terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Ensinamentos de uma oração

31/12/11 – Véspera de Ano Novo
Sl 90.1-12; Is 30.15-17; Rm 8.31b-39; Lc 12.35-40
Tema: Ensinamentos de uma oração

Faze com que saibamos como são poucos os dias da nossa vida para que tenhamos um coração sábio.” (Sl 90.12)



      Mais um ano está terminando e a festa já está pronta. Ao menos é com isso que as pessoas estão ocupadas e preocupadas.









            E ao término do ano precisamos fazer uma retrospectiva. Precisamos voltar as páginas de um ano que está terminando. Um ano cheio de bons e maus momentos. Qual período foi o melhor? Para muitos, foram os bons momentos. E ao contrário disso, digo-lhes que os melhores momentos foram os ruins. Como? Com os momentos ruins, amadurecemos, crescemos e passamos a valorizar os bons momentos.
         Iniciando um novo ano, nossos pedidos são de “muito dinheiro no bolso, saúde e prosperidade”.


        Não sei dizer o que irá acontecer na caminhada  em 2012. Mas, sem medo de errar, afirmo: “com toda certeza vocês terão um ano de momentos bons e ruins”. E diante dessa constatação eu os convido a orar assim como orou Moisés: “Faze com que saibamos como são poucos os dias da nossa vida para que tenhamos um coração sábio.” (Sl 90.12)

         Nessa oração nós aprendemos:

Como são poucos os dias da nossa vida: E nesses poucos dias da nossa vida, assim como parecem ser poucos os dias de um ano que está terminando, os momentos difíceis são de extrema importância. Pois, a exemplo de tantos personagens bíblicos, que após passarem por períodos difíceis modificaram seu jeito de ser, pensar e agir.
         Vale o conselho dos idosos, os quais com propriedade podem afirmar: os meus dias passaram muito depressa, e que nos ensinam palavras sábias ao dizerem: “quando somos novos, tudo o que queremos é ganhar dinheiro, mas quando estamos velhos vemos que o mais importante é ter ficado mais com os filhos, com a esposa, etc.” Precisamos aprender a orar: Faze com que saibamos como são poucos os dias da nossa vida para que tenhamos um coração sábio.” (Sl 90.12), e tirar dessa oração o seu verdadeiro ensinamento.
         Nossa vida é tão breve como a flor que nasce pela manhã, murcha durante o dia e cai no entardecer. E nessa realidade nos cabe a pergunta: Por que vivemos? Para que vivemos?
         A vida é o dom de Deus a humanidade, o homem quando foi criado no jardim do Éden, foi criado para ser eterno. Mas o pecado entrou no mundo, e eis que com o pecado entrou o sofrimento, as dores, as discórdias, violência e a morte, como diz Paulo “O salário do pecado é a morte...” (Rm 6.23). Com isso lembramos que Deus nos fez do pó e ao pó retornaremos. E essa é a lição da oração de Moisés, “Faze com que saibamos como são poucos os dias da nossa vida para que tenhamos um coração sábio”, ou seja, nossa vida é curta, uma breve passagem, assim como é um ano que está terminando.
         Sendo Moisés o autor do salmo, logo entendemos a razão dessas palavras. Ele aprendeu com os momentos difíceis da vida. Vejamos um pouquinho da sua biografia.
         Até os 40 anos, viveu bem, se alimentava bem, vivia na melhor casa, estudou com os melhores professores da época. E nessa boa vida, Moisés aprendeu a ser arrogante e metido.
         Dos 41 aos 80 anos, Moisés foi conduzido por Deus ao deserto. De membro mais importante de uma sociedade, passou a cuidar de ovelhas para seu sogro num deserto. E essa vida o levou a humildade, uma vida sem ganância, e até mais tranqüila. E foi nesse momento que Deus o chamou para libertar o povo de Israel da escravidão do Egito. O periodo dificil foi a preparação.
         Dos 81 aos 120 anos: Moisés guiou o povo de Deus até as margens do rio Jordão.


     Um precioso ensinamento de uma oração. Como são poucos os dias da nossa vida. Assim aprendemos a contar nossos dias. Ou seja, compreendemos os maus momentos da vida numa perspectiva diferente. Dizem que “com crise se cresce”. Nos maus momentos é que aprendemos grandes lições, assim, o cristão confessa conforme as palavras de Paulo “sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus...” (Rm 8.28).

