
APRESENTANDO O TESOURO DO PERDÃO
            Temos um grande tesouro onde podemos depositar nossa confiança, Jesus que veio para pagar pelos nossos pecados. Eu já fui alcançado por esse amor, já tenho posse desse tesouro, que tal Comunicarmos e repartirmos esse tesouro com outros? Deus nos abençoe. Amém!

Rev. Edson Ronaldo Tressmann
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Tirando o véu dos olhos.

19/02/12 – A Transfiguração do Senhor
Sl 50. 1 – 6; 2Rs 2. 1 – 12 ou Ex 34. 29-35; 2Co 3. 12 – 13; Mc 9. 2 - 9
Tema: Tirando o véu dos olhos

         Muitos de vocês conhecem a brincadeira “cabra cega”. Nessa brincadeira alguém tem seus olhos tapados com um pano e sai a procura dos outros que estão por perto, os quais precisam ser descobertos sendo apalpados.
         Vivemos dias em que muitos podem ser descritos como “cristãos” cabra cegas. Pessoas que estão vivendo suas vidas com olhos fechados e tentam apalpar em algo que lhes dê segurança, não conseguindo, devido seus olhos estarem cobertos por distorções e leituras equivocadas da Bíblia. O apóstolo Paulo alertou: “nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (2Co 4.4).          Assim sendo, “cristãos” cabra cegas continuam com dificuldade de entender as palavras de 2Co 3.12 – 13: “Tendo, pois, tal esperança, servimo-nos de muita ousadia no falar. E não somos como Moisés, que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação  do que se desvanecia”.
         Paulo diz que os filhos de Israel liam o texto bíblico, mas não o entendiam. Os sentidos estavam embotados, ou seja, endurecidos. Eles olhavam, mas não viam nada. Em seus olhos havia um “véu” que os tornava cegos. Quem hoje seria o “cristão” cabra cega? Conforme Paulo, as pessoas que continuam com os olhos voltados para a Antiga Aliança que Deus havia feito com Moisés. Não reconheciam que a Antiga Aliança já havia sido cumprida na pessoa de Jesus Cristo, e que Jesus Cristo consiste na Nova Aliança com o derramamento de seu sangue na cruz. Paulo deixa claro que a Nova aliança é superior a Antiga, por isso, vale a pena lembrar as lindas palavras de Paulo aos Colossenses: “Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo” (Cl 2.16-17).
         FUNDAMENTADOS PELA PREGAÇÃO é o enfoque desse mês de fevereiro em nossa paróquia aqui em Querência do Norte. A pregação irá despertar os inúmeros "cristãos" cabra cegas espalhados por ai: “Mas eles não queriam compreender e, até hoje, quando eles lêem os livros da antiga aliança, a mente deles está coberta com o mesmo véu. E esse véu só é tirado quando a pessoa se une com Cristo.” (2Co 3.14)
         Cabras cegas são aqueles que lêem a Bíblia, mas não consegue ver a mensagem óbvia, Jesus Cristo.
         O suposto “cristão” cabra cega, pode ter o pano, o véu de seu rosto removido. Mas como? Não depende da própria força ou da própria vontade, na verdade, é uma ação milagrosa de Deus, realizada pelo Batismo. Essa ação milagrosa de Deus é efetuada também através da pregação da Palavra. Como bem disse Martinho Lutero: "Cremos que por nossa própria razão ou força não podemos crer em Jesus Cristo nem vir a Ele, mas Ele nos chamou e chama pelo evangelho e  nos enche de dons" para que assim o sirvamos em seu reino com olhos livres de qualquer véu. A obra milagrosa e misericordiosa de Deus é tirar o véu de nossos olhos e nos fazer ver Jesus, nos agarrar em Jesus, pois só em Jesus há salvação. Somos salvos pela fé, e a fé nos agarra a Jesus Cristo. Por isso, o próprio Pai disse: “...Este é o meu Filho amado; a ele ouvi” (Mc 9.7). Ouvir Jesus, é dar atenção a sua palavra pregada através de seus servos aqui neste mundo. No entanto, não é simplesmente ouvir qualquer servo, mas apenas aquele que aponta para o Jesus salvador.
            “Cristãos” cabra cega continuam com dificuldade de entender as palavras de 2Co 3.12 – 13: “Tendo, pois, tal esperança, servimo-nos de muita ousadia no falar. E não somos como Moisés, que punha véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação  do que se desvanecia”.
         Tendo, pois, tal esperança...: A qual esperança Paulo se refere? Justamente a Cristo Jesus. O v. 14 é importante, pois ali é dito: “Mas os sentidos deles se embotaram. Pois ate os dias de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, em Cristo, é removido” (2Co 3.14). Tendo a verdadeira esperança que é Cristo, Paulo diz que: serve-se de muita ousadia no falar.  Por qual motivo? Como ele mesmo disse aos Romanos: “Porque o fim da lei é Cristo, para a justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4). O ponto central das Escrituras Sagradas é JESUS CRISTO. Assim FUNDAMENTADOS PELA PREGAÇÃO é ter e receber a esperança que é Jesus Cristo no anúncio da palavra de Deus.
         Em meio ao mercado religioso, muitos outros tipos de Jesus são oferecidos e até vendidos. A venda e o oferecimento desse jesus, contrário ao da Bíblia Sagrada, é patrocinado por verdadeiros cabra cegas que estão perambulando por ai, procurando algo seguro em que se agarrar, mas não conseguem por estarem cegos a verdadeira mensagem cristã, o verdadeiro JESUS CRISTO, aquele que veio para efetuar a maior de todas as obras, nos dar o perdão e a vida eterna.
         Para que o comercio de jesus, contrário ao da Bíblia, não pare, é necessário que continuem fazendo inúmeros “cristãos” cabra cegas com suas pregações distorcidas da palavra de Deus. O véu precisa permanecer nos olhos, pois, se os olhos dos cabra cegas forem abertos, o comércio, idêntico as indulgências da idade média, irá terminar.
         A Igreja Cristã tem uma enorme responsabilidade, precisa pregar com ousadia contra as muitas seitas espelhadas por ai.  É preciso que a Igreja Cristã, fundamentada em Jesus, pregue a palavra no fundamento sólido que é JESUS CRISTO, pois em Jesus estamos edificados e precisamos permanecer fundamentados.  
         Caso você, seja um dos milhares de pessoas que vive sua vida com o peso da lei, tentando cumprir requisitos para ser aceito ou ter paz com Deus, com ousadia eu te falo, deixe isso, agarre-se pela fé, recebida no Batismo e pela Pregação da Palavra, em Jesus, pois só em Jesus há salvação. Ele te oferece e te dá gratuitamente pela fé aquilo que querem que você conquiste. Amém
Pr. Edson Ronaldo Tressmann
44 – 3462 – 2796
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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Diante do, porém da nossa vida

