segunda-feira, 27 de junho de 2011

Promessas de Jesus

03/07/11 – 3º Domingo após Pentecostes
Sl 145. 1 - 14; Zc 9. 9 - 12; Rm 7.14 - 25; Mt 11.25 – 30
Tema: Promessas de Jesus
Introdução
            Milhões de pessoas estão pelo mundo afora procurando um meio para aliviar seus sofrimentos e suas dificuldades. Mas será que é preciso procurar desesperadamente alívio?
            No evangelho de Mateus 11.25-30, encontramos belas palavras de Jesus. No entanto, precisamos descobrir quando e para que Jesus disse essas palavras. Para isso, é preciso olhar o contexto amplo. No evangelho de Lucas nos é apresentado esse mesmo relato após a missão dos 70. Jesus dividiu seus 70 discípulos em 35 grupos, de dois em dois. Após retornarem da missão, voltaram extremamente alegres. A alegria era porque todos os demônios lhes submetiam pelo nome de Jesus. No entanto, o que  chama a  atenção é que Jesus não fica extasiado com esse relatório. Ele simplesmente responde: “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos acusará dano. Não obstante, alegrai-vos não porque os espíritos vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus” (Lc 10.19-20).
            A alegria não deveria estar em coisas que eles podiam fazer, mas só por causa da autoridade de Deus. A alegria se devia ao fato de que seus nomes constava no livro da vida. Vale ressaltar que Jesus: “...fez diante de seus discípulos muitos outros sinais que não estão escritos nesse livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.30-31).
A grande missão da igreja hoje é fazer discípulos, batizando em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, a fé é obra de Deus, pela autoridade de Deus, a a igreja ainda pela autoridade de Deus é incentivada a ensinar a guardar todas as palavras de Jesus. Pelo batismo, nos tornamos filhos de Deus, e o nosso nome é escrito no livro da vida. E esse deve ser o nosso motivo de alegria. E essa alegria é certa porque as Promessas são de Jesus.
            No contexto imediato, o evangelho de Mateus nos apresenta que cada cristão não pode abandonar sua cruz. Entendo que cruz é tudo aquilo que cada cristão sofre por causa do evangelho. Os discípulos eram como ovelhas no meio dos lobos, seriam rejeitados, humilhados, zombados, perseguidos. Mas, mesmo assim não deveriam deixar sua cruz.
            O público de Mateus, os judeus, foi dito: “Vocês que abandonam o Messias e ainda querem cumprir a lei como requisito de salvação, cuidado! Jesus diz: “Vinde a mim,...” Nesse sentido o apóstolo Paulo anuncia: “Se eu vivo querendo me salvar segundo a lei, infeliz homem que sou, quem me livra do corpo dessa morte?” (Rm 7)
            Jesus ao estender o convite “Vinde a mim” não o faz por uma questão humanitária, por uma questão social, ou por pena. Ele o faz por amor, por misericórdia. Quer estender a sua graça a todos. O convite: “Vinde a mim” não pode ser desvinculado do v. 27 “Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. Sendo assim, conclui-se que o convite de Jesus soou aqueles ouvidos da seguinte maneira: “Venham a mim, pois só em mim vocês conhecerão o Pai, eu sou o caminho que conduz ao Pai, eu sou a verdade que liberta, eu vos dou a vida eterna.
            Diante dessas palavras entendemos melhor o porque Jesus se apresenta como o Bom Pastor: “Eu sou o Bom Pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas conhecem a mim, assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas” (Jo 10.14-15).
            Jesus convida vinde a mim, pois é o único capaz de dar a vida eterna. Só nele há salvação.
Pr Edson Ronaldo Tressmann
Querência do Norte – PR
Uma missão entre assentados do MST


domingo, 19 de junho de 2011

Uma pregação que não chama a atenção

26/06/2011 – 2º Domingo após Pentecostes
Sl 119.153 – 160; Jr 28. 5 – 9; Rm 7. 1 – 13; Mt 10.34 – 42
Tema: Uma pregação que não chama a atenção

            Dia 24 de junho, a IELB, (olhe o site http://www.ielb.org.br/) completa 107 anos. E não somos uma igreja ainda tão conhecida. Quando se fala em IELB (Igreja Evangelica Luterana do Brasil) , logo se questiona: é uma nova igreja?  e por que será que ainda há essas perguntas? Talvez tenhamos muito a dizer sobre uma pregação que não chama a atenção.