         Com a lição de contar nossos dias, precisamos meditar sobre a vida nos bons e maus momentos. Infelizmente se medita sobre a vida quando se perde um ente querido, ou quando se está a ponto de perder própria vida. Eis a chance que Deus nos dá para refletir sobre a vida, quando estamos fazendo a nossa retrospectiva.
         Em sua misericórdia e amor, Deus deseja que vivamos bem a nossa vida. E esse viver a vida envolve ser responsável pelas nossas atitudes. Deus quer que desfrutemos dos bons momentos e superemos os maus momentos com a força que ele em Jesus nos dá. Para isso vale a preciosa dica: “não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?” (Mt 6.25).
         Deus é Deus da vida, por esse motivo, Jesus nasceu para morar (tabernacular) entre nós e morreu para nos dar a vida eterna. Nossa vida, mesmo que seja curta aqui nesse mundo, ela não se resume ao aqui e agora, por isso, Moisés em sua oração anuncia: “Os dias da nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos” (Sl 90.10). E assim podemos descansar na certeza de que “...a vida eterna é um presente gratuito de Deus em Cristo Jesus para todo o homem.” E nessa vida, como pecador que somos, uma vida cheia de altos e baixos, o apóstolo João nos aconselha: “Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10).
         Que nessa nossa vida tão curta e passageira assim como será o próximo ano, saibamos aproveitar a Palavra de Deus, os momentos de estudo e reflexão:Porque o mandamento é lâmpada, e a instrução, luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida;” (Pv 6.23).
         Deus abençoe a cada um de nós a Fazer com que saibamos como são poucos os dias da nossa vida para que tenhamos um coração sábio” e que vivamos na fé a cada novo dia em 2012. Amém!

Pr Edson Ronaldo Tressmann

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O verdadeiro natal é Jesus entre nós

25/12/11 – Dia de Natal
Sl 2; Is 52.7-10; Hb 1.1-6; Jo 1. 1-14
Tema: O verdadeiro natal é Jesus entre nós.


E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.14)



Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas, ...” (Hb 1.3)

            O que há de comum nesses dois versículos?
            O texto do apóstolo João diz que vimos a sua glória. E o autor aos Hebreus diz que o Resplendor da glória é justamente o Filho, Jesus Cristo. Em comum, é que os dois versículos apontam para Jesus Cristo.
            As palavras do apóstolo João: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.14).  O que João quer transmitir com essas palavras? Principalmente, “habitou” ou como diz a ARA, “tabernaculou”?
            Para que haja compreensão dessas palavras do apóstolo João, precisamos voltar ao livro de Êxodo. Os capítulos 25 – 40 do segundo livro da Bíblia fala sobre o tabernáculo. É o típico pensamento semita, ou seja, um tema cuidadosamente desenvolvido. E por qual motivo o assunto tabernáculo recebeu tanta atenção? A partir do monte Sinai, depois da liberdade da escravidão do Egito, o povo passou a fazer sacrifícios. E esses eram realizados no tabernáculo, lugar onde Deus se encontrava com o seu povo. No tabernáculo Deus aceitava ou rejeitava o sacrifício em lugar do povo.
            Deus transmitia o perdão pelo tabernáculo, pela mediação do sacerdote as pessoas. Tabernáculo é a esquina onde Deus se encontra com o homem, é onde Deus traz bênçãos ao homem.
            Creio que agora vocês já conseguem compreender as palavras de João:

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.14)

            Jesus é a nossa esquina de encontro com Deus. Nós, por sermos pecadores não podemos chegar sozinhos a Deus. Não importa aquilo que realizamos ou deixamos de realizar. O ponto é aquilo que Deus realizou e realiza em Jesus.
            Jesus é o nosso tabernáculo. Por isso, o apostolo Paulo diz: “Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo” (Cl 2.16-17).
            E tendo Jesus como a nossa esquina de encontro com Deus, podemos afirmar assim como o autor a  carta aos Hebreus

Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas, ...” (Hb 1.3)