12/02/12 – 6º Domingo após Epifania
Sl 30; 2Rs 5. 1 - 14; 1Co 10. 31. 11.1; Mc 1. 40 - 45
Tema: Diante do, porém da nossa vida.

Olhe a foto abaixo e pense sobre a mesma. O que a foto transmite a você?
DIANTE DO, PORÉM DA NOSSA VIDA.
1 – Isolados pelo mundo pecador;
            Bastante intrigante e emocionante essa história de Naamã. Como dizia um professor no seminário, hoje falecido, Deoomar Roos, parece que essa história entrou aqui de pára-quedas. Mesmo assim, não deixa de nos transmitir uma bela mensagem e um grande ensinamento.
            O v. 1 relata um elogio a Naamã, comandante do exercito da Síria. Diz o texto que Naamã era respeitado, bem conceituado, como se diz: “estava por cima da carne seca”, tanto entre as pessoas do seu país, como com o rei. Era festejado, homenageado, um verdadeiro herói, desses que a TV anuncia em filmes. Temos nesse texto o relato de Naamã, um grande homem, com muito prestigio, como diz ‘com moral”.
            Mas precisamos analisar que o texto diz que Naamã era o que era, “porque por ele o Senhor dera vitória à Síria” (v.1). Todas as suas conquistas foram realizadas por vontade de Deus, e se ele era prestigiado, honrado e respeitado devia ao Senhor. Só que nesse momento podemos ampliar nossa visão e perceber que Naamã não conhecia ainda esse Senhor que o havia feito “ser o cara”. E assim Deus se revela a ele, através de um servo, Eliseu. Mas antes do homem de Deus, Eliseu entrar em ação, uma menininha foi à porta voz do servo de Deus. A menininha, mesmo uma empregada, trazida como escrava para a casa de Naamã, não se calou, testemunhou a respeito do mensageiro das coisas de Deus.
            Naamã, usado como instrumento de Deus para repreender o povo de Israel. E entre um dos seus despojos, a menininha, ele descobre que para o seu problema, grave havia solução. E a solução está em Deus, o qual o usou para repreender o povo de Israel.
            Naamã um grande homem. Talvez ele se sentisse o dono da situação, o rei do pedaço, precisava reconhecer a Deus como Senhor da sua vida, precisava acontecer, assim como é dito no v. 15 “...Eis que, agora, reconheço que em toda a terra não há Deus, senão em Israel;...”, o verdadeiro Deus.
            Para que esse reconhecimento fosse possível foi permitido na vida de Naamã um porém. Sim, o v. 1, exalta Naamã, elogia Naamã, e em meio ao elogio um porém. Um divino porém. Pois, por meio desse, porém, na vida de Naamã, Deus se fez conhecer, Deus levou Naamã a reconhecê-lo como o Senhor da sua vida.
          Infelizmente o, porém, que existe na nossa vida ainda hoje, é motivado de isolamento. Muitos estão isolados devido ao preconceito, a correria do dia-a-dia e o egoísmo.
            Imaginemos por um instante, por que muitas vezes temos nos isolado das pessoas, vizinhos, amigos, parentes. Será que não foi “um porém” na vida dessa pessoa que ocasionou tudo isso? Como é difícil reconhecer que estou afastado do meu irmão por causa de sua fraqueza, cor, nível social. Paulo ensina: “Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns” (1Co 9.22). Os fracos, segundo muitos cristãos, é melhor isolá-los, deixá-los fora da igreja, da santa ceia e da comunhão cristã. É melhor nos isolar, pois não quero um péssimo testemunho para minha família, nem para meus vizinhos. Muitos ainda fazem assim como os escribas e fariseus que pegaram uma mulher em adultério, e queriam apedrejá-la, e naquele episódio Jesus disse: “...Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire a pedra” (Jo 8.7). Jesus de forma alguma aprova a atitude da mulher adultera, ele simplesmente faz os fariseus e escribas reconhecerem seus erros, olharem para os seus “porém”. Para que Jesus faz isso? Para que eles também se agarrassem em Cristo, o Filho de Deus, enviado ao mundo para pagar pelos pecados.