            São múltiplas e árduas as tarefas e obrigações de um ministro do evangelho. Sendo que a mais difícil delas é a tarefa de proclamar a doutrina pura do evangelho de Jesus Cristo e ao mesmo tempo expor, refutar e rejeitar os ensinamentos que são contrários ao evangelho. Aliás, um antigo ditado dizia: “dizer a verdade faz inimigos”.
            Imaginaram se Atanásio tivesse calado diante dos ataques de Ário. Atanásio defendeu a fé verdadeira, e se assim não fosse, o arianismo teria influenciado ainda mais e quantos estragos ainda maiores teria feito na igreja cristã. Imaginem se Lutero tivesse seguido o conselho do seu superior João Staupitz e silenciosamente pregasse sobre Jesus Cristo aos monges, não teria acontecido tantas coisas maravilhosas ao cristianismo como aconteceu, a Bíblia ao alcance do povo, liturgia simples, libertação do serviço a Deus, etc. Se esses e tantos outros homens tivessem se calado não sabemos como seria, mas se hoje ainda há pessoas que conhecem o verdadeiro evangelho, o conhecem por causa desses e tantos outros combatentes leais da fé cristã.
            Atanásio, Lutero e tantos outros pais da igreja não queriam ter inimigos, nem serem odiados, muito menos perseguidos, mas mesmo que assim o fosse, não podiam calar sobre a verdade. É melhor o ódio, a perseguição e os inimigos, mas nunca deixar de confessar a verdade e destruir o erro. Eles entediam as palavras de Jesus: “Vós sois a luz do mundo, vós sois o sal da terra”. Ser sal é fazer arder a ferida do erro. Ser luz e elucidar coisas obscuras aos olhos dos simples. E fazer arder a ferida do erro e dar luz ao entendimento de muitos é fazer cumprir as palavras de Jesus: “não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada” (Mt 10.34).  
            Jesus deixa claro que sua doutrina, seu ensino é de natureza tal que se proclamada apropriadamente, corretamente, não há como preservar a paz. Aliás, qual é o único assunto que não termina sem discussão? Religião. Não há unidade de pensamento doutrinário, pois cada qual julga a sua como correta. Mas, onde há pregação da palavra de Deus corretamente?


            Diante da pregação do evangelho sempre haverá dois grupos: os que receberão a noticia do evangelho com alegria e aqueles que ficarão ofendidos e começarão a agir com ódio e perseguir os que a pregam. A igreja não é construída em paz. A igreja está em guerra. A Igreja é militante antes de ser triunfante.
            Vou abrir uma igreja – pode-se até abrir. Mas peço para que olhem com carinho e amor para com cada igreja. Não observem apenas a Bíblia aberta, observem o fato da pregação. A pregação é clara? Esta de acordo com a Palavra de Cristo? Está causando divisão?
            Ser ministro do evangelho envolve lutar contra falsas doutrinas, contra falso evangelho e contra falsas crenças. E essa luta só pode ser vitoriosa por meio da Palavra de Deus, pois ela é útil para ensinar a verdade e corrigir o erro.
            Houve e haverá profetas como Hananias que profetizarão paz e tranqüilidade em dias em que serão necessários arrependimento. Haverá os que profetizarão prosperidade, saúde, vida tranqüila, sem anunciar a necessidade do arrependimento. Mas diante dos Hananias, na certeza de que a missão de Deus permanece, haverá também os profetas Jeremias, os desprezados, aqueles que anunciam a palavra de Deus retamente. A palavra de Deus que também é anunciada como lei, o é, justamente para que todos olhem para seus pecados e vejam a necessidade do salvador que é Jesus, o filho enviado de Deus. E justamente a mensagem do Jesus ressuscitado é a mensagem que não chama a atenção, pois muitos procuram os profetas Hananias e não desejam ouvir os profetas Jeremias.
            A mensagem de Jesus é a única mensagem necessária a cada pecador. Os meios pelos quais Deus vem ao nosso encontro, Palavra, Batismo e Santa Ceia continuam sendo os meios suficientes e necessários a cada um. Portante valorizemos, justamente a pregação que chama a nossa atenção.
           "E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus"  (Fp 4.7), mesmo que "os nossos inimigos sejam os da nossa própria casa" (Mt 10.36). Amém!
                                            Edson Ronaldo Tressmann
                                            cristo_para_todos@hotmail.com