            Jesus é a expressão máxima de amor de Deus para com o pecador. Ele é o resplendor, ou seja, Jesus é a luz do mundo, ele é aquele que nos une a Deus o Pai.
            O apóstolo João escreve seu evangelho na cidade de Éfeso. Nessa cidade, moravam seguidores de João Batista. E é justamente contra esses que João escreve. O apóstolo João fala sobre Jesus, aponta para Jesus que é a nossa esquina de encontro com Deus.
            E qual é a importância das palavras de João para nós cristãos do ano de 2011? Pois, estamos diante de mais um perigo. O nome desse perigo é: “Ministério Crescendo em Graça”. Trata-se de uma comunidade criada pelo porto-riquenho José Luis de Jésus Miranda, que prega falsas doutrinas e tem como número 666 como algo positivo e em muito dos casos tatuando isto no corpo de seus fiéis, conforme o programa a LIGA, apresentado na Rede Bandeirantes as terças feiras, esse assunto foi ao ar no dia 22 de novembro.
            Em alguns momentos com uma celebração muito semelhante a de uma igreja evangélica, a tal seita recusa todos os escritos que não sejam os de Paulo, porque segundo eles, são os únicos que contêm a verdadeira mensagem do Evangelho. Também proclamam que a existência de Satanás é um mito e não aceitam o sacramento do batismo e da Santa Ceia. Seu líder que se intitula Jesus Cristo Homem tem ódio dos católicos. Com unidades na Bahia, Ceará,Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo e Sergipe o grupo pretende ampliar atuação no restante do país. Um perigo a todos que crêem no evangelho puro e verdadeiro.
            Ouçamos mais uma vez as Palavras do apóstolo João:

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.14)

            Essas palavras precisam ser divulgadas para todas as pessoas. Pois, a mensagem do Cristo, filho de Deus que é a nossa esquina de encontro, que é o sacrifício perfeito que Deus realizou por e para nós está sendo ameaçado com mais essa falsa doutrina.
Que nesse natal, até possamos passar sem comida, sem presentes, sem papai Noel, mas não que não passemos sem Jesus Cristo, assim como milhares estão passando. Pois, sem os bens materiais, natal continua sendo natal, mas sem Jesus Cristo, não há natal. Sem Jesus não há o verdadeiro sacrifício que nos traz bênçãos eternas. E essas bênçãos continuam sendo oferecidas através da pregação da Palavra e administração dos sacramentos, batismo e Santa Ceia. Jesus ainda está entre nós, esse é o verdadeiro natal. Amém!
Pr. Edson Ronaldo Tressmann