            O porém de Naamã tinha em sua vida um objetivo: reconhecer o Deus de Israel como verdadeiro Deus. Quando o apóstolo João escreve o livro de apocalipse as igrejas do mundo todo, ele o faz a mando de Deus para que todos reconheçam que Jesus está no controle de tudo, por isso em Ap 1.8 é dito; “Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso”.
            O porém gera isolamento por parte do homem. No evangelho de João vemos também que “Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?” (Jo 9.1-2). É sempre assim. Questionamos, o por quê? E nos esquecemos da resposta de Jesus: “...Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus” (Jo 9.3). Deus usou o, porém de Naamã para se apresentar como verdadeiro Deus do mundo. E usou também o, porém, do cego de nascença para manifestar as obras de Deus.
            Quando o homem caiu em pecado Deus apontou a solução, prometeu seu Filho Jesus Cristo para pagar a culpa e nos levar de volta ao Pai. Deus, por intermédio do, porém de toda a humanidade, o pecado, “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,” (Rm 3.23), manifestou seu único Filho Jesus Cristo como salvador de toda a humanidade, como diz o apóstolo João: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16), e como diz Paulo: “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade,...” (Ef 2.14-16).
            Jesus Cristo, não levou em conta nosso, porém, ou seja, nossos pecados, na verdade ele os carregou até a cruz e nos aproximou do Pai. E assim, deseja que cada um de nós ame o próximo como a si mesmo.
DIANTE DO, PORÉM DA NOSSA VIDA.
2 – Amados por Deus em Jesus;
            A história de Naamã vem nos mostrar um homem cheio de honras, elogiado, amado no país, pois é um herói. E ao mesmo tempo um homem que necessitava reconhecer que tudo o que era devia a Deus. Era preciso que ele fosse levado a reconhecer Deus em sua vida, e assim aconteceu. É também maravilhoso quando lemos à história do apóstolo Paulo. Perseguia a igreja, matava cristão, levou muita gente a cadeia, e ele mesmo caiu do cavalo, (At9) para reconhecer Jesus como o Senhor da sua vida. E o mesmo apóstolo Paulo que diz “que Jesus Cristo se esvaziou,...se humilhou,...mas Deus o exaltou,....para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra e toda a língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a gloria do Pai” (Fp 2.7-11).
            Paulo, também um grande homem, e que diante do seu, porém, disse: “Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim” (2Co 12.8). Paulo queria que Deus tirasse dele o seu, porém, ou seja, um problema que ele tinha, mas a ele foi respondido: “...A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo” (2Co 12.10).
            É isso, diante do, porém em nossa vida, somos levados a confessar, a graça de Deus me basta ou com a força que Cristo me dá eu posso. É em Jesus que nós somos amados por Deus apesar dos, porém, que existem em nossa frágil vida.
            Deus não rejeitou Naamã, nem Paulo, nem a mulher adultera, nem o cego de nascença. A todos ele mostrou seu amor, sua companhia e compaixão. O mesmo ele ainda faz hoje. Está com cada um de nós, nos mantendo como irmãos, apesar das diferenças, apesar dos, porém, “...todo o que nele crê tenha a vida eterna” (Jo 3.15), e mesmo com o nosso, porém, do pecado, “...Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8).
Conclusão
Diante do, porém da nossa vida.
1 – Isolados pelo mundo pecador;
2 – Amados por Deus em Jesus;
            Vivamos unidos uns com os outros em amor, que nossos, porém, não nos separem, mas que tornem humildes a ponto de reconheceremos que é no, porém da nossa vida, principalmente o, porém do pecado coberto pelo perdão de Deus, que vivemos na graça de Deus.  Amém!
Pr Edson Ronaldo Tressmann
44    3462 2796
cristo_para_todos@hotmail.com

Dar a vida pelos irmãos! (1Jo 3.16)

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