domingo, 12 de junho de 2011

Queimando o Filme de Deus

19/06/2011 – Domingo da Santíssima Trindade
Sl 8; Gn 1.1 – 2.4ª; At 2.14ª, 22 – 36; MT 28.16 - 20
Tema: Queimando o filme de Deus
Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis  que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 2.26-27)
Há um ditado popular que diz: Também sou filho de Deus”. Esse ditado é referido quando acontece alguma coisa boa na vida pessoal. E por dizer sobre filho, popularmente se diz que o filho parece com o pai. E não importa a situação, seja boa ou ruim, todos nós, crentes em Jesus e batizados, somos filhos de Deus, como diz Paulo aos Gálatas: “Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes” (Gl 3.26-27).
            Sendo batizado, crendo em Jesus, sou Filho de Deus. E pelo relato da criação o homem foi criado por Deus, Gn 1.1 – 2.4. E somos a obra prima da criação, pois somos a sua imagem e semelhança.
            Se o filho parece com o pai, que bom saber que fomos criados a imagem e semelhança de Deus. E imagem e semelhança de Deus, o homem foi colocado no jardim do Éden para cultivar, cuidar, preservar a vida. No entanto, o pecado entrou no mundo, e assim, nós que éramos imagem e semelhança de Deus, acabamos queimando o filme de Deus. Aliás, Deus o nosso pai não nos abandonou e nem abandona. E continua agindo nesse mundo, pois ama seus filhos. Nós filhos é que estamos cada vez mais queimando o filme de Deus.
            As criaturas são a mão, o canal através do qual Deus tudo concede, assim como dá seios e leite à mãe para dá-los à criança, dá grãos e toda espécie de frutos para alimentação. Talentos e habilidades que envolvem o que temos e somos. Assim como recebemos, nos tornamos canais para atividade criadora de Deus fluir a outros, e pelo pecado, andamos queimando o filme de Deus.
            Feitos a imagem de Deus recebemos a comissão para dominar a terra. Sendo criado a “Imagem de Deus” fomos habilitados a representar Deus na terra e gerenciar, como reis bondosos, o estado terreno estabelecido pelo criador.
            Lemos no Salmo: “Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste” (Sl 8.5). O “ser coroado” – “receber glória e honra” é governar sabia e bondosamente sobre as obras das mãos do criador. E a vontade do criador é que preservemos a vida. E a preservação da vida ocorre de acordo com a segunda tábua da lei, ou seja, do quarto ao décimo mandamento, onde Deus quer se preserve a autoridade, a vida, o sexo, os bens, a honra, as propriedades e famílias.
            Dessa maneira, tendo nos feito a sua imagem e mesmo que o pecado tenha queimado e continua queimando o filme de Deus, Ele vem ao nosso encontro no batismo, na Palavra e Santa Ceia para continuar realizando sua obra. A obra de Deus é continuada por meio dos pais, patrões, governantes, sejam esses cristãos ou não. Mesmo se um pai não está exercendo sua função de pai, mesmo que o patrão é desonesto, mesmo que governantes sejam corruptos, Deus continua sua obra, pois ama seus filhos.
            Criados a Imagem de Deus, e assim aptos a ter “domínio sobre a terra”. O Antigo Testamento descreve o “domínio” como uma atuação de um rei. Uma espécie de governo que deve personificar o governo gracioso de Deus.
            Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (Gn 2.15). Aqui está descrito como seria o domínio. Não sendo dominação, nem autonomia, mas, responsabilidade pelo cuidado e cultivo da terra. Os seres humanos devem supervisionar a terra e garantir que ela continue a proporcionar o que for necessário para a promoção e preservação da vida. Enquanto Deus quer preservar a criação pelas suas criaturas, nós criaturas queimamos o filme de Deus, não valorizando, nem cuidando, nem guardando o que Deus em seu amor deixou e deixa para nós. Disse Salomão: “Nada há melhor para o homem do que comer, beber e fazer que a sua alma goze o bem do seu trabalho. No entanto, vi também que isto vem da mão de Deus, pois, separado deste, quem pode comer ou quem pode alegrar-se?” (Ec 2.24-25)
            Tudo vem da mão de Deus. Achamos que é a inteligência e a capacidade humana apenas. Mas “Imagem de Deus”, envolve o fato de sermos racionais. A razão é fruto de sermos a semelhança e imagem de Deus. Deus nos deu capacidade para agir, para decidir, como, onde e quando. Assim foi possível a divisão de trabalho, o progresso da arte e também da tecnologia, observamos esse fato nos primeiros capítulos de Gênesis, bem como em Mc 6.3; At 18.3; 1Tm 5.8; 2Ts 3.10 – 12; Tt 3.1; 1Co 7.20.
            Por causa disso, ninguém é melhor que o outro, cada pessoa possui sua vocação, possui seu dom, recebido por ocasião do santo batismo. A verdade que jamais pode ser esquecida é que todos estão na estrutura da criação. Deus deu a cada pessoa uma “situação” e “local” onde utiliza seus dons a favor do outro. Observemos bem: Deus nos concede dons para atuarmos em favor do outro. A situação e o local onde estamos determina o chamado de Deus para nossa cooperação na criação.
            A CNBB adotou como tema para 2011: “Fraternidade e a vida no planeta”, com o lema: “a criação geme em dores de parto” (Rm 8.22). E só é assim, porque o pecado que nos afastou e afasta de Deus, nos move a queimar o filme de Deus.
            No entanto, Deus em seu amor pela sua criatura, o homem e a mulher, enviou seu filho Jesus que nos resgatou da morte eterna. E continua vindo ao nosso encontro pelo Batismo, Palavra, Santa Ceia e diariamente vai restaurando por esses meios da graça a sua imagem e semelhança. Deus continua agindo na criação por meio de suas criaturas. Mesmo que o médico cobre um absurdo pela consulta, por meio dele, Deus cura. No entanto, a mim, batizado, crente em Jesus, sou enviado para socorrer os necessitados e a preservar a vida para apresentar a verdadeira face do meu Pai. Ou seja, apresentar o nosso Pai misericordioso, que em amor a nós enviou Jesus e continua enviando pessoas para socorrer e preservar toda a criação.
            Deus dá, nós simplesmente recebemos. A verdadeira idolatria não é apenas a adoração a ídolos ou outros deuses, mas verdadeiramente é o não reconhecimento de Deus como criador e nós como criaturas. Nós nos prendemos ao que temos e ao que existe e deixamos de governar e subjugar a favor do outro. Se nossos bens são para satisfação pessoal, não estamos beneficiando a ninguém, e o filme de Deus é queimado.
            O mundo continua produzindo coisas boas. Governos estão procurando manter a paz e a prosperidade. Porém em cada caso vemos as cicatrizes do pecado. E uma delas é deixarmos de atuar como imagem de Deus, criados para continuar, atuar e agir na criação de Deus.
            Também sou filho de Deus” – é verdade! Em qualquer circunstância você é filho de Deus, sejam elas boas ou ruins. E sendo filho de Deus reflita a imagem do teu Pai: amor, compaixão e misericórdia. Amém!
Pr Edson Ronaldo Tressmann
Querência do Norte - PR