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

a mensagem que conduz a purificação

s18/12/11 – 4º Domingo no Advento
Sl 89.1 – 5; 2Sm 7.1-11,16; Rm 16.25-27; Lc 1.26-38
Tema: A mensagem que conduz a purificação
            Purificação da alma. Um assunto religioso. Milhares de pessoas buscam purificar-se. E diante disso, eu pergunto: qual é o motivo para uma purificação?
            Todas as religiões, cristã, budista, hinduísta, etc, possuem uma porção de lei. Alguns pagãos, através desse conhecimento da lei, chegaram a ponto de perceber a necessidade de uma purificação interior da alma, uma purificação dos pensamentos e desejos humanos. Agora, é importante destacar, diante dessa constatação que a única religião onde se encontra o verdadeiro evangelho é na cristã. Por isso, confessamos a fé dizendo: “Creio no Espírito Santo, na santa igreja cristã, ....
            Pregar a lei é falar com a boca aquilo que nos acusa todos os dias. Anunciar a lei é importante, mas ela simplesmente nos conduz a necessidade do evangelho: “Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério guardado em silêncio nos tempos eternos, e que, agora, se tornou manifesto e foi dado a conhecer por meio das Escrituras proféticas, segundo mandamento do Deus eterno, para a obediência por fé ....” (Rm 16. 25 – 26).
            Atualmente se fala muito em experiência de fé, mas pouco tem se valorizado e dado importância a melhor compreensão da doutrina de Cristo. É importante o estudo das Escrituras Sagradas. E esse estudo não é apenas uma simples leitura, mas é de fato, olhar com profundidade para as suas palavras e seu ensino. Por isso, é importante ministros fiéis, que se dediquem ao estudo das Escrituras e se afadiguem no instruir na e pela Escritura Sagrada. A simplicidade de um teólogo, não está na suas palavras simples, mas verdadeiramente, no transmitir preciosos e profundos ensinamentos de uma maneira compreensível.
            Não se deixem enganar pelas muitas purificações apontadas como caminho de salvação. Deus te deixou dois caminhos o da lei e do evangelho. Mas, eu não consigo cumprir a lei? Justamente, a lei te conduz a real necessidade de Jesus, o evangelho, o qual te agarra em Jesus Cristo e assim te consola na certeza do perdão.
            Temos em nosso meio dois tipos de cristãos. Aqueles que ficam admirados, e aqueles que vão além da admiração. Os que ficam admirados, são aqueles que se deixam levar por um simples show, um ilusionismo, onde supostamente aconteceu um milagre. São os cristãos que ficam alegres e admirados com belas palavras. Há também os cristãos que além da admiração e alegria que fazem parte, vão à busca de respostas. E para obter essas respostas fazem perguntas para crescimento espiritual. São iguais aos discípulos que ao ouvirem a parábola do semeador, interrogam Jesus para obterem uma explicação correta. Vale lembrar as palavras da Apologia: “Homens de sã consciência clamam pela verdade e pelo ensino correto da Palavra de Deus e, para os mesmos, a morte não é tão amarga como lhes é amargo duvidar de certas doutrinas; por isso, procuram ardentemente onde poderão encontrar esclarecimento”.
            Uma pena que, devido à instrução, muitos correm para os centros de purificação. E supostamente, conseguindo aliviar sua consciência com algumas seções, Cristo acaba sendo deixado de lado. O evangelho não lhes tem mais valor. Afinal de contas, sem Jesus, conseguiu-se encontrar aquilo que tanto procurava, se sentir melhor.
            A lei de Deus apresenta para mim que eu por mim mesmo, nunca conseguirei me sentir bem. Pois, sem Jesus, eu continuo inimigo de Deus. E sendo inimigo de Deus, eu não tenho paz com Deus. E sem paz com Deus, a minha paz com o meu próximo não passa de um bom dia, boa tarde e boa noite.
            A lei não me traz conforto. Alei me conduz a Jesus Cristo. Mas sendo que todas as religiões tem lei, pois a mesma está escrita no coração humano, pessoas procuram purificar a suas almas com seções de meditação, ou até mesmo com supostas práticas condenáveis pela própria lei de Deus.
            A lei me conduz a real necessidade, Rm 7.7-9. Enquanto uma pessoa não pensa na lei, o pecado entra e sai de seu coração e não se encontra consciente de seu pecado. Uma pessoa que está no mundo, não entende esse assunto, até conclui que não cometeu nenhum pecado, afina, não matei, não roubei, não cometi adultério, e sem se dar conta, nem imagina que o seu hospede diário é o pecado. A lei é usada por Deus para me levar ao desespero  e a real necessidade de um salvador. No entanto, a própria lei é usada pelo nosso inimigo, o diabo, para enganar as pessoas, levando-as aos mais variados lugares de suposta purificação para a alma.
            O texto diz: “obediência por fé” – o evangelho exige fé. Mas, isso não é pregação de lei? Ao exigir fé, Deus nos oferece e dá a fé na própria exigência. Quando na pregação anunciamos para que creiam no Senhor Jesus, Deus lhes dá a fé através da pregação. Pregamos fé, e aquele pecador que não resiste à mensagem, obtém a fé, através do conteúdo da Palavra, a qual é pregada. E justamente esse é o mistério de Deus, Jesus Cristo, o único caminho, a única verdade e a verdadeira vida.
            Sem Jesus Cristo, posso até encontrar pequenas doses de conforto e bem estar nas muitas seções de purificação. Mas, o que é terrível e não te dizem é que sem Cristo na hora definitiva, você sem tempo e ocasião para seções de purificação, não encontrará consolo. Agora, em Jesus, mesmo que teus pecados te acusem, tua consciência apresente seus erros, nEle há perdão, vida e salvação.
            Jesus Cristo, assim como diz Paulo aos Romanos é a manifestação do eterno conselho de salvação que agiu de modo estranho e secreto por longas eras, em toda a história obscura e imperceptível de seu pequeno povo de Israel. E ainda hoje, de maneira imperceptível, Deus está agindo para salvação de seu povo. Deus age pelo batismo, Palavra e Santa Ceia.
            Enquanto milhares de pessoas estão procurando cumprir as exigências da lei, insistindo em querer purificar suas almas, pagar pelos seus pecados, o evangelho nos convida a distribuir as ricas bênçãos que recebemos e aceitamos, o amor e a misericórdia de Deus, que sem nenhuma exigência purifica a nossa alma com seu perdão. Por tudos isso, “Louvemos a Deus! Pois ele pode conservar vocês firmes na fé, de acordo com o evangelho que anuncio, isto é, a mensagem a respeito de Jesus Cristo. ...
            Deus nos abençoe! Amém!
Pr Edson Ronaldo Tressmann

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Deus muda a nossa sorte

11/12/11 – 3º Domingo no Advento
Sl 126; Is 61.1-4,8-11; 1Ts 5.16-24; Jo 1.6-8, 19-28
Tema: Deus muda a nossa sorte.
            O atual contexto religioso está causando muitas dúvidas. E a maior delas, é justamente sobre o que fazer para Deus mudar a nossa sorte. O que é preciso fazer? Qual sacrifício é necessário para que Deus mude a minha situação?
            E em breves palavras quero transmitir a vocês a certeza da Palavra de Deus: Deus muda a nossa sorte.
            As muitas situações do dia-a-dia nos mostram e apontam que Deus muda a nossa sorte. Livramento de algum acidente, restabelecimento da saúde, o necessário para o corpo e a vida, etc. Mas e os que morrem? Ah, esses também tiveram sua sorte mudada, pois ouçamos o que disse Jesus: “...Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra viverá” (Jo 11.25). A vida eterna é a nossa grande mudança de sorte. Sem Cristo não adiantaria vivermos essa vida, e em Cristo essa vida é maravilhosa, pois, não vivemos apenas para o aqui e agora, estamos a caminho à pátria celestial, como disse Paulo: “Mas nós somos cidadãos do céu e estamos esperando ansiosamente o nosso salvador, o Senhor Jesus Cristo, que virá de lá” (Fp 3.21). Assim sendo, quer vivendo aqui, mesmo que em sofrimentos e dores, ou deixando esse mundo, devido a morte, sabemos que tudo é muito bom, pois em qualquer situação, Deus mudou a nossa sorte, “pois para mim viver é Cristo, e morrer é lucro” (Fp 1.21), e “Se vivemos, é para o Senhor que vivemos; e, se morremos, também é para o Senhor que morremos. Assim, tanto se vivermos como se morremos, somos do Senhor” (Rm 14.8).
            Deus muda a nossa sorte. Essa mensagem de salvação atualmente está sendo deixada de lado. Nós que conhecemos a mudança que Deus realizou e realiza em nós, passemos a valorizar essa mudança de sorte e falar aos outros que a vida deles também passou ou pode passar por essa mudança de sorte. Dúvidas? Existirão, mas não podemos nos calar. A promessa de libertação do cativeiro babilônico também levou muitas pessoas a duvidarem de Deus, mas todos precisavam aprender que a desgraça do cativeiro não era o fim. Deus se ocupou em mudar a sorte de seu povo, anunciando e libertando-os do cativeiro, isso para que mudasse a nossa sorte, nos libertando do cativeiro do pecado, da morte e do diabo.
            Qual é o motivo de toda essa preocupação com um povo que muitas vezes virou as costas para Deus? O profeta Jeremias responde: “E, assim como mantenho essas leis, também manterei a aliança que fiz com os descendentes de Jacó e com o meu servo Davi. Escolherei um descendente de Davi para governar os descendentes de Abraão, de Isaque e de Jacó. Farei com que o meu povo prospere novamente e terei compaixão deles” (Jr 33.26).
            Deus estava atuando para cumprir com sua promessa de libertação do cativeiro babilônico, tanto que fez isso através de um decreto do rei Ciro. A libertação do povo era a nossa libertação, pois desse povo nasceria o salvador Jesus. E Jesus veio libertar a nossa alma do cativeiro. Éramos escravos da lei do pecado e do diabo. Deus atuou na história para mudar a nossa sorte.
            E esse tão sonhado dia, a libertação do cativeiro do diabo chegou, e foi um dia tão extraordinário que Marcos em seu evangelho narra assim: “Então elas saíram do túmulo, apavoradas e tremendo. E não contaram nada a ninguém porque estavam com muito medo” (Mc 16.8). E o Dr. Lucas prossegue: “Eles ficaram assustados e com muito medo e pensaram que estavam vendo um fantasma” (Lc 24.37) e ainda: “Olhem para as minhas mãos e para os meus pés e vejam que sou eu mesmo. Toquem em mim e vocês vão crer, pois um fantasma não tem carne nem ossos, como vocês estão vendo que eu tenho. ... Eles ainda não acreditavam, pois estavam muito alegres e admirados....” (Lc 24.39, 41). Houve espanto, pois os olhos estavam maravilhados com tamanho acontecimento, após todo o sofrimento, a ressurreição, a vitória.