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Liderando e sendo liderado

12/06/2011 – Pentecostes
Sl 25.1 – 15; Nm 11.4 – 6, 10-16, 24-29; At 2.1-21; Jo 7.37 - 39
Tema: Liderando e sendo liderado
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Introdução
            Qual é a importância de um líder? Pergunta importante, pois muitos estão se esquecendo que dentro do plano de Deus em salvar pessoas, o líder local, da comunidade ou congregação, é muito importante. Você sabe que pode exercer alguma função em sua comunidade ou congregação? Muitos não sabem que podem auxiliar no trabalho da comunidade, ou até são impedidos de fazê-lo. Em que eu poderia auxiliar? Pergunta feita quando alguém se dispõe a ajudar.
            Moisés é a figura de muitos líderes da atualidade. Cansado, se sentindo sozinho, abandonado, fraco e a ponto de abandonar sua função de liderança. Vejamos então com base na Palavra de Deus em Números 11, e meditemos no tema: Liderando e sendo liderado
Desenvolvimento
            Após anos de escravidão no Egito, Deus resolveu enviar Moisés para libertar o povo. Para  libertar o povo Deus interveio por meio de dez pragas. Após 3 meses em que o povo havia sido libertado, o povo chega no monte Sinai, ali ficaram reunidos e foram instruídos pelo seu líder Moisés que recebia de Deus a instrução. Após 11 meses de acampamento nos pés do monte Sinai, período esse narrado no livro de Êxodo, Levítico, até o cap. 10 de Números, o povo continua sua caminhada que só iria parar na terra prometida. Há pela frente 38 anos de caminhada. E o que será importante nessa caminhada? A liderança e o saber ser liderado.
            No texto de Nm 11, vemos que o povo após três dias de reinício da caminhada reclama. Qual é o motivo da reclamação? Nm 11.1, 4-6: falta de carne, saudade da comida do tempo da escravidão. Estavam se sentindo fraco, reclamavam do maná e da providência de Deus. E qual foi à reação do líder Moisés? Nm 11.11-15: falou de uma forma aborrecida com Deus. Seu aborrecimento era devido a pressão do povo e por ter que fazer tudo sozinho. Miosés como nós muitas vezes fazemos, de certa forma duvidou do auxilio de Deus.
            Moisés olhou para si mesmo e questionou a Deus, “onde poderia eu conseguir carne para dar a todo este povo?” (Nm 11.13). Quando o homem, o líder olha para si mesmo, olha para as suas capacidades, ele está começando a naufragar, porque nós somos apenas instrumentos nas mãos de Deus, cabe a nós vasos escolhidos de Deus “entregar tudo nas mãos de Deus” (1Pe 5.7) na certeza de que ele cuida de nós (Sl 23.1) e que nada nos faltará, e nos lembrar da palavra de Deus que nos diz: “...A minha graça é tudo o que você precisa, pois o meu poder é mais forte quando você está fraco...” (2Co 12.9).
            Durante a nossa caminhada neste mundo, Deus nos lidera, pois Ele é o nosso líder, nos dá líderes para nos conduzir ao prêmio que Ele Cristo já conquistou para nós, e além do mais nos capacita a sermos lideres para podermos  liderar outros. E também nos dá humildade para sermos liderados por outros.
            Moisés diante daquela situação: o povo chorando, reclamando, foi conduzido ao desespero e a dúvida. Diante daquela situação: Moisés não via saída. E depois de constatar que ele não era capaz de atender ao pedido do povo, que era dar carne; ele se reconheceu fraco, e assim abriu seu coração e disse: “Eu sozinho não posso cuidar de todo este povo” (Nm 11.14).
            Talvez estejamos nos perguntando: O que Deus fez nessa situação? Nm 11. 16 – 20. Como sempre faz, mostrou a saída, e resolveu a questão. Providenciou líderes e resolveu a situação do povo, providenciou carne.