            O nascimento, morte e a ressurreição de Jesus parecem um sonho, mas é o meio pelo qual Jesus veio para mudar a nossa sorte. Em Cristo podemos nos alegrar e também viver nossa vida na certeza de que o sonho da vida eterna é uma realidade.
            Deus muda a nossa sorte.
            O salmo 126 é a explosão de alegria de um pequeno grupo que retorna na primeira leva dos cativos da babilônia. A expressão que transmite o fato extraordinário é “...parecia que estávamos sonhando” – essa frase da a idéia de “retornar do cativeiro”. O retorno do cativeiro parecia um sonho. Pois diante do aparente abandono de Deus, os profetas sempre os animavam com a certeza do cuidado de Deus e de um retorno para a pátria, “Sim! Eu afirmo que vocês me encontrarão e que eu os levarei de volta à pátria. Eu os ajuntarei de todos os países e de todos os lugares por onde os espalhei. E levarei vocês de volta à terra de onde os tirei e levei como prisioneiros. Eu, o Senhor, estou falando” (Jr 29.14).
            Os que voltaram do cativeiro voltaram dando glórias a Deus pelos seus maravilhosos feitos. Tanto que esse salmo, o 126, é um salmo de peregrinação, ou seja, as pessoas iam cantando desde suas casas até Jerusalém. E nesse cântico relembravam tudo o que Deus havia feito com eles. Era um cântico onde se transparece um belo testemunho.
            Testemunho que nós cristãos luteranos também podemos dar. Em Jesus Deus mudou e muda a nossa sorte. Mesmo que estejamos passando por momentos difíceis na vida, lembremos e testemunhemos as palavras de Jesus: ...No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem. Eu venci o mundo” (Jo 16.33), e “Se algum de vocês tiver de sofrer, que não seja por ser assassino, ladrão, criminoso ou por se meter na vida dos outros. Mas, se alguém sofrer por ser cristão, não fique envergonhado, mas agradeça a Deus o fato de ser chamado por esse nome” (1Pe 4.15-16).
            Não são as coisas desse mundo que levam a testemunhar e confessar a Cristo como Senhor, mas sim a mudança de sorte que Deus fez e faz na minha vida, a salvação eterna. E por sermos filhos redimidos de Deus, “não as esconderemos dos nossos filhos, mas falaremos aos nossos descendentes a respeito do poder de Deus, o Senhor, dos seus feitos poderosos e das coisas maravilhosas que ele fez” (Sl 78.4), “Por que nós cremos com o coração e somos aceitos por Deus; falamos com a boca e assim somos salvos. Porque as Escrituras Sagradas dizem: quem crer nele não ficará desiludido” (Rm 10.10-11).
            Segundo o Salmo 126, Deus muda a nossa sortee assim, parece que estamos sonhando de tanta alegria, e ainda, testemunhamos e confessamos. Nossa alegria e motivação não estão nas coisas deste mundo. Aqui sofremos, aqui nos desiludimos e nos enganamos. Nossa alegria e motivação estão em Cristo, por isso, “Tenham sempre alegria, unidos com o Senhor! Repito: tenham alegria” (Fp 4.4), e nessa alegria de estarmos em Cristo, “As Escrituras Sagradas dizem: Eu cri e por isso falei. Pois assim nós, que temos a mesma fé em Deus, também falamos por que cremos” (2Co 4.13).
            Deus mudou a nossa sorte – Que sorte!
Conclusão
            Deus muda a nossa sorte
            Deus nos abençoe a podermos sempre nos lembrar a mudança de sorte realizada por nós em Cristo Jesus o nosso salvador. E tendo Deus em Jesus Cristo mudado a nossa sorte, que a alegria nos motive a testemunhar e confessar Jesus entre os homens. Amém!
Pr Edson Ronaldo Tressmann

Em Jesus - uma nova aliança!

  17 de março de 2024 Salmo 119.9-16; Jeremias 31.31-34; Hebreus 5.1-10; Marcos 10.35-45 Texto: Jeremias 31.31-34 Tema: Em Jesus -  um...