            Com a força que Cristo me dá posso enfrentar qualquer situação” (Fp 4.13). A grande verdade, é que eu nunca estou sozinho, Deus está sempre comigo. Deus me farta de bênçãos, como o próprio Jesus disse: “...O Pai de vocês, que está no céu, sabe que vocês precisam de tudo isso...Por isso não fiquem preocupados com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã trará as suas próprias preocupações. Para cada dia bastam as suas próprias dificuldades” (Mt 6.32b,34). Além das bênçãos materiais, nos abençoa com material humano, desperta e permanece ao lado dos lideres. Dá a cada um o seu Espírito Santo e assim capacita lideres, como fez em Números 11.
            Durante a nossa caminhada rumo ao prêmio celestial sou liderado, sou chamado para liderar, e convidado a aceitar o ser liderado. Sou liderado e lidero através da Palavra de Deus que me diz: “Pois a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver” (2Tm 3.16). Sendo líder e sendo liderado por outro é a Palavra que me guia, me fala, me consola. E a Palavra de Deus, a boca de Deus ao me ensinar à verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver, “...para que o servo de Deus esteja completamente preparado e pronto para fazer todo o tipo de boas ações” (2Tm 3.17). Como líder e até mesmo ao ser liderado, Deus transmite que capacita pela sua Palavra para toda boa ação. E essa ação vai ao encontro do próximo, por isso o apóstolo Pedro escreve: “Sejam bons administradores dos diferentes dons que receberam de Deus. Que cada um use o seu próprio dom para o bem dos outros” (1Pe 4.10).      
             O povo só reclamava, Deus pelo seu Espírito despertou pessoas para auxiliar Moisés, pois de fato “sozinho” ele não conseguiria fazer muita coisa.
            O caminhado rumo à pátria celeste esta difícil? Está, pois somos de natureza pecaminosa, e muitas vezes paramos, reclamamos e duvidamos. Vale-nos lembrar as palavras do apóstolo Pedro: “Queridos amigos, lembrem que vocês são estrangeiros de passagem por este mundo....” e sendo estrangeiros, ou seja, vivendo breve tempo neste mundo, pois a nossa pátria está no céu, cabe-nos ouvir o conselho: “Mas, depois de sofrerem por um pouco de tempo, o Deus que tem por nós um amor sem limites e que chamou vocês para tomarem parte na sua eterna glória, por estarem unidos com Cristo, ele mesmo os aperfeiçoará e dará firmeza, força e verdadeira segurança” (1Pe 5.10). Na caminhada, por mais difícil que seja Deus se mostra presente, “pois não dorme nem cochila aquele que te guarda” (Sl 121). Deus mostra que o prêmio foi ele quem nos deu: “....continuo a correr para conquistar o prêmio, pois para isso já fui conquistado por Cristo Jesus” (Fp 3.12b). E ainda nos mostra que na caminhada rumo ao prêmio quem está no controle é Ele mesmo, “Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles a quem ele chamou de acordo com o seu plano” (Rm 8.28). Ele atua no mundo pelo seu poder, e também pelos seus líderes, que nada mais são do que representantes dEle aqui no mundo.
            Que o nosso caminhar seja firme e inabalável, não por que nós somos os tais, mas por saber e reconhecer que quem está ao nosso lado é Jesus. Ele nos socorre em toda e qualquer situação. E em qualquer situação é dele que vem a força, como diz Paulo: “...pois a nossa capacidade vem de Deus” (2Co 3.5). Do Deus Criador, Salvador e Santificador.
Conclusão
            Qual é a importância de um líder? Você sabe que pode exercer alguma função em sua comunidade? Em que eu poderia auxiliar? Liderando e sendo liderado. Nessa situação Deus também está presente – desperta líderes e os capacita pelo Espírito Santo através da Palavra. E grande função do líder é socorrer os necessitados. E entre eles, eu estou. Todos estão, pois todos nós carecemos de algo, e principalmente muitos ainda carecem do puro evangelho do qual você já é conhecedor.
            Você é líder? Deus está contigo. Não desanime!
            Você está sendo liderado? Não desanime, Deus está contigo. E pode contar comigo, pois estou te liderando para que você alcance o prêmio para qual Cristo já te conquistou. Amém!
Pr Edson Ronaldo Tressmann
Querência do Norte - PR

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Ansioso?

05/06/11 – 7º Domingo de páscoa
Sl 68. 1 - 10; At 1.12 - 26; 1Pe 4. 12 – 19; 5.6 - 11; Jo 17.1 - 11
Tema: Ansioso?

Em pesquisa para elaboração dessa mensagem acabei encontrando algumas observações sobre a máxima que estamos querendo aceitar como verdade: “Deus está morto”. Essa frase elaborada pelo filosofo alemão Friedrich Nietzsche (1844 – 1900), é uma das tentações do nosso inimigo que: “...anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar;...” (1Pe 5.8).
Deus está morto” está se tornando cada vez mais popular que o “Jesus Ressuscitou”, e está sendo divulgado em letras de músicas e filmes. A banda Nine Inch Nails, canta em sua música Heresy, “o vosso Deus morreu, e ninguém se importa – your God is dead, and no one cares”. O Rock dos anos 90 mostra através de Marylin Manson em seu álbum “Antichrist Superstar” o quanto estavam influenciados pela filosofia nietzschiana. Mais recentemente no filme Jurassic Park quando o cientista Ian Malcolm percebe a bobagem que foi a recriação dos dinossauros diz “Deus cria dinossauros. Deus mata dinossauros. Deus cria o Homem. o Homem mata Deus. o Homem cria dinossauros ao que sua colega Ellie Sattler completa “Dinossauros comem Homem. Mulher herda a Terra.”
Não estou condenando o Rock e nem mesmo o filme, nada disso. Só quero transmitir como uma das filosofias está presente e vai permeando a sociedade. E digo isso porque é muito fácil perder o significado e a perspectiva de Deus em nossas vidas. É fácil cairmos na tentação e vivermos como se Deus não existisse. E esquecendo-nos de que Deus está vivo, de que Jesus o Filho de Deus ressuscitou, vivemos nossas vidas na ansiedade futura, ou como se o futuro, a vida eterna não existisse e nos cabe aproveitar e viver apenas o aqui e agora.
A mesma Igreja que Comunica a Vida através de palavras muitas vezes comunica um Deus morto pelas suas atitudes. Vivemos num mundo marcado pelo consumismo, onde reina a ganância e o amor ao dinheiro. Estamos sendo tentados a viver nossos dias como se tudo dependesse de nossas forças e do que possuimos. Diz o apóstolo Pedro: “lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1Pe 5.7).
Lançar sobre Jesus toda a nossa ansiedade. O mundo consumista apresenta os cuidados humanos, seguro de vida, de carro, de casa, plano de saúde, etc. Sendo possuidor desses cuidados estaremos seguros e protegidos, essa é a propaganda. É como se nós mesmos pudessemos garantir nosso próprio futuro. Diante do insucesso que vemos pela propaganda humana o apóstolo Pedro nos convida a colocarmos, ou deixarmos nas mãos de Deus as nossas ansiedades. E isso só pode ser feito de acordo com o v.7: “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”. E o v. 6 apresenta: “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte”. Humilhar-se - Isso quer dizer, evitar dois extremos: arrogância e o comportamento indigno. Humilhar-se nada mais é que depender completamente de Deus, v. 5 “cingi-vos todos de humildade...
O v. 11 “A ele seja o dominio, pelos séculos dos séculos. Amém!” O inicio da carta, 1Pe 1.3 - 12, o apóstolo convida a louvarmos a Deus, pois Ele é Bendito. E sendo Bendito e nos regenerando recebemos a esperança. E agora lançando sobre ele a nossa ansiedade, sabemos que nossa esperança não está em nós, nossos planos e atitudes, mas sim em Deus.
Antes de terminar sua carta o apóstolo Pedro lembra o nosso chamado que nos habilita em relação a Deus e assim nos motiva a agirmos diferente. Sejamos humildes, confiemos em Deus, um Deus vivo, um Deus que se ocupa de nós homens.
Deus está vivo e nos convida através do apóstolo Pedro a lançar sobre ele a nossa ansiedade, pois ele tem cuidado de nós. E esse cuidado envolveu a própria vida seu Filho Jesus. Esse cuidado envolve o enviar a sua igreja para atuar no mundo perdido em suas falsas seguranças.
Deus nos abençoe e que possamos na certeza “de que ele cuida de nós” superar a ansiedade que nos envolve. Amém!
Pr Edson Ronaldo Tressmann
Querência do Norte – PR
cristo_para_todos@hotmail.com

Em Jesus - uma nova aliança!

  17 de março de 2024 Salmo 119.9-16; Jeremias 31.31-34; Hebreus 5.1-10; Marcos 10.35-45 Texto: Jeremias 31.31-34 Tema: Em Jesus -  um...